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Biologia Molecular

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REPLICAÇÃO DO DNA 
 Ocorre na fase S do ciclo celular 
 Para a replicação ocorrer, o DNA não 
pode estar superenovelado, por isso, 
teremos ações de enzimas que permitem 
alterações no grau de superenrolamento 
do DNA. 
 Topoisomerases ou DNA-girase 
 Topoisomerases – promovem quebra 
transitória das ligações fosfodiéster (entre 
fosfato e açúcar), isso somente para 
alterar o grau de enovelamento (tanto 
para mais quanto para menos) 
 Essas enzimas são essenciais para a 
replicação e para a transcrição 
 A separação das fitas na replicação 
é permanente, pois essas fitas se 
unirão com fitas novas 
TOPOISOMERASES 
 TIPO 1: quebra apenas uma cadeia de 
DNA 
 TIPO 2: quebra as duas cadeias de DNA 
 Independentemente do tipo, as enzimas 
necessitam de ATP para realizar sua 
atividade. 
HELICASES 
 Enzimas que quebram as ligações de 
hidrogênio entre as duas fitas de DNA 
(ligação entra as bases nitrogenadas) 
 Necessitam de ATP 
 Não fazem a abertura pelas pontas, ocorre 
simultaneamente em vários pontos ao 
mesmo tempo, acontecendo 
bidireccionalmente 
 Eucariotos: vários pontos 
 Procariotos: único ponto, pois o 
DNA é circular 
 Atuam na replicação e transcrição 
 Na replicação a separação é 
permanente e na transcrição é 
temporária 
A REPLICAÇÃO 
EM EUCARIOTOS 
 Ocorre na fase S da interfase 
ORC 
 Complexo de reconhecimento 
de origem da replicação 
(formado por proteínas) 
 No início da fase G1 o complexo ORC está 
ligado às origens da replicação 
 Durante a fase G1 ocorre expressão da 
proteína Cdc6, que reconhece a presença 
de ORC e liga-se ao complexo 
 No final da fase G1, ORC + Cdc6 recrutam 
helicases (Mcm) para formar o complexo 
pré-replicação 
 A célula passa para a fase S, onde ocorre a 
replicação 
 Após o início da replicação, a Cdc6 e Mcm 
se desligam da origem e somente ORC 
permanece ligado 
 Cdc6 e Mcm são inativadas e não podem 
mais se ligar as origem para garantir que 
os pontos de origem sejam ativados 
apenas 1x por ciclo celular 
 
 A replicação é semiconservativa 
 Mantém uma fita velha e faz uma 
fita nova 
 
REPLICAÇÃO – SEMI-DESCONTÍNUA 
 A síntese de uma nova fita é feita pela 
enzima DNA-polimerase 
 A enzima só consegue agir a partir de uma 
extremidade 3’, logo, a fita nova vai ser 
sempre de 5’ para 3’. 
 
 Mas, na outra ponta da fita de DNA, 
estará com uma ponta 5’ livre 
 Por isso, à medida que a fita for 
abrindo, formará pedacinhos com 
início 5’ para que a enzima haja 
inversamente de 5’ para 3’ 
 
 Fragmentos de Okazaki: pedacinhos 
formados para que a fita possa ser 
formada. 
 
 Cadeia líder: replicada de maneira 
contínua, fita nova é gerada diretamente 
de 5’ para 3’ 
 Cadeia atrasada: replicada de maneira 
descontínua, precisa formar os 
fragmentos de Okazaki para que a enzima 
possa agir de 5’ para 3’. 
 
