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Interações Biofilme-Saliva-Dente

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Interações Biofilme-Saliva-Dente BEATRIZ CÂMARA DE OLIVEIRA ODONTOLOGIA UFRN
Etiologia multifatorial da cárie
Perturbações no equilíbrio entre o mineral e os
fluidos orais resultam em perda global de mineral dos
dentes (lesão de cárie e erosão) ou em precipitação
de minerais na superfície da estrutura dentária
(formação do cálculo)
EQUILÍBRIO na relação dinâmica entre a superfície
dentária com os fluidos orais
 SALIVA
✓Mais de 99% de água e menos de 1% de sólidos
(eletrólitos e proteínas)
0,5 a 1litro/dia
glândulas salivares maiores, menores e fontes
não glandulares
✓Saliva total: mistura de fluidos na boca em
contato com os dentes e a mucosa oral
✓Parótida (células acinares serosas): saliva
fina e aquosa, rica em amilase 
✓Submandibular (células acinares serosas e
mucosas): saliva mais viscosa e pegajosa 
✓Sublingual (células acinares mucosas):
secreção mais viscosa rica em mucina
Glândulas salivares maiores
Produzem cerca de 10% da saliva 
Ductos curtos e de diâmetro reduzido 
Importante papel na lubrificação oral 
São encontradas em muitas partes da mucosa
oral e denominadas de acordo com a localização 
Estímulo proveniente do SNC 
Formação da saliva primária (com liberação de
proteínas pelas células acinares) 
Passagem da saliva pelos ductos: modificação na
composição da saliva
Secreção salivar:
1.
2.
3.
Depende fortemente da taxa do fluxo salivar 
pH: 6,5 a 7,0 
Componentes inorgânicos: 
Composição da saliva:
Cálcio: 1 a 2mmol/L 
Fosfato: ácido fosfórico (H2PO4); diidrogênio
fosfato (H2PO4 - ); hidrogênio fosfato (HPO4 2- );
fosfato (PO4 3-) 
Movimento lento de deslocamento da saliva
para a garganta 
Dilui e elimina substâncias que podem ser
potencialmente danosas 
Meia-vida da limpeza
Funções da saliva
*LIMPEZA:
*CAPACIDADE TAMPÃO E CONTROLE DO PH:
Tecido acelular altamente mineralizado 
Cristais de fosfato de cálcio compreendem 99%
do peso seco 
Semelhante a Hidroxiapatita: Ca10(PO4)6(OH)2
Outros elementos químicos também estão
presentes (ex. Carbonato e flúor) =>
relacionados a maior ou menor solubilidade do
esmalte
Tecido translúcido e brilhante, duro e friável =>
cor, dureza e propriedades físicas semelhantes
à hidroxiapatita
Os cristais são longos e delgados, com cerca de
50nm de diâmetro transversal e mais de 100µm
de comprimento 
Densamente compactados em uma
organização repetitiva 
Espaços intercristalinos
FASE MINERAL DO ESMALTE
✓CARACTERÍSTICAS DO ESMALTE 
H2PO4 - e HPO4 2- consomem H+ 
A concentração de fosfato total diminui
com o aumento do fluxo salivar, por isso a
contribuição desse tampão é de apenas
10% na saliva estimulada 
Contribui para a capacidade tampão na
faixa de pH entre 8 e 6, principalmente na
saliva não estimulada 
Sistema tampão fosfato
A concentração de bicarbonato aumenta em
maior fluxo salivar (contribuição pode ser maior
que 90% na saliva estimulada), atuando
principamente na faixa de pH entre 7,0 e 5,0
Sistema tampão ácido carbônico/bicarbonato
As proteínas podem aceitar ou liberar prótons
a fim de reequilibrar o ponto isoelétrico 
Aumentam a viscosidade da saliva em
situações de queda do pH (formação de uma
barreira de difusão) 
Atuação abaixo do pH 5,0
Sistema tampão proteico
Espessura de cerca de 1µm ao chegar em
equilíbrio 
Presença da maior parte das proteínas salivares,
mas a composição pode ser sítio- específica 
Barreira de difusão 
Não é removida mecanicamente 
*PELÍCULA ADQUIRIDA DO ESMALTE (PAE):
Formação da película 
OBS: PAE é o início para formação do biofilme
dentário
Todos os minerais possuem
solubilidade fixa em água 
A dissolução em água pura diminui a
medida que os íons constituintes dos
cristais se acumulam na solução
✓DISSOLUÇÃO DOS CRISTAIS (MINERAL
DO ESMALTE) 
Produto de atividade iônica (IAP):
determinado pela multiplicação das massas
dos íons presentes na solução => se refere
a concentração de íons ativos em uma
solução
Produto de solubilidade (KPS):
concentração de íons em solução de um
sólido pouco solúvel quando este se
encontra em equilíbrio de solubilidade 
Quanto menor o pH (meio ácido) maior
a quantidade de íons ativos na solução
para que a reação entre em equilíbrio
O H+ adicionado à reação combina-se com
os íons fosfato e hidroxila 
O IAP diminui e a solução é considerada
insaturada e mais hidroxiapatita se dissolve
até que a saturação se reestabeleça
Princípio de Le Chatelier 
quando se aplica uma força em um sistema em
equilíbrio, ele tende a se ajustar procurando
diminuir os efeitos dessas forças 
1.
