Buscar

paper

Prévia do material em texto

A ARTE E O SEU PAPEL COMO PROMO TORA DA INCLUSÃO 
NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Autor: Sand y Alves de Souza 
Tutor externo: Aguida Maria Brandão 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UN IASSELVI 
Curso: Licenciatura em pedagogia (PED 3375) – Est ágio 
15/06/2021 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho foi realizado através do uso da metodologia bibliográf ica de 
abordagem qualitativa, na qual teve como base de dados ar tigos do Google acadêmico 
e Scielo, com o objetivo de analisar a importância da arte na in clu são de alunos especiais 
da educação infantil. A arte pos sibilita ao ser hum ano, através de suas manifestações 
artísticas, um olhar mais am plo com relação ao m undo, aos costumes e valores sociais , 
ou seja, a educação inclusiva a través da arte pos sibilita desenvolvimento cognitivo, 
psicossocial e cultural, além de proporcionar o ambiente escolar mais divertido e 
acolhedor. 
 
 
Palavras-chave: Arte, inclusão, educação. 
 
1 I NTRODUÇÃO 
 O pres ente paper de estágio tem como área de concentração a educação in clusiva, 
definida di ante do tema proposto no projeto de extens ão s obre a arte e o seu papel como 
promotora da in clusão, que tem como objetivo proporcionar um ensino de forma 
inclusiva, fa zendo fazendo o uso da interdisciplinaridade, ou seja, pro porcionando o 
diálogo entre uma ou mais disc iplinas nas aulas d a educ ação infantil. Neste trabalho 
consta também e m anexo, a elabor ação do produto virtual: cartilha, n a qual a temática 
retrata o tema proposto no pro jeto d e ex tensão: A arte e o s eu papel co mo promotora da 
inclusão, como forma de propor cionar aos alunos e pr ofessores mais conhecimentos sobre 
a área e assim juntos construir uma educação inclusiva e de qualidad e. 
No primeiro tópico do paper será possível conhe cer a relação ex istente entre a ar te 
e a educação, apresentando ao l eitor o que é a arte e como ela deve ser apresentada em 
sala de aula, re latando a for ma e m que e la pod e a tuar no processo de inclusão. Já o 
segundo tópico aborda sobre a importância da educação inclusiva, seus benefícios a os 
alunos, decretos e d eclarações. O terceiro v ai r etratar a temática esco lhida, a arte e seu 
papel co mo promotora da inclusão, ou s eja, métodos u s ados em sala de aula que aux iliarão 
o professor inserir no meu educacional todos os alunos especiais, proporc ionando o 
ensino inclusivo, uma bo a relação entre os alunos e m sala d e aula, m elhor absorção de 
conhecimentos e desenvolvimento cogn itivo. Em s eguida, s erá possível conh ecer todos 
as vivências e impressões do estágio desenvolvido e m modo pandêmico. 
 
2 Á REA D E CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇ ÃO TÉORICA 
 
2.1 A ARTE E A EDU CAÇÃO 
 A arte é uma dis ciplina mu ito i mportante par a a formação dos indiv íduos, pois ela 
permite através da perc epção de c ada um, estimular a inteligência, amadurecer o gosto e 
as formas de p ensamento contribuindo para o desenvolvimento da personalidade e a 
criatividade de cada um (MATIAS, 2017). 
No trabalho com art es o indivíduo pod e utilizar e ap erfeiço ar o d esenvolvimento 
da percepção, raciocínio, i maginação, observ ação, senso crítico e af etivo. Duran te o 
processo de criação os indivíduos us am a razão e a emoção, l ibertando -se mu itas vezes 
de suas tensões, org aniza os s eus pensa mentos, suas e moções, sente -se l ivre para imaginar 
e criar aquilo que deseja de forma d inâmica e carregada de sent idos. E assim vai criando 
formas de trabalhar co m a ajuda dos processos inerentes a cada lingu agem (M ATIAS, 
2017). 
Produzindo trabalhos artísticos e conhecendo essa produção nas 
outras culturas, o aluno poderá compreender a div ersidade de 
valores que or ient am t anto seus modos de pensar e a gir como os 
da sociedade. Trata-se de criar um 
campo de sentido para a valorização do que lhe é próprio e 
favorecer o en tendimento da riqueza e div ersidade da imaginação 
humana. (BRASIL, 1998, P.16). 
 
