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Periodonto de proteção: gengiva livre/marginal e inserida Periodonto de sustentação: ligamento periodontal, cemento radicular, osso alveolar A papila interdental faz parte da gengiva marginal Mucosa gengival x mucosa alveolar Mucosa gengival: Mucosa mastigatória Epitélio pavimentoso estratificado ceratinizado Coloração mais clara Proteção contra atrito da mastigação Mucosa alveolar: Mucosa de revestimento Epitélio pavimentoso não ceratinizado Apresente lâmina própria fina – muito vascularizada e muitas fibras elástica Interface epitélio-tecido conjuntivo relativamente plana (projeções curtas e irregulares) Coloração avermelhada Elasticidade Linha mucogengival – imagem direta com corante para ajudar a identificar a diferença entre a mucosa gengival e a alveolar. O tracionamento do lábio ajuda na identificação desse limite entra as mucosas A sonda em sentido horizontal ajuda nessa identificação, de modo a puxar a mucosa do sentido apical para coronário, a fim de perceber quando a sonda irá parar e chegar na mucosa alveolar. Localização da linha mucogengival: Na superfície vestibular da arcada superior, inferiores e na face lingual da arcada inferior. Na arcada superior, na face palatina, não temos essa divisão, pois a mucosa está se continuando com a mucosa do palato. Mucosa gengival Mucosa alveolar Periodonto de proteção Gengiva livre/marginal: Altura de 1 a 2,0 mm Coloração róseo coral Superfície lisa e opaca Consistência firme Terminação em bisel Forma piramidal Gengiva inserida: Altura de 1 a 9,0 mm Coloração róseo pálido/ pigmentação melânica (apenas na inserida) Aspecto superficial pontilhado – aspecto de casca de laranja Firme e resiliente ▪ Gengiva livre Colar que circunda o colo do dente – Nível JCE vertente externa: epitélio oral vertente interna: epitélio sulcular e epitélio juncional → Epitélio Oral/gengival Presente na gengiva livre e na gengiva inserida Origem: ectoderma – epitélio oral primitivo Epitélio pavimentoso estratificado ceratinizado: 70% paraceratinizados Tipos de células: ceratinócitos, células de Langherans, células de merkel Extratos/camadas: camada basal, espinhosa, granulosa e córnea • Camada basal/germinativa: responsável pela regeneração epitelial. Temos celulas colunares ou cúbicas, indiferenciadas de alta atividade mitótica • Camada espinhosa: células poliédricas ou arredondadas, espinhosa devido a aparência dos desmossomos visíveis • Camada granulosa: células mais fusiformes ou achatadas – grânulos de ceratohialina • Camada córnea/ceratinizado: Ortoqueratina (30%, mais achado em palato) – células mais achatas, anucleadas e eosinofílicas (ausência de organelas) Paraceratina – células achatadas com núcleo picnótico (organela parcialmente presente) 4 camadas epiteliais bem definidas, lâmina própria com origem ectomesênquima Numerosas cristas epiteliais Degeneração hidrópica – presença de água Espongiose – célula mais aberta Exocitose – presença de celulas inflamatórias Pigmento de melanina • Células que constitutem o epitelio oral/gengival: Ceratinócitos e células claras que são os melanócitos: células dendríticas, células de Langerhans e células de merkel. Células claras – ausência de união às células vizinhas (desmossomos), retração citoplasmática (processamento histológico) – halo claro em torno do núcleo Melanócitos: Origem na crista neural – ectoderma Localização – camada basal do epitélio Função - sintetizar pigmentos de melanina Coloração de rotina – citoplasma claro ou repleto de grânulos de melanina Celulas de Langerhans Células dendríticas Origem das celulas hematopoiéticas da medula óssea Localização – camada espinhosa do epitélio oral e sulcular, não é achada no epitélio juncional Função – apresentar antígeno Identificação – técnicas de colorações especiais ▪ Epitélio sulcular Presente na gengiva livre Origem – invaginação do epitélio oral (erupção dentária) Epitélio pavimentoso estratificado não