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Farmacotécnica II - Supositório

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--------------------------Sup����óri�-------------------------
-------------------------Par�� ��óri��------------------------
-----------------------------------------O qu� é su����tóri�?-------------------------------------
Segundo a Farmacopeia dos Estados Unidos, são corpos sólidos de vários pesos e
formas, adaptados para introdução no reto, na vagina ou no orifício uretral do corpo
humano. Em geral fundem-se, amolecem ou dissolvem-se à temperatura corporal. Um
supositório pode agir como um protetor paliativo dos tecidos locais ou como veículos de
agentes terapêuticos de ação sistêmica ou localizada.
Já segundo o Vocabulário Controlado da Anvisa, são formas farmacêuticas sólidas
de vários formatos, adaptadas para para introdução ao orifício retal, vaginal ou uretral do
corpo humano, contendo um ou mais princípios ativos dissolvidos ou dispersos numa base
adequada. Os supositórios fundem-se, derretem ou dissolvem na temperatura do corpo.
-------------------------------------Van����n� X �e�v����ge��---------------------------------
- Ação local e sistêmica, isso dependerá da base, normalmente a base de natureza
hidrofílica tem ação local e a base lipofílica tem efeito sistêmico.
- É de importante recurso para a administração de fármacos destruídos ou inativados
por enzimas e pH do estômago.
- Parte do que é absorvido não sofre metabolização de primeira passagem, porém
não se sabe qual é essa parte. Quando é absorvido pelas veias hemorroidais
inferiores, ele vai direto para a circulação, não tendo metabolização, mas não se
sabe qual a quantidade de fármaco irá para cada veia. Por outro lado, se for um
pró-fármaco isso seria uma desvantagem, pois ele deve passar por metabolização.
- É de importante recurso para a administração quando tem-se pacientes incapazes
de deglutir e/ou com vômito.
- A liberação do supositório é de bem rápida ação, por isso é uma vantagem no seu
uso para tratamento de febre que venha causar convulsão.
------------------------------------------------For���-------------------------------------------
- Formato cônico - menos usado
- Formato torpedo - é um dos mais usados
- Formato cilíndrico
- Formato ovóide - é mais usado para fabricação de óvulos.
---------------------------------------------Car����rís�i��s-------------------------------------
- Deve-se ter uma superfície lisa, não rugosa (servindo como característica de análise
de qualidade do produto), sem cristalização do fármaco (deve estar finamente
disperso, não pode ter cristalização superficial).
- Deve-se ter consistência manuseável (firme, dura) e aplicável
- Deve-se aspecto homogêneo, demonstra que o processo de obtenção levou aquele
material de qualidade.
---------------------------Pro����da��� �de��� �as ����s �a�� s��o��tóri�-----------------------
- Química e fisicamente (é requerido que as bases não tenham dupla ligações para
que não se sofra oxidação).
- Não reativas e compatíveis com fármacos e excipientes (se não atendido deve-se
fazer alterações).
- Inodoras (se tiver odor pode levar a entender que se tem um problema na
estabilidade do produto).
- Aspectos esteticamente atraente (normalmente é de cor branca opaca devido aos
componentes da manipulação e essa com o auxílio desta cor pode-se ver se está
homogêneo a mistura).
- Não estabilizante, não irritante e atóxica (como exemplo tem-se a glicerina que é
irritante e deve ser reduzida sua quantidade na formulação quando ela é um
carreador para reduzir a capacidade irritativa).
- Boa capacidade de contração, pois deve-se ter a redução de volume para retirá-la
da forma, mas não deve ser uma característica elevada para não causar um burraco
oco no meio, logo essa capacidade deve está em equilíbrio.
- Capacidade de fundir, dissolver ou emulsionar [lecitina de soja favorece a
emulsificação, logo fundir pode vir junta com a emulsão, dissolver deve-se usar outra
base (hidrofílica)]
- Hidrofilia
- Viscosidade adequada ao manuseio, aplicação e ação do fármaco (pois baixa
viscosidade pode levar a sedimentação)
- Facilidade em liberar o fármaco (isso é mais relacionado a efeito sistêmico).
---------------------------------------Cla���fic�ção da� ��s��-----------------------------------
- Lipofílicas: manteiga de cacau, Witepsol, Supobase, Novata.
- Hidrofílicas
- Bases de glicerina: com gelatina, com estearato de sódio
- Bases de polietilenoglicol (macrogol ou PEG): Polybase, Postanal
- Bases dispersíveis em água ou tensoativos
Observação:
1. Bases hidrofílicas são altamente higroscópicas que puxam mais água para o ambiente
interno da ampola retal, causando um aumento de volume, provocando o reflexo de
defecação.
