Buscar

direito-eleitoral-ponto-8--da-propaganda-politica-das-pesquisas-eleitorais-17628

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
2020
MAGISTRATURA
ESTADUAL
DIREITO ELEITORAL
Da propaganda política. 
Das pesquisas eleitorais.
(PONTO 8)
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Sumário
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ....................................................................................3
1. DOUTRINA (RESUMO)..............................................................................................5
2. LEGISLAÇÃO ..........................................................................................................32
3. JURISPRUDÊNCIA ...................................................................................................56
4. QUESTÕES DE CONCURSOS ..................................................................................59
4.1 COMENTÁRIOS................................................................................................62
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
3
DIREITO ELEITORAL
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
(Conforme Edital Mege)
Atualizado em 08/04/2020
8 Da propaganda política. Das pesquisas eleitorais.
Camila Penteado
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
4
Neste ponto do Edital do Mege, discorreremos sobre a propaganda polí�ca. O assunto 
se encontra disciplinado na Lei das Eleições. Trata-se de tema com muita relevância prá�ca para 
o magistrado estadual no exercício da função eleitoral. Por isso, é um assunto bastante cobrado 
nas provas da magistratura. Tenham atenção às alterações legisla�vas e aos quadros de aviso ao 
longo deste ponto, uma vez que podem ser de grande auxílio na resolução das questões.
Bons estudos!
Professora Camila Penteado.
Apresentação
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
5
1. DOUTRINA (RESUMO)
1.1. DA PROPAGANDA POLÍTICA
1.1.1. PESQUISAS ELEITORAIS 
As pesquisas eleitorais têm o condão de nortear o processo eleitoral, tanto para os 
candidatos quanto aos jornalistas, publicitários e, ainda, aos próprios eleitores.
A Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições) disciplina as pesquisas eleitorais em seu art. 33 e 
seguintes, exigindo, inicialmente, o registro das mesmas até 5 (cinco) dias antes da divulgação junto 
ao órgão da Jus�ça Eleitoral competente para o registro de candidatos (§ 1º, art. 33, Lei das Eleições).
O Código Eleitoral disciplina o órgão em que será registrado o candidato, a depender da 
eleição correspondente. Observe o esquema abaixo:
Importante destacar que a divulgação de pesquisa, sem o prévio registro, enseja a 
aplicação de multa ao responsável (valor este definido em resolução específica do TSE, já que a 
unidade UFIR foi ex�nta pela Lei nº 12.522/2002) e, quando registrada, deve indicar certas 
informações obrigatórias. Vejam o que disciplina o art. 33 e seguintes da Lei das Eleições em questão:
Art. 33. As en�dades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública 
rela�vas às eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, 
para cada pesquisa, a registrar, junto à Jus�ça Eleitoral, até cinco dias antes da 
divulgação, as seguintes informações:
I - quem contratou a pesquisa;
II - valor e origem dos recursos despendidos no trabalho;
III - metodologia e período de realização da pesquisa;
IV - plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível 
econômico e área �sica de realização do trabalho a ser executado, intervalo de 
confiança e margem de erro;
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
6
V - sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de 
dados e do trabalho de campo;
VI - ques�onário completo aplicado ou a ser aplicado;
VII - nome de quem pagou pela realização do trabalho e cópia da respec�va nota fiscal. 
§ 1º As informações rela�vas às pesquisas serão registradas nos órgãos da Jus�ça 
Eleitoral aos quais compete fazer o registro dos candidatos.
§ 2º A Jus�ça Eleitoral afixará no prazo de vinte e quatro horas, no local de costume, 
bem como divulgará em seu sí�o na internet, aviso comunicando o registro das 
informações a que se refere este ar�go, colocando-as à disposição dos par�dos ou 
coligações com candidatos ao pleito, os quais a elas terão livre acesso pelo prazo de 30 
(trinta) dias. 
§ 3º A divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações de que trata este 
ar�go sujeita os responsáveis a multa no valor de cinquenta mil a cem mil UFIR.
§ 4º A divulgação de pesquisa fraudulenta cons�tui crime, punível com detenção de 
seis meses a um ano e multa no valor de cinquenta mil a cem mil UFIR.
§ 5º É vedada, no período de campanha eleitoral, a realização de enquetes 
relacionadas ao processo eleitoral.
Art. 34. (VETADO)
§ 1º Mediante requerimento à Jus�ça Eleitoral, os par�dos poderão ter acesso ao 
sistema interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados das 
en�dades que divulgaram pesquisas de opinião rela�vas às eleições, incluídos os 
referentes à iden�ficação dos entrevistadores e, por meio de escolha livre e aleatória 
de planilhas individuais, mapas ou equivalentes, confrontar e conferir os dados 
publicados, preservada a iden�dade dos respondentes.
§ 2º O não-cumprimento do disposto neste ar�go ou qualquer ato que vise a 
retardar, impedir ou dificultar a ação fiscalizadora dos par�dos cons�tui crime, 
punível com detenção, de seis meses a um ano, com a alterna�va de prestação de 
serviços à comunidade pelo mesmo prazo, e multa no valor de dez mil a vinte mil UFIR.
§ 3º A comprovação de irregularidade nos dados publicados sujeita os responsáveis às 
penas mencionadas no parágrafo anterior, sem prejuízo da obrigatoriedade da 
veiculação dos dados corretos no mesmo espaço, local, horário, página, caracteres e 
outros elementos de destaque, de acordo com o veículo usado.
Art. 35. Pelos crimes definidos nos arts. 33, § 4º e 34, §§ 2º e 3º, podem ser 
responsabilizados penalmente os representantes legais da empresa ou en�dade de 
pesquisa e do órgão veiculador.
Art. 35-A. É vedada a divulgação de pesquisas eleitorais por qualquer meio de 
comunicação, a par�r do décimo quinto dia anterior até as 18 (dezoito) horas do dia do 
pleito.(Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006) (Vide ADIN 3.741-2)
O § 4º do art. 33 acima transcrito aponta como crime a divulgação fraudulenta de 
pesquisa eleitoral, podendo ser responsabilizados por tal infração penal os representantes 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
7
legais da empresa ou en�dade de pesquisa e, ainda, do órgão veiculador (art. 35, Lei das 
Eleições).
Note, ainda, a vedação do § 5º do art. 33 a respeito da realização de enquetes. A 
doutrina aponta a diferença entre pesquisa e enquete, pois esta úl�ma não possui caráter 
cien�fico, ao contrário da pesquisa eleitoral. Assim, a legislação eleitoral, no período de 
campanha eleitoral, apenas permite a realização de pesquisas, observadas as exigências legais 
supramencionadas.
Por fim, impende mencionar a declaração de incons�tucionalidade do art. 35-A da Lei 
nº 9.504/97 pelo STF (Vide ADIN 3.741-2). Esse disposi�vo vedava a divulgação depesquisas 
eleitorais, por qualquer meio de comunicação, a par�r do 15º dia anterior até às 18h do dia do 
pleito. Contudo, o STF entendeu que esse disposi�vo violava a garan�a da liberdade de 
expressão e do direito à informação livre e plural no estado democrá�co de direito.
Destarte, a divulgação da pesquisa eleitoral pode ser realizada a qualquer momento, 
necessário apenas o registro de suas informações previamente no órgão competente, até 5 
(cinco) dias antes de sua divulgação, conforme visto acima. 
1.1.2. PROPAGANDA POLÍTICA
A propaganda polí�ca pode ser dividida em três espécies:
i) propaganda par�dária; 
ii) propaganda intrapar�dária; e 
iii) propaganda eleitoral.
A propaganda par�dária era realizada de forma gratuita, no rádio ou na TV, nos 
semestres não-eleitorais. Tinha o obje�vo de difundir os programas par�dários; transmi�r 
mensagens aos filiados sobre a execução do programa par�dário, dos eventos com este 
relacionados e das a�vidades congressuais do par�do; divulgar a posição do par�do em relação 
a temas polí�co-comunitários; e promover e difundir a par�cipação polí�ca feminina.
A Lei dos Par�dos Polí�cos (Lei nº 9.096/95) disciplinava tal propaganda em seu art. 45 
e seguintes. Todavia, com o advento da Lei nº 13.487/2017, tais disposi�vos foram revogados 
pelo seu art. 5º, com efeitos a par�r de 1º de janeiro de 2018.
Inclusive, o § 2º do art. 36 da Lei das Eleições, que proibia a veiculação de propaganda 
par�dária no segundo semestre do ano da eleição, restou alterado pela Lei nº 13.487/2017, 
passando a proibir qualquer propaganda polí�ca paga no rádio e na TV, in verbis:
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
8
ATENÇÃO!
Art. 36. (...)
§ 2º Não será permi�do qualquer �po de propaganda polí�ca paga no rádio e na 
televisão.
 
De todo modo, o que a minirreforma de 2017 excluiu foi a propaganda par�dária no rádio 
e na TV. Isso não impede a realização de uma propaganda par�dária em recinto aberto ou fechado, 
como possibilita o caput do art. 39 da Lei das Eleições, o qual não sofreu alteração pela nova 
legislação. 
