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Helmintologia RESUMO AULAS

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· Família syngamidae
São parasitos que estão em permanente cópula e com importância em animais de produção.
 
1. Subfamília syngamidae
Gênero: syngamus trachea. 
Hospedeiro definitivo: galinhas.
 Ciclo biológico
 A cópula dos parasitas ocorre na traqueia ou nos brônquios. A fêmea faz a ovipostura e os ovos são carreados até a traquéia, juntamente com a secreção de um muco em resposta a infecção e que pode ser expectorado ou deglutido, sendo eliminado com as fezes. 
 Já o hospedeiro definitivo vai se infectar de três formas: 
· ingestão do ovo contendo a L3.
· ingerindo a L3 livre no ambiente.
· ingerindo um hospedeiro paratênico infectado pela L3.
 As L3 ingeridas libertam-se de sua cutícula e atravessam a parede intestinal e pela circulação atingem fígado, coração e pulmão (hepato-cardiopulmonar). Nos pulmões perfuram os capilares dos alvéolos e seguem para bronquíolos,brônquios onde realizam a muda para L4, ao chegar na traqueia realiza muda para L5 onde se tornará um adulto.
2. Subfamília stephanurinae 
Gênero stephanurus dentatus
Hospedeiro definitivo: suíno.
 Ciclo biológico
Os ovos saem na urina e se desenvolvem no ambiente até a fase de L3. O hospedeiro definitivo irá se contaminar:
· Por via oral: ao ingerir a L3 ou a minhoca infectada pela L3 (servindo como hospedeiro paratênico). 
Após chegar ao estômago sofre a muda para L4, segue para o fígado através da circulação. No fígado, a L4 realiza a muda para L5 (jovens adultos) que irão perfurar o fígado e adentrar a cavidade peritoneal até a região perirrenal. Onde permanecem em cópula, com os ovos sendo liberados na urina. 
· Por via percutânea: a L3 penetram na pele e fazem migração para o pulmão, onde se tornam L4, pela aorta chegam ao fígado onde se tornarão L5 (adultos). Rompem o fígado e atingem a cavidade perirrenal onde permanecem em cópula, em comunicação com o ureter, e os ovos sendo eliminados na urina.
Seus efeitos patogênicos são causados pela L4 no fígado e isso é de grande importância econômica pois não se pode comercializar este fígado.
· Família chabertidae
1. Subfamília oesophagostominae
Gêneros: oesophagostomum radiatum (bovinos e bubalinos), oesophagostomum columbianum (ovinos e caprinos) e oesophagostomum dentatum (suínos).
 
 Ciclo biológico
É típico de um estrongilídeo. O hospedeiro definitivo se infecta com a L3 (embora em suínos ocorra também por penetração da pele). A L3 penetra na mucosa de qualquer parte do intestino delgado ou grosso para ocorrer a muda para L4. As L4 emergem para a superfície da mucosa e migram para o cólon onde se desenvolvem até adultos. Na penetração intestinal ocorre a formação de nódulos onde esta larva poderá permanecer por anos. 
 Esse processo nodular é chamado de hipobiose e esse é um dos principais efeitos que o parasita exerce sobre a ação de medicamentos pois o fármaco não tem ação sobre a larva, somente sobre a forma adulta.
· Superfamília trichostrongyloidea 
 Família trichostrongylidae 
 Tem uma importância bem ampla na medicina veterinária,parasitando os diversos animais de produção: caprino,ovino,suíno,bovino,equino. 
 O controle parasitário deve ser feito de forma integrada sem que o produtor tenha que utilizar o recurso farmacológico de forma desajustada.
 
Subfamílias: 
· trichostrongylinae
· harmonchinae
· cooperiinae
· ostertagiinae
· hyostrongylinae
(inea são terminações para subfamília)
 O diagnóstico da família é feito por observação do macho, verificando o posicionamento dos espículos. Diagnóstico feito em situações de necropsia, o diagnóstico convencional é feito por observação de amostras fecais.
 Ciclo biológico geral dos tricostrongilídeos: 
 Os ovos saem nas fezes para o meio ambiente. Em condições favoráveis de temperatura e umidade, as L1 se desenvolvem e liberada no conteúdo fecal, se alimenta de organismos em decomposição e passa a L2 e L3. As chuvas dispersam a L3, que é a forma infectante, os hospedeiros definitivos se infectam ao ingeri-la.