2. Emulsões do tipo A/O não são recomendadas, pois são menos previsíveis em relação ao seu
comportamento quando feito a administração no organismo.
-------------------------------------------Bas�� ��po�íli���---------------------------------------
- Devem fundir a temperatura próxima de 37°C, quando apresenta-se em
temperaturas mais elevadas é para agregar um líquido à base, para que ela suporte
esta adição. Em temperatura mais baixa são utilizadas para a incorporação de
substâncias solidárias que dão mais consistência àquele supositório.
- Fundir menos de 10 min
- Intervalo entre fusão e solidificação de 2 a 4 °C, para que não ocorra sedimentação
- Viscosidade ideal para evitar sedimentação do fármaco
- Consistência adequada ao manuseio
- Mínima acidez (potássio) e insaturação (iodo) - índice de acidez expressa qual é o
número de hidróxido de potássio para neutralizar 1g de ácidos graxos livres
presentes no produto
--------------------------------------------Ad�u��n���-------------------------------------------
- Corretores do ponto de fusão e consistência
- Corretores da viscosidade
- Conservante: é usado só quando houver a possibilidade de ataque microbiano,
supositório de base hidrofílica ou que contém água na sua composição ou de
substância que favorece a contaminação, açúcar proteínas e aminoácidos.
- Antioxidantes: são utilizados quando se tem alto índice de iodo, ativo facilmente
oxidável, para evitar a degradação desses componentes
- Emulgentes
----------------------------------------Pre���� de su����tóri�-----------------------------------
- Por compressão: no uso desta máquina de compressão é adicionado um material
que tem uma característica meio sólida que ao sofrer pressão do parafuso (o qual é
girado) é direcionada à forma para que ocorra o modelamento do produto.
- Por fusão (moldagem)
Base + Adjuvante são misturados por fusão, nessa mistura é dissolvido ou sus- penso o ativo,
posteriormente, eles são dispersos nos moldes/formas para que passem pelo processo de moldagem
e, por fim, ocorre o resfriamento e processo de solidificação.
- Por rolamento manual: a fabricação de supositório por rolamento manual é
semelhante com o processo de fazer um brigadeiro, mas visando a obtenção de um
produto no formato cilíndrico.
-----------------------------------Fat�� �� de���d��e (Por ���ão)-------------------------------
- É a relação entre a densidade do ativo e a densidade do veículo, tem por referência
a manteiga de cacau,por isso pode ser aplicado a base lipofílica.
𝐹
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
= 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜 =
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑋 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑋 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
- Quando o ativo é adicionado ao veículo, ocorre o deslocamento de volume corres-
pondente ao volume ocupado pelo ativo. Nessa situação Va = Vv, logo:
𝐹
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
= 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜
- Determinação do fator de densidade pode ser determinado pela seguinte fórmula e
seu rearranjo pode servir para calcular a massa de veículo que é deslocada pela
massa de ativo:
𝐹
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
= 𝐴𝐴 + 𝐵 −𝐶
Onde A é a massa do fármaco por supositório, B é o peso médio dos supositórios contendo
apenas base e C é o peso médio do supositório contendo a base e o supositório (peso total).Vale destacar que para crianças usa-se uma forma de supositório com 1 grama e o adulto
com 2 gramas.
Quando o fator é maior que um podemos observar que se tem uma aumento no peso do
supositório e quando menor que um ocorre uma diminuição do peso.
---------------------------------------Mat���a� d� ac����ci����en��----------------------------
- Plástico:
- Polietileno
- Cloreto de polivinilo (PVC)
- Celofane
- Alumínio
------------------------------------------Ava���ções de ����id���---------------------------------
- Características organolépticas (cor, odor, aspecto).
- Ensaio de peso (+/- 5%), vale destacar que na manipulação só podemos ter o ensaio
de peso, pois não há equipamentos para fazer outras análises.
- Identificação e dosagem (+/- 10%)
- Ensaio de resistência (o supositório resiste a pressão quando apertado).
- Liberação
Observação:
1. Podemos nos deparar com o Aerosil sendo um doador consistência em meio lipofílico
2. Manteiga de cacau pode vir junto a cera de abelha para que se tenha um aumento de
viscosidade.
3. O aerosil, a cera de abelha e o álcool cetílico são indutores de viscosidade para bases
lipofílicas.
