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Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul Licenciatura em Física (Matutino) Laboratório de Física I OSCILADOR HARMÔNICO AMORTECIDO Nome: FERNANDO FERREIRA ANSELMO Professor: Paulo Souza Data: 24 de Setembro de 2005 I – Objetivos Compreender as distinções entre o Movimento Harmônico Simples do Movimento Harmônico Amortecido, analisando o comportamento da amplitude de oscilação do sistema em função do tempo, e com isto determinar o tempo de relaxação do oscilador, e o possível valor de y para a. equação A = Ao e –yt, através de um novo tratamento dos dados. II – Introdução Teórica Supondo que nenhuma força de atrito atue no sistema oscilador, um pêndulo ou uma massa fixada a uma mola oscilará indefinidamente com uma energia mecânica constante (isto é, sem perdas de amplitudes de oscilações). Uma vez que nos osciladores reais se observa uma perda nas amplitudes, sabe-se que essa hipótese não é rigorosamente verdadeira, embora ela possa representar uma boa aproximação para alguns osciladores. O período é praticamente independente da amplitude para pequenas amplitudes de oscilações, logo, o decréscimo na amplitude causa uma variação pouco significativa no período do oscilador. Esta perda na amplitude é chamada de amortecimento e o movimento resultante é o movimento harmônico amortecido ocorre devido a muitas causas, dentre elas destacam-se o atrito, a resistência do ar e as forças internas. Comparando o movimento de osciladores não - amortecidos e amortecidos, ao incluir–se uma pequena força de atrito, a freqüência sofre uma variação desprezível, porém, a amplitude diminui gradualmente até tornar-se nula. Em muitos casos, esse decréscimo na amplitude pode ser computado multiplicando-se a equação referente ao oscilador não-amortecido (X = Xm cos (wt+ )) por uma função exponencial que descreve as curvas da figura (e-t/), e a equação resultante pode ser expressa por: X(t) = Xm e - t/cos (wt + ) Onde é uma constante chamada de constante de tempo de amortecimento. Matematicamente, ela representa o tempo necessário para que a amplitude seja reduzida de um fator igual a 1/e em relação ao seu valor inicial. Ao admitir-se uma forma particular para a força de amortecimento, podemos utilizar as leis de Newton para resolver as equações do movimento. A figura 1 mostra um modelo simples de oscilador amortecido. Um conjunto de massa-mola acoplada a uma pá imersa no líquido pode representar a força de amortecimento devido ao fluido exatamente da mesma forma que se representa a força de arrasto atuante em um projétil, isto é, xx bvF −= , onde b é uma constante positiva chamada de constante de amortecimento que depende das propriedades do fluido , das dimensões e forma de pá que está imersa no fluido. −−= xx bvKxF xx bvKxma −−= 0 2 2 =++ Kx dt dx b dt xd m A solução desta equação: )cos()( 2 += − wtextx m bt m onde, 2 2 −= m b m K w Essa solução supõe que a constante de amortecimento seja pequena, de forma que o radicando da raiz quadrada não pode ser negativo. Figura 1 : Representação de um oscilador harmônico amortecido. II – Procedimento Experimental Os Materiais utilizados neste experimento foram: cronômetro digital Axt – CIDEP com um erro de ± 0.001s; Tripé Universal Wackerrite; fio de cobre; recipiente com água; uma mola helicoidal de constante k que suporta uma dada massa. Para que fosse realizado um Movimento de Oscilação Harmônica Amortecida, dispomos de um conjunto de massa mola (de modo que a mola usada para a realização deste, foi à mesma usada para a do movimento harmônico simples do qual encontramos a constante elástica da mola) acoplada a um fio de cobre imerso na água (usado para amortecer o movimento). Deslocamos, então, o corpo suspenso na mola da posição de equilíbrio, para cada amplitude e, para cada amplitude escolhida observamos o tempo de oscilação. Ao anotarmos o tempo de oscilação dado pelo cronômetro repetimos o processo quatro vezes para cada amplitude. IV – Apresentação e Análise. Tomado os valores da amplitude inicial, e o sistema é colocado em oscilação vertical. Assim, quando