 No rúmen do animal, as larvas perdem a bainha e se dirigem ao local de ação – abomaso ou intestino delgado –, onde passam a L3, L4 e L5, tornando-se parasitos adultos em até 2 semanas.
1. Subfamília trichostrongylinae
 Espécie: trichostrongylus axei 
 Hospedeiro definitivo: abomaso de ruminantes e estômago de equino.
 Espécie: trichostrongylus columbriformis.
 Localização: intestino delgado de ovinos e caprinos.
Desenvolvimento biológico: 
 O desencapsulamento da bainha da larva ocorre a nível intestinal,embora possam parasitar locais distintos, primeiro vai para o intestino migrando pela parede do intestino e depois retorna ao estômago. Exceto a t. colubriformis.
 Importância na medicina veterinária:
 A produção de nódulos na mucosa gástrica provoca destruição tecidual impedindo a absorção de nutrientes dificultando seu crescimento e ganho de peso. Também provoca o aumento da peristalse levando a um quadro de diarreia. Há aumento na produção de substâncias gástricas o que leva a um quadro de gastrite. 
 Nos bovinos ocorre o timpanismo, e como não consegue fazer a digestão no abomaso as fibras que estão no rúmen fermentam e produzem muitos gases levando ao aumento na região do abomaso.
 O cavalo ao diminuir a ingestão de alimento diminui a peristalse o que leva a impactação das fibras no intestino induzindo a quadros de cólicas.
 Embora para os caprinos e ovinos não haja a migração para o abomaso este processo de formação nodular a nível de intestino delgado produzem quadro de diminuição de alimentos levando ao não ganho de peso.
2. Subfamília haemonchinae
Espécies: haemonchus contortus, h.placei, h.similis.
 Hospedeiro definitivo: ruminantes. 
 Localização: abomaso.
As três espécies possuem comportamento hematofágico, isto é, os adultos se alimentam de sangue, buscando este na mucosa gástrica.
 Desenvolvimento biológico: 
 O animal se infecta através da ingestão da L3. Observa-se a penetração a nível de mucosa gástrica da L3 formando um nódulo na fase chamada de histotrófica, e sofre muda L3-L4-L5. Posteriormente a L5 sai do nódulo e continua presa a parede do abomaso e faz a muda para adulto que agora irá ingerir sangue. 
 Importância na medicina veterinária:
 O animal geralmente não tem diferença no quadro fecal, o que percebe-se é que apresenta-se de forma crônica uma queda no ganho de peso por passar a comer menos. Apresenta prostração; gastrite. O comportamento hematofágico do parasita leva uma anemia ao hospedeiro (hemoncose). Em casos agudos podem levar a óbito e os caprinos e ovinos são os mais afetados, os bovinos possuem uma resistência a este parasita mas podem servir como fonte de infecção ao liberar os ovos nas fezes.
3. Subfamília cooperiinae
 Espécies: cooperia punctata; c. pectinata
 Hospedeiro definitivo: ruminantes.
 Localização: intestino delgado.
Desenvolvimento biológico: 
 A única coisa a se observar é a não existência de migração em relação a parede do intestino. Ao chegar ao intestino, na fase de L3, nota-se que não há formação de nódulos e o parasita aproveita-se da própria estrutura das vilosidades intestinais e ficam alojados ali, onde sofrem as mudas para L4-L5-adultos.
 Este é o menos patogênico em relação a outras espécies.
 Importância na medicina veterinária: 
 Geralmente num exame coproparasitológico é possível encontrar muitas unidades da espécie, e o que ocorre é que o gênero cooperiia atua como inibidor do desenvolvimento de outras espécies.
4. Subfamília ostertagiinae
 Espécie: ostertagia ostertagi 
 Hospedeiro definitivo: ruminantes.
 Localização: abomaso.
Essa espécie é predominantemente de ambientes frios. A frequência da observação dos quadros clínicos se observa no inverno. 
 Desenvolvimento biológico:
 Há uma fase histotrófica. E é um ciclo típico desta família.
 Importância na medicina veterinária:
 A partir do momento que se forma o nódulo ocorre a destruição tecidual a nível gástrico, ocasionando uma menordigestão o que leva a uma pobre absorção diminuindo-se o ganho de peso do animal. Se for uma ovelha pode ocorrer do pêlo ficar opaco e quebradiço.
