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Análises laboratoriais de enzimas hepáticas e pancreáticas

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AULA 10 – ENZIMAS DE 
DIAGNÓSTICO 
DANIELA FRANCO 
ENZIMAS 
Enzima são proteínas catalisadas que aumentam a 
velocidade das reações sem serem, elas próprias, alteradas 
nesse processo. 
Isoenzimas: enzimas com uma estrutura primária (sequência 
de aa) diferente, catalisando a mesma reação, codificadas 
por genes. 
Proteínas 1° são lineares de aminoácidos. A 2° se dobrava, a 
3° dobrava de novo, e 4° são duas proteínas ou mais tendo 
interação. Existe enzimas com estrutura primária diferente, 
e consequentemente as outras serão diferentes, a sequencia 
de aminoácidos, porém tem a mesma função, catalisa a 
mesma reação. Porém, serão codificadas por genes 
diferentes. Enzimas diferentes que são transcritas por genes 
diferentes, porém tem a mesma função catalizadora numa 
reação. Isso chamamos de isoenzima. 
 
Isoenzimas diferentes podem originar de tecidos diferentes, 
e sua determinação específica pode fornecer pistas a 
respeito do sítio da patologia 
 
ENZIMAS PLASMÁTICAS 
São de dois tipos: 
• Um tipo está presente em concentração mais elevada, 
específica do plasma e tem um papel funcional no plasma 
(albumina). Sua diminuição tem valor diagnóstico 
Ex.: enzimas associadas à cascata de coagulação do sangue 
(trombina), à dissolução da fibrina plasmina) e ao 
processamento de quilomícrons (lipoproteína lipase). 
• O segundo tipo está normalmente presente em 
concentração muito baixa e não tem nenhum papel 
funcional no plasma. Elas aparecem no sangue 
incidentalmente, e sua dosagem tem valor diagnóstico. Se 
tiver aumento vai ter valor de diagnóstico, pois o local onde 
ela é produzida teve uma lesão. 
Tem o local de produção que quando não tem lesão são 
liberadas na corrente sanguínea em uma determinada 
quantidade. Quando tem lesão vai ter nível plasmático da 
enzima aumentado. A lesão dos tecidos de origem ou a 
proliferação aumentada das células de onde surgem essas 
enzimas levarão a um aumento da atividade dessas enzimas 
no plasma (Ex: aumento de TGO e TGP). 
 
ENZIMAS DE DIAGNÓSTICO 
Para que o diagnóstico do envolvimento de um órgão 
específico seja feito , é necessário: 
• Conhecer a proporção entre as várias enzimas, que varia 
de tecido para tecido, 
• Combinado com o estudo da cinética de aparecimento e 
desaparecimento no plasma. Enzimas não plasma 
específicas são depuradas do plasma a velocidades variáveis, 
que dependem da estabilidade da enzima e de sua captação 
pelo sistema retículo endotelial. 
 
A determinação de enzimas no Laboratório Clínico tem uma 
grande aplicação para o diagnóstico, prognóstico e 
acompanhamento da terapia de diversas patologias, 
especialmente no caso das doenças hepáticas, cardíacas, 
ósseas, musculares e pancreáticas 
PROVAS DE PERFIL HEPÁTICO 
Servem como auxiliares nos segmentos das hepatopatias, 
na avaliação da resposta ao tratamento e na necessidade e 
ajuste de dose de drogas. 
 
FUNÇÕES DO FÍGADO 
• Síntese de proteínas plasmáticas (Albumina). 
• Síntese de proteínas da coagulação. 
• Metabolismo energético. 
• Detoxicação. 
• Metabolismo da Bilirrubina 
 
FINALIDADE DOS TESTES 
Os testes laboratoriais podem ser usados para: 
• Confirmar a existência de agressão ao fígado 
• Avaliar funcionalmente hepatócitos, a drenagem biliar e o 
sistema retículo endotelial 
• Determinar etiologia da doença hepática. 
Principais enzimas: TGO TGP GGT, e fosfatase alcalina. 
Amilase e lipase são pancreáticos. 
Avalia do grau de disfunção hepatocelular. Concentração 
sérica correlaciona se com o grau de lesão. Repetição seriada 
é importante avaliação de evolução prognóstico. 
Enzimas Celulares: Indicadoras 
de lesão hepática 
Enzimas Ligadas à Membrana: 
Indicadoras de colestase 
Enzimas Específicas do 
Plasma: Indicadoras da 
capacidade de síntese do 
fígado 
 
