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D Anatomicamente podemos representar os ovários por córtex (epitélio superficial, folículos ovarianos e estroma folicular), medular (estroma fibroso, vasos sanguíneos e linfáticos e fibras nervosas) e hilo (vasos sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas e tecido conjuntivo). D Ciclo menstrual: Temos a fase folicular, dominada pelo FSH e a fase lútea, dominada pelo LH. São hormônios hipofisários. O LH é responsável para manter a gestação, então quando não há gestação, o corpo lúteo regride e dá origem ao corpo albicans. D Camadas do ovário: Antro, camada granulosa (proteção e suporte do gameta feminino, andrógeno → estrógeno pela aromatase), membrana basal, teca interna (LH = andrógenos) e teca externa. As células da teca produzem androgénios que são cruciais para maturação folicular. D Cistos ovarianos: M Cistos foliculares: Muito frequente em idade fértil. Se desenvolvem a partir do ciclo normal de folículos ovarianos que não se rompem. Possuem uma superfície lisa, com conteúdo seroso (às vezes hemorrágico). Geralmente assintomáticos. Podem causar dor abdominal se muito grandes, mas é raro. Podem ser funcionais, devido a produção de estrógenos → menorragia, ciclo menstrual irregular. Tendem a regredir espontaneamente (realizar acompanhamento). M Cistos de corpo lúteo: Originam-se a partir de hemorragias dentro do corpo lúteo. Podem ser funcionais, com produção de progesterona → atraso no ciclo menstrual. Pode romper, causando dor e hemorragia abdominal. M Cistos endometrióticos: É o “cisto de chocolate”. Originado a partir de uma endometriose ovariana. Respondem aos estímulos hormonais durante os ciclos menstruais com formação de cistos normalmente múltiplos. Causam dor e infertilidade. Figura 1 Anatomia ovariana D Torção ovariana e inflamação: M Obstrução do fluxo venoso. Congestão e infarto hemorrágico. M Ooforite: Inflamação dos ovários. Rara e secundária a inflamação das tubas uterinas (Doenças inflamatória pélvica). D Síndrome dos ovários policísticos (SOP): É um distúrbio endocrinológico e metabólico. Não há uma causa definida, mas diversas: produção aumentada de andrógenos (hiperandrogenismo) no ovário (células da teca), ou reduzida conversão para estradiol pelas células da granulosa (aromatase), desregulação de hormônios na hipófise (aumento de LH e redução de FSH) e resistência periférica à insulina. O hiperandrogenismo é o maior responsável pelas manifestações clínicas da paciente: acne, hirsurtismo, infertilidade, oligo-amenorreia e morfologia policística dos ovários. O maior estrógeno circulante e menor circulação de progesterona aumenta a chance de causar hiperplasia de endométrio e câncer. O controle deve ser realizado devido maior risco de adenocarcinoma endometrial (estrógeno sem contraposição da progesterona). D Neoplasias ovarianas de células epiteliais: Frequentes, podem ser benignas, malignas ou boderline. A maioria é benigna, comum entre os 20 e 45 anos de idade. Os malignos são comuns entre 45 e 65 anos de idade. M Fatores de risco: Histórico familiar, gene HER2/PTEN/KRASZ/P53/BRAF, contraceptivos orais e nuliparidade. M Cistadenoma seroso de ovário: Neoplasia benigna. Aparece entre 30-40 anos, normalmente é assintomático. Geralmente são císticos, conteúdo seroso, superfície lisa, podem ser multiloculados. M Cistadenoma mucinoso de ovário: Neoplasia benigna. Faixa etária média de 45 anos. Geralmente são císticos e multiloculados, revestidos de epitélio mucossecretor, com conteúdo mucinoso. Podem gerar grandes dimensões. M Cistoadenocarcinoma: Neoplasia maligna, pode ser de baixo grau (KRAS/BRAF/PTEN) ou de alto grau (P53/BRCA1/BRCA2). Pode ser seroso (acima de 45 anos → causa ascite) ou mucinoso (de 35-45 anos → causa implantes peritoneais, ascite peritoneal mucinosa). D Neoplasias de células germinativas: M Teratomas: Maduros (benignos) ou imaturos (malignos). Possui parede fibrosa, pelos, cartilagem, ossos, dentes, dentre outros... Figura 2 Células germinativas M Disgerminomas: Células germinativas. É um tumor maligno. M Coriocarcinoma: Maligno. Com marcador beta-hCG. M Tumor do seio endodérmico: Maligno. Com marcador AFP. D Tumores originados do estroma e cordões sexuais: Originados das células da granulosa, da teca, dentre outros... Produzem estrógeno e andrógeno. OBS: Hiperestrogenismo → lembrar de neoplasias que causam essa alteração.
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