 
5. Subfamília hyostrongylinae
Espécie: hyostrongylus rubidus
Hospedeiro definitivo: suíno
Localização: estômago de suíno.
Desenvolvimento biológico: 
Há uma fase histotrófica. É um ciclo típico desta família.
 Importância na medicina veterinária: 
 Os suínos têm um manejo produtivo favorecido por serem criados em ambientes semi-abertos com acesso ao solo, então a possibilidade de infecção acontece com bastante frequência. Lesões de mucosa gástrica causando gastrite, diminuindo a ingestão de alimento e afetando seu ganho de peso. 
· Família dictyocaulidae
Espécie: dictyocaulus arnifieldi (equídeos) d. viviparus (bovinos); d, filaria (ovinos e caprinos)
 Essa família possui uma particularidade biológica distinta. Eles parasitam o pulmão dos animais..
Desenvolvimento biológico
 A postura dos ovos larvados pelas fêmeas é feita nos brônquios e bronquíolos. Normalmente, os ovos são deglutidos e no tubo digestivo ocorre a eclosão da L1, que sai nas fezes e vai se alimentar de matéria orgânica no ambiente. 
No ambiente passa a L2 e depois L3. O hospedeiro definitivo infecta-se ao ingerir a L3 nas pastagens;a L3 é liberada no intestino, penetra na mucosa e migra até o pulmão pela via linfática e vasos pulmonares. Nos gânglios linfáticos, ocorre a muda para L4, seguindo para o coração e o pulmão, onde penetra no parênquima pulmonar, passando a L5. A L5 chega aos brônquios e bronquíolos para sofrer maturação sexual e realizar postura. 
 Um outro esquema no ambiente é a de um crescimento fúngico, sendo bastante comum em material fecal de bovinos, esses fungos formam um esporo e a tendência ao atingir a maturidade é romper e esses esporos serem dispersos. Numa situação dessa a larva pode aproveitar esse mecanismo e alocar-se na superfície do fungo e serem dispersadas juntamente.
 Pode desenvolver quadros de pneumonia. Diminuição do ganho de peso. Reduz a capacidade imune do animal.
 ORDEM SPIRURIDA
· Superfamília spiruroidea - família gongylonematidae; família spirocercidae.
· Superfamília physalopteroidea - família physalopteridae
 Desenvolvimento biológico geral: 
 A fêmea tem a capacidade de eliminar os ovos larvados. No ambiente as larvas rompem a casca do ovo podendo ser ingeridas por hospedeiro intermediário, e este pode ser ingerido pelo hospedeiro paratênico. Dentro do hospedeiro intermediário há o desenvolvimento de L1-L2-L3. Pode ocorrer a participação de um hospedeiro paratênico. 
 A infecção ocorre pela ingestão do hospedeiro intermediário pelo hospedeiro definitivo. Envolve obrigatoriamente um hospedeiro intermediário sendo então um ciclo heteroxeno. Os adultos são encontrados no epitélio da mucosa do tubo digestivo superior, no esôfago,estômago de mamíferos e no papo das aves. Após a ingestão do hospedeiro intermediário ocorre a migração e transformação da L3-L4, a L4 segue a migração para onde encontram-se as formas adultas, sofre muda e passa a ser L5 e fica ali até sofrer a diferenciação sexual e se tornar adulta.
 A participação do hospedeiro paratênico depende do comportamento do animal, por exemplo, o porco que fuça dejetos pode ingerir o hospedeiro intermediário. Embora possa existir o ciclo que envolve o hospedeiro paratênico também. Já nas galinhas, que são animais que ciscam, não necessariamente necessita de um hospedeiro paratênico.
 SUPERFAMÍLIA SPIRUROIDEA 
1. Família gongylonematidae
 Gênero: gongylonema sp.
 Hospedeiro definitivos: mamíferos monogástricos e poligástricos e aves
 Localização: esôfago e compartimentos gástricos (ruminantes); estômago (mamíferos monogástricos - suíno); proventrículo (aves)
 Hospedeiro intermediário: coleópteros (besouros) coprófagos. 
 Em avaliação de necropsia os parasitas são facilmente observados. Outra forma que identifica-se em animais de produção é quando os animais vão para a linha de abate, ao realizar exame nas vísceras dos animais consegue-se visualizar a presença do parasita.
