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AMÁLGAMA DE PRATA É mais duradouro que os outros materiais Origem: Amalgamar: Misturar vários elementos que embora diversos contribuam para formar um todo. Formar a liga Amálgama é uma liga que contém mercúrio como um dos componentes Composição: Estanho, cobre, zinco, mercúrio = massa plástica HISTÓRICO Desenvolvida por Black em 1896 - Liga convencional = Prata 65 a 70%; estanho 25 a 30%; Cobre 0 a 6%; Zinco 0 a 2% e Mercúrio 0 a 3% 1963 - Innes e Youdelis - 1ª liga+cobre (Liga de fase dispersa) 1972 - Malhler e cols - Liga rica em cobre AQUISIÇÃO DAS LIGAS - Moagem dos lingotes (barras) fundidos: Transformar uma barra em pequenos fragmentos, podendo ser em limalha e laminar (partículas irregulares) - Atomização da liga líquida: Tentativa de partículas esféricas (dificultava a condensação) - Mistura de todos acima CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAS 1. Quanto à composição A - Convencional: Ag, Sn, Cu, Zn Prata, estanho, Cobre, Zinco Ex: Velvalloy, Limalloy (marcas) B- Rica em cobre +Cu, Au, Pd, In Maior porcentagem de cobre, Ex: Dispersalloy, Aristalloy, Tytin APRESENTAÇÃO COMERCIAL: Antigamente vinham em potes separados, a liga de prata e o mercúrio líquido, mas precisava de equipamento específico e poderia causar intoxicação. Depois foram comercializados de forma capsular, em que se evita desperdício, contaminação, etc. Precisa por no amalgamador LIGA CONVENCIONAL ( 0-6%) Reação de cristalização: Na limalha (pó) terá prata e estanho, depois adiciona-se o mercúrio. Uma parte da limalha (gama) permanece igual e outra parte reage com mercúrio (gama 1) e outra parte forma a fase gama 2 A fase gama 2 é a indesejada, quanto menos for formada melhor será o material. LIGA EUTÉTICA ( +6% Cu) LIGA RICA EM COBRE - Amálgama de fase dispersa: mistura de 2 tipos de partículas - Amálgama de fase única: cada partícula de liga tem a mesma composição química Reação de cristalização: Gama- prata e estanho reagindo, mais o eutético de cobre ligado a prata (tudo no pó), depois será adicionado o mercúrio, formando as mesmas fases gama (não reage), gama 1 que é a prata com mercúrio, a gama 2 que é o estanho com mercúrio e o eutético que também não reage. Com a adição de cobre a fase gama 2 é formada em menor proporção, preservando as propriedades físico-mecânicas. Reação no estado sólido Pode ocorrer de eliminar totalmente a fase gama 2 ou ocorrer em menor proporção. ANÁLISE DAS PARTÍCULAS Não podem ser muito finas e nem muito grossas. O ideal é que se obtenha uma mistura dessas partículas de tamanhos variados. A forma de limalha absorve melhor o mercúrio (maior qualidade). ❏ O excesso de Hg (mercúrio) nas ligas é indesejado, fica menos resistente. O percentual de Hg em relação a massa deve ser em torno de 50%, não superior a 54%, caso contrário a resistência a compressão será acentuadamente reduzida. Quanto maior a quantidade de mercúrio, maior a fase de gama 1 e 2, o que causa expansão (tardia), favorece fraturas. ➔ Com a limalha nas cápsulas a quantidade de mercúrio é adequada. EFEITOS COLATERAIS DO MERCÚRIO Alergia - menos de 1% da população pode ter dermatites de contato ou reação de hipersensibilidade Coombs tipo IV Toxicidade - Apenas 100 relatos documentados sobre toxicidade e alergia ao mercúrio relacionados ao amálgama dental foram publicados. A maioria das pessoas afetadas era composta pelos dentistas e assistentes. (o vapor de mercúrio é tóxico, quando uma restauração de amálgama, usa-se a caneta de alta rotação que com que o mercúrio se volatilize, ou seja, se transforme em vapor) - Sabe-se que o mercúrio penetra na estrutura dentária do dente restaurado, apresenta alguns traços na polpa e durante a mastigação pequenas quantidades de Hg são liberadas. CUIDADOS COM HG - Armazenagem - Manipulação: Obsoleto (porque hoje em dia só pode usar em forma de cápsula) - Local de trabalho - Máscaras e luvas - Condensação - Aquecimento CONDENSAÇÃO Coloca o material e depois