Lesão pequena sai mais fácil quem está no citoplasma que é 
TGO (AST), TGP (ALT) e GGT. Se for mais forte no canicular 
sai GGT e fosfatase alcalina (ALP). Se bater com muita força 
aumenta mais TGO que é mitocondrial. Quando maior a 
lesão mais sai TGO pois ele tem citoplasmático tanto 
mitocondrial. 
QUANTIFICAÇÃO DE LESÃO HEPÁTICA 
 
FOSFATASE ALCALINA 
Maiores Concentrações: presente em praticamente todos 
os tecidos do organismo, especialmente nas membranas das 
células dos túbulos renais, ossos (superfície dos 
osteoblastos), placenta, trato intestinal e fígado. Se tiver 
aumentada só a fosfatase não é necessariamente doença 
hepática, tem em vários lugares. 
• Função: transporte de lipídios no intestino e nos processos 
de calcificação óssea. 
➢No fígado, a ALP é secretada pelos hepatócitos (células de 
Kupffer) e pelas células da mucosa do trato biliar. 
➢Hepatopatia ativa pode aumentar os valores da ALP –
maiores elevações nos níveis da enzima ocorrem nos casos 
de obstrução do trato biliar. 
➢ALP estará muito aumentada nas obstruções biliares 
intraou extra-hepáticas e na cirrose 
 
A resposta hepática a qualquer tipo de agressão da árvore 
biliar é sintetizar fosfatase alcalina principalmente nos 
canalículos biliares. 
• Utilidade Diagnóstica doenças ósseas que cursam com 
aumento da atividade osteoblástica e na investigação de 
doenças hepatobiliares Fosfatase Alcalina 
• Obs recém nascidos e crianças, mas especialmente 
adolescentes, apresentam valores significativamente mais 
elevados do que os adultos, devido ao crescimento ósseo 
AST/ TGO TRANSAMINASE GLUTÂMICO 
OXALACÉTICA 
• Também denominado Aspartato transferase (AST) 
• Maiores Concentrações: é encontrada em diversos órgãos 
e tecidos, incluindo coração, fígado, músculo esquelético e 
eritrócitos. 
• Está presente no citoplasma e também nas mitocôndrias, 
e, portanto, sua elevação indica um comprometimento 
celular mais profundo. 
• Utilidade Diagnóstica: hepatites virais agudas, hepatites 
alcoólicas, metástases hepáticas e necroses 
medicamentosas e isquêmicas, infarto agudo do miocárdio. 
ALT/TGP TRANSAMINASE GLUTÂMICO PIRÚVICA 
• Também denominado Alanina transferase (ALT), mais 
específica para lesão hepática. Ela sozinha já caracteriza 
lesão hepática. 
• Maiores Concentrações: fígado, rim e em pequenas 
quantidades no coração e na musculatura esquelética 
• Sua origem é predominantemente citoplasmática fazendo 
com que se eleve rapidamente após a lesão hepática, 
tornando se um marcador sensível da função do fígado. 
• Utilidade Diagnóstica: patologias que cursam com necrose 
do hepatócito, como hepatites virais, mononucleose, 
citomegalovirose e hepatites medicamentosas. 
TGP: um marcador hepatocelular. 
•↑ [ ] recém nascidos : é atribuído à imaturidade dos 
hepatócitos nos neonatos, que apresentam as membranas 
celulares mais permeáveis. Os valores se igualam aos níveis 
do adulto em torno dos 3 meses de idade. 
GGT GAMA GLUTAMIL TRANSPEPTIDASE 
• Presente nas membranas celulares, envolvida no 
transporte de aminoácidos através da membrana celular 
• Maiores Concentrações: túbulo proximal renal, fígado , 
pâncreas, intestino. Ela sozinha da dúvida se é hepática ou 
pancreática. 
 
 
LDH LACTATO DESIDROGENASE 
• Maiores Concentrações é amplamente distribuída em 
todas as células do organismo, concentrando se mais 
especialmente no miocárdio, rim, fígado, hemácias e 
músculos 
Valor de Referência Adulto: 135,0 a 214,0 U/L 
• As isoenzimas de LD são designadas de acordo com sua 
mobilidade eletroforética. Cada isoenzima é um tetrâmero 
formado por quatro subunidades chamadas H para a cadeia 
polipeptídica cardíaca e M para a cadeia 
polipeptídicamuscular esquelética. 
• A isoforma 5 predomina no fígado. 
• Geralmente é insensível a lesão hepatocelular, exceto em 
tumor hepático. 
 