 Ciclo biológico: 
 Ovos larvados são eliminados nas fezes do hospedeiro. O hospedeiro intermediário ingere o ovo larvado, se houver a ruptura do ovo por questão de temperatura o besouro não distingue o ovo larvado da larva, o importante é que ele se infecte. No corpo do hospedeiro intermediário observa-se o desenvolvimento das fases evolutivas da larva. Se o hospedeiro definitivo ingerir o hospedeiro intermediário que contenha apenas até a fase de L2, o animal não irá se infectar. A infecção só acontece quando a L3 está evoluida no corpo do hospedeiro intermediário. Ao ocorrer a ingestão, as larvas penetram na mucosa gástrica, ao acontecer essa penetração observa-se as mudanças das fases de L4-L5 e depois sofre a maturação sexual se tornando a forma adulta. 
 Nos poligástricos o processo de migração acontece na parede do compartimento gástrico, então a L3 penetra na mucosa e vai migrando no sentido oposto retornando ao esôfago, e ocorrendo as mudas L4-L5- adulta. Que produzem os ovos que passaram pelo estômago seguindo para o intestino e sendo eliminados nas fezes. Nos casos em que estão no estômago, os ovos serão produzidos ali, seguindo para o intestino e sendo eliminadas com as fezes.
 
 2 . Família spirocercidae 
 Espécie: spirocerca lupi 
 Localização: adultos em lesões granulomatosas na porção torácica do esôfago e larvas na parede da artéria aorta.
Hospedeiro definitivo: cão
Hospedeiro intermediário: coleópteros coprófagos.
Hospedeiro paratênico: galinhas, lagartixas, roedores…
 
 Seu ciclo é muito patogênico causando arterite, provocando uma diferença na pressão arterial do animal e em decorrência da localização da forma adulta que é sempre no esôfago, observa-se um estreitamento da luz do esôfago e esse animal pode apresentar quadro de regurgitação ccom um caráter crônico então quando o animal apresenta essa sintomatologia de regurgitação já está com uma lesão avançada, e a lesão pior que é na artéria, se torna irreversível.
 A migração ocorre a nível de parede de artéria e isso provoca uma lesão, o aneurisma, que é quando a estrutura perde a capacidade de agir de forma involuntária. 
 O principal cão que pode ser uma fonte de infecção são os cães que têm acesso a rua, os que os tutores não recolham suas fezes. Aqueles que são criados em área livre.
 Ciclo biológico: 
 O cão infectado elimina os ovos no dejeto. Esses ovos são alongados e geralmente as técnicas de coproparasitologia conseguem visualizá-los, sendo esta uma forma de diagnóstico. Os ovos no ambiente são ingeridos por besouros e em seu interior ocorre o desenvolvimento de L1-L2-L3. O hospedeiro definitivo precisa ingerir este besouro (HI) mas o que mais potencialmente aumenta a probabilidade desse animal desenvolver um quadro de spirocerca é o fato do hábito da caça, envolvendo a participação de hospedeiros paratênicos, que por sua vez se alimentam do besouro (HI) e a partir disso ele digere o besouro e mantém a larva em seu organismo. 
 Então a infecção se dá pela ingestão do hospedeiro intermediário ou hospedeiro paratênico, e após isso a larva faz o trajeto do trato digestório superior e ao chegar ao estômago a L3 sai do cisto e penetra na mucosa gástrica. Sofre muda para L4 e avança para a parede da artéria aorta, essa migração causa lesões nodulares na parede da artéria. A larva então ascende para a porção esofágica, mas essa migração leva tempo, meses, até ter sucesso. A larva atinge a porção esofágica devido a proximidade da artéria aorta com o esôfago. Dentro da parede esofágica passa a ser L5, irá sofrer a maturação sexual e as formas adultas fixam-se a nível de esôfago. 
 Importância médica veterinária: aneurisma verminótico; esofagite granulomatosa (levando a uma dificuldade de engolir; regurgitando). 
 3. Família spirocercidae
 Espécie: ascarops strongylina
 Hospedeiro definitivo: suínos 
 Localização: estômago
 Hospedeiro intermediário: besouros.
 Espécie: physocephalussexalatus
 Hospedeiros definitivos: suínos.
 Localização: estômago. 
 Hospedeiro intermediário: besouros.
Ciclo biológico:
 Ovos larvados são eliminados junto com as fezes. O hospedeiro intermediário ingere este ovo e em seu corpo acontece o processo de evolução de L1-L2-L3. O hospedeiro definitivo ingere o besouro (HI) contendo a L3, que irá penetrar na mucosa gástrica e percebe-se que nessa passagem que ocorre a muda de L3 para L4 para L5 até a sua maturação sexual, e tudo a nível de estômago. 