vem com o calcador apertando-o ESCULTURA E BRUNIDURA A ponta do brunidor consegue desenhar os sulcos e a lateral esculpe as vertentes, depois vem tirando os excessos com hollemback ACABAMENTO E POLIMENTO Brunir = dar acabamento, polimento (pode durar mais de 50 anos se minimamente cuidado) Restaurações em amálgama desgasta mais dente PROPRIEDADES MECÂNICAS - Estabilidade dimensional ADA: ideal que não contraia nem expanda além de 20um/cm a 37ºC Contração acentuada - gera microinfiltração e recidiva de cárie Expansão exagerada - gera sensibilidade pós operatória. Se o amálgama expandir demais acaba fraturando Expansão tardia - (Zn+H2O) contaminação durante a trituração ou condensação - >400um ● Os amálgamas antigos (pobres em cobre) revelam ao final da cristalização uma expansão, enquanto os amálgamas modernos (ricos em cobre) uma contração. Devido ao formato e tipos das partículas e tipo de trituração. - Resistência à compressão Quantidade de mercúrio: se for muito pouca a superfície fica rugosa e porosa - corrosão Se houver excesso de mercúrio há redução acentuada na resistência Quanto maior for a pressão de condensação, mais elevada será a resistência a compressão (inicial) - “Creep” ou escoamento É a deformação estática da restauração em amálgama de prata - fase gama 2 ADA: Creep abaixo de 3% Fica mais favorável à corrosão - Deslustre e corrosão Deslustre ou perda do brilho: inicialmente ocorre a corrosão eletroquímica superficial - fase gama 2 Corrosão ativa ou química - Ocorre na interface dente/restauração, onde a microinfiltração de eletrólitos promove uma corrosão e os produtos deste processo são depositados nesta interface propiciando um selamento gradual. (óxidos e cloretos de estanho) EFEITOS CLÍNICOS DA CORROSÃO - Valamento marginal - Resistência reduzida - Alteração dimensional (forma estufada) - Descoloração (escurecida) - Efeitos galvânicos (choques) - Porosidades internas (áreas vazias dentro da restauração o que favorece fraturas e microinfiltração) - Aspereza externa - Redução de microinfiltração - Fratura com mais facilidade Outros efeitos clínicos: - Tatuagem por amálgama Se por acaso um pedaço de amálgama ficar preso no dente ou mucosa após a remoção de uma restauração por amálgama, por exemplo, o pedaço vai continuar liberando partículas de prata que podem manchar a mucosa. INDICAÇÕES PARA RESTAURAÇÃO EM AMÁLGAMA - Restaurações em dentes posteriores classe, I, II, V - Restaurações extensas - Classe III em distal de caninos (pouco utilizado) - Núcleo de preenchimento CONTRA-INDICAÇÕES - Áreas estéticas - Proteção de estrutura dental enfraquecida - Grande desgaste dental - Dentes tratados endodonticamente - Em dentes cujo antagonista tenha metal com potencial elétrico diferente LONGEVIDADE Se seguir: - Indicação - Tipo de liga - Técnica restauradora - Preparo cavitário - Meio bucal - Cuidados por parte do paciente LIGAS RICAS EM COBRE - Rápida reação de presa - Alta resistência à compressão - Pequena alteração dimensional - Maior resistência à compressão e corrosão - Redução do “creep” Vantagens - Fácil manipulação - Escultura relativamente fácil - ponto de contato - Tolerância pelo tecido gengival - Fácil remoção - Adequado polimento final - Adaptação às paredes cavitárias - Resistente aos esforços mastigatórios - Insolubilidade ao meio bucal - Alterações dimensionais toleráveis DESVANTAGENS - Estética - Modificação volumétrica - Condutibilidade térmica - Baixa resistência nas bordas - Baixa resistência à tração - Não adesivo - Preparo menos conservador - remove tecido cariado e tecido sadio AMÁLGAMA ADESIVO O adesivo vai estar alí apenas para fechar os túbulos dentinários e evitar a impregnação de partículas de prata. Se faz o uso de verniz como material protetor do complexo dentino-pulpar, mas também pode ser usado o adesivo. Preparo cavitário, condiciona, coloca uma base de ionômero de vidro e antes que tome presa coloca a base inicial de amálgama.
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