Já a propaganda intrapar�dária, prevista no § 1º do art. 36 da Lei das Eleições, tem o 
condão de possibilitar que o postulante a cargo ele�vo divulgue seu nome, a fim de que que 
seja indicado para concorrer às eleições pelo par�do, vedado o uso de rádio, televisão e 
outdoor. Trata-se, pois, como o próprio nome já sugere, de uma propaganda interna, dentro do 
próprio par�do ou coligação para indicação do nome do pretenso candidato ao registro.
Art. 36. (...) § 1º Ao postulante a candidatura a cargo ele�vo é permi�da a realização, 
na quinzena anterior à escolha pelo par�do, de propaganda intrapar�dária com vista 
à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e outdoor.
Exemplo: “Filiado X” deseja ser candidato a Prefeito de determinada cidade. Na 
quinzena anterior à escolha, pelo par�do, do candidato que o representará nas eleições ao 
cargo do execu�vo municipal, os filiados que desejarem se candidatar ao cargo por tal 
agremiação podem realizar propaganda interna a fim de possibilitar ao par�do a escolha de 
quem irá representá-lo no pleito eleitoral.
Por sua vez, a propaganda eleitoral configura a espécie de propaganda polí�ca de 
maior efeito nas eleições aos cargos ele�vos. Direciona-se a angariar o voto do eleitor; porém, 
só pode ser veiculada após o dia 15 de agosto do ano da eleição (isto é, a par�r do dia 16 de 
agosto do ano da eleição), como se observa na redação do caput do art. 36 da Lei das Eleições 
(modificado pela minirreforma eleitoral de 2015 – Lei nº 13.165/2015):
Art. 36. A propaganda eleitoral somente é permi�da APÓS o dia 15 de agosto do ano 
da eleição. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
A questão do concurso público tanto pode afirmar a expressão: “após o dia 15 de agosto do 
ano da eleição”; como também: “a par�r do dia 16 de agosto do ano da eleição”. As duas 
maneiras estão corretas! Portanto, fique atento a essas duas expressões possíveis na 
questão.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
9
Diante de tais explanações, podemos sinte�zar os obje�vos de cada espécie de 
propaganda polí�ca na forma abaixo:
Com vistas a uma maior transparência na propaganda eleitoral e o direito à 
informação, bem como em respeito ao princípio da unicidade da chapa, a Lei nº 13.165/2015 
alterou o § 4º do art. 36 da Lei das Eleições, obrigando as propagandas eleitorais dos candidatos 
ao cargo MAJORITÁRIO a constarem, também, os nomes dos candidatos a Vice (no caso dos 
cargos do Chefe do Execu�vo – Federal, Estadual, Distrital ou Municipal) OU a suplentes de 
Senador, de modo claro e legível, em tamanho não inferior a 30% (trinta por cento) do nome do 
�tular.
Caso haja propaganda eleitoral antes do prazo fixado pelo art. 36 da Lei das Eleições, 
esta poderá ser caracterizada como propaganda antecipada havendo, por consequência, 
aplicação de multa ao responsável pela divulgação da propaganda e, quando comprovado o 
seu prévio conhecimento, ao beneficiário. O valor da multa varia entre R$5.000,00 (cinco mil 
reais) a R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou ao equivalente ao custo da propaganda, se este 
for maior (art. 36, § 3º, Lei das Eleições).
Importante destacar que, por ser objeto de muita controvérsia, a redação dos arts. 36-
A e 36-B da Lei das Eleições já explicita hipóteses do que se configura ou não propaganda 
eleitoral antecipada, in verbis:
Art. 36-A. NÃO CONFIGURAM propaganda eleitoral antecipada, desde que não 
envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação 
das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter 
cobertura dos meios de comunicação social, inclusive via internet: (Redação dada 
pela Lei nº 13.165, de 2015)
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
PARTIDÁRIA
INTRAPARTIDÁRIA
(Lei nº 9.504/97, art. 36, § 1º)
ELEITORAL
(Lei nº 9.504/97, arts. 36 a 58-A)
D i v u l ga ç ã o ex te r n a p a ra 
p r o m o v e r o s p r o g ra m a s , 
posições e atuações do par�do, 
além de difundir par�cipação 
feminina na polí�ca.
Divulgação interna do nome do 
fi l i a d o q u e p r e t e n d e s e r 
candidato pelo par�do. 
D i v u l ga ç ã o ex te r n a p a ra 
angariar votos dos Eleitores.
Filiados e não filiados (a estes 
úl�mos para tentar angariá-los 
como novos filiados)
Filiados
Eleitores
PROPAGANDAS POLÍTICAS FINALIDADE ALVO
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
10
OBSERVAÇÃO:
O TSE já decidiu que a divulgação de candidatura por meio de banner afixado em shopping 
center não caracteriza propaganda antecipada. Isso porque, no caso julgado, houve mera 
referência à candidatura e à promoção pessoal do pré-candidato. Conforme o TSE, apenas 
configurar-se-ia propaganda extemporânea se exis�sse pedido explícito de votos (Agravo 
Regimental no Recurso Especial Eleitoral nº 155-93, Alagoinhas/BA, rel. Min. Napoleão Nunes 
Maia Filho, julgado em 9.11.2017).
Por outro lado, no info 04 de 2019, o TSE entendeu que o uso de outdoor, por pré-candidato, 
para promoção pessoal, ainda que não haja pedido explícito de votos, configura propaganda 
antecipada, pois o meio empregado se perfaz proibido no período eleitoral. Conforme o 
relator, ainda que o art. 36-A da Lei das Eleições não estabeleça regra proibitória expressa, 
uma interpretação sistemá�ca conduz à conclusão de que a ele se aplicam as referidas 
vedações rela�vas às modalidades de propaganda eleitoral (outdoor, showmício etc.), tal 
como ocorre no período eleitoral.I - a par�cipação de filiados a par�dos polí�cos ou de pré-candidatos em entrevistas, 
programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com 
a exposição de plataformas e projetos polí�cos, observado pelas emissoras de rádio 
e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico; (Redação dada pela Lei nº 
12.891, de 2013)
II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em AMBIENTE FECHADO e 
a EXPENSAS DOS PARTIDOS POLÍTICOS, para tratar da organização dos processos 
eleitorais, discussão de polí�cas públicas, planos de governo ou alianças par�dárias 
visando às eleições, podendo tais a�vidades ser divulgadas pelos instrumentos de 
comunicação intrapar�dária; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
III - a realização de prévias par�dárias e a respec�va distribuição de material informa�vo, a 
divulgação dos nomes dos filiados que par�ciparão da disputa e a realização de debates 
entre os pré-candidatos; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legisla�vos, DESDE QUE NÃO SE 
FAÇA PEDIDO DE VOTOS; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
V - a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões polí�cas, inclusive nas 
redes sociais; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
VI - a realização, a expensas de par�do polí�co, de reuniões de inicia�va da sociedade civil, 
de veículo ou meio de comunicação ou do próprio par�do, em qualquer localidade, para 
divulgar ideias, obje�vos e propostas par�dárias. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
VII - campanha de arrecadação prévia de recursos na modalidade prevista no inciso IV 
do § 4º do art. 23 desta Lei. (Incluído dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
11
OBSERVAÇÃO:
ATENÇÃO!
Trata-se de arrecadação prévia de recursos por meio de financiamento cole�vo (crowdfunding) 
em sites na internet, aplica�vos eletrônicos e outros recursos similares (“vaquinhas virtuais”).
§ 1º É vedada a transmissão AO VIVO por emissoras de rádio e de televisão das 
prévias par�dárias, sem prejuízo da cobertura dos meios de comunicação social. 
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 2º Nas hipóteses dos incisos I a VI do caput, são PERMITIDOS o pedido de apoio 
polí�co e a divulgação da pré-candidatura, das ações polí�cas desenvolvidas e das 
que se pretende desenvolver. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 3º O disposto no § 2º não se aplica aos profissionais de comunicação social no 
exercício da profissão. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Art. 36-B. SERÁ CONSIDERADA propaganda eleitoral antecipada a convocação, por 
parte do Presidente da República, dos Presidentes da Câmara dos Deputados, do 
Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, de redes de radiodifusão para 
DIVULGAÇÃO de ATOS que denotem propaganda polí�ca ou ataques a par�dos 
polí�cos e seus filiados ou ins�tuições. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Parágrafo único. Nos casos permi�dos de convocação das redes de radiodifusão, é 
vedada a u�lização de símbolos ou imagens, exceto aqueles previstos no § 1º do art. 
13 da Cons�tuição Federal (ou seja, são permi�dos apenas os símbolos da República 
Federa�va do Brasil: bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais). (Incluído pela Lei 
nº 12.891, de 2013)
Cabe-nos realizar alguns comentários acerca da legislação acima transcrita. 
Primeiramente, merece destaque o § 1º supra, sobre a proibição de transmissão ao vivo das 
prévias par�dárias pelas emissoras de rádio e TV. O mesmo disposi�vo ressalva outros meios de 
comunicação, o que possibilita a transmissão ao vivo dessas prévias par�dárias por meio da 
INTERNET.
Convém, ainda, a análise dos §§ 2º e 3º do art. 36-A. O § 2º permite que, dentre os atos 
elencados nos incisos I a VI, haja o pedido de apoio polí�co e a divulgação da pré-candidatura, 
das ações polí�cas desenvolvidas e das que se pretende desenvolver. Contudo, esses atos não 
podem ser realizados por profissionais de comunicação social no exercício da profissão, 
conforme a vedação do § 3º.
