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Maria Eduarda Caetano – 73 A – 11/2020 Parede anterolateral do abdômen e Região inguinal PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME MÚSCULOS • Anteriormente (2): reto do abdome e piramidal • Anterolateralmente (3): oblíquo externo, oblíquo interno e transverso • Tela subcutânea ou fáscia superficial: - Contém gordura: parte + externa (camada areolar), ela é contínua > coleção de sangue pode migrar p/ coxa - Parte profunda (camada laminar -de Scarpa): + colágena e membranácea (principalmente na região inguinal), não se prolonga para coxa - Contínua com tela similar na coxa e com a camada gordurosa da fáscia perineal superficial: camada + superficial (areolar- de Camper) > permite acúmulo de gordura - Ligamento fundiforme: prolongamento da tela subcutânea da sínfise do pube ao dorso do pênis - Fáscia intermédia do revestimento (fáscia de Camper): + superficial e + mole > bem desenvolvida no hipogástrio - Estrato membranáceo da tela subcutânea abdome (fáscia de Scarpa): + grossa (se prende no lig inguinal) • Fáscia da parede abdominal ou profunda: - Camada fina de revestimento do oblíquo externo - Continua medialmente sobre a aponeurose do oblíquo externo até a linha alba - Inferiormente ela se funde com a fáscia sobre a superfície profunda do oblíquo externo e se prolonga até o funículo espermático como fáscia espermática externa Músculo oblíquo externo • Mais superficial dos 3 músculos anterolaterais • Origem: superfícies externas das 8 costelas inferiores (se interdigita com o serrátil anterior e o latíssimo do dorso) • Fibras correm em direção ínfero medial (mão no bolso) • Fibras dão origem a uma aponeurose que se continua com a aponeurose do mm do lado oposto na linha alba • A borda inferior da aponeurose estende-se como ligamento inguinal da espinha ilíaca antero-superior ao tubérculo púbico • Borda posterior forma um ângulo com a borda lateral do grande dorsal: Trígono Lombar ( que tem como assoalho o mm oblíquo interno) • Inervação: nevos toracoabdominais e subcostal Maria Eduarda Caetano – 73 A – 11/2020 • Ação: Comprime os conteúdos abdominais. A contração bilateral destes músculos resulta na flexão da coluna vertebral ou tronco. Agindo isoladamente, o oblíquo externo do abdome inclina a coluna vertebral lateralmente e promove a sua rotação contralateral enquanto movimenta o ombro anteriormente para o mesmo lado da concentração • Se espessa inferiormente na sua aponeurose: Ligamento Inguinal (se estende da espinha ilíaca anterosuperior ao tubérculo púbico) > reflexão da aponeurose do mm oblíquo externo Músculo oblíquo interno • Origem: Origina-se na metade lateral do 2/3 laterais ligamento inguinal, crista iliaca e aponeurose toracolombar • Inserção: Fixa-se nas bordas inferiores das cartilagens das últimas 3 ou 4 costelas, linha alba, crista púbica e linha pectínea • Ação: Comprime os conteúdos abdominais. A contração bilateraldos músculos oblíquos internos do abdome resulta na flexão da coluna vertebral. A contração de um só músculo inclina a coluna vertebral lateralmente e promove a sua rotação ipsilateral, movimentando o ombro do lado oposto anteriormente • lnervação: É feita pelos toracoabdominais, nervo subcostal (T12)e nervos iIio-hipogástrico e ilioinguinal (L1) • Na região inguinal, as aponeuroses do músculo oblíquo interno e do músculo transverso do abdome se fundem para formar o tendão conjuntivo Músculo transverso do abdome • Origem: fáscia ilíaca, borda interna da crista ilíaca e fáscia toracolombar, e superfície interna das seis cartilagens costais • Fibras correm horizontalmente • Fibras terminam numa aponeurose que contribui para bainha dos retos • Fáscia na superfície interna do mm servo como um epimísio: fáscia transversal • lnervação: É feita pelos toracoabdominais, nervo subcostal (T12)e nervos iIio-hipogástrico e ilioinguinal (L1) Músculo Reto do Abdome • Músculo do Tanquinho • Origem: Origina-se inferiormente através de 2 tendões. O tendão lateral está fixado na crista púbica; o tendão