ceratinizado em quase toda a extensão Não tem camada granulosa Espaços intercelulares menores que do epitélio juncional, menor permeabilidade Não tem exocitose Epitélio/lâmina própria – pequenas cristas epiteliais ▪ Epitélio juncional Presenta a gengiva livre Origem – epitélio reduzido do órgão do esmalte Epitélio pavimentoso estratificado não ceratinizado (delgado) Constituição: Camada basal – única camada de células cúbicas (renovação de 3-5 dias) Camada suprabasal – numerosas camadas de células achatadas (espessura variável de acordo com a região) Amplos espaços intercelulares, maior permeabilidade Presença de exocitose Epitélio/lâmina própria (plana) Aderência epitelial: É o mecanismo de adesão do epitélio juncional ao dente, se adere ao esmalte (+ comum), cemento radicular, dentina radicular e material restaurador A sondagem clínica não compromete a aderência epitelial, pois ainda temos uma camada do tecido aderida ao dente Sobre a gengiva livre ou marginal... Papila interdentária: porção de gengiva livre entre dois dentes vizinhos Área de Col: concavidade abaixo da superfície de contato (papila vestibular e lingual) dos pré- molares e molares, é revestida por epitélio delgado, espongiótico e não ceratinizado (epitélio juncional) Sulco gengiva: estreita fenda entre a gengiva livre e o dente, 0,5 mm de profundidade Fluído sulcular: células inflamatórias, anticorpos e células epiteliais descamadas Sulco gengival histológico = +- 0,5 mm Sulco gengival clínico = +- 2,0 mm Fluído gengival: auto limpeza do sulco gengival, contém substâncias plasmáticas viscosas que podem melhorar a aderência epitelial, propriedade antimicrobianas, presença de anticorpos. Serve como meio de cultura para o crescimento bacteriano e contribui para a formação do biofilme e cálculo. Componentes da gengiva livre e gengiva inserida: Lâmina própria: origem ectomesenquima Papilar: tecido conjuntivo fibroso frouxo Reticular: tecido conjuntivo fibroso denso Constituição da lâmina própria: Células: fibroblastos, macrófagos, mastócitos, linfócitos e ocasionais plasmócitos e LPMN (camada papilar) Matriz extracelular: feixes de fibras colágenas (camada reticular), substância fundamental amorfa, não tem fibras elásticas Vasos sanguíneos, linfáticos e fascículos nervosos Fibroblastos: células fusiformes, finos prolongamentos citoplasmáticos, núcleo elíptico e volumoso. Feixes de fibras colágenas (principais fibras da gengiva): Grupos de fibras dentogengivais (do dente para gengiva) Grupos de fibras dentoperiostais (do dente para o periósteo) Grupos de fibras alveologengivais (da crista alveolar para a gengiva) Grupos de fibras circulares (circulam o elemento dentário) Grupos de fibras interpapilares (da vestibular para a mesial do elemento) Grupos de fibras transeptais/interdentárias/dento dentárias (de um dente até o outro) As fibras da gengiva formam uma barreira para impedir o aprofundamento apical do epitélio juncional. Na gengiva inserida: Na lâmina própria temos papilas conjuntivas que causam o aspecto casca de laranja Possui papilas conjuntivas Distância biológica: Compreende as distâncias do epitélio sulcular, juncional e a inserção conjuntiva O tecido de inserção supracrestal (antigo espaço biológico) compreende o epitélio juncional e a inserção conjuntiva Unidade dentogengival = epitélio juncional (aderência epitelial) + fibras (inserção conjuntiva) Identificação de conceitos: Periodonto de sustentação Composição: Ligamento periodontal Cemento radicular Osso alveolar Origem: folículo dentário Formação: formaçãoda dentina radicular e presença da bainha epitelial de Hertwig Processo de formação do periodonto de sustentação: Bainha epitelial de Hertwig – essa bainha orienta a formação da raiz, ela irá se desintegrar de modo que vai permitir o contato das celulas mesenquimais do folículo com a dentina radicular que irá se diferenciar em cementoblastos, fibroblastos e osteoblastos Fibroblasto remodela o ligamento periodontal