Lembre-se que É VEDADO O PEDIDO EXPLÍCITO DE VOTO, sob qualquer meio de 
comunicação, antes do termo inicial para o início da propaganda eleitoral.
Essa propaganda eleitoral, direcionada a angariar o voto do eleitor, deve ser custeada 
pelo par�do polí�co e obedecer a todos os ditames da legislação eleitoral. A não observância das 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
12
regras resulta em responsabilidade dos próprios par�dos polí�cos, os quais, inclusive, respondem 
solidariamente pelos excessos de seus candidatos e adeptos, nos termos do art. 241 do CE:
Art. 241. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a responsabilidade dos 
par�dos e por eles paga, imputando-lhes solidariedade nos excessos pra�cados pelos 
seus candidatos e adeptos.
Parágrafo único. A solidariedade prevista neste ar�go é restrita aos candidatos e aos 
respec�vos par�dos, não alcançando outros par�dos, mesmo quando integrantes de 
uma mesma coligação. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
No mesmo sen�do, o § 5º do art. 6º da Lei das Eleições:
Art. 6º
§ 5º A responsabilidade pelo pagamento de multas decorrentes de propaganda 
eleitoral é solidária entre os candidatos e os respec�vos par�dos, não alcançando 
outros par�dos mesmo quando integrantes de uma mesma coligação. (Incluído pela 
Lei nº 12.891, de 2013)
1.1.3. PROPAGANDA ELEITORAL EM BENS PÚBLICOS E PARTICULARES
O art. 37 da Lei das Eleições engloba algumas normas sobre a veiculação de 
propaganda eleitoral em bens públicos e par�culares. De regra, não se permite a u�lização de 
bens públicos para a realização de propaganda eleitoral, salvo algumas hipóteses como: 
u�lização de bandeiras ao longo das vias, desde que móveis e não dificultem o bom andamento 
do trânsito de pessoas e veículos; veiculação de propaganda eleitoral nas dependências do 
Poder Legisla�vo, a critério da mesa diretora etc.
Já em bens par�culares, a legislação permi�a a propaganda eleitoral 
independentemente de obtenção de licença municipal e de autorização da Jus�ça Eleitoral.
Entretanto, o § 2º do art. 37 da Lei das Eleições teve sua redação alterada pela Lei nº 
13.488/2017, vedando a veiculação de propaganda eleitoral em bens públicos e par�culares, 
salvo as exceções previstas nos incisos I e II.
Diante de tantas par�cularidades, convém a leitura desses disposi�vos na íntegra:
Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a 
ele pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública, 
sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros 
equipamentos urbanos, É VEDADA A VEICULAÇÃO DE PROPAGANDA DE QUALQUER 
NATUREZA, inclusive pichação, inscrição a �nta e exposição de placas, estandartes, 
faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
13
OBSERVAÇÃO:
§ 1º A veiculação de propaganda em desacordo com o disposto no caput deste ar�go 
sujeita o responsável, após a no�ficação e comprovação, à restauração do bem e, 
caso não cumprida no prazo, a multa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$ 
8.000,00 (oito mil reais). (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
§ 2º NÃO É PERMITIDA a veiculação de material de propaganda eleitoral em bens 
públicos ou par�culares, EXCETO de: (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
I - bandeiras ao longo de vias públicas, desde que móveis e que não dificultemo bom 
andamento do trânsito de pessoas e veículos; (Incluído dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
II - adesivo plás�co em automóveis, caminhões, bicicletas, motocicletas e janelas 
residenciais, desde que não exceda a 0,5 m² (meio metro quadrado). (Incluído dada 
pela Lei nº 13.488, de 2017)
Note que, antes da alteração, era permi�da a propaganda eleitoral em bens par�culares por 
meio de adesivo plás�co ou papel. Contudo, agora a literalidade do texto somente prevê o 
adesivo em plás�co, es�pulando os locais onde possa ser afixado.
Dentre esses locais, a legislação apenas possibilita o adesivo plás�co em janelas residenciais, 
o que, a contrario sensu, exclui a possibilidade de propaganda eleitoral em janelas de imóveis 
comerciais.
§ 3º Nas dependências do Poder Legisla�vo, a veiculação de propaganda eleitoral fica 
a critério da Mesa Diretora.
o§ 4º Bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim definidos pela Lei n 
10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil E TAMBÉM aqueles a que a 
população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas, centros 
comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada. 
(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 5º Nas árvores e nos jardins localizados em áreas públicas, bem como em muros, cercas 
e tapumes divisórios, NÃO é permi�da a colocação de propaganda eleitoral de qualquer 
natureza, mesmo que não lhes cause dano. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 6º É PERMITIDA a colocação de mesas para distribuição de material de campanha e 
a u�lização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não 
dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos. (Redação dada pela Lei 
nº 12.891, de 2013)
§ 7º A mobilidade referida no § 6º estará caracterizada com a colocação e a re�rada 
dos meios de propaganda entre as seis horas e as vinte e duas horas. (Incluído pela Lei 
nº 12.034, de 2009)
§ 8º A veiculação de propaganda eleitoral em bens par�culares deve ser espontânea 
e gratuita, sendo vedado qualquer �po de pagamento em troca de espaço para esta 
finalidade. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
14
Convém destacar que a Lei nº 13.165/2015, já havia alterado a redação do § 2º acima, 
diminuindo o tamanho da propaganda e limitando o material ao adesivo ou papel. Com o 
advento da Lei nº 13.488/2017, o material a ser u�lizado ficou restrito ao adesivo em plás�co e, 
ainda, es�pulou-se expressamente os locais onde pode ser fixado. A limitação do tamanho do 
2
adesivo a 0,5m (meio metro quadrado), contudo, foi man�da. 
A manutenção dessa limitação de tamanho do adesivo tem o condão de evitar que a 
propaganda eleitoral ali veiculada contrarie a proibição de propaganda em outdoors, con�da no 
art. 39, § 8º, da Lei das Eleições, in verbis:
Art. 39. (...) 
§ 8º É vedada a propaganda eleitoral mediante outdoors, inclusive eletrônicos, 
sujeitando-se a empresa responsável, os par�dos, as coligações e os candidatos à 
imediata re�rada da propaganda irregular e ao pagamento de multa no valor de R$ 
5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 15.000,00 (quinze mil reais). 
1.1.4. PROPAGANDA ELEITORAL POR MEIO DE IMPRESSOS
O art. 38 da Lei das Eleições permite a veiculação de propaganda eleitoral por meio de 
impressos (folhetos, adesivos, volantes etc.), sem a necessidade de obtenção de licença 
municipal e de autorização da Jus�ça Eleitoral.
Por outro lado, a legislação traz algumas exigências para esse �po de veiculação, como 
a indicação do número do CNPJ ou do CPF do responsável pela confecção, bem como de quem a 
contratou, e a respec�va �ragem; tamanho do impresso etc. 
Outro ponto determinado pela legislação refere-se aos gastos com essa propaganda. 
Caso haja uma propaganda conjunta de candidatos, os gastos referentes a cada um deles devem 
constar expressamente nas respec�vas prestações de contas, ou apenas naquela rela�va ao que 
arcou com os custos.
Transcreve-se o art. 38 da Lei das Eleições na íntegra para melhor alcance norma�vo:
Art. 38. Independe da obtenção de licença municipal e de autorização da Jus�ça 
Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos, adesivos, 
volantes e outros impressos, os quais devem ser editados sob a responsabilidade do 
par�do, coligação ou candidato. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
§ 1º Todo material impresso de campanha eleitoral deverá conter o número de 
inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ ou o número de inscrição no 
Cadastro de Pessoas Físicas - CPF do responsável pela confecção, bem como de quem 
a contratou, e a respec�va �ragem. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 2º Quando o material impresso veicular propaganda conjunta de diversos 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
15
ATENÇÃO!
candidatos, os gastos rela�vos a cada um deles deverão constar na respec�va 
prestação de contas, ou apenas naquela rela�va ao que houver arcado com os custos. 
(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 3º Os adesivos de que trata o caput deste ar�go poderão ter a dimensão máxima de 
50 (cinquenta) cen�metros por 40 (quarenta) cen�metros. (Incluído pela Lei nº 
12.034, de 2009)
§ 4º É proibido colar propaganda eleitoral em veículos, exceto adesivos 
microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro e, em outras posições, 
adesivos até a dimensão máxima fixada no § 3º. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
A Lei nº 13.488 de 2017, que es�pulou o art. 37, § 2º, II, revogou parcialmente o disposto no § 
4º do art. 38.
Isso porque a nova lei aumentou o tamanho do adesivo nos veículos (exceto os 
microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro que se encontram a parte) ao 
2possibilitar 0,5m , pois essa medição supera os 50cm por 40cm (prevista no § 3º do art. 38), 
2que dá 0,2m .
2Desse modo, o tamanho válido para colocar adesivos de propaganda em veículos é de 0,5m .
Todavia, esse tamanho pode ser maior, caso o adesivo seja microperfurado e colocado no 
para-brisa traseiro, situação na qual poderá ter o mesmo tamanho desse para-brisa.