SUPERFAMÍLIA PHYSALOPTERIDAE
Família physaloteridae
Espécie: physaloptera praeputialis
Localização: esôfago; estômago
Hospedeiros definitivos: cães,gatos
Hospedeiros intermediários: baratas e coleópteros (besouros)
 Ciclo biológico
O hospedeiro definitivo infectado elimina em suas fezes ovos contendo a L1 e o ovos são ingeridos pelos hospedeiros intermediários e em seu corpo observa o encistamento da L1 (desenvolvimento da L1-L2-L3) e fica vulnerável a ser ingerido por um hospedeiro paratênico (rato,lagartixa, sapo), que pode ser ingerido pelo hospedeiro definitivo. Alguns gatos podem ingerir diretamente o hospedeiro intermediário.
Importância M.V: o animal apresenta o hábito de regurgitar; vômitos; dificuldade de alimentação, pois geralmente o parasita estimula a mucosa aumentando a quantidade de suco gástrico e apresenta um comportamento de gastrite.
SUPERFAMÍLIA THELAZIIDAE
Família thelaziidae
Gênero: thelazia spp
Hospedeiros definitivos: bovinos, equinos, cães, gatos e humanos. 
Hospedeiros intermediários: moscas lambedoras (musca domestica, fannia)
Localização: conduto lacrimal
Ciclo biológico:
 Em relação ao ciclo biológico é pouco estudado. Basicamente a mosca pousa na órbita ocular e ao realizar a lambedura da secreção lacrimal juntamente ocorre a extração da L1. No corpo da mosca se desenvolvem L1-L2-L3. Agora a L3 está pronta para ser inoculada quando essa mosca retornar a órbita ocular do animal e fizer uma nova lambedura. O adulto normalmente está alojado dentro do conduto lacrimal. O parasitismo pode gerar incômodo podendo haver uma resposta inflamatória do hospedeiro, mas não provoca úlcera. 
Gênero: oxyspirura
Hospedeiro definitivo: galinhas. 
Hospedeiros intermediários: baratas e moscas. 
Localização: conduto lacrimal.
Ciclo biológico:
 No ciclo biológico envolvendo a barata se dá por ingestão deste hospedeiro intermediário onde as larvas ganham a circulação sanguínea e chegam ao conduto lacrimal. O processo para as moscas é semelhante ao thelazia spp.
SUPERFAMÍLIA HABRONEMATOIDEA
Família habronematidae 
Gênero: habronema spp
Hospedeiro definitivo: equino
Hospedeiro intermediário: mosca
Localização: estômago.
 Apresenta uma ferida conhecida como “ferida brava do verão”, de aspecto extenso e granulomatosa. Sendo uma resposta inflamatória a presença da larva do parasita. Mas essa manifestação é considerada errática já que a larva deveria ter sido ingerida para realizar seu procedimento biológico no trato digestório. 
 As moscas podem fazer a inoculação da larva no momento da alimentação,principalmente as hematofágas, onde pousa para realizar a ingestão de sangue e nesse momento é inoculada a larva do helminto. Nesse momento a larva é um corpo estranho, e por não conseguir fazer uma migração circulatória fica contida causando a lesão inflamatória. Essa ferida tende a fechar no inverno, já que não há tanta propagação de moscas como no verão. 
 Ciclo biológico: 
Um animal infectado ao defecar estará eliminando ovos larvados. As moscas (stomoxys calcitrans ; musca domestica) fazem sua ovopostura no dejeto, as larvas de mosca que estão se desenvolvendo e alimentando-se dessa matéria orgânica pode acabar ingerindo os ovos do habronema. A cada estágio de desenvolvimento da larva da mosca ocorre em sincronia com o desenvolvimento do habronema, ou seja, ele se desenvolve no interior da larva e juntamente com ela. A L3 da mosca entra no processo de pupação, durante isso a L3 de habronema migra para a região da cabeça da mosca, quando a mosca emergir da pupação essa L3 tende a passar para a peça bucal da mosca, e aí quando a mosca for se alimentar de sangue ela deixa a larva (L3) no corpo do hospedeiro definitivo. 