 
 
PRIMASE 
 Enzima que vai iniciar a cópia dos 
fragmentos 
 Adiciona oligonucleotídeos iniciadores 
(sequências curtas) na ponta de cada 
fragmento, são sequências de RNA, 
chamadas primers e posteriormente, são 
transformados em DNA. 
 Aparece no início da cadeia líder e em 
todos os fragmentos da cadeia atrasada 
 DNA polimerase necessita de primer 
 Seja natural ou artificial 
DNA POLIMERASE 
PROCARIOTOS 
 DNA polimerase I 
 
 Remove os primers 
 DNA polimerase II 
 Principal polimerase de reparo, 
corrige pareamentos errados 
 DNA polimerase III 
 É a que faz efetivamente a 
replicação 
 Todas as DNA-polimerases bacterianas 
tem ação também de exonuclease 
EUCARIOTOS 
 DNA polimerase alfa 
 Tem atividade de primase 
 Faz a fita descontínua 
 DNA polimerase delta 
 Faz a fita descontínua 
 DNA polimerase épsilon 
 Reparo do DNA 
 DNA polimerase beta 
 Reparo do DNA 
 DNA polimerase gama 
 Replicação do DNA mitocondrial 
 
 
 
NUCLEASES 
 Enzimas que degradam o DNA 
 Exonucleases: degrada o DNA 
pelas pontas 
 Endonucleases: degradam o DNA a 
partir de qualquer ponto 
 Exonuclease: tem função importante de 
correção, removem nucleotídeos 
adicionados incorretamente na fita nova 
de DNA 
REPLICAÇÃO – PASSO A PASSO 
INICIAÇÃO 
 Abertura da hélice de DNA na origem – 
responsável por isso é a helicase 
 São colocadas enzimas (SSB) para evitar 
que as ligações das bases nitrogenadas de 
liguem novamente, se torçam ou sejam 
degradadas 
ALONGAMENTO 
 Após a separação a primeira enzima que 
vai agir é a primase, que vai colocar 
primers 
 Logo após tem a ação da DNA polimerase 
 A fita líder segue sendo sintetizada 
continuamente e a atrasada sintetizada a 
partir de seus pedacinhos 
 Por fim, uma polimerase irá trocar os 
primers que são de RNA por DNA. 
AÇÃO DAS LIGASES 
 Agem no final da 
replicação catalisando 
os fragmentos de 
Okazaki 
 A ligação dos 
fragmentos de Okazaki 
ocorrerá após a 
substituição dos primers 
de RNA por DNA 
 
 
TÉRMINO 
EM PROCARIOTOS 
 As novas fitas se encontram, pois o DNA é 
circular 
EM EUCARIOTOS 
 Ação das telomerases, que irão sintetizar 
telômeros. 
TELÔMEROS 
 Ficam na extremidades dos 
cromossomos eucarióticos. 
 São muitas cópias de uma 
sequência oligonucleotídica 
 Geram estabilidade ao 
cromossomo 
 Dentro da enzima existe uma sequência 
pequena de RNA, chamada de RNA molde 
interno 
 A enzima faz com estenda a fita molde 
com as bases complementares das bases 
que estão dentro da enzima 
 
 
 
 
 
 
ROSA É O INVERSO DO AZUL 
AZUL: RNA molde interno 
ROSA: extensão da fita molde 
 Esse processo é chamado de transcrição 
reversa, de RNA formará DNA 
 Esse processo é necessário para que a 
primase consiga parear e o restante da 
fita seja copiado 
 Se esse mecanismo não existisse, os 
cromossomos seriam encurtados a cada 
geração celular 
 
 
 