1.1.5. CAMPANHAS ELEITORAIS: COMÍCIOS, SHOWMÍCIOS, ALTO-FALANTES, AMPLIFICADORES 
DE SOM, TRIOS ELÉTRICOS, BOCA DE URNA, MANIFESTAÇÃO INDIVIDUAL 
Impende apontar, nesse tópico, algumas formas de propagandas eleitorais, 
disciplinadas pela Lei das Eleições, que merecem maior destaque.
Incialmente, há de se ressaltar a permissibilidade de realização de qualquer ato de 
propaganda PARTIDÁRIA ou ELEITORAL, em recinto aberto ou fechado, sem a necessidade de 
licença da polícia (art. 39, caput, Lei das Eleições). 
Apenas para evitar qualquer empecilho ou, até mesmo, tumulto, garan�ndo-se, 
segundo a prioridade do aviso, o direito contra quem tenha a intenção de usar o local no mesmo 
dia e horário, há a necessidade de avisar à autoridade policial sobre a sua realização com, no 
mínimo, 24 horas de antecedência. A autoridade policial tomará as providências necessárias à 
garan�a da realização do ato e ao funcionamento do tráfego e dos serviços públicos que o 
evento possa afetar (§ 2º, art. 39, Lei das Eleições).
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
16
ATENÇÃO!
OBSERVAÇÃO:
 A propaganda par�dária con�nua possível!
A minirreforma de 2017 apenas acabou com aquela realizada no rádio e na TV, sendo 
admi�da, contudo, sua realização em outros meios.
Nesse diapasão, a realização de comícios e a u�lização de aparelhagem sonora fixa 
pelos candidatos em campanha eleitoral é permi�da,respeitando-se o limite de horário, 
compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte e quatro) horas, com exceção do comício de 
encerramento da campanha, que poderá ser prorrogado por mais 2 (duas) horas (ou seja, o 
comício de encerramento pode chegar até às 2h da madrugada).
Embora seja possível a u�lização de aparelhagem sonora fixa nos comícios, é VEDADA a 
realização de SHOWMÍCIOS, bem como a apresentação, remunerada ou não, de ar�stas com 
a finalidade de animar comício e reunião eleitoral! (art. 39, § 7º, Lei das Eleições)
A legislação eleitoral proíbe qualquer �po de vantagem a ser concedida pelo 
candidato, par�do ou coligação ao eleitor, incluindo a distribuição de brindes em geral. Trata-se 
de conduta vedada, na forma do § 6º do art. 39 da Lei das Eleições.
Art. 39. (...) 
§ 6ºÉ vedada na campanha eleitoral a confecção, u�lização, distribuição por comitê, 
candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, 
brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam 
proporcionar vantagem ao eleitor. 
Embora haja a proibição acima, o TSE entende que esse preceito “não alcança o 
fornecimento de pequeno lanche - café da manhã e caldos - em reunião de cidadãos, visando a 
sensibilizá-los quanto a candidaturas.” (TSE - Ac. de 28.10.2010 no RO nº 1859, rel. Min. Marco 
Aurélio).
A u�lização de alto-falantes ou amplificadores de som móveis também se configura 
possível, desde que u�lizados entre as 8 (oito) e as 22 (vinte e duas) horas. Tais alto-falantes 
não podem ultrapassar a distância mínima de 200 metros de certos locais, como: das sedes 
dos Poderes Execu�vo e Legisla�vo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, das sedes dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e outros estabelecimentos 
militares; dos hospitais e casas de saúde; das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, 
quando em funcionamento.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
17
ATENÇÃO!
O horário de realização dos comícios é diferente do permi�do para u�lização de alto-falantes 
ou amplificadores de som.
COMÍCIOS: 8h às 24h (ou até 2h da madrugada no comício de encerramento).
ALTO-FALANTE MÓVEL: 8h às 22h.
Há outra limitação/vedação a respeito de amplificadores móveis, como no caso de trios 
elétricos, os quais não podem ser u�lizados nas campanhas eleitorais, salvo nos comícios (§ 10, 
art. 39, Lei das Eleições). Desse modo, fica vedada a u�lização de trios elétricos transitando nas 
ruas para realização de propaganda eleitoral, sendo unicamente possível na sonorização de comícios.
Não obstante tal proibição, há possibilidade da u�lização de carros de som e minitrios 
(amplificadores móveis), limitado, contudo, a 80 (oitenta) decibéis de nível de pressão sonora, 
medido a 7 (sete) metros de distância do veículo. Deve-se respeitar tanto o horário alhures 
exposto (8h às 22h) quanto os locais restritos à circulação do som (escolas, hospitais, sede dos 
tribunais etc.).
Ressalte-se que a Lei nº 13.488/2017 restringiu a u�lização desses carros de som e 
minitrios apenas às carreatas, caminhadas e passeatas ou durante reuniões e comícios.
Exemplo: João pretende se candidatar a vereador e, durante a campanha eleitoral, 
contrata um carro de som para ficar andando em sua rua divulgando suas ideias; essa situação, 
atualmente, encontra-se vedada pelo art. 39, § 11, da Lei das Eleições, uma vez que não se 
enquadra nas hipóteses de carreatas, caminhadas e passeatas ou reuniões e comícios.
Observe o que disciplina os §§ 9º-A, 11 e 12 do art. 39 da Lei das Eleições:
Art. 39. (...)
§ 9º-A. Considera-se carro de som, além do previsto no § 12, qualquer veículo, 
motorizado ou não, ou ainda tracionado por animais, que transite divulgando jingles 
ou mensagens de candidatos. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 11. É permi�da a circulação de carros de som e minitrios como meio de propaganda 
eleitoral, desde que observado o limite de oitenta decibéis de nível de pressão sonora, 
medido a sete metros de distância do veículo, e respeitadas as vedações previstas no § 
o3 deste ar�go, apenas em carreatas, caminhadas e passeatas ou durante reuniões e 
comícios. (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 12. Para efeitos desta Lei, considera-se: (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
I - carro de som: veículo automotor que usa equipamento de som com potência 
nominal de amplificação de, no máximo, 10.000 (dez mil) wa�s; (Incluído pela Lei nº 
12.891, de 2013)
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
18
ATENÇÃO!
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
II - minitrio: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal 
de amplificação maior que 10.000 (dez mil) wa�s e até 20.000 (vinte mil) wa�s; 
(Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
III - trio elétrico: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal 
de amplificação maior que 20.000 (vinte mil) wa�s. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Destarte, um candidato não pode mais contratar carros de som ou minitrios para transitar 
nas ruas anunciando sua candidatura como forma de propaganda, uma vez que, atualmente, a 
u�lização de tais equipamentos somente é possível se realizada durante carreatas, caminhadas, 
passeatas ou reuniões e comícios – eventos que envolvem agrupamento de pessoas.
 Destaca-se, ainda, a possibilidade de distribuição de material gráfico, caminhada, carreata, 
passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos 
até as 22 (vinte e duas) horas do dia que ANTECEDE a eleição (§ 9º, art. 39, Lei das Eleições).
A par�r da Lei nº 13.488/2017, esses carros de som só podem transitar pela cidade divulgando 
jingles ou mensagens do candidato por meio de carreatas, caminhadas e passeatas ou durante 
reuniões e comícios, respeitado o limite de horário, decibéis e locais vedados pela legislação.
Como úl�mo ponto deste tópico, com vistas a aumentar o combate ao abuso do poder 
econômico e polí�co nas eleições, a legislação eleitoral proíbe a prá�ca da boca de urna. 
A realização de boca de urna, no dia da eleição, cons�tui crime eleitoral. Os 
candidatos e eleitores apenas podem, no dia da eleição, manifestar sua preferência por 
determinado par�do, coligação ou candidato, desde que não seja de maneira ostensiva e seja 
de modo individualizado e silencioso, sob pena de incorrer em crime.
Art. 39. (...)
§ 5º Cons�tuem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção, de seis meses a um 
ano, com a alterna�va de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e 
multa no valor de cinco mil a quinze mil UFIR:
I - o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata;
II - a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna; (Redação dada pela 
Lei nº 11.300, de 2006)
III - a divulgação de qualquer espécie de propaganda de par�dos polí�cos ou de seus 
candidatos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
IV - a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos nas 
aplicações de internet de que trata o art. 57-B desta Lei, podendo ser man�dos em 
funcionamento as aplicações e os conteúdos publicados anteriormente. (Incluído 
dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
19
ATENÇÃO!
Art. 39-A. É permi�da, no dia das eleições, a manifestação individual e silenciosa da 
preferência do eleitor por par�do polí�co, coligação ou candidato, revelada 
exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dís�cos e adesivos. (Incluído pela Lei 
nº 12.034,de 2009)
§ 1º É vedada, no dia do pleito, até o término do horário de votação, a aglomeração 
de pessoas portando vestuário padronizado, bem como os instrumentos de 
propaganda referidos no caput, de modo a caracterizar manifestação cole�va, com ou 
sem u�lização de veículos. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 2º No recinto das seções eleitorais e juntas apuradoras, é proibido aos servidores da 
Jus�ça Eleitoral, aos mesários e aos escru�nadores o uso de vestuário ou objeto que 
contenha qualquer propaganda de par�do polí�co, de coligação ou de candidato. 
