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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD Avaliação à Distância 2 (AD2) – 2021.1 PRAZO FINAL PARA POSTAGEM: 20/06 – 19h Disciplina: Espaços Sociais de Formação Humana Coordenadora: Sônia Beatriz dos Santos Mediadoras pedagógicas à distância: Clarice Cordeiro dos Santos e Danielle Portilho Muffareg Bosco Aluno(a): Jacqueline Dias da Silva dos Santos Mat: 19112080046 Polo: Três Rios 1. No texto PEDAGOGIAS EM MOVIMENTO – o que temos a aprender dos Movimentos Sociais? (2003), Miguel Arroyo afirma que “a análise das relações entre educação, trabalho e exclusão social nos levam a um permanente olhar em duas direções que terminam se encontrando (p.29). De forma crítica, identifique quais são estas duas direções apontadas pelo autor e discorra sobre como estas podem servir enquanto ponto de reflexão para a atuação da(o) pedagoga(o) em instituições de educação formal e/ou não formal na sociedade brasileira, em especial levando-se em consideração o período atual em que vivemos de grandes desafios socioeconômicos. (3,5) R: De acordo com Arroyo, a análise das relações entre educação, trabalho e exclusão social levam a um permanente olhar em duas direções que terminam se encontrando. Essas direções seriam, de um lado, estarmos atentos às contraditórias transformações que precarizam a vida de milhões de seres humanos, negando-lhes os direitos mais básicos: olhar os brutais processos de desumanização a que são submetidos. Contudo, de outro lado, estarmos atentos às multiplas manifestações de luta pelos direitos humanos, às manifestações de mobilização coletiva dos excluídos e oprimidos: olhar os processos de humanização que se dão nos movimentos sociais e nas experiências e lutas democráticas pela emancipação. Essas duas direções apontadas pelo autor servem de reflexão para pensarmos a atuação do pedagogo, correlacionando-a com a sua formação e seus conhecimentos sobre as relações socio-políticas do trabalho e toda a dinâmica que envolve a exploração do trabalhador. Pensar a realidade dos educadores sob o viés da educação humanizadora é um avanço que permite reconhecer quais são as técnicas predominantes em locais de trabalho não formais e assim permitir o desenvolvimento de uma docência voltada aos saberes reais que podem impulsionar e instrumentalizar o trabalhador a se organizar de forma coletiva para o combate às injustiças. É importante, contudo, que se observe os movimentos dos trabalhadores tais como estes se caracterizam em suas organizações políticas, como atuantes na luta pelo direito a educação e, de forma mais ampla, por cidadania. O contexto atual de pandemia intensificou as desigualdades, sobretudo socioeconômicas, fazendo o cenário propício para uma ampliação do olhar do pedagogo frente a essas questões. A educação humanizadora nesse âmbito se torna urgente, fazendo com que as teorias e ações pedagógicas acompanhem os processos sociais e desestabilizem teorias hegemônicas que privilegiam determinados grupos em detrimento de outros. 2. Com base no texto de Cazelli, Costa e Mahomed (2010) discorra criticamente sobre o que precisa ter um futuro professor em seu curso de formação para vir a ser um profissional de educação em museus? E também reflita sobre como dentro destes espaços as(os) pedagogas(os) podem contribuir com a escola na tarefa de conectar seus estudantes (e toda a comunidade escolar num sentido mais amplo) a formas de conhecimento acerca da ciência, tecnologia e inovação sob a perspectiva da diversidade – cultural, étnico-racial, e social – possibilitando, desta forma, a compreensão de que seres humanos produzem conhecimentos, saberes, e práticas de modos plurais. (3,5) R: O futuro professor para se tornar um profissional de educação em museus precisa explorar outros possíveis campos de atuação do pedagogo, além do espaço da escola e da sala de aula e assim contribuir para um vasto campo de conhecimentos de outros espaços