O processo de ensino- aprendizagem em arte torna-s e algo prazeroso, pois o 
processo de aprendizagem é centrado no desenvol vimento do aluno. Ele envolve os 
indivíduos em uma exper iência consigo mesmo e o torna capaz de desenvolver o 
pensamento artístico, en tão, o aluno vai ex ercitando sua sensibilidade, percepção, 
imaginação e a par tir d esses processos, torna -se capaz de dar sen tido as s uas viv ências 
particulares ( MATIAS, 2017). 
A arte na educação é transformadora ao p ermitir que o aluno re alize u m trab alho 
que envolve a mente, o coração, os olhos, os ouvidos, as mãos; qu e pensa, recorda, sen te, 
observa, escuta, fala, toca e exper imenta como encontramos em BOSSI (2001), as 
linguagens artísticas mudam a sociedad e, abre espaços para a criatividade, o olhar e 
pensamentos críticos dando oportunidades para os educandos se desenvolverem, 
conhecendo novas form as de aprender. Por tudo iss o que e la r epresenta é extremamente 
importante o entendimento de qu e a arte na educaçã o é uma forma d e c onh ecimento n a 
qual se estabelecem re lações socia is e afetivas significativas que pro movem a construção 
de conhecimentos. 
 
2.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
De acordo com S TAINBACK (1999, P. 21) “[...] O ensino inclusivo é a prática da 
inclusão de todos indep endentemente de seu talento, defici ência, origem socioeconômica 
ou origem cul tural em esco las e salas de aula proved oras, onde todas as n ecessidades dos 
alunos são satis feitas”. A inclusão surge par a romper as barreiras existentes no ensino de 
pessoas com necessidades espec iais na escola r egular para inc luir essas pess oas não só 
nas escolas, mas n a sociedade, nos di as de hoje está cada ve z maior a inserção dess es 
indivíduos com deficiência na escola comum (MATIAS , 2017). 
 
Educando todos os alunos juntos, a s pessoas com deficiências têm 
oportunidade de prepara -se para a vida na comunidade , os professores 
melhoram s uas habilidades profissionais e a sociedade toma a decis ão 
consciente de funcionar de acordo com o valor social da igualdade para todas 
as pessoas , com os consequentes resultados de melhoria da paz social. 
(STAINBACK, 1999, P. 21). 
 
 
A declara ção de Salamanca entre os di as 07 e 10 de junho de 1994 oficializou o 
conceito de “Necess idades educativas especiais” e propõe que qualquer pessoa com 
deficiência tem o direito de expressar seus desejos com re lação à sua educação, que as 
escolas deveriam acomodar tod as as crianças ind ep endentes de suas condiçõ es físicas, 
intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas, e ond e a educação especial assume q ue as 
diferenças humanas são nor mais e junto com a aprendizagem ela deve ser adaptada ás 
necessidades d a criança, ao invés da mesma se adaptar ao r itmo e a na tureza dos pro cessos 
de aprendizagem, a escola deve acolhê-la e atend er suas necessidades específicas. 
No artigo 24 do Decreto N º 6.949, de 25 de agosto de 2009 que diz respeito à 
educação das pessoas com necessidades especiais , declara que: 
a) As pess oas c om deficiência não s ejam excluídas do sis tema educac ional geral 
sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam 
excluídas do ensino primário gratuito e compulsório ou do ensino se cundário, 
sob alegação de deficiência; 
b) As pess oas com deficiência pos sam ter aces so ao ens ino primário inclusivo, 
de qualidade e gra tuito, e ao ensino s ecundário, em igualda de de c ondições 
com as demais pessoas na comunidade em que vivem; 
c) Adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais sejam 
providenciadas; 
d) As pessoas com deficiência rec ebam o apoio necessário, no âmbi to do s istema 
educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; 
e) Medidas de a poio individualizadas e e fetivas sejam adotadas em ambientes 
que maximizem o desenvolvimento acadêmico e s ocial, de acordo com a meta 
de inclusão plena 
 