2.
A solução geralmente está
supersaturada em relação ao mineral 
IAP > KSP: supersaturada 
IAP < KSP: subsaturada 
pH crítico: IAP = KSP (esmalte= pH 5,5)
Lesão cariosa 
Erosão 
Dissolução parcial do tecido, deixando uma
camada superficial mineralizada (20-50µm) 
Na subsuperfície, a perda mineral é de 40 a 50% 
Se origina de produtos bacterianos acídicos 
Aspecto branco opaco
Desmineralização e dissolução completa, camada
por camada 
pH muito baixo 
Ácidos de origem não-bacteriana 
Aspecto duro e brilhante
Dissolução química dos tecidos dentais duros
pelos produtos bacterianos acídicos oriundos da
degradação dos açúcares de baixo peso
molecular
Na presença de flúor, o mineral da superfície se
torna menos solúvel, enquanto a porção interna
(rica em carbonato), já pode ser dissolvida
DESMINERALIZAÇÃO
✓ A solubilidade da apatita aumenta 10 vezes
com a queda de uma unidade do pH 
✓ A exposição aos ácidos pode gerar dois tipos
de lesão: 
LESÃO DE CÁRIE (EM ESTÁGIO INICIAL)
EROSÃO 
RESULTADO DA CÁRIE
O cristal da apatita do esmalte permite
a inclusão de íons estranhos em sítios
normalmente destinados para cálcio,
fósforo e hidroxila 
Substituição do fosfato por carbonato 
Substituição de cálcio por sódio 
Substituição da hidroxila por flúor
✓RELAÇÃO COM OS FLUIDOS BUCAIS
carbonato = aumenta a solubilidade
flúor = diminui a solubilidade
Cristais de até 50 a 100µm na
superfície externa contém mais
fluoreto e menos carbonato do que os
cristais na estrutura no momento da
erupção => torna os micrômetros mais
externos menos solúveis
Estado de saturação dos fluidos orais:
Biofilme metabolicamente ativo
A camada superficial, quando intacta dificulta a
passagem de íons para a região de subsuperfície,
o que torna a progressão da lesão de cárie mais
lenta, mas também dificulta a remineralização
REMINERALIZAÇÃO
✓ Requer cristais de apatita parcialmente
desmineralizados que possam crescer quando
expostos a soluções supersaturadas de apatita
✓ Remineralização da superfície das lesões 
✓ O corpo da lesão permanece como uma
cicatriz branca 
✓ Em função da difusão lenta, não parece ser
possível manter a supersaturação necessária
no fluido da lesão, dificultando a
remineralização no corpo da lesão
Em condições normais, a dentina sempre está
coberta por esmalte ou cemento 
O cemento comporta-se de maneira similar ao
esmalte (subsuperfície mais solúvel)
Quando a raiz é exposta ao meio bucal, o
cemento é rapidamente removido durante a
escovação
Apresenta menor conteúdo mineral (70% em
peso) 
Cristalitos de hidroxiapatita com dimensões
menores e mais reativos => a porcentagem de
íons estranhos é maior
O colágeno é a cadeia estrutural da dentina, que
une os cristalitos de apatita
A superfície radicular parece ser mais susceptível
à lesão de cárie 
pH crítico: 6,5
Superfície Radicular
DENTINA/CEMENTO
Composição dentinária:
E a ocorrência de lesão cariosa:
Fluorhidroxiapatita 
Fluoreto de cálcio
Reações ao flúor no ambiente bucal
REAÇÕES AO FLÚOR
Formada quando a concentração do fluoreto é
baixa (menor que 50ppm) e em um ambiente
acídico (entre 5,5 e 4,5 para o esmalte)
Fluorhidroxiapatita
Ficará nas camadas mais externas do esmalte
e forma uma parte integral desse tecido 
Formação lenta
Solução com concentração de flúor acima de
100ppm 
Melhor deposição em superfície porosa
Fluoreto de cálcio
Quanto maior a concentração de flúor, mais
fluoreto de cálcio é formado
Se deposita na superfície dentária e em outros
sítios => fluoreto de cálcio mais importante é
aquele que se precipitana placa, na película,
nas porosidades do esmalte e em outras áreas
inacessíves e de estagnação
Produzido na forma de glóbulos
Age como fonte temporária de flúor (liberação
gradual) 
Não sobrevive muito tempo nos fluidos
orais, já que estes são insaturados para o
sal => podem durar semanas em sítios
protegidos, na placa e na superfície rugosa
das lesões cariosas ativas
Formado em áreas de dentição próximo aos
ductos de glândulas salivares 
Íons fornecidos pela saliva e fluido gengiva
Cálculo dentário
Cálculo dentário
A supersaturação dos fluidos orais com fosfatos
de cálcio é uma das razões para a
remineralização da estrutura dentária, mas o
mesmo mecanismo pode resultar em
calcificação do biofilme
Supragengival:
A saliva contém inibidores da precipitação
=> impedem a formação de depósitos
minerais nas glândulas salivares e ductos 
Inibidores de mineralização contidos nos
dentifrícios => pirofosfato e citrato de zinco
Resumo

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