Se a pessoa tiver infarto vai aumentar LDH1, e 
proporcionalmente as outras vão diminuir. Na hepatite 
aumenta LDH5. Foi quantificado a isoforma. O LDH total ia 
estar alto, mas nesse exame específico conseguimos saber 
quem alterou e da pra direcionar ao órgão lesionado. 
QUANTIFICAÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA 
BILIRRUBINA 
A bilirrubina é formada através da degradação das moléculas 
de hemoglobinapelo Sistema Reticulo Endotelial. A 
Bilirrubina não conjugada (Indireta) é encaminhada até os 
hepatócitos, ligada à albumina de maneira reversível. A 
Bilirrubina conjugada (Direta) é excretada pelos hepatócitos 
no canalículo biliar, juntamente com produtos que formarão 
a bile. Bilirrubina não conjugada não é normal na corrente 
sanguínea. 
Concentrações elevadas podem acarretar em deposição nas 
escleróticas e pele, dando as uma cor amarelada. 
 
Tem 3 principais causas: 
• Hemólise: Anemias hemolíticas e hemoglobinopatias: 
destruição dos eritrócitos levando ao aumento da 
bilirrubina não conjugada. 
• Obstrução extra hepática do trato biliar: É produzida 
por obstrução do ducto biliar comum, geralmente por 
cálculos ou carcinoma na cabeça do pâncreas 
• Obstrução intra hepática do trato biliar: Geralmente 
causada por lesão hepatocelular com possível liberação 
de bilirrubina. A lesão hepática pode ter várias origens, 
como álcool, drogas, hepatites virais, cirrose ativa, 
tumor hepático, infecção bacteriana, mononucleose 
infecciosa etc. 
 
ALBUMINA 
Sintetizada exclusivamente pelos Hepatócitos. 
Valores de referencia: 3,2 4,5 g/dL 
Hipoalbuminemia é mais comum em heptatopatias crônicas. 
Cirrose, reflete dano heptático grave e síntese baixa da 
proteína. Não é específica para doença hepática. Ocorre em 
desnutrição 
FATORES DE COAGULAÇÃO 
Produzidos EXCLUSIVAMENTE pelos hepatócitos, exceto o 
fator VIII 
 
Tempo de Protrombina A determinação do Tempo de 
Protrombina avalia a atividade extrínseca do sistema de 
coagulação O reagente para análise in vitro contém fator 
tecidual, fosfolípides e cálcio, enquanto o plasma da pessoa 
que está sendo avaliada fornece os fatores I (fibrinogênio) II 
V, VII e X. A deficiência ou ausência de qualquer um desses 
fatores prolongará o tempo de coagulação. Mostra 
deficiência ou ausência de um desses fatores. 
O prolongamento do tempo de protombina pode ser 
hepatite, cirrose ou obstrução biliar crônica. Ta ruim pra 
fazer coagulação. 
 
 
 
 
 
PERFIL PANCREÁTICO 
AMILASE 
• Maiores Concentrações a amilase presente no sangue e na 
urina de indivíduos normais é de origem pancreática e das 
glândulas salivares 
Valor referencia: até 220 U/l. 
• Função: catalisar a hidrólise da amilopectina, da amilose e 
do glicogênio. 
• No intestino, a amilase hidrolisa os carboidratos em seus 
componentes, os açúcares. 
• Havendo uma lesão das células acinares como na 
pancreatite, ou ocorrendo uma obstrução no fluxo do ducto 
pancreático como no carcinoma pancreático , a amilase 
fluirá para o sistema linfático intrapancreático e peritoneo e, 
por drenagem, atingirá os vasos sanguíneos em 
concentração elevada. 
• A amilase alcançará um aumento anormal dentro de 12 a 
24 horas após o início da doença, sendo rapidamente 
clareada pelos rins, atingindo os níveis normais em 48 a 72 
horas. 
 
As causas não pancreáticas de aumento da amilase incluem 
lesões inflamatórias das glândulas salivares, como 
parotidite, trauma pancreático , entre outras 
• Utilidade Diagnóstica : doenças do pâncreas e na 
investigação da função pancreática . Na pancreatite aguda 
cerca de 20% dos casos podem cursar com valores 
normais de amilase dosagem concomitante dos níveis de 
lípas). 
LIPASE 
• A Lipase é uma enzima secretada pelo pâncreas para o 
duodeno para hidrólise dos triglicérides em seus 
constituintes, os ácidos graxos 
• Assim como a amilase, a lipase aparece na corrente 
sanguínea após uma lesão das células acinares pancreáticas 
• Maiores Concentrações: pâncreas 
• Função: hidrolisar as longas cadeias de triglicerídeos no 
intestino delgado (lipólise). 
• Utilidade Diagnóstica sua avaliação é essencial no 
diagnóstico das patologias pancreáticas Seus níveis estão 
aumentados em pacientes com pancreatite aguda e 
recorrente, abscesso ou pseudocisto pancreático, trauma, 
carcinoma de pâncreas, obstrução dos ductos pancreáticos 
VALOR DE REFERENCIA: DE 13 A 60 U/L

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