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28/06/2021 12:06:01 1/4 REVISÃO DE SIMULADO Nome: YORRAN OLIVEIRA NITSCHE Disciplina: Respostas corretas são marcadas em amarelo X Respostas marcardas por você. Questão 001 (IFRN 2012) A análise criteriosa do discurso historiográfico é uma das habilidades exigidas do professor de História. Considerando essa habilidade, analise os dois documentos a seguir: I – “Em seus escritos, os pensadores iluministas insistiam: somente a partir do uso da razão os homens atingiriam o progresso, em todos os sentidos. A razão permitiria instaurar no mundo uma nova ordem, caracterizada pela felicidade ao alcance de todos”. (MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao terceiro milênio.x São Paulo: Moderna, 2002, p. 250). II – “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, se lembrou de dizer: Isto é meu; e encontrou pessoas, suficientemente simples, que acreditaram nele. Quantos crimes, guerras, homicídios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado aos seus semelhantes: não deveis escutar este impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos pertencem a todos e que a terra não é de ninguém”. (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1977, p. 86) (Grifo do autor). A partir desses documentos e do conhecimento sobre o pensamento iluminista, pode-se afirmar corretamente que as reflexões de Rousseau se diferenciam das ideias de outros autores iluministas na medida em que X A) defende a construção de uma nova ordem gerida por um Contrato Social, segundo a qual o progresso humano viria com a superação do estado natural. B) aproxima razão e posse de terras. A ideia de razão e de propriedade são dependentes. C) aponta a Monarquia Esclarecida como única alternativa para conter a propriedade privada, considerada por ele o principal entrave para a felicidade humana. D) questiona a bondade natural dos homens com base na ideia de que a razão individualista dificulta a construção de projetos sociais coletivos. E) relativiza a importância da razão como elemento decisivo para o progresso e sugere outros aspectos que precisam ser considerados para a conquista da felicidade dos homens. Questão 002 A relação entre objetividade e subjetividade do conhecimento produzido é um dilema para a Historiografia. Sobre esse debate, assinale a alternativa correta. X A) A objetividade deve ser premissa essencial para aqueles que pretendem estudar e compreender o passado. Dessa maneira, deve-se buscar a verdade e a perfeita descrição dos fatos, não deixando dúvidas ou debates pendentes na produção do conhecimento histórico. B) Tanto a objetividade quanto a objetividade fazem parte do trabalho do historiador. A subjetividade permite diferentes pontos de vista sobre um fato histórico, mas não pode ser determinante a ponto de negar realidades ocorridas. Nesse ponto, a objetividade é importante, pois é capaz de definir para a sociedade quais interpretações do passado excedem a realidade dos ocorridos. C) O debate tem pouco ou nenhum valor para a Historiografia, visto que o conhecimento produzido é sempre uma interpretação subjetiva do passado, realizada por um indivíduo, o historiador. 28/06/2021 12:06:01 2/4 D) A objetividade e a subjetividade coexistem em um trabalho de História. A objetividade, porém, tem um valor maior perante a subjetividade, pois é função do historiador descrever o passado e trazer resoluções para a sociedade. E) A objetividade é sempre danosa ao trabalho historiográfico. Através dela, anulam-se outras visões sobre o passado, trazendo uma única versão para o fato. Questão 003 (ENADE 2017) A história se faz com documentos. Documentos são os traços que deixaram os pensamentos e os atos dos homens do passado. Entre os pensamentos e os atos dos homens, poucos há que deixam traços visíveis, e estes, quando se produzem, raramente perduram: basta um acidente para os apagar. Ora, qualquer pensamento ou ato que não tenha deixado traços visíveis tenham desaparecido, está perdido para a história: é como se nunca houvesse existido. Por falta de documentos, a história de enormes períodos de passado da humanidade ficará para sempre desconhecida. Porque nada supre os documentos: onde não há documentos não há história. LANGLOIS, C.; SEIGNOBOS, C. Introdução aos Estudos Históricos. São Paulo: Editora Renascença, 1946 (adaptado). O trecho apresentado