(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 3º Aos fiscais par�dários, nos trabalhos de votação, só é permi�do que, em seus 
crachás, constem o nome e a sigla do par�do polí�co ou coligação a que sirvam, 
vedada a padronização do vestuário. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 4º No dia do pleito, serão afixadas cópias deste ar�go em lugares visíveis nas partes 
interna e externa das seções eleitorais. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Art. 40. O uso, na propaganda eleitoral, de símbolos, frases ou imagens, associadas ou 
semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de 
economia mista cons�tui crime, punível com detenção, de seis meses a um ano, com a 
alterna�va de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no 
valor de dez mil a vinte mil UFIR.
Art. 40-A. (VETADO) (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
Necessário observar, também, o inciso IV, § 5º, do art. 39, da Lei das Eleições, incluído 
pela Lei nº 13.488/2017. Essa norma prevê como crime a publicação de novos conteúdos OU o 
impulsionamento de conteúdos na internet no dia da eleição, ressalvando a manutenção das 
aplicações e dos conteúdos publicados anteriormente.
Registre-se que, de acordo com o TSE, o envio de mensagens por SMS no dia das 
eleições é alcançado por este �po penal (Ac.-TSE, de 4.12.2018, no REspe nº 1011).
Não se aplica o princípio da insignificância ao crime previsto neste ar�go (Ac.-TSE, de 
3.9.2014, no AgR-AI nº 498122 e, de 3.5.2011). 
1.1.6. PROPAGANDA IRREGULAR E PODER DE POLÍCIA
A propaganda irregular pode ensejar, como penalidade, a aplicação de multa. Contudo, a 
legislação prevê que, primeiramente, seja feita a in�mação da existência da propaganda irregular 
para que, em 48 horas, promova-se sua re�rada ou regularização. Na hipótese de o candidato não 
re�rar ou regularizar a propaganda irregular naquele prazo, aí sim, haverá a aplicação de multa.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
20
Cabe aos juízes eleitorais ou juízes designados pelos TRE´s o exercício do poder de 
polícia com o fim de inibir a prá�ca de propaganda irregular. Em hipótese alguma poderá 
haver, sob alegação de exercício do poder de polícia, análise prévia do conteúdo dos programas 
a serem exibidos na TV, rádio ou Internet.
Art. 40-B. A representação rela�va à propaganda irregular deve ser instruída com 
prova da autoria ou do prévio conhecimento do beneficiário, caso este não seja por 
ela responsável. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Parágrafo único. A responsabilidade do candidato estará demonstrada se este, 
in�mado da existência da propaganda irregular, não providenciar, no prazo de 
quarenta e oito horas, sua re�rada ou regularização e, ainda, se as circunstâncias e 
as peculiaridades do caso específico revelarem a impossibilidade de o beneficiário 
não ter �do conhecimento da propaganda. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Art. 41. A propaganda exercida nos termos da legislação eleitoral não poderá ser 
objeto de multa nem cerceada sob alegação do exercício do poder de polícia ou de 
violação de postura municipal, casos em que se deve proceder na forma prevista no 
art. 40. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 1º O poder de polícia sobre a propaganda eleitoral será exercido pelos juízes 
eleitorais e pelos juízes designados pelos Tribunais Regionais Eleitorais. (Incluído 
pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 2º O poder de polícia se restringe às providências necessárias para inibir prá�cas 
ilegais, vedada a censura prévia sobre o teor dos programas a serem exibidos na 
televisão, no rádio ou na internet. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Sobre a responsabilização do candidato e a respec�va imposição da sanção prevista no 
parágrafo único do art. 40-B acima transcrito, é necessário ressaltar que esta só restará 
caracterizada se: 
i) após a in�mação da existência da propaganda irregular; 
ii) o candidato não providenciar a regularização ou re�rada em 48h; e 
iii) as circunstâncias e peculiaridades do caso específico revelarem a impossibilidade 
de o beneficiário não ter �do conhecimento da propaganda.
Isso porque, muitas vezes, o candidato sequer possui conhecimento da existência 
daquela propaganda em específico, que pode ter sido realizada sem o seu consen�mento ou 
anuência, sendo imprescindível a observação de tais providências preliminarmente à sua 
punição, a fim de evitar a responsabilização obje�va. 
Isso é corroborado pelo disposto no art. 36, § 3º, da Lei das Eleições, que determina a 
aplicação de multa ao beneficiário da propaganda irregular apenas quando houver 
comprovação de seu prévio conhecimento:
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
21
§ 3º A violação do disposto neste ar�go sujeitará o responsável pela divulgação da 
propaganda e, quando comprovado o seu prévio conhecimento, o beneficiário à multa 
no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou ao 
equivalente ao custo da propaganda, se este for maior. (Redação dada pela Lei nº 
12.034, de 2009)
O entendimento acerca da necessidade de prévio conhecimento do candidato, além 
de expressamente previsto em lei, é sedimentado no TSE, como se verifica do julgado a seguir:
[...]. Propaganda eleitoral irregular. [...] 1. Pode ser condenado, consoante o parágrafo 
único do ar�go 40-B da Lei 9.504/97, por propaganda irregular o beneficiário, se 
constatado o prévio conhecimento pelas circunstâncias e peculiaridades do caso 
concreto. (...) (TSE - Ac. de 29.10.2013 no AgR-AI nº 6251, rel. Min. Laurita Vaz.)
(...) 5. O prévio conhecimento do beneficiário da propaganda ou das pessoas por ele 
designadas para gerir a campanha eleitoral pode advir das circunstâncias e 
peculiaridades do caso concreto, conforme dicção do parágrafo único do art. 40-B da 
Lei nº 9.504/1997. Precedentes. (TSE - Ac. de 17.12.2014 no AgR-REspe nº 55420, rel. 
Min. Luiz Fux.)
No tocante ao § 2º do art. 41 da Lei das Eleições, o poder de polícia do juiz eleitoral se 
restringe às providências necessárias para inibir prá�cas ilegais, sendo admissível, inclusive, 
atuação de o�cio a fim de suspender atos ilegais de propaganda.
Registre-se, por outro lado, que o magistrado não pode agir de o�cio para a aplicação 
de penalidade em razão de propaganda irregular, dependendo, para tanto, de provocação:
Súmula 18 – TSE. Conquanto inves�do de poder de polícia, não tem legi�midade o 
juiz eleitoral para, de o�cio, instaurar procedimento com a finalidade de impor 
multa pela veiculação de propaganda eleitoral em desacordo com a Lei nº 9.504/97.
1.1.7. PROPAGANDA ELEITORAL NA IMPRENSA ESCRITA, NO RÁDIO, NA TV E NA INTERNET
As normas que regulam a propaganda eleitoral na imprensa escrita são mais flexíveis 
que as aplicáveis à propaganda no rádio e na TV. Claramente, percebe-se essa diferença logo no 
§ 1º do art. 43 e, ainda, no caput, do art. 44, ambos da Lei das Eleições. Isso porque, 
expressamente, permite a veiculação de propaganda paga na imprensa escrita e proíbe, por 
outro lado, a propaganda paga na TV e no rádio. 
Não obstante,há limitações às propagandas veiculadas também na imprensa escrita. 
Isso ocorre, por exemplo, na limitação de até 10 anúncios de propaganda eleitoral, por veículo, 
em datas diversas, para cada candidato, no espaço máximo, por edição, de 1/8 (um oitavo) de 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
22
ATENÇÃO!
página de jornal padrão e de 1/4 (um quarto) de página de revista ou tabloide, até a 
antevéspera das eleições (art. 43, caput, Lei das Eleições).
No que tange à propaganda no rádio e na TV, como mencionado, apenas podem ocorrer 
de forma gratuita, basicamente dentro do horário eleitoral gratuito e dos debates eleitorais.
O Horário Eleitoral Gratuito deve ser reservado pelas emissoras de rádio, de TV aberta e TV 
fechada, de responsabilidade do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das 
Assembleias Legisla�vas, da Câmara Legisla�va do Distrito Federal ou das Câmaras 
Municipais, nos 35 (trinta e cinco) dias anteriores à ANTEVÉSPERA das eleições.
Se houver segundo turno, as emissoras de rádio e televisão reservarão, a par�r da sexta-feira 
seguinte à realização do primeiro turno e até a antevéspera da eleição, horário des�nado à 
divulgação da propaganda eleitoral gratuita, dividida em dois blocos diários de dez minutos 
para cada eleição, e os blocos terão início às sete e às doze horas, no rádio, e às treze e às vinte 
horas e trinta minutos, na televisão. (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
Registre-se, também, que, embora haja a gratuidade da propaganda eleitoral das rádios e 
Tv´s, estas são compensadas pela cedência do horário gratuito (art. 99 da Lei das Eleições).
Conforme o Decreto nº 7.791/2012, que regulamenta tal compensação fiscal, essas 
emissoras podem compensar os respec�vos valores na apuração do Imposto sobre a Renda 
da Pessoa Jurídica - IRPJ, inclusive da base de cálculo dos recolhimentos mensais previstos na 
legislação fiscal, e da base de cálculo do lucro presumido (art. 1º).
Importante destacar que, dentro do horário eleitoral gratuito, a propaganda eleitoral 
exibida na TV deverá u�lizar a Linguagem de Sinais (LIBRAS) ou o recurso de legenda, que 
deverão constar obrigatoriamente do material entregue às emissoras. No horário reservado 
para a propaganda eleitoral, não se permi�rá u�lização comercial ou propaganda realizada com 
a intenção, ainda que disfarçada ou subliminar, de promover marca ou produto.