 A musca domestica vai até a boca do animal fazer a lambedura de saliva e deixa a forma infectante do helminto (L3), e ao se alimentar acaba ingerindo a larva. Ao se coçar com a boca na região das patas, onde pode ter ocorrido a inoculação das larvas, ele também pode ingerir a L3 e se infectar. A L3 penetra na parede do estômago,forma um nódulo e sofrerá a mudança para L4-L5 e a maturação sexual.
Importância M.V: causa a habronemose; pode ser considerada uma habronemose dérmica (“ferida brava verão”); habronemose conjuntival, lesões próximas ao olho; habronemose nasal, lesão a nível de divertículo nasal; habronemose pulmonar, pela aspiração da larva (L3). Sendo todos esses ciclos erráticos. A habronemose gástrica seria a forma correta do ciclo biológico do helminto.
SUPERFAMÍLIA FILAROIDEA
Família onchocercidae
Gênero: dirofilaria spp
1. Espécie: dirofilaria immitis 
 Hospedeiros definitivos: cães, gatos. 
 Hospedeiros intermediários: mosquitos (aedes sp e culex sp) 
 Localização: artéria pulmonar; endocárdio quando há superpopulação de helmintos na artéria.
 Ciclo biológico
 A relação entre os mosquitos e o animal é dependente do ciclo circadiano (é a relação de microfilaremia - presença de microfilárias na circulação sanguínea). O cão tem uma microfilaremia diurna, ou seja, a maior concentração de microfilária na circulação é mais comum durante o dia. No gato a microfilaremia é mais comum à noite.
 As fêmeas produzem larvas (L1 ou M1 - microfilaria) e elas ficam na circulação, respeitando o ciclo circadiano, estando expostas ao inseto que irá ingerir essa forma e permitir o desenvolvimento larval em seu corpo. Quando o inseto for se alimentar no corpo de outro animal ele inocula a M3. Essa larva pela circulação sanguínea atinge a região de vasos de maior calibre,alcançando a artéria pulmonar, observa-se então o desenvolvimento da forma adulta. Sofre as mudanças nas paredes dos vasos de menor calibre para os vasos de maior calibre, passando a ser L4 e posteriormente atravessa a região de vascularização para atingir a artéria pulmonar onde irá se alojar na forma de L5 e sofrer a maturação sexual. O helminto se fixa na parede da artéria pulmonar.
Importância M.V: arterite pulmonar,diminuindo o calibre da artéria reduzindo o fluxo de sangue na artéria pulmonar para o coração consequentemente diminui o débito cardíaco; causando insuficiência cardíaca a longo prazo; dificuldade respiratória; tosse, por compressão da artéria devido a esforço físico. 
A migração da larva causa pequenos coágulos e se desprende causando enfartamento.
2. Espécie: dipetalonema reconditum
 Hospedeiro definitivo: cães
 Hospedeiro intermediário: pulgas e carrapatos
 Local: em nódulo subcutâneo
 As fêmeas produzem filárias que ganham a circulação para que sejam ingeridas por um hospedeiro intermediário. 
 A pulga ao se alimentar ingere a microfilária e em seu corpo ocorre o desenvolvimento até L3. Ao retornar ao corpo de outro animal inocula a L3. A L3 se desenvolve no subcutâneo até a forma adulta, que lança as microfilárias na circulação. 
Importância M.V: produz nódulos no subcutâneo; abcessos cutâneos; ulcerações cutâneas; diagnóstico diferencial para dirofilariose.
Zoologia 
ORDEM CHIROPTERA (morcegos)
Subordem: megachiroptera (morcegos encontrados na áfrica e ásia)
Subordem: microchiroptera (encontrados em território brasileiro)
 Algumas espécies de morcegos têm importância médica veterinária por serem hematofagos e normalmente exercida sobre corpo de animais, mais especificamente em animais de produção. Não é comum que eles se alimentem de sangue humano. No entanto, muitas espécies são frugívoros,insetívoros,nectarívoros. Tendo papel fundamental para a dispersão de sementes e pólen.
Principais famílias: 
· Família phyllostomidae:apresenta folheto nasal desenvolvido ou rudimentar.
Subfamília: desmodontinae (morcegos hematófagos); brachyphyllinae, phyllonycterinae, glossophaginae (morcegos beija-flor - nectarívoros); phyllostominae (morcegos onívoros); carollinae (morcegos insetívoros e frugívoros) e stenodermatinae (morcegos frugívoros - maioria se alimentam de florais,insetos e folhas).