foi publicado originalmente em 1898, na França, em um manual de História muito influente à época. Com base nesse excerto, infere-se que os documentos A) são registros textuais, preferencialmente produzidos por organismos vinculados ao Estado, o que assegura sua autenticidade. X B) recuperam o passado em si, na medida em que expressam ações e ideias de homens que viveram em épocas pretéritas. C) são equivalentes aos acontecimentos humanos, pois carregam em si os pensamentos e os atos pretéritos. D) podem ser substituídos por traços que denotem tanto a presença humana no tempo quanto os gostos, gestos e valores do ser humano em determinado período. E) fornecem testemunho sobre uma parcela dos acontecimentos do passado sem os quais a escrita da história é impossível. Questão 004 (IFPI-2014) Desde o nascimento do cinema, a História tem servido de referência para a realização de filmes. Nesse sentido, ao longo do tempo, as produções cinematográficas passaram a despertar o interesse de professores e alunos em sala de aula e tornaram- se fonte de conhecimento. Frequentemente, nas aulas de História e nos livros didáticos, é possível encontrar indicação de filmes que tratam de assuntos do conteúdo programático daquele ano escolar. A partir dessas sugestões, o grande desafio está na leitura de uma obra cinematográfica, relacionando-a com uma abordagem histórica que permita o encontro entre cinema e História. Para usar a expressão cunhada por Marc Ferro, na conversa entre Cinema e História podemos afirmar que X A) o estudo da imagem tem como objetivo as intenções do cineasta ou do diretor de fotografia de modo a promover a compreensão do filme a partir de sua condição de obra de arte desvinculada da realidade social. B) a utilização do filme na sala de aula faz com que sua projeção preencha o espaço de atuação do professor, reconduzindo metodologicamente a participação deste para a condição de espectador do processo de aprendizagem. C) o foco dos esforços de interpretação não deve se confinar à realidade ficcional do filme projetado, mas deve abranger também a sociedade que o produziu e dele se utilizou para discutir determinados temas e épocas que lhe interessaram. D) o principal objetivo do trabalho com filmes na sala de aula é recuperar o fascínio e o encantamento pela história de modo a motivar estudantes e professores para o estudo científico do passado pelo passado. 28/06/2021 12:06:01 3/4 E) o método de compreensão de um filme no contexto da sala de aula exige que o professor filtre todo conhecimento prévio sobre a época e os temas tratados que não esteja sujeito a sua orientação. Questão 005 (CUITÉ 2019) No final do século XIX, Leopold Von Ranke afirmava: a História deve ser narrada como de fato aconteceu. Sobre esta busca da verdade na história, é CORRETO afirmar: A) A neutralidade deve ser sempre uma meta a ser atingida pelos historiadores no desenvolvimento de seu ofício. B) A imparcialidade se assemelha à proposta de uma Escola sem Partido quando, definitivamente, foi possível determinar a única verdade para a história. X C) Para narrar a história como de fato aconteceu, é preciso adotar toda a parcialidade e subjetividade possível. D) A busca pela verdade na história, ou seja, da narrativa do passado como de fato aconteceu, esteve distante do debate de profissionalização da história. E) A história, ao ser narrada como de fato aconteceu, deve ofertar múltiplas interpretações sobre os acontecimentos históricos. Questão 006(IFRN 2012) A análise criteriosa do discurso historiográfico é uma das habilidades exigidas do professor de História. Considerando essa habilidade, analise os dois documentos a seguir: I. “Em seus escritos, os pensadores iluministas insistiam: somente a partir do uso da razão os homens atingiriam o progresso, em todos os sentidos. A razão permitiria instaurar no mundo uma nova ordem, caracterizada pela felicidade ao alcance de todos”. MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, 2002, p. 250. II. “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, se lembrou de dizer: Isto é meu; e encontrou pessoas, suficientemente simples, que acreditaram nele. Quantos crimes, guerras, homicídios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado aos seus semelhantes: não deveis escutar este impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos pertencem a todos e que a terra não é de ninguém”. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1977, p. 86. (Grifo do autor) A partir desses documentos e do conhecimento sobre o pensamento iluminista, pode-se afirmar corretamente que as reflexões de Rousseau se diferenciam das ideias de outros autores iluministas na medida em que A) Defende a construção de uma nova ordem gerida por um Contrato Social, segundo a qual o progresso humano viria com a superação do estado natural. B) Aproxima razão e posse de terras. A ideia de razão e de propriedade são dependentes. X C) Questiona a bondade natural dos homens com base na idéia de que a razão individualista dificulta a construção de projetos sociais coletivos. D) Relativiza a importância da razão como elemento decisivo para o progresso e sugere outros aspectos que precisam ser considerados para a conquista da felicidade dos homens. E) Aponta a Monarquia Esclarecida como única alternativa para conter a propriedade privada, considerada por ele o principal entrave para a felicidade humana. 28/06/2021 12:06:01 4/4 Questão 007 Sobre a História, pode-se dizer que é uma espécie de estudo e conhecimento sobre o passado a partir da interação do ser humano com o meio onde vive. Esses estudos sobre o passado, porém, têm uma trajetória, que ao serem analisadas, permitem perceber suas modificações com o tempo pelas suas diferenças. Assinale a alternativa correspondente. A) Historiografia pode ser entendida como a escrita da História. Assim, a prática historiográfica, ou seja, o ato de escrever a história, não permite maiores reflexões metodológicas e nem promove mudanças na compreensão do passado. X B) Essa prática da História é conhecida como Historiografia, que se resume simplesmente a analisar a trajetória histórica do campo do conhecimento histórico. C) Além do estudo teórico e metodológico, ao refletir sobre a escrita da História, a Historiografia permite um debate sobre a forma, a intenção e as funções do conhecimento produzido. D) A História é um campo do conhecimento que pouco se modifica, trazendo conclusões definitivas sobre o passado. A análise de sua trajetória apenas confirma sua condição. E) Os debates teóricos e metodológicos referentes a História em relação a sua trajetória não contribuem para a interpretação do passado, visto que os dados e as análises são fiéis e cumulativos. Questão 008 (ENADE 2017) Quando a história se torna, para quem a pratica, o objeto de sua reflexão, pode-se inverter o processo de compreensão que conduz um produto a um lugar? O historiador seria então um fugitivo, cederia a um álibi ideológico se, para estabelecer o estatuto de seu trabalho, recorresse a um além filosófico, a uma verdade formada e recebida fora dos seus caminhos, pelos quais, em história, todo sistema de pensamento encontra-se referido a “lugares” sociais, econômicos, culturais, etc. CERTEAU, M. A operação histórica. In,: LE GOFF, J.; NORA, P. História: novos problemas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995 (adaptado). Tendo em vista o texto apresentado e as reflexões de Michel de Certeau sobre o fazer historiográfico, assinale a opção correta. A) As pesquisas realizadas nas universidades dependem de possíveis aportes financeiros, de modo que os lugares econômicos são determinados pelas agências de fomento, que são externas às instituições acadêmicas. B) Os textos historiográficos são produzidos em um determinado lugar social – as instituições de ensino e pesquisa -, mas seus verdadeiros leitores são o público, que expressa o valor de uma obra por meio de seu sucesso comercial. X C) A operação historiográfica não pode abstrair-se do tempo em que ocorre, já que os temas, problemas e perspectivas de análise são condicionados a partir da articulação entre o lugar social dos profissionais da área, seus procedimentos de análise e a escrita que produzem. D) O debate sobre o lugar de produção do conhecimento histórico assinala a autonomia dos historiadores com relação as instituições em que atuam, enfatizando que sua topografia de interesses é determinada pela experiência e trajetória pessoais. E) O lugar de produção do conhecimento histórico privilegia determinado tipo de produção, mas não interdita outras possibilidades, e por isso a investigação histórica tem se caracterizado por um alargamento limitado dos temas de pesquisa.
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