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Marina Michels DoTto – Acadêmica de Odontologia Universidade Federal de Santa Maria B G Livro referência: Periodontia Clínica –Lindhe 6ed – cap 12 São aqueles que alteram a natureza ou evolução da resposta inflamatória. Mudanças endócrinas fisiológicas e patológicas são consideradas fatores significativos na expressão da gengivite; Variação de hormônios: puberdade, gravidez e menstruação altera relação placa-gengivite aumenta os níveis de inflamação. Há nos tecidos gengivais e periodontais receptores para hormônios sexuais esteróides; O estrogênio tem efeito estimulador sobre o metabolismo do colágeno e sobre a angiogênese e leva à diminuição da queratinização do epitélio gengival; A progesterona tem maior efeito nos tecidos gengivais devido aos efeitos nos níveis de mediadores pró-inflamatórios e nos vasos sanguíneos da gengiva; Progesterona aumenta vascularização e permeabilidade dos vasos resposta inflamatória edematosa altamente vascularizada. Segundo e terceiro trimestre = aumento da prevalência e gravidade da gengivite; Resposta inflamatória exagerada níveis aumentados de progesterona aumento da permeabilidade e dilatação dos vasos capilares gengivais aumento e exsudação; Esses efeitos são mediados parcialmente pelo aumento da síntese de prostaglandinas. Início da puberdade Aumento da inflamação gengival não associado ao aumento simultâneo dos níveis de placa; Ciclo menstrual Alterações principalmente durante o período da ovulação; Hormônios sexuais esteróides (principalmente progesterona) alterando resposta e aumentando sinais clínicos da inflamação da gengiva; Esses hormônios influenciam em: Ò Volume sanguíneo; Ò Velocidade do fluxo sanguíneo; Ò Permeabilidade vascular em mulheres jovens aumento do Marina Michels DoTto – Acadêmica de Odontologia Universidade Federal de Santa Maria exsudato gengival durante a ovulação. Variações hormonais durante o ciclo não afetam a gengiva clinicamente normal, mas exarcebam a gengivite crônica existente. Mulheres que utilizam anovulatórios hormonais efeitos similares aos dos níveis hormonais durante a gravidez; Devido às mudanças nas formulações desses medicamentos (concentrações menores de hormônios) estudos demonstraram que o efeito é praticamente nulo sobre a gengivite. Condição endócrina; Clinicamente diabéticos tem maior inflamação gengival comparada com não diabéticos; Em diabéticos do tipo 1 é mais grave a resposta (tipo 1 = destruição das células beta – em pacientes jovens); Acúmulo de produtos finais da glicação avançada altera componentes da matriz intercelular (incluindo colágeno), espessando a membrana basal dos capilares e ocorrendo perda elástica dos vasos. Ocorre: Ò Formação de novos vasos com espessuras de parede variáveis; Ò Hiperemia; Ò Vasculite localizada (moderada a grave); Ò Aumento da permeabilidade vascular; Ò Aumento do rolamento de leucócitos. Um único episódio de tabagismo aumento transitório no volume de GCF; Sistema vascular em fumantes em comparação com não fumantes menor número de grandes vasos e maior número de vasos menores; Nicotina Induz vasoconstrição periférica Ò Neutropenia; Ò Leucemia; Ò AIDS. São condições caracterizadas pelo baixo número de PMN funcionais (neutropenia), grande número de leucócitos imaturos disfuncionais (leucemia) infiltrando tecidos gengivais e baixa contagem de linfócitos T CD4 (AIDS). Outras conduções com função defeituosa de PMN: Ò Síndrome de Higashi (função fagocitária defeituosa); Ò Síndrome de Down (função quiomiotáxica defeituosa) Marina Michels DoTto – Acadêmica de Odontologia Universidade Federal de Santa Maria Anormalidades no número ou função de células podem modificar a resposta inflamatória à placa e se manifestar como inflamação gengival grave. O desenvolvimento da gengivite produz resposta imune inata inicial para formação da placa. A má resposta inata e falta de PMN no sulco gengival gera resposta inflamatória mais grave para tentar conter desenvolvimento da infecção. Hiperglicemia Compromete funcionalmente as células imunes. Dessa forma, pacientes com diabetes não controlado apresentam função reduzida dos PMN. Hiperglicemia crônica Leva ao acúmulo de AGE (unem-se aos macrófagos e monócitos, liberando mediadores inflamatórios) e inflamação gengival mais grave. Efeito sobre sistema imune e inflamatório. Ò Migração reduzida de PMN; Ò Reduzida capacidade fagocitária dos PMN; Ò Número aumentado da circulação de Linfócitos T e B. Resposta inflamatória crônica = Capacidade de regeneração do tecido. Tudo que afeta essa capacidade modificará a resposta gengival à placa e se manifestará como HIPERTROFIA ou perda do tecido conjuntivo e progressão para periodontite. Fármacos que causam substancial hipertrofia gengival: Ò Anticonvulsionantes (ex: fenitoína); Ò Anti-hipertensivos bloqueadores de canais de cálcio (ex: nifedipino); Ò Agente imunossupressor (ex: ciclosporina). Todos esses fármacos apresentam efeito sobre o metabolismo do cálcio, resultando em hipertrofia gengival. Histologicamente Acúmulo de matriz extracelular no tecido conjuntivo gengival. Intensidade da hipertrofia gengival está relacionada ao nível do controle de placa e existência de gengivite. Ò Deficiência de Vitamina C – Resulta em gengiva altamente inflamada e friável na presença de placa. Ò Deficiência de Vitamina E, riboflavina, cálcio e frequência de ingestão de fibras – Influenciam a incidência e gravidade de gengivite induzida pela placa (os mecanismos ainda são desconhecidos).
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