4. O estearato de sódio e a gelatina são indutores de viscosidade para bases hidrofílicas.
-------------------------Par�� �ráti��------------------------
------------------------------------Pre����ção d� ba�� ��po�íli��--------------------------------
- Na aula foi usado uma base composta de 90% de manteiga de cacau e 10% de cera
de abelha, a manteiga de cacau tem um ponto de fusão muito baixo, amolecendo
muito rápido, necessitando, assim, da inclusão de um adjuvante que favoreça o
aumento da consistência e, também, do ponto de fusão. Essa quantidade que está
sendo utilizada é suficiente se o fármaco que for adicionado nessa base, não
interferir no ponto de fusão do supositório formulado.
- Nesse procedimento é realizado com um auxílio de um becker posto no banho
maria, no qual o conteúdo está sob agitação com um auxílio de um bastão de vidro,
para que a transferência de calor ocorra de maneira mais homogênea e o calor seja
distribuído uniformemente e a fusão ocorra de modo homogêneo em toda a mistura.
Pode ser feito em uma chapa aquecedora, mas se deve atentar em ter que manter a
agitação para que o calor não fique disperso somente no fundo do recipiente.
- Se o fármaco que for adicionado for resistente a temperatura que se estar fazendo a
mistura com fusão, ele pode ser adicionado enquanto está dentro do banho maria,
mas se ele for sensível deve-se fazer a retirada do mesmo para fazer a
incorporação.
----------------------------------------Lub��fi��ção da� ��r���---------------------------------
- Foi aplicado uma fina camada, sobre as formas, um lubrificante com o auxílio de um
cotonete para evitar que ocorra a adesão da massa durante um processo de
solidificação dentro da forma, pois se isso não ocorrer haverá um maior dificuldade
de extração do supositório da forma e ficaria pedaços grudados nela. Ademais, ao
terminar deve-se deixar as formas montadas e emborcadas para escorrer o excesso
de lubrificante, se isso não for feito o excesso de lubrificante ocasionará
deformações na estruturas externas dos supositórios que mudam o peso e dão
aparência regular ao produto obtido.
- Em forma de pvc termoencolhíveis e em outra não há a necessidade de se fazer o
uso de lubrificante, mas se deve ter um cuidado maior a temperatura do material que
irá ser despejado na forma, pois em uma temperatura elevada pode-se ter o
enrugamento da forma.
Regrinhas para lubrificação
1. Se a base for hidrofílica deve-se usar um lubrificante lipofílico, como óleo mineral, silicone.
2. Se a base for lipofílica deve-se usar um lubrificante hidrofílico, como glicerol, propilenoglicol.
Vale ressaltar que o propilenoglicol e o glicerol tem quase o mesmo preço, sendo o
propilenoglicol mais fluido que o glicerol, mas de tentar economizar material e abater preço,
pode-se usar o recurso de fazer uma solução de 50% glicerol e água, fazendo, também, que
o glicerol tenha mais fácil aplicação.
--------------------------------------En��im���� da� fo���s------------------------------------
- O enchimento das formas devem ser sempre em excesso, pois ocorrerá o
resfriamento e o recolhimento do material.
-------------------------------------------Sol���fi�ação------------------------------------------
- Para que esse processo ocorresse foram utilizadas bolsas de gelo, nas quais ficam
apoiadas as formas.
---------------------------------------Ret����a d�� su����tóri��---------------------------------
- Retira-se o excesso que fica na camada superior da forma, esse material não tem
necessidade de ser descartado, podendo-se fundir novamente desde que o princípio
ativo não seja sensível e sofra decomposição.
--------------------Def���o� �b���va��� n� ��áti�� - su�� ��us� � �e��l�ções-------------------
- Supositório de base lipofílica apresentado quebrado - ocorreu porque foi adicionado
o material que foi fundido posteriormente (excesso) no local da forma já se tinha um
material solidificado, neste caso não a possibilidade de que ocorra a adesão da
parte solidificada com a que irá ser despejada.
- Supositório de base hidrofílica apresentando rachadura e baixa viscosidade -
quando se tem uma preparação que se usa um indutor de viscosidade (consistência)
e ele é usado na quantidade insuficiente, isso deixará o produto com menor
viscosidade, não tendo como manter o produto na sua forma, apresentando
sinéreses (rachaduras) e a viscosidade baixa dele não permitirá uma consistência
suficiente para fazer-se a aplicação, mas sim dá uma facilidade maior de ficar
aderido e de liberar de forma mais rápida os princípios ativos da sua composição,
Para uma correção deve-se adicionar uma maior quantidade do agente indutor de
viscosidade que está presente na formulação.

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