PROCESSOS ARTIFICIAIS DE REPLICAÇÃO 
 Clonagem gênica ou amplificação 
 Pode ocorrer in vivo ou in vitro 
 Ex.: PCR Covid 19 
 Coleta uma amostra e amplifica 
um gene que pode ou não está 
presente na amostra 
 Utiliza-se primers para localizar o 
gene dentro da sequência 
completa 
 Ou utiliza-se endonucleases de 
restrição, estas, vão cortar o DNA 
em posições específicas 
AMPLIFICAÇÃO POR PCR IN VITRO 
 Polimerase Chain Reaction (PCR) ou 
Reação em Cadeia Polimerase 
 Compra-se primers complementares à 
sequência de DNA, de cada lado do gene 
de interesse são sintetizados e usados 
para iniciar a amplificação in vitro, a DNA 
polimerase, precisa ser termoestável 
 Desvantagem: técnica só pode ser 
utilizada se tiver conhecimento da 
sequência do gene 
TRANSCRIÇÃO E PROCESSAMENTO DE RNA 
 A transcrição ocorre no núcleo das células 
eucariontes. 
 No processamento, tem a mobilidade do 
RNA para o citoplasma 
TRANSCRIÇÃO 
 DNA → RNA 
 Ocorre no núcleo de células eucariontes 
 Não ocorre em todo genoma, somente 
nas porções expressas do genoma 
 Principal processo de regulação de 
expressão gênica 
 Cada tipo celular possui porções expressas 
específicas 
 Expressão gênica é a produção de RNA a 
partir de um DNA molde 
 A transcrição do DNA produz uma cadeia 
polinucleotídica (fita simples) de RNA 
complementar a uma das fitas do DNA fita 
dupla (fita molde) 
 
 A fita de RNA será igual a fita 
codificadora 
 Lembrando que RNA não tem 
timina, tem uracila 
CICLO DA TRANSCRIÇÃO 
 Transcrição é um processo cíclico 
dividido em três fases: 
 Início: 
 Sequências específicas de DNA 
sinalizam o local de formação 
do complexo de transcrição 
para iniciar a cópia das 
sequências de DNA em RNA 
 Alongamento da cadeia: 
 A molécula do RNA é sintetizada 
 Terminação: processo em que a síntese do 
RNA é terminada em resposta a sinais 
específicos de terminação da transcrição 
(terminadores) 
 Cada clico de transcrição ocorre várias 
vezes na mesma região do DNA (gene) e 
antes que um complexo atinja à região de 
terminação, outros complexos de 
transcrição estão iniciando a síntese deRNA. 
DETALHES DA TRANSCRIÇÃO 
 Ocorre no núcleo 
 Necessário acessar a molécula e DNA 
para poder fazer o pareamento do 
RNA com a fita molde 
 Na transcrição, o desenrolar e enrolar 
do DNA é transitório, pois as fitas 
voltam a se encontrar 
 A separação ocorre a partir do 
rompimento da ligação entre as bases 
nitrogenadas (desnaturação) 
 RNA polimerase sintetiza o RNA 
 Bolha de transcrição: onde a enzima 
está agindo e formando novo RNA 
EUCARIOTO X PROCARIOTO 
 O mecanismo de transcrição é 
essencialmente o mesmo em todas as 
células, mas em eucariotos é mais 
complexo que em procariotos, pois 
necessitam regular a expressão gênica 
 Duas diferenças importantes: 
Bactérias Eucariotos 
- Todos os genes são 
transcritos por uma 
única RNA polimerase 
- Possuem várias RNA 
polimerases que 
transcrevem classes 
distintas de genes 
Bactérias Eucariotos 
A RNA polimerase se 
liga as sequências 
promotoras do DNA 
As RNA polimerases 
precisam interagir 
com proteínas 
(fatores de 
transcrição) para 
iniciar a transcrição 
 