Subfamília: DESMODONTINAE
Tem importância na veterinária pois são capazes de sugar os sangues de animais e nesse momento podem realizar a transmissão do vírus da raiva.
· Folheto nasal rudimentar.
· Não possuem cauda, o uropatágio é reduzido. Pernas, braços e polegares longos. Lábio inferior sulcado sem papilas ou verrugas mentonianas. Língua sulcada que auxilia o percurso do sangue para a deglutição,os incisivos superiores são longos e cortantes, e os molares e pré-molares são reduzidos.
Espécie: desmodus rotundus - as características usadas para o reconhecimento são: possuem olhos pequenos, folheto nasal rudimentar e a coloração dos pelos na face dorsal amarronzada e a região ventral mais esbranquiçada. 
Espécie: diaemus youngii - polegar longo, olhos maiores quando comparados ao desmodus rotundus, pelagem marrom claro. 
Espécie: diphylla ecaudata - orelha arredondada, olhos maiores, folheto nasal rudimentar.
 Família Molossidae 
· Possuem cauda espessa e livre que ultrapassa a borda distal do uropatágio. Suas asas são longas e estreitas. Pelagem curta com aspecto de veludo e a coloração varia do castanho ao enegrecido. Tem focinho largo e de aspecto truncado. Lábios com pregas e sulcos diminutos. São frugívoros.
Família vespertilionidae
· Não apresenta folha nasal ou qualquer outra ornamentação facial. Tem olhos pequenos e as orelhas variam bastante de forma e tamanho. Possuem cauda bem desenvolvida e contida no uropatágio, raramente ultrapassando sua distal formando um “V”. Possuem incisivos curtos por serem insetívoros. 
((A questão de morcegos que não são hematófagos mas podem ter o vírus da raiva é uma preocupação para os gatos, já que são caçadores e ao realizar a mordedura em um morcego se contaminar com o vírus rábico.))
CLASSE AMPHIBIA
Alguns anfíbios são produtores de substâncias tóxicas que podem por contato com animais de cia causar um efeito toxicológico, sendo mais um mecanismo de defesa.
 As principais ordens são: anura (sapos,rãs e pererecas), gymnophiona (cecílias) e caudata (salamandras). 
ORDEM ANURA 
· Família hylidae; Gênero hyla (pererecas) - animais comuns em ambientes selvagens
· Família ranidae - Gênero rana (rã verdadeira) - animais comuns na ranicultura; podem participar como hospedeiro paratênico em algumas parasitoses.
· Família leptodactylidae - Gênero leptodactylus (falsa rã) - presas faceis para os animais de cia e não produzem substâncias tóxicas; podem participar como hospedeiro paratênico em algumas parasitoses.
· Família bufonidae - Gênero rhinella (sapo) - presença de glândulas produtoras de toxinas sendo uma ação de proteção para eles 
· Família dendrobatidae (falsas rãs venenosas) - produção de toxinas e em contato com a mucosa oral o animal apresenta um quadro de sialorréia. Neurofisiologia: apresentando paralisia de membro posterior, estiramento de patas.
 
 As características para identificar os anfíbios são: os membros, sendo ou não dotados de ventosas.
Bufonidae - presença de glândulas paratóides localizadas logo atrás dos olhos, e uma membrana timpânica.
Hylidae - presença de ventosas em todos os dedos
Ranidae - sem ventosas, possuem palmouras (membrana entre os dedos); pois são animais aquáticos.
Leptodactylidae - dedos alongados com as patas voltados para frente e sem membrana.
CLASSE REPITILIA
 Subordem: ophidia
Serpentes são que possuem peçonha, e as cobras não possuem peçonha. São animais que estão envolvidos em acidentes com os animais domésticos. A cobra é caçadora e as serpentes atraem as presas. 
(COBRAS)
 Família boidae 
Gênero boa (jibóias) 
Gênero eunectes (sucuri, anaconda) 
Gênero corallus (cobra-papagaio, periquitambóia)
 Família colubridae (cobra-verde,caninana, cobra-cipó, muçurana, falsa coral) se alimentam de pequenos insetos,ovos, filhotes.
 
(SERPENTES)
 Família viperidae
 Subfamília viperinae (não ocorre no Brasil)
 Gênero vipera (víboras verdadeiras)
Subfamília crotalinae 
Gênero crotalus (cascavel) apresentam no fim do corpo guizo.
