RESUMO DIREITO TRIBUTÁRIO Viviane Amorim Material elaborado por Genesis da Silva Honorato @materiasdedireito.doc Material elaborado por Genesis da Silva Honorato @materiasdedireito.doc SUMÁRIO 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS: ................................................................ 3 1.1. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO: ......................................... 3 1.2. FINALIDADES DOS TRIBUTOS: .................................................... 4 2. CONCEITO DE TRIBUTO: ................................................................... 5 2.1. PRETAÇÃO PECUNIÁRIA EM MOEDA (OU EM CUJO VALOR NELA SE POSSA EXPRIMIR): ................................................................................. 5 2.2. PRESTAÇÃO COMPULSÓRIA E INSTITUÍDA EM LEI: ....................... 6 2.3. PRESTAÇÃO QUE NÃO CONSTITUA SANÇÃO POR ATO ILÍCITO: ..... 7 2.4. PRESTAÇÃO COBRADA MEDIANTE ATIVIDADE ADMINISTRATIVA PLENAMENTE VINCULADA: ...................................................................... 8 3. NATUREZA JURÍDICA: ....................................................................... 9 4. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS: .................................................................. 10 4.1. IMPOSTOS: ............................................................................... 11 4.2. TAXAS: ..................................................................................... 13 4.2.1. Base de cálculo das taxas: ...................................................... 19 4.2.2. Taxas e Preços públicos: ......................................................... 21 4.3. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: ................................................ 23 4.4. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS: ................................................ 26 4.5. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: ..................................................... 28 4.5.1. Contribuições Sociais: ............................................................. 31 4.5.2. Contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE’s): ... 36 4.5.3. Contribuições Corporativas: .................................................... 39 4.5.4. Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública: .... 41 Material elaborado por Genesis da Silva Honorato @materiasdedireito.doc 1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS: 1.1. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO: A estrutura do Estado necessita sempre da obtenção de recursos para alcançar seus objetivos. Tem-se, pois, uma atividade meio para alcançar esses recursos. Os objetivos são elencados na CF no seu Art. 3º. As receitas públicas podem ser: ORIGINÁRIAS: originam-se do patrimônio estatal. O Estado se encontra em igualdade com o particular, sem poder de império, a exemplo de um contrato de locação. Assim, obtendo recurso deste contrato, o Estado obtém receita originária. Exploração do patrimônio; ralação horizontalizada. DERIVADAS: O regime jurídico é de Direito Público. Tem-se não uma relação horizontalizada, mas sim uma relação verticalizada com o uso do poder de império. O nosso exemplo aqui é o TRIBUTO. Não há a necessidade de consenso do contribuinte. Cite-se como outro exemplo a MULTA. ATENÇÃO: Quando se adentra no período moderno das finanças públicas, caracterizado pela intervenção do Estado no domínio econômico e social. Sai de cena o liberalismo. Entra em cartaz o Estado do Bem-Estar Social (Welfare State). Precisando intervir, o Estado passa a perceber que dispunha de uma poderosa arma em suas mãos: o tributo. CUIDADO: Quando falamos da atividade financeira do Estado para obtenção dos recursos e que a maioria das receitas derivadas são oriundas dos tributos, parece nos dizer que o tributo tem finalidade meramente arrecadatória. Todavia, a finalidade do tributo pode ser primordialmente FISCAL (arrecadatória), mas também pode ser EXTRAFISCAL. O tributo não é, pois, neutro, sempre tem outras consequências que vão além das arrecadatórias. Assim, temos o nosso próximo ponto: Material elaborado por Genesis da Silva Honorato @materiasdedireito.doc 1.2. FINALIDADES DOS TRIBUTOS: A finalidade do tributo pode ser: • FISCAL: Finalidade arrecadatória. • EXTRAFISCAL: visa precipuamente intervir em alguma situação social ou econômica. Na CF temos a previsão do Art. 153, §4º sobre o ITR. Fica claro que a finalidade do ITR é a de desestimular a manutenção de propriedades improdutivas. § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. A progressividade do ITR leva em consideração o grau de utilização e a área do imóvel. OBS: Quando se usa o tributo com finalidade extrafiscal, por muitas vezes acontece de haver prejuízos em determinados setores. Diante disso, muitas vezes o judiciário é demandado a se pronunciar quanto ao dever do Estado de indenizar o prejuízo pela atuação estatal. O STF, entretanto, decidiu que não há a responsabilidade do Estado nesses casos, pois age em conformidade com o seu papel designado pelo próprio poder constituinte. ATENÇÃO: É possível encontrar aspectos fiscais nos tributos extrafiscais, bem como também é possível encontrar aspectos extrafiscais nos tributos marcantemente fiscais, a exemplo claro do imposto de renda (que é claramente arrecadatório, mas também acaba redistribuindo renda). Material elaborado por Genesis da Silva Honorato @materiasdedireito.doc • PARAFISCAL: Tem-se uma função primordial de arrecadação (fiscal). O que muda aqui é o destino da arrecadação. No conceito clássico, tinha-se o ente político que cria o tributo e que delegava a outra pessoa de direito público a competência para fiscalizar e cobrar (capacidade tributária ativa) e, como consequência, essa entidade ficaria com a arrecadação para aplicar em finalidades de direito público. O exemplo clássico era o INSS (que cobrava algumas contribuições e ficava com o destino da arrecadação). Agora, entretanto, no conceito moderno, apenas o destino da arrecadação é para outra pessoa. Ou seja, não seria necessária a delegação da capacidade tributária ativa para existir para fiscalidade, mas apenas a destinação. 2. CONCEITO DE TRIBUTO: Meus, caros, devemos nos dedicar ao Art. 3º do CTN (LEIA VÁRIAS VEZES). Vamos decorar este artigo e ver o detalhamento doutrinário e jurisprudencial. Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 2.1. PRETAÇÃO PECUNIÁRIA EM MOEDA (OU EM CUJO VALOR NELA SE POSSA EXPRIMIR): O CTN foi redundante quando à prestação pecuniária em moeda. Mas com isso deixou claro que não é possível os chamados tributos in natura ou em labor. Assim, a finalidade da parte que diz “em cujo valor nela se possa exprimir” seria a de permitir a utilização dos INDEXADORES DE MOEDA. Em épocas de alta inflação, se fosse fixado o tributo apenas em Reais, a cada dia o tributo aumentaria substancialmente e assim ficaria inviável qualquer pagamento por parte do contribuinte. Assim, colocava-se o valor devir em UFIR, fazendo-se um cálculo simples e pagava-se o tributo. Material elaborado por Genesis da Silva Honorato @materiasdedireito.doc CUIDADO: O tributo não se confunde com a sua forma de quitação. Assim, é possível o pagamento do tributo mediante dação de pagamento de bem imóvel. Assim, na entrega ao Estado de outra coisa que não seja dinheiro na quitação do tributo,