sociais, construindo um novo olhar e reconhecendo a importância da instituição museológica. Os pedagogos podem, ainda, contribuir com a escola de forma a conectar a comunidade escolar tendo o museu como espaço educativo que pode trazer diversas possibilidades de trabalhos educacionais, seja como espaço educativo que ensina lidar com o presente, tendo como base os fatos históricos, a importância dos objetos do acervo para a compreensão do modo de vida, de outras culturas e de outras épocas. De forma geral, o futuro profissional contribuirá ampliando os conhecimentos e a formação humana, incentivando a criatividade dos estudantes, levando- os a preservar os costumes, os valores das sociedades, da natureza e as pessoas. 3. De acordo com Sassi, Machado, Guimaraes, Jendreieck, Gualdezi, Ianke, Carneiro e Souza (2004, p. 47), “uma preocupação constante do Projeto de Extensão Pedagogia Hospitalar é o melhor preparo dos acadêmicos, pois todos conhecem o projeto, mas dizem que a universidade não as prepara para que atuem nos hospitais. Os acadêmicos sabem da importância deste atendimento para a criança hospitalizada, sendo necessária, talvez, uma modificação na grade curricular do curso, para que forme um profissional completo e capacitado para atender a demanda cada vez maior das classes hospitalares”. A partir dessa crítica, aponte alguns elementos essenciais que precisariam constar da formação da/o pedagoga/o para que, minimamente, ela/e consiga trabalhar de maneira mais qualificada neste e em outros espaços sociais. (3,0) R: Além da formação acadêmica, os elementos essenciais que precisam constar na formação do pedagogo para que este consiga trabalhar de maneira mais qualificada no âmbito hospitalar e em outros espaços sociais são a sensibilidade, a compreensão, força de vontade, paciência em suas ações e audácia para alcançar os objetivos. O profissional, ainda, precisa elaborar projetos criativos, e competentes, que desenvolvam práticas voltadas a criança hospitalizada e as necessidades desta, adaptada às suas condições de aprendizagem fora da sala de aula. A pedagogia hospitalar em sua especificidade tem sua demanda voltada para profissionais com uma abordagem progressista, com uma visão mais ampla e sistêmica da realidade vivenciada no ambiente hospitalar e da realidade escolar do educando enfermo. Nesse sentido, o papel principal do pedagogo está em transformar a realidade do hospital e do educando, não se restringindo ao resgate da escolaridade, mas ampliando a prática pedagógica no hospital e valorizando o indivíduo em sua condição específica. O trabalho em conjunto com os pais deve ser permeado pela conscientização que primará pelo estímulo e apoio a criança, garantindo-lhe segurança e sendo algo positivo no seu processo de cura. Devem constituir um elo entre a escola e o hospital, permitindo que o trabalho do pedagogo desenvolva além do trabalho educativo, o trabalho lúdico que alivie o estresse, a desmotivação e a irritabilidade do paciente. O estudo e a sua continuidade no espaço hospitalar garante ao educando mais estímulos motivacionais, trazendo mais vigor e constituindo ações que podem desencadear sua recuperação. Referências ARROYO, Miguel G. Pedagogias em movimento: o que temos a aprender dos Movimentos Sociais? Currículo sem Fronteiras, v.3, n.1, p. 28-49, Jan/Jun 2003. CAZELLI, Sibele; COSTA, Andréa Fernandes; MAHOMED, Carla. O que precisa ter um futuro professor em seu currículo de formação para vir a ser um profissional de educação em museus? Ensino Em-Revista, Uberlândia, v. 17, n. 2, p. 579-595, jul./dez. 2010. SASSI, Liliam Duarte da Silva; MACHADO, Bernadete; GUIMARÃES, Carolina Brandes; JENDREIECK, Ceres de Oliveira; GUALDEZI, Luciane Denise; IANKE, Marli; CARNEIRO,Viviane Nunes; SOUZA, Maria Antonia de. Pedagogia hospitalar o projeto desenvolvido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ponta Grossa/UEPG, 12(2): 41-48, dez. 2004.
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