Gênero bothrops (jararaca, jararacuçu, urutu, cotiara)
Gênero lachesis (surucucu)
 Predominantes envolvidos nos acidentes e devem ser notificados quando ocorre. Para obter informações de em que época é mais comum os acidentes e assim serem desenvolvidos os antiofídicos. 
 Família elapidae
Subfamília hydrophiinae (cobras marinhas)
Subfamília elapinae 
Gênero naja (naja ou cobra-de-capelo: não ocorre no Brasil)
Gênero micrurus (coral verdadeira)
Classificação das serpentes quanto à dentição: 
 Podem ou não apresentar um sulco por onde a peçonha é eliminada. 
Áglifa - não apresentam o sulco e por isso não conseguem fazer a inoculação da peçonha no corpo da presa.
Opistóglifa - o sulco na porção da boca.
Proteróglifa - além do sulco possui um canal
Solenóglifa - apresenta apenas o canal, por onde a peçonha irá passar e ao introduzir o dente na pressa acaba inoculando a peçonha no animal.
Serpentes peçonhentas e não peçonhentas. 
 Todas as serpentes possuem peçonha, mas nem todas conseguem inocular a peçonha no animal doméstico.
Fosseta loreal é uma estrutura próxima aos olhos que eles utilizam para captar vibrações. Peçonhentas possuem essa estrutura, exceto a coral. As não peçonhentas não possuem. 
CLASSE ARACHINIDA
Ordem araneae
Subordem araneomorphae = labidognata
 São diferenciadas pelo movimento das quelíceras para realizar a inoculação das toxinas, de forma horizontal (para o lado). Maior facilidade em inocular as toxinas.
Família ctenidae - gênero phoneutria (armadeira)
Família sicariidae - gênero loxosceles (marrom)
Família theridiidae - gênero latrodectus (viúva negra) único exemplo de fiandeira que causa acidentes em humanos.
Família lycosidae - gênero lycosa (tarântula de jardim) o efeito produzido por ele é mais antiinflamatório do que tóxico.
Subordem mygalomorphae = orthognata. 
As quelíceras realizam o movimento verticalmente (para cima e para baixo). Não estão envolvidas no acidentes por inoculação da toxina em humanos. 
Araneísmo = acidentes por inoculação de toxinas.
Família theraphosidae - caranguejeira
Apresentam olhos no cefalotórax, são um conjunto entre 6 a 8 olhos (padrão ocelar seria o padrão de olhos que a aranha apresenta.) Apresentam quelíceras no lugar de antenas. Em cada uma há presença de um acúleo sendo responsável pela apreensão da presa liberando uma toxina lítica, promovendo uma lise. O potencial dessa toxina está relacionado com o grau de acidente. Ao injetar a toxina na presa a primeira reação é de paralisia logo em seguida ela começa o processo de sucção, todos os órgãos são digeridos pela ação da toxina. 
 A primeira porção denomina-se cefalotórax com um par de estruturas que lembram patas que seriam como palpos denominadas de pedipalpos e a segunda porção denomina-se abdomen onde há as estruturas digestivas e excretoras. As cerdas têm função sensorial.
 A cópula: o macho com o auxílio do pedipalpo consegue retirar o material espermático do aparelho reprodutor masculino e transfere o material para dentro da cavidade reprodutiva feminina. Na maioria das espécies o macho morre após a cópula e a fêmea se alimenta dele para usar as energias para garantir a prole.
 A grande maioria são insetívoras. 
Escorpiões
São indivíduos subterrâneos. Se alimentam ao sair da toca predominantemente de inseto, comumente de baratas. 
Quanto menor for o escorpião maior será a concentração de toxinas. Geralmente os filhotes causam muito mais lesões ao humano do que os adultos.
 O tityus serrulatus recebe este nome por que ventralmente observa-se um conjunto de relevos que lembra um pente, que é usada para diagnosticar a espécie. O padrão da cor também é um diferencial, esta espécie é amarelada.
 Cefalotórax,abdômen, pós abdômen e ao fim a presença de um aculeo. 
O tityus bahiensis tem a coloração mais escura. 
 As galinhas são controladores naturais de escorpiões.
 Para os escorpiões, o último segmento do pedipalpos é deixado com uma espermátide no local onde a fêmea está e ela precisa encontrar esse segmento para realizar a cópula.

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