RNA POLIMERASES - RNAPs 
 Reconhecem e se ligam às sequências 
específicas do DNA 
 Separam a dupla hélice do DNA, expondo 
a sequência de nucleotídeos a ser copiada 
 Mantêm estável o híbrido DNA-RNA na 
região de síntese 
 Sozinhas ou com auxílio de proteínas 
específicas, terminam a síntese do RNA. 
 Renaturam o DNA na região posterior à da 
síntese 
 A reação catalisada pelas RNAPs é 
mecanisticamente idêntica à reação 
catalisada pelas DNA polimerases 
 De 5’ para 3’ 
 Não necessitam de iniciadores 
(primers) 
TRANSCRIÇÃO - PROCARIOTOS 
INICIAÇÃO 
 As regiões promotoras estão perto do sítio 
de início da transcrição de genes 
 Em procariotos a RNAP liga à sequência de 
DNA do promotor 
 Tudo que está antes de 5’ é upstream e 
tudo que está depois é downstream 
 Papel da RNAP: 
 Se liga à região promotora 
 Desnatura a fita dupla de DNA 
 Catalisa as ligações de hidrogênio 
para deixá-la aberta 
 Alongamento 
ALONGAMENTO 
 A RNAP faz o alongamento que acontece 
de 5’ → 3’, sempre complementando a 
fita molde 
 Formando uma região de 
pareamento do DNA com RNA: 
região híbrida 
 A velocidade de transcrição depende da 
sequência: 
 GC são mais difíceis de desnaturar 
por conta da sua ligação tripla 
TÉRMINO 
 A própria RNA polimerase libera o RNA e 
se dissocia do DNA fita dupla 
 Existem sequências que sinalizam o 
término da transcrição 
 Nas bactérias, os sinais de terminação não 
dependem diretamente do 
reconhecimento de sequências do DNA, 
mas sim das sequências já transcritas do 
RNA. 
 O RNA que acaba de ser feito, forma um 
pareamento com ele mesmo formando 
um grampo de terminação, isso sinaliza a 
terminação 
 Uma sequência definida na região 3’ do 
gene, sinaliza o final da síntese de RNA. 
 Esse terminador é caracterizado por 
alguns componentes: 
 Sequências ricas em GC 
 Sequências de adeninas no DNA-
molde que vão virar uracilas no 
RNA, cerca de 7 uracilas 
 Impede o movimento espacial das RNAP 
sobre o molde de DNA, a enzima não 
consegue continuar porque o grampo a 
impede de se mover e cessa a reação 
 A pausa causada pelo grampo 
desestabiliza o pareamento DNA-RNA, 
fazendo a perda de contato e que o RNA 
seja liberado. 
 
TRANSCRIÇÃO - EUCARIOTOS 
POLIMERASES 
 RNA polimerase I 
 Só faz síntese de precursor de RNA 
ribossomais, chamados de RNA 
pré-ribossomais 
 RNA polimerase II 
 Sintetiza RNA mensageiro 
 RNA polimerase III 
 Sintetiza RNA transportadores, 
alguns RNA ribossomais e 
pequenos RNAs 
 
 Os RNA mensageiros recebem 
terminações diferentes: 
 Capacete de 5’ e Cauda de Poli A 
em 3’ 
INICIAÇÃO 
 Vários fatores precisam conhecer a região 
promotora e não a enzima 
 Fatores de transcrição (TF’s) 
 Os TF’s basais reconhecem e se ligam aos 
promotores em uma ordem: 
 TFIID é o primeiro, reconhece a 
sequência TATA box 
 TFIIH é o último, após ele a 
polimerase começa a agir 
 O TFIIH e age por separar as fitas do DNA 
no promotor (atividade de helicases), 
também fosforila a RNA polimerase II 
 A RNA polimerase só ativa 
fosforilada 
 Após a fosforilação, ela muda sua 
conformação e é liberada do 
complexo inicial e vai para a etapa 
de alongamento 
ALONGAMENTO 
 A transcrição nos eucariotos ocorre em 
um contexto estrutural diferente dos 
procariotos: 
 A estrutura da cromatina impõe restrições 
espaciais à acessibilidade das sequências 
contidas nas diferentes regiões 
regulatórias e os nucleossomos impõem 
uma barreira ao alongamento da 
transcrição. 
 A transcrição é regulada por alterações na 
cromatina e o RNA deve ser, no caso dos 
mRNAs, concomitantemente processado 
(adição de 5’-CAP, remoção dos íntros e 
poliadenilação) 
TERMINAÇÃO 
 Após o término, a RNA polimerase II é 
liberada, desfosforilada e reciclada 
 A terminação não está completamente 
elucidada em eucariotos, pois ocorre de 
forma distinta nas 3 RNAP 
 RNAP II – sinais de poliadenilação na 
região 3’ indicam o final da transcrição 
 
PRINCIPAIS RNAs PRODUZIDOS NA TRANSCRIÇÃO 
 mRNA – leva informação genética 
 tRNA – carregam aminoácidos 
 rRNA formar ribossomos 
 