De acordo com MATIAS , (2017, p.10) Sabe-s e que a inclusão é uma prática social na 
qual vai a lém dos muros da escola, pois e la se aplica ao trabalho, a cultura, a f amília, ao 
lazer, nas atitudes dos outros e também em suas próprias atitudes”. 
2.3 A ARTE COMO P ROMOTORA DA INCLUSÃO. 
 Segundo SILVA (2017) O professor de arte tem em suas mãos uma importante 
ferramen ta no processo de inclus ão, pois a arte lida em s eu processo criador, com a 
experiência estética, afetiva, a emoção, o s entimento, a sensibilidade d as pessoas. A 
afetiv idade é crucial para a adaptação de alunos especiais no ambiente escolar. 
“Qualquer at ividade pressupõe a presença de um estímulo afetivo. Sem 
afetiv idade não é poss ível se estabelecer um vín culo de aproximação com a cr iança d ita 
especial” (VYGOTSKI, 1997, P.14). 
É possível identificar qu e a br incadeira o cupa um l ugar importante na inf ância, 
sendo ela, uma condição social da vida da criança, dentro e fora da instituição escolar. 
Desta forma, os conteúdos de ensino preci sam s er interpretados de forma clara e objetiva, 
para gerar um envolvimento efetivo entre o br inc ar e o aprend er. Ass im, o brincar 
relaciona int erdiscip linarmente questões sociais, educacion ais e políticas, desafiando as 
crianças a descobrir em m aneiras de resolver conflitos, formar op iniões, criar regr as, 
socializar-se com o outro, repr esentar e se div ertir, t ornando o processo de alfabetização 
mais encantador para a sua aprendizagem ( CONTE, 2017). 
Conforme Carvalho (2011, p. 81), “os pr imeiros anos da i nfância são decisivos 
para a formação intelectual, afetiva e social do s er humano. Por ess e motivo, cercar as 
crianças do melhor atendimento possível é imperativo para todas as sociedades”. 
Tudo indica para uma p erspectiva reflexiva do saber, que conside re a compreensão 
pedagógica do desenvolvimen to humano como atividade lúdica, que envo lve o criar e o 
interagir co m o outro na construç ão de conhecime ntos. Portanto, nessa interação, os 
sujeitos ampliam os sentidos e signif icados do s obre o conhecimento, es t abelecendo 
relaçõ es com os seus cotidianos (SILVA, 2017). 
A partir dos estudos de V YGOSTSKY (1997), podemos notar que a criança com 
algum tipo d e limitação mo tora, cognitiva ou s ensorial precisa ser compre endida, para ser 
legitimada em suas potencialidades e deficiências para ser compensada. 
 Podemos dizer que a percepção visual de uma pessoa s urda será mais ampliada 
pela f alta d a aud ição, da mesma forma que o d eficiente visua l, em alguns casos, poss ui 
uma percepção auditiva mais apurada nos sons (CONTE, 2017). 
 Dessa maneira, concordamos com VY GOSTSKY (1997, p. 14) ao afirmar que 
“todo defeito cr ia os estímulos para e laborar u ma compensação”, que pode brotar e ser 
movida pe la arte e mobilizada p elo educar e apren der. Para cr ianças com autismo, a 
expressão corporal e/ou verba l serve como dis positivo de comunicação e in teração soc ial 
entre as pess oas. Percebe -se a importância do enco ntro com o ou tro par a que ocorra a 
mediação e o desenvolvimento do sujeito. 
Somos capazes de incluir todos por mio da esti mulação artística, no s entido de 
integrar e não apenas inserir uma criança com limitação cognitiva, sendo ela sindrômica, 
por transtorno global do desenvolvimento (T GD) ou de natureza traumática ou social, em 
oficinas de dança (SILVA, 2017). 
Segundo VYGOTSKY (1997), as crianças com necessidades especiais devem ser 
tratad as de forma qu e poss am criar uma identificação de que exist e autonomia p ara s i e 
compreend er a necessidade da estimulação deste processo. 
Portanto, a educação u tilizando a arte como ferra menta, se torna um proc esso 
dinâmico e contínuo onde deve ser utilizado para integrar e in teragir de um a forma 
espontânea, e din âmica na aprendizagem dos alunos da educação inclus iva. Sendo assim, 
lançam-se olhar es diferen ciados sobre a arte e vemos que atr avés del a o aluno amplia sua 
sensibilidade, percepção, ref lexão e a im aginação, expressando os sentimentos e 
desenvolvendo hab ilidades. P ortanto, o ensino d e art e nas escolas poss ibilita aos a lunos 
com deficiência o despertar e o aprimoram ento de sua criativid ade, oferecendo um 
contato constante com a realidade e a fantasia, propiciando o desenvolvimento do 
pensamento artístico e da percepção estética dos mes mos (MATIAS , 2017). 
Dessa forma, o ensino de arte n a edu cação inc lusiva é uma forma de pro mover a 
percepção, a cria tividade e a cul tura desses alunos, pois por conta de suas limitações eles 
possuem poucas oportunidades de expres sarem o que sentem e possuem poucas fontes de 
prazer, portanto, é necess ário que essas pessoas descubram valores em suas vidas, 
sintamse importantes, úteis e amadas, e a arte pos sibilita essa igualdade e essa integr ação, 
facilitando o seu desenvolvimento ( MATIAS, 2017). 
 