medial se entrelaça com o tendão do lado oposto, emergindo na sínfise púbica. • lnserção: Fixa-se nas cartilagens das 5ª , 6ª e 7ª costelas e no processo xifoide. • Ação: Flexiona a coluna vertebral ou tronco, exerce tensão sobre a parede anterior do abdome e deprime as costelas. • lnervação: Nervos toracoabdominais e nervo subcostal (T12) • O músculo reto do abdome está contido na bainha do músculo reto do abdome e separado do reto do abdome do lado oposto por meio da linha alba • Este músculo é cruzado por bandas fibrosas, que são suas 3 intersecções tendíneas Maria Eduarda Caetano – 73 A – 11/2020 Linha alba e bainha do reto → Bainha do reto • Aponeuroses do oblíquo interno e do transverso do abdome • Superiormente a músculo transverso abdominal passa por trás do reto • Inferiormente a aponeurose do transverso localiza-se sobre o reto • O limite dessa diferença é a Linha Arqueada (semicircular) → Linha alba: rafe tendínea espessa, de fibras entrelaçadas, e que se estende do processo xifoide à sínfise púbica Músculo piramidal: pouca importância, pode estar ausente e é inervado pelo nervo subcostal REGIÃO INGUINAL • Região de fragilidade da parede anterolateral do abdome CANAL INGUINAL • Passagem oblíqua de 3 a 5cm de comprimento através da parede abdominal • Medialmente à fáscia tranversal • Nos homens: funículo espermático (ducto deferente, vasos testiculares, plexo venoso pampiniforme, pelos linfáticos e pelos nervos autônomos do testículo) n. ilioinguinal e o ramo genital do n. genitofemoral. - O funículo espermático atravessa o ânulo inguinal profundo (orifício na fáscia transversal) - O funículo emerge no ânulo inguinal superficial (abertura triangular de tamanho variável na aponeurose do oblíquo externo) • Nas mulheres: Nas mulheres: ligamento redondo do útero, a a. e v. do ligamento redondo, o n. ilioinguinal e o ramo genital do n. genitofemoral - Mais estreito que o masculino: hérnias menos frequentes - Dá passagem ao ligamento redondo do útero + vasos que o acompanham + nervo ilioinguinal • Contém o nervo ilioinguinal • O canal inguinal estende-se do anel inguinal profundo até o anel inguinal superficial. Nos homens, o funículo espermático atravessa esse canal • Parede anterior do canal inguinal: aponeurose do oblíquo externo e lateralmente pelas fibras musculares do oblíquo interno • Parede posterior: aponeurose do transverso e fáscia transversal (pode ter contribuição da aponeurose do oblíquo interno) • Limite superior: fibras arqueadas do oblíquo interno e transverso abdominal • Assoalho: ligamentos inguinal e lacunar • Vasos epigástricos inferiores estão posteriormente ao canal inguinal • Principal proteção: muscular • Prega umbilical lateral: vasos epigástricos inferiores + tecido conjuntivo extraperitoneal • Trígono inguinal: - Borda lateral: vasos epigástricos inferiores - Borda medial: borda lateral do reto do abdome - Borda inferior ou base: ligamento pectíneo e pube / anel inguinal superficial - Região mais frágil da região inguinal Acima da linha arqueada, a lâmina anterior da bainha do músculo reto do abdome compreende as aponeuroses fundidas dos músculos oblíquos interno e externo do abdome, enquanto a lâmina posterior abrange a fusão das aponeuroses do músculo obliquo interno e do músculo transverso do abdome. Abaixo da linha arqueada, as aponeuroses dos 3 músculos se fundem para formar a camada anterior da bainha; o músculo reto do abdome repousa somente sobre a delicada fáscia transversal. Ligamento Inguinal Mm oblíquo interno e Mm transverso do abdome F ás ci a tr an sv er sa l A p o n eu ro se d o o b lí q u o e xt er n o Canal Inguinal Maria Eduarda Caetano – 73 A – 11/2020 Fáscia transversal• Continua-se com a fáscia pelvina parietal • Reveste o reto e o separa do tecido conjuntivo extraperitoneal • Se funde com a fáscia ilíaca • Forma a fáscia espermática interna: prolongando-se anteriormente aos vasos femorais (na coxa), como parte anterior da bainha femoral Hérnias • Aumento da P intrabdominal com extravasamento de conteúdo → Hérnias inguinais