 
 
TRANSCRIÇÃO DA CROMATINA 
 Possui regiões mais e menos acessíveis 
 Possui várias marcas que regulam 
estímulo ou inibição da expressão gênica 
 Metilação do DNA 
 Metilação de histonas 
 Quando a cromatina está aberta, 
encontra-se num estado favorável para a 
transcrição 
 Regiões livres de nucleossomos: região 
onde o DNA não está enrolado em 
histonas, principalmente em regiões 
promotoras de alguns genes 
 Facilita a expressão do gene 
APÓS A TRANSCRIÇÃO - PROCESSAMENTO 
 As três classes de RNA são processadas 
para resultar em RNAs ativos 
 A maturação de rRNAs e tRNAs, envolve 
diversas reações de clivagem para 
liberação de moléculas de RNA funcional e 
modificações de bases 
 Os mRNAs de procariotos sofrem poucas 
alterações, muito mais complexas nos 
eucariotos 
 Processamento do RNAm eucariótico 
 
 Adição de 5’cap (capacete 5’): 
resíduo de 7-metilguanosina unido 
ao resíduo terminal 5’ do mRNA 
por ligação trifosfato) 
 Cauda de poli(A): adição de 
resíduos de adenilato na 
extremidade 3’ (fornece 
estabilidade do RNAm no 
citoplasma) 
 São sinais de maturação e ocorre somente 
em mRNA de eucariotos 
 
 
 
 
REMOÇÃO DE ÍNTRONS - SPLICING 
 São sequências que se interpõem dentro 
do gene, estão nos RNAs não maduros 
 Devem ser retirados e os éxons unidos 
 Devem ser retirados antes do RNA sair do 
núcleo, após isso o RNA maduro pode ser 
exportado para o citoplasma 
PROCESSAMENTO 
 Adição de 5’cap e cauda de poli(A) 
 Splicing para remoção dos íntrons e 
união dos éxons 
SPLICING 
 Ocorre de forma alternativa 
 Splicing construtivo: retirada de todos os 
íntrons 
 Splicing alternativo: é uma remoção de 
íntrons que levam um éxons junto papel 
nos polimorfismos 
 
TRADUÇÃO DAS INFORMAÇÕES GÊNICAS 
 Ocorre a partir do RNAm 
 Ocorre no citoplasma, mais 
especificamente nos ribossomos 
 O RNAm vai ter seus nucleotídeos lidos e 
transformados em aminoácidos 
INTRODUÇÃO À TRADUÇÃO 
 Na tradução (também chamada de síntese 
de proteínas), ocorre interações entre os 
códons com anticódons, ocorre um 
pareamento de RNAm e RNAt 
 RNAm: códon 
 RNAt: anticódon 
 O ribossomo é o ambiente onde vai haver 
o pareamento do códon com o anticódon 
 O ribossomo é formado por duas 
subunidades, o RNAm fica ligado pela 
subunidade menor e o RNAt entra pela 
subunidade maior 
 A tradução acontece de 5‘ → 3’ 
RIBOSSOMOS 
 Formado por RNAr (ribossomal) associado 
com proteínas 
 É dividido em 2 subunidades 
 É ne que ocorre a decodificação da 
informação genética, convertendo-a em 
aminoácidos 
 Possuem atividade enzimática, que 
reconhecem o RNAm para determinar a 
onde deve iniciar a síntese e participam 
do estágio de alongamento 
 Possui sítiosque vão acomodar o RNAt 
 Sítio A, Sítio P e Sítio E 
CÓDONS 
 ‘’Dicionário’’ de códons dos códigos para 
formar aminoácidos 
 
 
 São escritos na direção de 5’ → 3’ 
 Um aminoácidos pode ser especificado 
por mais de um códon 
 Os três códons em vermelho são de 
terminação (stop códon) e o códon em 
amarelo é de iniciação (metionina) 
 