Ligamento periodontal: Tecido conjuntivo fibroso frouxo, não mineralizado, muito vascularizado e inervado. Possui feixes espessos de fibras colágenas (principais fibras do ligamento periodontal), é responsável pela articulação dentária. Funções do ligamento periodontal: ▪ Físicas Articulação entre o dente e o alvéolo Sustentação dente alvéolo Amortece e distribui as forças mastigatórias Transmite forças oclusais ao osso Aloja vasos e nervos ▪ Formadora/remodeladora: Síntese de tecido ósseo e cemento ▪ Sensorial Receptores propioceptivos ▪ Nutritiva Irrigação sanguínea (cemento e osso alveolar) Constituição do ligamento periodontal: Células: fibroblastos, células ectomesenquimais indiferenciadas, restos epiteliais de malassez, cementoblastos, odontoclastos, osteoblastos e osteoclastos. MEC: fibras principais do LP, fibras secundárias do LP, fibras oxitalâmicas e substância fundamental amorfa Vasos e nervos Fibroblastos: Alongado e fusiforme, núcleo ovóide e vários processos citoplasmáticos Disposição – longo eixo paralelo aos feixes das fibras colágenas Função – formação e destruição das fibras colágenas Capacidade contrátil e migratória – desenvolvimento, movimento e reparação do LP Células ectomesenquimais indiferenciadas: Pequenas e fusiformes Aproximadamente fibroblastos inativos Localizada próximo aos vasos sanguíneos Função: diferenciação de novas células (natureza conjuntiva) – fibroblastos, cementoblastos e osteoblastos Restos epiteliais de malassez: Grupo de células epiteliais – resulta da desintegração da bainha epitelial de Hertwig Redonda ou poligonal, núcleo esférico e central Localização - próximo ao cemento Origem – cisto periodontal lateral (terço médio ou cervical), cisto radicular (terço apical) MEC do ligamento periodontal: Fibras principais do ligamento periodontal – feixes espessos de colágeno tipo I Grupo de fibras da crista alveolar Grupo de fibras horizontais Grupo de fibras oblíquas Grupo de fibras apicais Grupo de fibras inter-radiculares As fibras oblíquas suportam o impacto vertical das forças da mastigação, transformando em tesão para o osso As fibras da crista alveolar previnem a extrusão dental e oferecem resistência aos movimentos laterais Fibras apicais amortecem as forças de intrusão Na ausência de oclusão as fibras do LP ficam finas e desorganizadas, em oclusão ficam mais espessas e organizadas Espaço do LP: em hipofunção ocorre a diminuição do espaço. Em hiperfunção ocorre espessamento da LD e aumento do espaço do LP. Fibras secundárias do ligamento periodontal: fibrilas e fibras colágenas não entrelaçadas (colágeno III, V, VI e XII). Localizadas ao redor de vasos sanguíneos e nervos. MEC: substância fundamental amorfa, proteoglicanos, glicosaminoglicanos, glicoproteínas, alguns lipídeos e grande quantidade de água. Ajudam no amortecimento das forças mastigatórias Fibras de Sharpey: porções mineralizadas das fibras do ligamento periodontal. É a parte das fibras do ligamento que se mineralizou devido estarem inseridas no osso alveolar Cemento radicular: Tecido conjuntivo mineralizado especializado – recobre a dentina radicular e pequenas porções de esmalte Função: permitir a inserção das fibras do LP e da gengiva, possibilita a sustentação do dente no alvéolo, protege a dentina radicular e compensa o desgaste oclusal. Não possui vasos sanguíneos, linfático ou nervos, não sobre remodelação e reabsorção fisiológicas. Deposição contínua ao logo da vida Espessura variável: mais fino no terço cervical da raiz e mais espesso no terço apical da raiz Composição: 60% matriz inorgânica (componente mineral – cristais de hidroxiapatita), 40% matriz orgânica: fibras colágenas – colágeno tipo I, proteínas não colagênicas (sialoproteína, osteopontina, proteoglicanas) e células – cementoblastos e cementócitos Tipos de cemento: ▪ Cemento primário ou acelular: Associação com a formação da raiz, Antes da erupção do dente Terço cervical da raiz ▪ Cemento secundário ou