A legislação eleitoral contém certas restrições às emissoras de rádio e de TV, tendo em 
vista o equilíbrio da disputa eleitoral, quanto ao conteúdo e forma de apresentação de seus 
programas, como se observa no art. 45 da Lei das Eleições adiante transcrito:
Art. 45. Encerrado o prazo para a realização das convenções no ano das eleições, é 
vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e em seu 
no�ciário: (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
I - transmi�r, ainda que sob a forma de entrevista jornalís�ca, imagens de realização 
de pesquisa ou qualquer outro �po de consulta popular de natureza eleitoral em que 
seja possível iden�ficar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
23
OBSERVAÇÃO:
II - usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer 
forma, degradem ou ridicularizem candidato, par�do ou coligação, ou produzir ou 
veicular programa com esse efeito; (Redação destacada declarada incons�tucional 
pelo STF, ADI 4451, j. 20 e 21.06.2018)
III - veicular propaganda polí�ca ou difundir opinião favorável ou contrária a 
candidato, par�do, coligação, a seus órgãos ou representantes; (Redação destacada 
declarada incons�tucional pelo STF, ADI 4451, j. 20 e 21.06.2018)
IV - dar tratamento privilegiado a candidato, par�do ou coligação;
O STF declarou incons�tucionais os incisos II e III do art. 45, com o fundamento de que 
tais disposi�vos representam censura prévia. De acordo com o voto do Min. Alexandre de 
Moraes, os disposi�vos violam as liberdades de expressão e de imprensa, e o direito à 
informação, sob o pretexto de garan�r a lisura e a igualdade nos pleitos eleitorais.
Para o relator, a previsão é incons�tucional, pois “consiste na restrição, na subordinação e 
na forçosa adequação da liberdade de expressão a normas cerceadoras durante o período 
eleitoral, com a clara finalidade de diminuir a liberdade de opinião, a criação ar�s�ca e a livre 
mul�plicidade de ideias” (STF. Plenário. ADI 4451/ DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 
20 e 21/6/2018 - Info 907).
Conforme o informa�vo 11 de 2018 do TSE: “O convite por emissora de televisão para 
par�cipação em entrevista dirigido apenas aos cinco candidatos mais bem colocados nas 
pesquisas eleitorais não viola a legislação eleitoral, visto que consubstancia o exercício do 
direito de informação e o da liberdade de imprensa, garan�dos pela Cons�tuição da 
República, além de não configurar tratamento privilegiado.”
V - veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com 
alusão ou crí�ca a candidato ou par�do polí�co, mesmo que dissimuladamente, 
exceto programas jornalís�cos ou debates polí�cos;
VI - divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda 
quando preexistente, inclusive se coincidente com o nome do candidato ou com a variação 
nominal por ele adotada. Sendo o nome do programa o mesmo que o do candidato, 
fica proibida a sua divulgação, sob pena de cancelamento do respec�vo registro.
§ 1º A par�r de 30 de junho do ano da eleição, é vedado, ainda, às emissoras 
transmi�r programa apresentado ou comentado por pré-candidato, sob pena, no 
ocaso de sua escolha na convenção par�dária, de imposição da multa prevista no § 2 
e de cancelamento do registro da candidatura do beneficiário. (Redação dada pela 
Lei nº 13.165, de 2015)
§ 2º Sem prejuízo do disposto no parágrafo único do art. 55, a inobservância do 
disposto neste ar�go sujeita a emissora ao pagamento de multa no valor de vinte mil a 
cem mil UFIR, duplicada em caso de reincidência.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
24
OBSERVAÇÃO:
§ 3º (Revogado pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 4º Entende-se por trucagem todo e qualquer efeito realizado em áudio ou vídeo que 
degradar ou ridicularizar candidato, par�do polí�co ou coligação, ou que desvirtuar a 
realidade e beneficiar ou prejudicar qualquer candidato, par�do polí�co ou coligação. 
(Redação destacada declarada incons�tucional pelo STF, ADI 4451, j. 20 e 
21.06.2018)
§ 5º Entende-se por montagem toda e qualquer junção de registros de áudio ou vídeo 
que degradar ou ridicularizar candidato, par�do polí�co ou coligação, ou que 
desvirtuar a realidade e beneficiar ou prejudicar qualquer candidato, par�do polí�co 
ou coligação. (Redação destacada declarada incons�tucional pelo STF, ADI 4451, j. 20 
e 21.06.2018)
§ 6º É permi�do ao par�do polí�co u�lizar na propaganda eleitoral de seus candidatos em 
âmbito regional, inclusive no horário eleitoral gratuito, a imagem e a voz de candidato ou 
militante de par�do polí�co que integre a sua coligação em âmbito nacional.
Importante o con�do no § 1º do art. 45 acima pois, caso a emissora de TV ou rádio 
tenha como apresentador ou comentarista um candidato escolhido pela convenção do par�do, 
aquele deve sair do programa a par�r do dia 30 de junho do ano da eleição, sob pena de multa 
e de cancelamento do registro da candidatura do beneficiário. Essa multa pode ainda ser 
duplicada em caso de reincidência, conforme dispõe o § 2º domesmo ar�go.
O art. 46 da Lei das Eleições ainda faculta às emissoras de rádio e de TV a transmissão 
de debates sobre as eleições majoritárias ou proporcionais, sendo assegurada a par�cipação 
de candidatos dos par�dos com representação no Congresso Nacional, em número mínimo 
de 05 parlamentares, e facultada a dos demais.
A Lei 13.165/2015 deu nova redação ao art. 46, impondo apenas a obrigatoriedade de 
chamar o candidato ao debate se o par�do ao qual representa possuir uma representação 
de, no mínimo, 10 (dez) Deputados Federais.
Essa modificação foi objeto de ADI perante o STF, o qual decidiu ser CONSTITUCIONAL, pois 
não viola os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade (Info. 836); O STF ainda 
decidiu que os candidatos aptos não podem deliberar pela exclusão dos debates de 
candidatos cuja par�cipação seja faculta�va, quando a emissora tenha optado por convidá-
los (eles podem deliberar para chamar outros candidatos, mas tem que ter concordância de 
no mínimo 2/3 dos candidatos aptos). Por fim, o STF ainda decidiu que as emissoras de rádio e 
TV possuem a faculdade de convidar outros candidatos não enquadrados no critério do caput 
do art. 46, independentemente de concordância dos candidatos aptos, mas esse convite 
deverá ser feito conforme critérios obje�vos, que atendam aos princípios da imparcialidade e 
da isonomia e o direito à informação, a ser regulamentado pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
25
ATENÇÃO!
ATENÇÃO!
Todavia, a Lei nº 13.488/2017 alterou novamente a redação do art. 46 para es�pular a 
obrigatoriedade de par�cipação no debate somente aos candidatos cujos par�dos �vessem 
representação no Congresso Nacional de, no mínimo, 05 parlamentares.
Veja também que a legislação anterior exigia a representação na Câmara dos Deputados e, 
atualmente, no Congresso Nacional.
Desse modo, não importa a distribuição destes 05 parlamentares nas casas do Congresso 
como, por exemplo: 2 deputados Federais e 3 Senadores. O que a norma determina é a 
quan�dade de representantes do par�do no Congresso Nacional como um todo.
Caso se trate de eleições majoritárias, o debate pode ser realizado com a presença de 
todos grupos de, no mínimo, 3 (três) candidatos. os candidatos ou em Por outro lado, nas eleições 
proporcionais, os debates deverão ser organizados de modo a assegurar o número equivalente de 
candidatos de todos os par�dos concorrentes, podendo se desdobrar em mais de 1 (um) dia.
Nas eleições proporcionais, fica vedada a presença de um mesmo candidato em mais de um 
debate da mesma emissora!
É possível, ainda, a realização de debate sem a presença de candidato de algum 
par�do, desde que o veículo de comunicação responsável (rádio ou TV) comprove havê-lo 
convidado com a antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da realização do debate. 
Quanto à propaganda eleitoral na internet, apenas pode ocorrer após o dia 15 de agosto 
do ano da eleição, ou seja, mesmo prazo geral para a propaganda eleitoral antes exposta (art. 57-
A, da Lei 9.504/97). 
De acordo com o TSE, a propaganda eleitoral antecipada por meio de manifestações dos 
par�dos polí�cos ou de possíveis futuros candidatos na Internet somente fica caracterizada 
quando há propaganda ostensiva, com pedido de voto e referência expressa à futura 
candidatura (Ac.-TSE, de 24.2015).
Também fica vedada a veiculação paga, bem como, ainda que gratuitamente, a 
veiculação de propaganda eleitoral na internet, em sí�os: de pessoas jurídicas, com ou sem fins 
lucra�vos; e oficiais ou hospedados por órgãos ou en�dades da administração pública direta ou 
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Entretanto, a Lei nº 13.488/2017 alterou a redação do art. 57-C da Lei das Eleições, 
excetuando dessa vedação o pagamento de impulsionamento de conteúdos, desde que 
iden�ficado de forma inequívoca como tal e contratado exclusivamente por par�dos, 
coligações e candidatos e seus representantes.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
26
ATENÇÃO!