o fio se move verticalmente, o liquido exerce sobre o fio uma força de arrasto inibidora, sobretudo sobre o sistema oscilante como um todo. A partir de quando o sistema entra em oscilação, partindo da amplitude inicial, quando ele deixa de passar por um dado ponto por nós, adotado (é importante lembrar que essa observação é feita á olho nu) paramos o cronômetro (também é importante observar: que há uma diferença de tempo ao observar e parar o cronômetro, e considerar os erros instrumentais). Esse processo é repetido no mínimo quatro vezes para uma melhor obtenção de resultados. As oscilações harmônicas estudadas têm lugar em sistemas conservativos. Na prática há sempre uma dissipação de energia. Assim, quando o movimento de um oscilador é reduzido por uma força externa, diz-se que o oscilador e o seu movimento são amortecidos. No caso, o movimento continua sendo harmônico simples, mas acrescentando um fator de amortecimento, a água, como comprovado pelo estudo teórico pelas comparações entre as equações dos dois movimentos que se diferenciam apenas pelo fator de amortecimento, o fio se move para cima e para baixo ,exercendo um amortecimento devido a viscosidade do liquido. Como o oscilador é amortecido, a energia mecânica total diminui com o tempo. Se o amortecimento é pequeno a amplitude (Xm) em Xm e –bt/m é substituída por ½ kx²m que diz que a amplitude e a energia mecânica decresce com o tempo. O valor da amplitude inicial: mmA )05,000,30(0 = . A = (100,5)mm A = (150,5)mm A = (200,5)mm A = (250,5)mm (0,715 0,001)s (0,950 0,001)s (1,254 0,001)s (1,769 0,001)s (0,602 0,001)s (0,889 0,001)s (1,145 0,001)s (1,587 0,001)s (0,845 0,001)s (1,015 0,001)s (1,025 0,001)s (1,859 0,001)s (0,568 0,001)s (0,775 0,001)s (0,987 0,001)s (1,814 0,001)s (0,598 0,001)s (0,854 0,001)s (1,098 0,001)s (1,643 0,001)s Ā = 0,666 Ā = 0,897 Ā = 1,102 Ā = 1,734 O modelo físico do Oscilador Harmônico Amortecido prevê um decaimento exponencial para amplitude teAA −= 0 . Uma maneira de verificar esta previsão é linearizar a função A(t) e ajustar uma reta aos dados experimentais. Esta linearização pode ser feita calculando-se o logaritmo neperiano de A: tAA −= 0lnln . Ln A t 2,303 0,666 2,708 0,897 2,996 1,102 3,219 1,734 525,2)399,4()469,5(*4 2 =−= ( ) 933,1399,4*846,12469,5*225,11 525,2 1 =−=a ( ) 794,0225,11*399,4846,12*4 525,2 1 =−=b Desvio Padrão 1 2 1 − − = = N TT d N i i Desvio Padrão da Média n d = Erro Absoluto A = 10mm 115,0 15 053,0 = − 052,0 5 115,0 = t1= (0,666 ± 0,052) s A = 15mm 092,0 15 034,0 = − 041,0 5 092,0 = t2= (0,897 ± 0,041) s A = 20mm 105,0 15 044,0 = − 047,0 5 105,0 = t3= (1,102 ± 0,047)s A = 25mm 115,0 15 053,0 = − 052,0 5 115,0 = t4= (1,734 ± 0,052)s ( ) − = iiiii xyxxya 21 ( ) ( )( ) − = iiii yxyxnb 1 ( )( ) −= 22 ii xxn ln A = 1,933 – 0,794 t Pelo gráfico o valor de γ encontrado foi : γ = -0,324. O tempo de relaxação corresponde ao tempo que leva para a amplitude cair do seu valor inicial e A0= . 036,11 30 . == e V - Conclusão dos Resultados Analisando a diferença entre o movimento harmônico simples (MHS) e o movimento harmônico amortecido (MHA), que tem como característica um fio que entraem contato com a água do recipiente demonstrado no procedimento, assim fazendo com que o movimento se retarde em função da força dissipativa que a água impõe sobre o fio de cobre. Podemos considerar A= Ao L-yt como uma função co-seno cuja amplitude é Ao L-yt, diminui gradualmente com o tempo. Para um oscilador não - amortecido a energia mecânica é constante e dado por ½ Kx². O gráfico para A= Ao L-yt para transformar o sistema num linear aplicamos o logaritmo neperiano que revela um comportamento linear para lna x t, de forma decrescente, de modo que a amplitude diminui à medida que o tempo passa, chegando á zero em um menor intervalo de tempo menor em relação ao MHS. Pois no MHA há uma maior dissipação de energia devido ao seu contato com a água ou um líquido qualquer. VI – Bibliografia Barthem, R.B., Tratamento e Análise de dados em Física Experimental, 6ª edição, UFRJ. Haliday – Resnick – “Física” Vol. 2
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