celular Durante e após erupção do dente Resposta a demandar funcionais Terços médio e apical Cemento primário ou acelular: Localização: terço cervical da raiz (parte extra-alveolar da raiz) Extensão: maior incisivos Presente: regiões de cemento celular (camada única) Características: Não apresenta cementócitos – interior da matriz mineralizada Apresenta fibroblastos e cementoblastos – periferia da matriz Matriz orgânica: feixes espessos de fibra colágenas e extrínsecas (fibras de Sharpey) Não possui fibras colágenas intrínsecas Aspecto homogêneo, vítreo e quase transparente Espessura – reduzida Antes da erupção do dente OBS. A exposição da raiz leva a perda da fina camada de cemento acelular, causando uma exposição de dentina (hipersensibilidade na região). Cemento secundário ou celular: Possui fibras mistas (extrínsecas e intrínsecas) Cemento celular de fibras mistas: Durante e após a erupção do dente Localização – terços médio e apical da raiz (parte intra-alveolar da raiz) Apresenta cementócitos na matriz mineralizada Fibroblastos e cementoblastos na periferia da matriz Matriz orgânica: fibras colágenas extrínsecas e intrínsecas Mais espesso que o cemento acelular Cemento celular de fibras intrínsecas: Após reabsorção cementaria e desenvolvimento completo do dente Localização: terço apical da raiz – compensar o desgaste fisiológico oclusal No terço médio compensa áreas de reabsorção cementária Apresenta cementócitos – interior da matriz mineralizadas Apresenta cementoblastos – periferia da matriz Matriz orgânica – fibras colágenas intrínsecas (não possui fibras colágenas extrínsecas) Cementoblastos: Função: síntese da matriz orgânica do cemento Cementoblastos ativos: arredondada ou ovalada (+ citoplasma, basofílico), + organelas Cementos em repouso: achatado e menos números de organelas Cementócitos: cementoblastos aprisionados na matriz mineralizada, interior de lacunas, numerosos prolongamentos citoplasmáticos (canalículos) – divergem na superfície externa do cemento Relações da junção cemento-esmalte Osso alveolar: Osso basal – de sustentação Corpo da maxila e da mandíbula Origem: ossificação intramembranosa (condensação do ectomesênquima) Formação: independe da odontogênese Processo alveolar: Cortical externa (osso compacto) Osso esponjoso Cortical interna (osso compacto) É um alvéolo dentário de origem no osso basal (anastomose de trabéculas de osso primário) e a formação depende da odontogênese Osso alveolar propriamente dito Parte do periodonto de inserção Origem – células ectomesenquimais (região periférica do folículo dentário) Formação – totalmente dependente da odontogênese Deposição intermitente -> linhas incrementais (paralelas à parede do alvéolo) Mineralização da matriz: incorporação de parte das fibras do LP -> fibras de Sharpey (perpendicular às linhas incrementais) Estrutura: parte mais profunda (sistema de havers), parte mais superficial (lamelas paralelas) Constituição: Osteoblastos ou células de revestimento ósseo (superfície externa do osso alveolar) Osteócitos (lacunas)/ prolongamentos (canalículos) Osteoclastos (áreas de reabsorção) Fibras extrínsecas do LP (fibras de Sharpey): perpendiculares à superfície-> aspecto fasciculado Fibras intrínsecas do osso alveolar ppd – perpendiculares às fibras de Sharpey Osteoblastos: Osteócitos Osteoclastos Fibras intrínsecas e extrínsecas No osso alveolar temos remodelação contínua, aposição e reabsorção simultânea, linha de reversão (reabsorção seguida de aposição) A lâmina cribiforme tem numerosas perfurações A lâmina dura radiograficamente tem maior radiopacidade Principais alterações anatômicas do osso alveolar – implicações clínicas: Deiscência: perda do osso marginal da tábua óssea, estendendo- se em direção apical. Fenestração: perfuração isolada da tábua óssea, com preservação do osso marginal Fenótipo periodontal: Plano e espesso – espesso Fino e festonado – não espesso
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