 Os códons que representam o mesmo 
aminoácido são chamados de sinônimos e 
tendem a apresentar uma sequência 
similar, geralmente a mudança ocorre na 
3ª base. 
 Isso acontece para proteger o material 
genéticos das mutações, caso ocorra a 
troca da base, irá produzir o mesmo 
aminoácido 
 
 Dessa forma, ocorrem as mutações 
silenciosas ou substituição sinônima, pois 
apesar de trocar a base, o aminoácido 
produzido será o mesmo 
 Degeneração parcial será quando a troca 
das bases ocorrer com bases da mesma 
classe: 
 Purinas trocando com purinas 
 Pirimidinas trocando com 
pirimidinas 
TRADUÇÃO – COMO OCORRE 
 Ocorre em 4 etapas 
 Reconhecimento 
 Iniciação 
 Alongamento 
 Término 
RECONHECIMENTO 
 Ocorre de maneira diferente em 
eucariotos e procariotos 
 Em eucariotos: 
 Depende do 5’-CAP 
 A subunidade menor do ribossomo 
reconhece o 5’-CAP e desliza ao longo do 
RNAm até o códon de iniciação
 
 Em procariotos: 
 Não possuem 5’-Cap 
 Então, antes do códon de iniciação haverá 
uma sequência que sinaliza para o 
ribossomo que logo após ela vem o códon 
de iniciação 
 Sequência de Shine-Dalgarno 
 
INICIAÇÃO 
 Sempre que for começar uma tradução, se 
inicia pelo sítio P. 
 
 1º RNAt: entra no sítio P 
 2º RNAt: entra no sítio A 
 Em procariotos: 
 Somente RNAt carregando metionina 
inicial (Met-tRNAi), são capazes de 
adentrar o sítio P e começar a tradução, 
todos os demais RNAt entram pelo sítio A 
 Quando tem 2 RNAt lado a lado (um no 
sítio P e um no sítio A), o RNAt do sítio P 
joga os seus aminoácidos para o sítio A e 
vai querer sair pelo sítio E, e ocorre um 
movimento de translocação, tudo vai para 
o lado, quando entra novamente um RNAt 
no sítio P, os 2 aminoácidos do sítio A são 
jogados para o sítio P, fazendo um nova 
translocação e assim por diante. 
 Para a fase de iniciação, precisa-se de 
fatores de iniciação 
 IF-3, IF-1 e IF-2 
 Os fatores de iniciação IF-3 e IF-1, ligam-se 
à subunidade menor do ribossomo 30s 
 O fator IF-2 é ligado a metionina inicial e 
quando entram no ribossomo 30s 
(menor), o IF-3 é liberado 
 A liberação de IF-3 resulta na formação do 
complexo de iniciação 30s 
 30S+mRNA+metionina inicial 
posicionada no códon AUG do sítio 
P 
 A subunidade 50s (maior) do ribossomo se 
liga, deslocando IF-1 e IF-2, e formando o 
complexo de iniciação 70s 
 Em eucariotos: 
 Primeiro é formado um complexo de pré-
iniciação 
 Formado pela subunidade menor 
(40s), vários fatores e sem o mRNA 
 O Met-tRNAi já fica próximo do sítio de 
ligação mesmo sem a ligação física 
 Quando vai identificar o 5’-CAP e procurar 
o mRNA o tRNA já se encaixou na 
subunidade 40s 
 O complexo de pré-iniciação passa a ser 
chamado de complexo de iniciação após 
encontra o mRNA 
 Depois que houver a ligação da 
subunidade 40s com o 5’-CAP, ocorre a 
liberação dos fatores 
 Após isso, o subunidade maior se liga 
formando o ribossomo 80s 
 O processo necessita da hidrólise de GTP 
para realizar as suas ligações 
ALONGAMENTO 
 Idêntico para eucariotos e procariotos 
 Etapas: 
 Entrada dos dois tRNA 
 Quando eles se pareiam tem a 
formação da ligação peptídica 
entre a metionina e o outro 
aminoácido 
 E ocorre a translocação do 
ribossomo, deixando um sítio vazio 
para a entrada do próximo tRNA 
 Fidelidade da tradução é garantida por 2 
etapas: 
 Seleção do códon correto pela 
interação com o anticódon 
 Translocação – relação com a 
precisão na síntese de proteínas 
 