3 V IVÊNCIA DO ESTÁGIO 
 O estágio fo i desenvolvido no modo p andémico, na qual, a escolha da escola 
ocorreu de forma virtual, atr avés de pesquisas e cont atos pelo s ite do cen tro educacional 
La Salle. Duran te o estágio for am desenvolvidos alg uns procedimentos co mo o produto 
virtual em forma de cartilha, projeto e paper de estág io, além de 5 planos de aulas. Todas 
essas atividades foram de suma i mportância para a aquisição de conhecimento, 
contribuindo pos itiv amente p ara a jornada acadêmica. P ara o desenvolv imento do estágio 
foi escolhida a temática art e o seu papel como promotora da inclusão na educação infantil, 
tendo em vista que t al temática aborda sobre assuntos relevantes para o desenvolvimento 
cognitivo dos alunos da educação infantil, uma vez que, a arte pode proporcionar 
diferentes técnicas para inserir todos os alunos nas metodologias educacionais. Neste 
trabalho irá em anexo o produto virtual realizada em forma de cartilha, na qual a áre a de 
concentração fa z ênfase co m a t emática do Paper de estágio: A arte e o s eu papel como 
promotora da inclusão na educação infantil. 
 
4 I MPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS) 
 Durante o desenvolvimento do estágio foi possível observar que o ens ino por 
meio da arte causa transformações posit ivas par a a vida escolar e dos alunos especiais, 
pois a arte age como promotor a da interação social, na qual a criança tem liberdade para 
ser o que quiser e assim, expressar s eus sentimen tos e atitudes, transformando o quadro 
A ARTE E O SEU PAPEL COMO PROMO TORA DA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Autor: Sand y Alves de Souza Tutor externo: Aguida Maria Brandão Centro Universitário Leonardo da Vinci – UN IASSELVI Curso: Licenciatura em pedagogia (PED 3375) – Est ágio 15/06/2021 RESUMO O presente trabalho foi realizado através do uso da metodologia bibliográf ica de abordagem qualitativa, na qual teve como base dedados ar tigos do Google acadêmico e Scielo, com o objetivo de analisar a importância da arte na in clu são de alunos especiais da educação infantil. A arte pos sibilita ao ser hum ano, através de suas manifestações artísticas, um olhar mais am plo com relação ao m undo, aos costumes e valores sociais , ou seja, a educação inclusiva a través da arte pos sibilita desenvolvimento cognitivo, psicossocial e cultural, além de proporcionar o ambiente escolar mais divertido e acolhedor. Palavras-chave: Arte, inclusão, educação. 1 I NTRODUÇÃO O pres ente paper de estágio tem como área de concentração a educação in clusiva, definida di ante do tema proposto no projeto de extens ão s obre a arte e o seu papel como promotora da in clusão, que tem como objetivo proporcionar um ensino de forma inclusiva, fa zendo fazendo o uso da interdisciplinaridade, ou seja, pro porcionando o diálogo entre uma ou mais disc iplinas nas aulas d a educ ação infantil. Neste trabalho consta também e m anexo, a elabor ação do produto virtual: cartilha, n a qual a temática retrata o tema proposto no pro jeto d e ex tensão: A arte e o s eu papel co mo promotora da inclusão, como forma de propor cionar aos alunos e pr ofessores mais conhecimentos sobre a área e assim juntos construir uma educação inclusiva e de qualidad e. No primeiro tópico do paper será possível conhe cer a relação ex istente entre a ar te e a educação, apresentando ao l eitor o que é a arte e como ela deve ser apresentada em sala de aula, re latando a for ma e m que e la pod e a tuar no processo de inclusão. Já o segundo tópico aborda sobre a importância da educação inclusiva, seus benefícios a os 