Qualquer pessoa pode gerar ou editar conteúdo a ser divulgado na internet para fins de 
propaganda eleitoral, mas apenas os par�dos, coligações e candidatos podem impulsionar 
conteúdos.
Esse impulsionamento deverá ser contratado diretamente com provedor da 
aplicação de internet com sede e foro no País, ou de sua filial, sucursal, escritório, 
estabelecimento ou representante legalmente estabelecido no País e apenas com o fim de 
promover ou beneficiar candidatos ou suas agremiações (§ 3º, art. 57-C).
Dessa maneira, o § 3º do art. 57-C deixa claro que o impulsionamento apenas pode ser 
u�lizado para tratar de aspectos posi�vos do candidato ou suas agremiações, já que o texto 
legal dispõe: “com o fim de promover ou beneficiar”.
Exemplo: o candidato, coligação ou par�do paga ao Facebook para divulgar post do 
candidato, fazendo com que apareça na �meline dos usuários de forma destacada.
A violação dessas normas sobre a divulgação na internet sujeita o responsável e, 
quando comprovado seu prévio conhecimento, o beneficiário, à multa no valor de R$ 5.000,00 
(cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) ou em valor equivalente ao dobro da quan�a 
despendida, se esse cálculo superar o limite máximo da multa (§ 2º, art. 57-C).
 O art. 57-B da Lei das Eleições estabelece as formas de realização de propaganda 
eleitoral na internet:
Art. 57-B. A propaganda eleitoral na internet poderá ser realizada nas seguintes 
formas: 
I - em sí�o do candidato, com endereço eletrônico comunicado à Jus�ça Eleitoral e 
hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido 
no País; 
II - em sí�o do par�do ou da coligação, com endereço eletrônico comunicado à Jus�ça 
Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet 
estabelecido no País; 
III - por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente 
pelo candidato, par�do ou coligação; (E-MAILS)
IV - por meio de blogs, redes sociais, sí�os de mensagens instantâneas e aplicações de 
internet assemelhadas cujo conteúdo seja gerado ou editado por: (Redação dada pela 
Lei nº 13.488, de 2017)
a) candidatos, par�dos ou coligações; ou (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
b) qualquer pessoa natural, desde que não contrate impulsionamento de conteúdos. 
(Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
27
ATENÇÃO!
§ 1º Os endereços eletrônicos das aplicações de que trata este ar�go, salvo aqueles de 
inicia�va de pessoa natural, deverão ser comunicados à Jus�ça Eleitoral, podendo ser 
man�dos durante todo o pleito eleitoral os mesmos endereços eletrônicos em uso 
antes do início da propaganda eleitoral. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 2º Não é admi�da a veiculação de conteúdos de cunho eleitoral mediante cadastro 
de usuário de aplicação de internet com a intenção de falsear iden�dade. (Incluído 
pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 3º É vedada a u�lização de impulsionamento de conteúdos e ferramentas digitais 
não disponibilizadas pelo provedor da aplicação de internet, ainda que gratuitas, 
para alterar o teor ou a repercussão de propaganda eleitoral, tanto próprios quanto de 
terceiros. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 4º O provedor de aplicação de internet que possibilite o impulsionamento pago de 
conteúdos deverá contar com canal de comunicação com seus usuários e somente 
poderá ser responsabilizado por danos decorrentesdo conteúdo impulsionado se, 
após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites 
técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo 
apontado como infringente pela Jus�ça Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 5º A violação do disposto neste ar�go sujeita o usuário responsável pelo conteúdo 
e, quando comprovado seu prévio conhecimento, o beneficiário, à multa no valor de 
R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) ou em valor equivalente 
ao dobro da quan�a despendida, se esse cálculo superar o limite máximo da multa. 
(Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
Merece destaque o disposto no art. 57-B, IV, acima transcrito, pois a pessoa natural 
pode se u�lizar da internet para fazer propaganda eleitoral, realizar crí�cas ou incen�vos a seus 
candidatos, sendo livre a manifestação de pensamento do eleitor, vedada apenas a contratação 
de impulsionamento de conteúdos. 
De acordo com o TSE, o impulsionamento de propaganda na Internet por pessoa jurídica 
cons�tui violação à alínea “b” do inciso IV ora em análise, e ao art. 57-C, que excepciona par�dos 
polí�cos e coligações para tal prá�ca (Ac.-TSE, de 27.11.2018, no R-RP nº 060158942).
Outrossim, tal manifestação pode sofrer limitação “quando ocorrer ofensa à honra de 
terceiros ou divulgação de fatos sabidamente inverídicos”, conforme redação do § 1º do art. 27 
da Resolução do TSE nº 23.610/2019.
O eleitor pode, inclusive, manifestar seu pensamento na internet mesmo antes do 
período eleitoral, “ainda que delas conste mensagem de apoio ou crí�ca a par�do polí�co ou a 
candidato, próprias do debate polí�co e democrá�co” (§ 2º do art. 27 da Resolução do TSE nº 
23.610/2019).
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
28
ATENÇÃO!
O TSE ainda perfilha o entendimento de que a manifestação espontânea na internet 
de pessoas naturais em matéria polí�co-eleitoral, mesmo que sob a forma de elogio ou crí�ca a 
candidato ou par�do polí�co, não pode ser considerada como propaganda eleitoral, devendo 
observar, no entanto, os limites estabelecidos no § 1º do art. 27 da Resolução nº 23.610/2019 
acima indicados.
Cumpre frisar também a impossibilidade de propaganda eleitoral por meio de e-mails 
provenientes de venda de cadastros desses endereços eletrônicos. Isso porque o § 1º do art. 
57-E da Lei das Eleições proíbe essa venda, sujeitando o responsável pela divulgação da 
propaganda e, quando comprovado seu prévio conhecimento, o beneficiário à multa (§ 2º do 
art. 57-E).
Quando o conteúdo informa�vo dos sí�os da internet deixarem de cumprir as 
disposições legais, o candidato, par�do ou coligação, poderá requerer que a Jus�ça Eleitoral 
determine sua suspensão. 
A decisão que determinar a medida indicará o número de horas da suspensão do 
acesso a todo esse conteúdo informa�vo, definida proporcionalmente à gravidade da infração 
come�da em cada caso, observado o limite máximo de 24 horas (art. 57-I, da Lei das Eleições, 
com redação dada pela Lei nº 13.488/2017). A cada reiteração da conduta, o período de 
suspensão será duplicado.
Não obstante, essas ordens judiciais de remoção de conteúdo da internet deixam de 
produzir efeitos quando findo o período eleitoral. Nessa situação, caberá à parte interessada 
requerer a remoção do conteúdo por meio de ação judicial autônoma perante a Jus�ça Comum 
(§ 7º, art. 38, da Resolução do TSE nº 23.610/2019).
Essa suspensão da propaganda irregular na internet acima é disciplinada de maneira diversa 
da suspensão da propaganda irregular veiculada no rádio e na TV.
No caso de propaganda no rádio e na TV que deixar de cumprir as disposições legais, o 
candidato, par�do ou coligação, poderá requerer que a Jus�ça Eleitoral determine sua 
suspensão por 24 horas da programação normal de emissora (art. 56 da Lei das Eleições). Em 
cada reiteração de conduta, o período de suspensão será duplicado.
Perceba que, na internet, a decisão, atendendo à proporcionalidade da gravidade da infração, 
é que indica o tempo da suspensão, limitada ao prazo máximo de 24 horas.
Já na propaganda irregular no rádio e na TV, a própria legislação determina o prazo de 
suspensão de 24 horas.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
29
24 horas da Citação
72 horas da Pe�ção Inicial
Protocolo da Pe�ção
Defesa
Decisão
Citação Imediata
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
1.1.8. DIREITO DE RESPOSTA
O direito de resposta é um instrumento que visa descons�tuir um conceito, imagem ou 
afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidos por qualquer 
veículo de comunicação social, que tenham a�ngido, ainda que indiretamente, candidato, 
par�do ou coligação. A mera crí�ca não será capaz, por si só, de ensejar o direito de resposta.
Esse pedido de direito de resposta apenas pode ser feito a par�r da escolha dos 
candidatos em convenção, tendo legi�midade a�va o candidato, par�do ou coligação a�ngidos. 
Todavia, em caso de ofensa dentro do horário eleitoral gratuito, essa legi�midade é estendida, 
podendo um terceiro requerer o direito de resposta.
Os prazos para requerer o direito de resposta são todos DECADENCIAIS. A depender 
do veículo de propaganda cuja ofensa fora lançada, ter-se-á um prazo respec�vo. Conforme o 
art. 58, § 1º, I a IV, os prazos ficam da seguinte maneira:
O § 2º do art. 58 da Lei das Eleições dispõe que, recebido o pedido, a Jus�ça Eleitoral 
no�ficará o ofensor para responder em 24 horas e a decisão deverá ser proferida em 72 horas 
da formulação do pedido.
Se a ofensa ocorrer em dia e hora que inviabilizem sua reparação dentro dos prazos 
estabelecidos pela legislação, a resposta será divulgada nos horários que a Jus�ça Eleitoral 
determinar, ainda que nas 48 (quarenta e oito) horas anteriores ao pleito, em termos e forma 
previamente aprovados, de modo a não ensejar tréplica.