TÉRMINO 
 O processo termina com o 
reconhecimento dos stop códons, eles são 
reconhecidos por fatore de terminação 
 Após o reconhecimento, ocorre a 
liberação da cadeia polipeptídica, em 
seguida os tRNA se dissociam e o mRNA e 
as subunidades do Ribossomo se separam 
 Os ribossomos apresentam um túnel de 
saída, cerca de 30 a 50 aminoácidos ficam 
dentro desse túnel sendo protegidos da 
degradação, dentro desse túnel a cadeia 
ainda não está totalmente enovelada, pois 
devido ao seu diâmetro, somente as 
estruturas em alfa-hélice das proteínas 
podem ser acomodadas neste túnel. 
APÓS A TRADUÇÃO 
 A proteína adquiri sua estrutura 
terciária/quaternária 
 A proteína é endereçada para a 
organela que vai atuar 
 Modificações pós-traducionais 
 Glicosilação: adicionar 
carboidratos 
 Fosforilação 
 A proteína pode ser excretada da 
membrana e pode ser inserida na 
membrana 
 
ENDEREÇAMENTO 
 Ocorre a partir de sequências específicas 
de aminoácidos na estrutura primária 
 Existem peptídeos sinais dentro da 
proteína que vão determinar seu 
compartimento celular 
 Proteínas de localização citosólica são as 
únicas que não apresentam sequência 
sinal, são produzidas por ribossomos livres 
no citosol assim como as proteínas de 
mitocôndrias, cloroplastos e 
peroxissomos, núcleo. Porém, essas 
últimas têm sequência sinal que irá 
determinar o seu local 
 As proteínas dê RE, complexo de golgi, 
endossomos, lisossomos, vesículas 
secretoras e membrana plasmática, são 
sintetizadas nos ribossomos do Retículo 
Endoplasmático Rugoso, grande parte 
dessas proteínas são glicosiladas 
 
ENOVELAMENTO 
 
 Consiste em finalizar a estrutura 
secundária, pois dentro do ribossomo 
somente as alfa-hélices conseguiam ser 
enoveladas 
 Adquirem sua estrutura terciária funcional 
 Proteínas chaperonas: previnem o 
dobramento incorreto das proteínas antes 
do término da síntese e auxiliam o 
enovelamento da proteína para aquisição 
da sua forma nativa. 
 Chaperonas reticulares: são encontradas 
no lúmen do RER e ligam-se a proteínas 
não dobradas, prevenindo o seu 
transporte precoce para outras organelas 
REGULAÇÃO PÓS-TRADUCIONAL 
 Tradução de mRNA de ferritina e receptor 
de transferrina 
 A ferritina armazena ferro e ela protege as 
células contra altos níveis de ferro, 
armazenando o excesso e inativando-o 
 Os mRNAs de ferritina e receptor de 
transferrina apresentam regiões não 
traduzidas (5’ em ferritina e 3’ em 
receptor de transferrina), tem uma 
estrutura chamadas de elementos de 
resposta ao ferro (IREs), esses elementos 
são reconhecidos por proteínas do citosol 
que se ligam ao RNA, reguladoras de ferro 
(IRPs) 
 É pós-traducional porque é sobre produzir 
ou não uma proteína 
 
 
 Na ferritina: 
 Quando não tem ferro, não precisa 
ficar produzindo ferritina, então a 
tradução de ferritina fica 
bloqueada. 
 Quando tem excesso de ferro a 
região de controle (IRE em 5’), 
libera a tradução de ferritina 
 No receptor de transferrina: 
 A mecânica é a mesma, somente a 
situação que é contrária 
 Quando não tem ferro, é 
produzida e quando há ferro, é 
bloqueado

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