alunos, decretos e d eclarações. O terceiro v ai r etratar a temática esco lhida, a arte e seu papel co mo promotora da inclusão, ou s eja, métodos u s ados em sala de aula que aux iliarão o professor inserir no meu educacional todos os alunos especiais, proporc ionando o ensino inclusivo, uma bo a relação entre os alunos e m sala d e aula, m elhor absorção de conhecimentos e desenvolvimento cogn itivo. Em s eguida, s erá possível conh ecer todos as vivências e impressões do estágio desenvolvido e m modo pandêmico. 2 Á REA D E CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇ ÃO TÉORICA 2.1 A ARTE E A EDU CAÇÃO A arte é uma dis ciplina mu ito i mportante par a a formação dos indiv íduos, pois ela permite através da perc epção de c ada um, estimular a inteligência, amadurecer o gosto e as formas de p ensamento contribuindo para o desenvolvimento da personalidade e a criatividade de cada um (MATIAS, 2017). No trabalho com art es o indivíduo pod e utilizar e ap erfeiço ar o d esenvolvimento da percepção, raciocínio, i maginação, observ ação, senso crítico e af etivo. Duran te o processo de criação os indivíduos us am a razão e a emoção, l ibertando -se mu itas vezes de suas tensões, org aniza os s eus pensa mentos, suas e moções, sente -se l ivre para imaginar e criar aquilo que deseja de forma d inâmica e carregada de sent idos. E assim vai criando formas de trabalhar co m a ajuda dos processos inerentes a cada lingu agem (M ATIAS, 2017). Produzindo trabalhos artísticos e conhecendo essa produção nas outras culturas, o aluno poderá compreender a div ersidade de valores que or ient am t anto seus modos de pensar e a gir como os da sociedade. Trata-se de criar um campo de sentido para a valorização do que lhe é próprio e favorecer o en tendimento da riqueza e div ersidade da imaginação humana. (BRASIL, 1998, P.16). O processo de ensino- aprendizagem em arte torna-s e algo prazeroso, pois o processo de aprendizagem é centrado no desenvol vimento do aluno. Ele envolve os indivíduos em uma exper iência consigo mesmo e o torna capaz de desenvolver o pensamento artístico, en tão, o aluno vai ex ercitando sua sensibilidade, percepção, imaginação e a par tir d esses processos, torna -se capaz de dar sen tido as s uas viv ências particulares ( MATIAS, 2017). 
A arte na educação é transformadora ao p ermitir que o aluno re alize u m trab alho que envolve a mente, o coração, os olhos, os ouvidos, as mãos; qu e pensa, recorda, sen te, observa, escuta, fala, toca e exper imenta como encontramos em BOSSI (2001), as linguagens artísticas mudam a sociedad e, abre espaços para a criatividade, o olhar e pensamentos críticos dando oportunidades para os educandos se desenvolverem, conhecendo novas form as de aprender. Por tudo iss o que e la r epresenta é extremamente importante o entendimento de qu e a arte na educaçã o é uma forma d e c onh ecimento n a qual se estabelecem re lações socia is e afetivas significativas que pro movem a construção de conhecimentos. 2.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA De acordo com S TAINBACK (1999, P. 21) “[...] O ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos indep endentemente de seu talento, defici ência, origem socioeconômica ou origem cul tural em esco las e salas de aula proved oras, onde todas as n ecessidades dos alunos são satis feitas”. A inclusão surge par a romper as barreiras existentes no ensino de pessoas com necessidades espec iais na escola r egular para inc luir essas pess oas não só nas escolas, mas n a sociedade, nos di as de hoje está cada ve z maior a inserção dess es indivíduos com deficiência na escola comum (MATIAS , 2017). Educando todos os alunos juntos, a s pessoas com deficiências têm oportunidade de prepara -se para a vida na comunidade , os professores melhoram s uas habilidades profissionais e a sociedade toma a decis ão consciente de funcionar de acordo com o valor social da igualdade para todas as pessoas , com os consequentes resultados de melhoria da paz social. (STAINBACK, 1999, P. 21). A declara ção de Salamanca entre os di as 07 e 10 de junho de 1994 oficializou o conceito de “Necess idades educativas especiais” e propõe que qualquer pessoa com deficiência tem o direito de expressar seus desejos com re lação à sua educação, que as escolas deveriam acomodar tod as as crianças ind ep endentes de suas condiçõ es físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas, e ond e a educação especial assume q ue as diferenças humanas são nor mais e junto com a aprendizagem ela deve ser adaptada ás 