Da decisão sobre o exercício do direito de resposta cabe recurso às instâncias 
superiores, em 24 horas, da data de sua publicação em cartório ou sessão, assegurado ao 
recorrido oferecer contrarrazões em igual prazo, a contar da sua no�ficação.
72 horas da Publicação
48 horas da Veiculação
24 horas da Divulgação
ofensa sendo divulgadaàqualquer tempo
ofensa já re�radaà72 horas da Re�rada
Ofensa come�da
Imprensa Escrita
Programação Normal (Rádio e TV)
Horário Eleitoral Gratuito (Rádio e TV)
Internet
Prazo
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
30
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
A decisão do recurso deve ser proferida no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas. 
A inobservância desse prazo, sujeita a autoridade judiciária às penas do crime do art. 345 do CE.
CE. Art. 345. Não cumprir a autoridade judiciária, ou qualquer funcionário dos órgãos 
da Jus�ça Eleitoral, nos prazos legais, os deveres impostos por êste Código, se a infração 
não es�ver sujeita a outra penalidade. Pena - pagamento de trinta a noventa dias-multa. 
Os pedidos de direito de resposta e as representações por propaganda eleitoral 
irregular em rádio, TV e internet terão tramitação preferencial em relação aos demais 
processos em curso na Jus�ça Eleitoral, podendo-se, em qualquer instância eleitoral, convocar 
juiz auxiliar para o julgamento de tais pedidos. 
Por fim, frisa-se que o procedimento para a efe�vação do direito de resposta varia 
conforme a veiculação da ofensa. Destarte, interessante a transcrição dos disposi�vos 
relacionados para conhecimento específico.
Art. 58. (...) 
§ 3º Observar-se-ão, ainda,as seguintes regras no caso de pedido de resposta rela�vo 
a ofensa veiculada:
I - em órgão da imprensa escrita:
a) o pedido deverá ser instruído com um exemplar da publicação e o texto para resposta;
b) deferido o pedido, a divulgação da resposta dar-se-á no mesmo veículo, espaço, 
local, página, tamanho, caracteres e outros elementos de realce usados na ofensa, em 
até quarenta e oito horas após a decisão ou, tratando-se de veículo com periodicidade 
de circulação maior que quarenta e oito horas, na primeira vez em que circular;
c) por solicitação do ofendido, a divulgação da resposta será feita no mesmo dia da 
semana em que a ofensa foi divulgada, ainda que fora do prazo de quarenta e oito horas;
d) se a ofensa for produzida em dia e hora que inviabilizem sua reparação dentro dos 
prazos estabelecidos nas alíneas anteriores, a Jus�ça Eleitoral determinará a imediata 
divulgação da resposta;
e) o ofensor deverá comprovar nos autos o cumprimento da decisão, mediante dados 
sobre a regular distribuição dos exemplares, a quan�dade impressa e o raio de 
abrangência na distribuição;
II - em programação normal das emissoras de rádio e de televisão:
a) a Jus�ça Eleitoral, à vista do pedido, deverá no�ficar imediatamente o responsável 
pela emissora que realizou o programa para que entregue em vinte e quatro horas, sob 
as penas do art. 347 da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral, cópia da 
fita da transmissão, que será devolvida após a decisão;
b) o responsável pela emissora, ao ser no�ficado pela Jus�ça Eleitoral ou informado 
pelo reclamante ou representante, por cópia protocolada do pedido de resposta, 
preservará a gravação até a decisão final do processo;
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
31
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
c) deferido o pedido, a resposta será dada em até quarenta e oito horas após a 
decisão, em tempo igual ao da ofensa, porém nunca inferior a um minuto;
III - no horário eleitoral gratuito:
a) o ofendido usará, para a resposta, tempo igual ao da ofensa, nunca inferior, 
porém, a um minuto;
b) a resposta será veiculada no horário des�nado ao par�do ou coligação responsável 
pela ofensa, devendo necessariamente dirigir-se aos fatos nela veiculados;
c) se o tempo reservado ao par�do ou coligação responsável pela ofensa for inferior 
a um minuto, a resposta será levada ao ar tantas vezes quantas sejam necessárias 
para a sua complementação;
d) deferido o pedido para resposta, a emissora geradora e o par�do ou coligação 
a�ngidos deverão ser no�ficados imediatamente da decisão, na qual deverão estar 
indicados quais os períodos, diurno ou noturno, para a veiculação da resposta, que 
deverá ter lugar no início do programa do par�do ou coligação;
e) o meio magné�co com a resposta deverá ser entregue à emissora geradora, até 
trinta e seis horas após a ciência da decisão, para veiculação no programa 
subsequente do par�do ou coligação em cujo horário se pra�cou a ofensa;
f) se o ofendido for candidato, par�do ou coligação que tenha usado o tempo 
concedido sem responder aos fatos veiculados na ofensa, terá subtraído tempo 
idên�co do respec�vo programa eleitoral; tratando-se de terceiros, ficarão sujeitos à 
suspensão de igual tempo em eventuais novos pedidos de resposta e à multa no valor 
de duas mil a cinco mil UFIR.
IV - em propaganda eleitoral na internet: (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
a) deferido o pedido, o usuário ofensor deverá divulgar a resposta do ofendido em 
até quarenta e oito horas após sua entrega em mídia �sica, e deverá empregar nessa 
divulgação o mesmo impulsionamento de conteúdo eventualmente contratado nos 
termos referidos no art. 57-C desta Lei e o mesmo veículo, espaço, local, horário, 
página eletrônica, tamanho, caracteres e outros elementos de realce usados na 
ofensa; (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
b) a resposta ficará disponível para acesso pelos usuários do serviço de internet por 
tempo não inferior ao dobro em que esteve disponível a mensagem considerada 
ofensiva; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
c) os custos de veiculação da resposta correrão por conta do responsável pela 
propaganda original. 
 
Observe que, em caso de ofensa realizada por meio de post impulsionado na internet, 
o ofendido possui direito de resposta. Nessa situação, o usuário ofensor deve divulgar a 
resposta do ofendido em até 48 horas após sua entrega em mídia �sica, a ser realizada em igual 
impulsionamento e iguais caracterís�cas.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
32
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
2. LEGISLAÇÃO
CÓDIGO ELEITORAL
TÍTULO II
DA PROPAGANDA PARTIDÁRIA
Art. 240. A propaganda de candidatos a cargos ele�vos somente é permi�da após o dia 15 de 
agosto do ano da eleição. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Parágrafo único. É vedada, desde quarenta e oito horas antes até vinte e quatro horas depois da 
eleição, qualquer propaganda polí�ca mediante radiodifusão, televisão, comícios ou reuniões 
públicas.
Art. 241. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a responsabilidade dos par�dos e por 
eles paga, imputando-lhes solidariedade nos excessos pra�cados pelos seus candidatos e 
adeptos.
Parágrafo único. A solidariedade prevista neste ar�go é restrita aos candidatos e aos respec�vos 
par�dos, não alcançando outros par�dos, mesmo quando integrantes de uma mesma 
coligação. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Art. 242. A propaganda, qualquer que seja a sua forma ou modalidade, mencionará sempre a 
legenda par�dária e só poderá ser feita em língua nacional, não devendo empregar meios 
publicitários des�nados a criar, ar�ficialmente, na opinião pública, estados mentais, 
emocionais ou passionais. (Redação dada pela Lei nº 7.476, de 15.5.1986)
Parágrafo único. Sem prejuízo do processo e das penas cominadas, a Jus�ça Eleitoral adotará 
medidas para fazer impedir ou cessar imediatamente a propaganda realizada com infração do 
disposto neste ar�go.
Art. 243. Não será tolerada propaganda:
I - de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a ordem polí�ca e social ou de 
preconceitos de raça ou de classes;
II - que provoque animosidade entre as forças armadas ou contra elas, ou delas contra as 
classes e ins�tuições civis;
III - de incitamento de atentado contra pessoa ou bens;
IV - de ins�gação à desobediência cole�va ao cumprimento da lei de ordem pública;
V - que implique em oferecimento, promessa ou solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio 
ou vantagem de qualquer natureza;
VI - que perturbe o sossego público, com algazarra ou abusos de instrumentos sonoros ou sinais 
acús�cos;
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
33
OBSERVAÇÃO:
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
Com base nesse inciso e no art. 5º, X e XI, da CF, o TSE proibiu propaganda por telemarke�ng e 
o STF entendeu cons�tucional tal vedação (Info 900 do STF).
Resolução nº 23.551/2017 do TSE. 
Art. 29. É vedada a realização de propaganda via telemarke�ng, em qualquer horário 
(Cons�tuição Federal, art. 5º, incisos X e XI; e Código Eleitoral, art. 243, inciso VI).
VII - por meio de impressos ou de objeto que pessoa inexperiente ou rús�ca possa confundir 
com moeda;
VIII - que prejudique a higiene e a esté�ca urbana ou contravenha a posturas municiais ou a 
outra qualquer restrição de direito;
IX - que caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem como órgãos ou en�dades que 
exerçam autoridade pública.
Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições)
Da Propaganda Eleitoral em Geral
Art. 36. A propaganda eleitoral somente é permi�da após o dia 15 de agosto do ano da eleição.

Outros materiais