indiretas (75% das hémias inguinais) ocorrem lateralmente aos vasos epigástricos inferiores, passam através do anel inguinal profundo e do canal inguinal e ficam contidas dentro da fáscia espermática interna do funículo espermático > aproveita o canal inguinal → Hérnias inguinais diretas ocorrem medialmente aos vasos epigástricos inferiores (trígono de Hesselbach), passam através da parede posterior do canal inguinal e se separam do funículo espermático, empurra a fáscia transversal e o mm oblíquo externo> aproveita o trígono → Hérnias umbilicais ou ventrais: ocorrem por um fechamento incompleto da parede abdominal ou por defeitos na linha alba ANEL OU ÂNULO INGUINAL • Anel Inguinal Superficial: buraco na aponeurose do oblíquo externo: se entro nele eu entro no canal inguinal > local onde o testículo sai, arrastando fáscia transversal (Fáscia Espermática Interna),Fáscia e fibras do oblíquo interno (Músculo Cremáster e Fáscia Cremastérica – pode ter contribuição do músculo transverso do abdome se ele se inserir mais medialmente no ligamento inguinal) e fáscia do oblíquo externo (Fáscia Espermática Externa) - Se o testículo desce somente até o canal inguinal não tem fáscia espermática externa • Anel Inguinal Profundo: evaginação (não é visível na face anterior da parede abdominal), dá acesso ao canal inguinal Vasos testiculares e ramo genital do nervo genitofemoral Vasos epigástricos inferiores Ligamento umbilical medial (parte oclusa da artéria umbilical) Músculo reto do abdome Ligamento mediano (uraco) Anéis inguinais superficiais Fibras intercrurais Ligamento inguinal (de Poupart) Músculo cremáster Funículo espermático Fáscia espermática interna Mm oblíquo externo do abdome Maria Eduarda Caetano – 73 A – 11/2020 VASOS SANGUÍNEOS E DRENAGEM LINFÁTICA VASOS SANGUÍNEOS Irrigação arterial • Os vasos epigástrios inferiores formam a prega umbilical lateral e formam anastomoses (posterior o mm reto do abdome) com os vasos epigástrios superiores, que são contínuos com os vasos torácicos internos (mamários)> importante para o suprimento sanguíneo da parede abdominal, porque essas artérias têm conexões com as artérias intercostais (no tórax) e com alguns ramos dorsais das artérias lombares ao longo de toda sua rota • Artéria Torácica Interna dá 2 ramos: musculofrênica e epigástrica superior • Artéria epigástrica inferior é ramo das artérias ilíacas externas > mais predominante = tem calibre maior e território de irrigação maior • Artéria Circunflexa Profunda faz rede anastomótica • Artérias intercostais posteriores também irrigam a parede abdominal • Artérias lombares irrigam parede posterolateral do abdome • Presença de circulação colateral Drenagem venosa • As veias da parede do abdome anterior formam uma importante rede superficial de anastomoses de veias que retornam sangue ao coração • Anastomoses entre as veias epigástricas superficiais, que drenam a região inguinal, e as veias torácicas laterais que, por sua vez, drenam sangue para a veia axilar • Em um plano mais profundo, as veias epigástricas inferiores fazem anastomose com as veias epigástricas superficiais e com as veias torácicas internas DRENAGEM LINFÁTICA • Para os linfonodos axilares do umbigo para cima • Para os linfonodos inguinais superficiais (PRINCIPALMENTE) e profundos do umbigo para baixo DIVISÃO ANATÔMICA DO ABDOME Vasos epigástricos superiores Mm reto do abdome Mm transv do abdome Lâmina posterior da bainha do reto Vasos epigástricos inferiores Ligamento inguinal Foice inguinal Mm cremáster Ligamento lacunar Ligamento umbilical medial – artéria umbilical Fáscia transversa Linha arqueada Lam anterior Linha alba 1 . Veia subclávia 2. Veia axilar 3. Veia torácica lateral 4. Veias intercostais anteriores 5. Veia torácica interna 6. Veias epigástricas inferiores 7. Veia epigástrica superficial 8. Veia epigástrica superficial 9. Veia toracoepigástrica 1 0. Veia torácica lateral 1 1 . Veias jugulares (Extema; Interna; Anterior) Maria Eduarda Caetano – 73 A – 11/2020
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