necessidades d a criança, ao invés da mesma se adaptar ao r itmo e a na tureza dos pro cessos de aprendizagem, a escola deve acolhê-la e atend er suas necessidades específicas. No artigo 24 do Decreto N º 6.949, de 25 de agosto de 2009 que diz respeito à educação das pessoas com necessidades especiais , declara que: a) As pess oas c om deficiência não s ejam excluídas do sis tema educac ional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino primário gratuito e compulsório ou do ensino se cundário, sob alegação de deficiência; b) As pess oas com deficiência pos sam ter aces so ao ens ino primário inclusivo, de qua lidade e gra tuito, e ao ensino s ecundário, em igualda de de c ondições com as demais pessoas na comunidade em que vivem; c) Adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais sejam providenciadas; d) As pessoas com deficiência rec ebam o apoio necessário, no âmbi to do s istema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; e) Medidas de a poio individualizadas e e fetivas sejam adotadas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e s ocial, de acordo com a metade inclusão plena De acordo com MATIAS , (2017, p.10) Sabe-s e que a inclusão é uma prática social na qual vai a lém dos muros da escola, pois e la se aplica ao trabalho, a cultura, a f amília, ao lazer, nas atitudes dos outros e também em suas próprias atitudes”. 2.3 A ARTE COMO P ROMOTORA DA INCLUSÃO. Segundo SILVA (2017) O professor de arte tem em suas mãos uma importante ferramen ta no processo de inclus ão, pois a arte lida em s eu processo criador, com a experiência estética, afetiva, a emoção, o s entimento, a sensibilidade d as pessoas. A afetiv idade é crucial para a adaptação de alunos especiais no ambiente escolar. “Qualquer at ividade pressupõe a presença de um estímulo afetivo. Sem afetiv idade não é poss ível se estabelecer um vín culo de aproximação com a cr iança d ita especial” (VYGOTSKI, 1997, P.14). É possível identificar qu e a br incadeira o cupa um l ugar importante na inf ância, sendo ela, uma condição social da vida da criança, dentro e fora da instituição escolar. Desta forma, os conteúdos de ensino preci sam s er interpretados de forma clara e objetiva, para gerar um envolvimento efetivo entre o br inc ar e o aprend er. Ass im, o brincar relaciona int erdiscip linarmente questões sociais, educacion ais e políticas, desafiando as crianças a descobrir em m aneiras de resolver conflitos, formar op iniões, criar regr as, 
socializar-se com o outro, repr esentar e se div ertir, t ornando o processo de alfabetização mais encantador para a sua aprendizagem ( CONTE, 2017). Conforme Carvalho (2011, p. 81), “os pr imeiros anos da i nfância são decisivos para a formação intelectual, afetiva e social do s er humano. Por ess e motivo, cercar as crianças do melhor atendimento possível é imperativo para todas as sociedades”. Tudo indica para uma p erspectiva reflexiva do saber, que conside re a compreensão pedagógica do desenvolvimen to humano como atividade lúdica, que envo lve o criar e o interagir co m o outro na construç ão de conhecime ntos. Portanto, nessa interação, os sujeitos ampliam os sentidos e signif icados do s obre o conhecimento, es t abelecendo relaçõ es com os seus cotidianos (SILVA, 2017). A partir dos estudos de V YGOSTSKY (1997), podemos notar que a criança com algum tipo d e limitação mo tora, cognitiva ou s ensorial precisa ser compre endida, para ser legitimada em suas potencialidades e deficiências para ser compensada. Podemos dizer que a percepção visual de uma pessoa s urda será mais ampliada pela f alta d a aud ição, da mesma forma que o d eficiente visua l, em alguns casos, poss ui uma percepção auditiva mais apurada nos sons (CONTE, 2017). Dessa maneira, concordamos com VY GOSTSKY (1997, p. 14) ao afirmar que “todo defeito cr ia os estímulos para e laborar u ma compensação”, que pode brotar e ser movida pe la arte e mobilizada p elo educar e apren der. Para cr ianças com autismo, a expressão corporal e/ou verba l serve como dis positivo de comunicação e in teração soc ial entre as pess oas. Percebe -se a importância do enco ntro com o ou tro par a que ocorra a mediação e o desenvolvimento do sujeito. Somos capazes de incluir todos por mio da esti mulação artística, no s entido de integrar e não apenas inserir uma criança com limitação cognitiva, sendo ela sindrômica, por transtorno global do desenvolvimento (T GD) ou de natureza traumática ou social, em oficinas de dança (SILVA, 2017). Segundo VYGOTSKY (1997), as crianças com necessidades especiais devem ser tratad as de forma qu e poss am criar uma identificação de que exist e autonomia p ara s i e compreend er a necessidade da estimulação deste processo. Portanto, a educação u tilizando a arte como ferra menta, se torna um proc esso dinâmico e contínuo onde deve ser utilizado para integrar e in teragir de um a forma espontânea, e din âmica na aprendizagem dos alunos da educação inclus iva. Sendo assim, lançam-se olhar es diferen ciados sobre a arte e vemos que atr avés del a o aluno amplia sua 
sensibilidade, percepção, ref lexão e a im aginação, expressando os sentimentos e desenvolvendo hab ilidades. P ortanto, o ensino d e art e nas escolas poss ibilita aos a lunos com deficiência o despertar e o aprimoram ento de sua criativid ade, oferecendo um contato constante com a realidade e a fantasia, propiciando o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética dos mes mos (MATIAS , 2017). Dessa forma, o ensino de arte n a edu cação inc lusiva é uma forma de pro mover a percepção, a cria tividade e a cul tura desses alunos, pois por conta de suas limitações eles possuem poucas oportunidades de expres sarem o que sentem e possuem poucas fontes de prazer, portanto, é necess ário que essas pessoas descubram valores em suas vidas, sintamse importantes, úteis e amadas, e a arte pos sibilita essa igualdade e essa integr ação, facilitando o seu desenvolvimento ( MATIAS, 2017). 3 V IVÊNCIA DO ESTÁGIO O estágio fo i desenvolvido no modo p andémico, na qual, a escolha da escola ocorreu de forma virtual, atr avés de pesquisas e cont atos pelo s ite do cen tro educacional La Salle. Duran te o estágio for am desenvolvidos alg uns procedimentos co mo o produto virtual em forma de cartilha, projeto e paper de estág io, além de 5 planos de aulas. Todas essas atividades foram de suma i mportância para a aquisição de conhecimento, contribuindo pos itiv amente p ara a jornada acadêmica. P ara o desenvolv imento do estágio foi escolhida a temática art e o seu papel como promotora da inclusão na educação infantil, tendo em vista que t al temática aborda sobre assuntos relevantes para o desenvolvimento cognitivo dos alunos da educação infantil, uma vez que, a arte pode proporcionar diferentes técnicas para inserir todos os alunos nas metodologias educacionais. Neste trabalho irá em anexo o produto virtual realizada em forma de cartilha, na qual a áre a de concentração fa z ênfase co m a t emática do Paper de estágio: A arte e o s eu papel como promotora da inclusão na educação infantil. 4 I MPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS) Durante o desenvolvimento do estágio foi possível observar que o ens ino por meio da arte causa transformações posit ivas par a a vida escolar e dos alunos especiais, pois a arte age como promotor a da interação social, na qual a criança tem liberdade para ser o que quiser e assim, expressar s eus sentimen tos e atitudes, transformando o quadro

Continue navegando