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Aula 1- Sepse

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14/02/2021 – MPE – Prof. Luiza
Sepse
• Sepse → infecção.
• Corresponde uma reação inflamatória desregulada, secundária a uma infecção (suspeitada ou diagnosticada) que se associa com disfunção orgânica ameaçadora á vida
• Infecção bacteriana é mais prevalente, principalmente por bactérias GRAM negativas. Sepses podem ser, também, fúngicas ou virais. Bacterianas e fúngicas são tratáveis e mais preocupantes.
• Infecções pulmonares e abdominais são mais frequentes causadoras de sepse. Além disso, os pacientes sobreviventes estavam mais propensos a novas infecções, a broncoaspiração, insuficiência renal aguda e eventos cardiovasculares.
Epidemiologia
1ª Pct com DPOC;
2ª Pct diabéticos;
3ª Pct com insuficiência Cardíaca;
4ª Pct com neoplasia;
5ª Pct com IRC;
6ª Pct que fazem tratamento;
7ª Pct com hepatopatia crônica;
Fisiopatologia
• Pct. Adquire uma infecção – produção exacerbada de mediadores pró-inflamatórios.
• Citocinas, TNF-alfa, IL-1, prostaciclinas, tromboxanos, leucotrienos óxido nítrico, fator de ativação plaquetária.
•Aumentam o fluxo sanguíneo e a migração de neutrófilos para o foco de infecção, aumento a permeabilidade vascular local e causando dor-resposta inflamatória, ou seja: infecção + reação inflamatória generalizada.
•Reação inflamatória generalizada – disfunção orgânica múltipla.
•O endotélio vascular perde as junções entre as células permitindo o extravasamento do líquido intravascular para o terceiro espaço.
• Abaixo do endotélio vascular, há a musculatura lisa, que com a produção de óxido nítrico vai relaxar o tônus vascular.
•Hipotensão por perda de líquido intravascular para o terceiro espaço mais vasodilatação com óxido nítrico.
•Nesse endotélio todo lesado, há adesão de plaquetas, fibrinas e células, fazendo micro trombos intravasculares – hipóxia e hipoperfusão tecidual em função dessa catástrofe chamada SEPSE.
•A lesão difusa do endotélio vascular é o principal mecanismo de falência de múltiplos órgãos.
Sepse - Sistema Respiratório
•A reação inflamatória nos capilares alveolares causa lesão endotelial e acúmulo de líquido nos espaços alveolares – edema local- prejuízo na troca gasosa.
•A Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto (SARA) é uma das consequências da sepse.
O problema da Sepse no pulmão não consegue fazer a troca gasosa.
Sepse - Sistema Cardiovascular
•Reação inflamatória generalizada- importante vasodilatação periférica (causando uma hipotensão).
•Inicialmente, ocorre aumento do débito cardíaco para tentar compensar essa situação.
•Por evolução da própria doença (pela gravidade do caso), o coração não consegue mais manter esse aumento do débito cardíaco, assim como não mantém também uma perfusão periférica adequada - choque séptico
________________________________________________
Sepsis-2: Antigo, mas ainda muito usado na prática clínica.
Sepsis-3: Consenso mais atualizado, porém menos prático.
Sepsis-2: em 2002, o 2ª Consenso Internacional definiu que os pacts devem ser classificados dentre quatro categorias:
• SIRS
•Sepse
•Sepse Grave
•Choque Séptico
→ Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS)
	É identificada na presença de pelo menos 2 dos seguintes:
• Taxilar > 38°C
• FC > 90bpm (taquicardia)
• FR > 20rpm (taquipneia) ou pCo2 <32mmHg
• Leucograma > 12.000 ou <4.000 ou >10% de bastões.
Sepsis-2- (Hipotensão responsiva a reposição volêmica)
Ou seja: é considerado Sepse aquele paciente que apresenta SIRS+ um foco infeccioso presumível ou confirmado.
O Pct evolui para Sepse Grave quando apresenta sinais de hipotensão tecidual ou disfunção orgânica:
Se temos aquele pct que não respondeu a reposição volêmica teremos o Choque séptico.
•Choque Séptico: Sepse Grave + hipotensão não responsiva a reposição volêmica, necessitando de fármacos vasopressores para manter PAM > 65mmHg.
• Alto risco de mortalidade
Critérios antigos
Sepse: SIRS + suspeita de infecção.
Sepse grave: SIRS + suspeita de infecção + disfunção orgânica.
Choque séptico: SIRS + suspeita de infecção + disfunção orgânica + PAM < 65mmHg refratária a volume. 
• Hipotensão refratária a volume: permanece mesmo após administração de soro intravenoso. Nesse caso, é necessário utilizar noradrenalina (amina vasoativa).
Critérios atuais
Sepse: SIRS + suspeita de infecção + disfunção orgânica potencialmente grave.
Choque séptico: SIRS + suspeita de infecção + disfunção orgânica potencialmente grave + PAM < 65mmHg refratária a volume.
• A sepse antiga passou a ser tratada como infecção, apenas.
• No caso de choque, deve-se iniciar antibiótico na primeira hora.
• A PAM diminui devido à da redução da resistência vascular sistêmica, principalmente, que ocorre em razão da vasodilatação induzida por resposta inflamatória. Porém, a queda da PAM pode ser resultado, também, da diminuição do débito cardíaco.
• Hipovolemia relativa é aquela em que há o mesmo volume associado a vasodilatação. 
Sepsis-3
• extinção do termo Sepse Grave
•Redefiniu o conceito de sepse: infecção com disfunção orgânica.
• Adicionou o escore de SOFA para definir se há ou não sepse, já que ele avalia a presença de disfunção orgânica
Score SOFA
	Cada um dos seguintes critérios pontua de 0 a 4. Caso a pontuação total seja a partir de 2, considera-se sepse.
• PO2/FIO2 < 400mmHg
• Trombocitopenia
• Hiperbilirrubinemia
• Hipotensão arterial
• Glasgow < 15 (de 1 a 15 pontos) avalia abertura ocular, resposta verbal, resposta motora e reação pupilar. Glasgow 15 é o normal.
• Baixa concentração de creatinina
• Débito urinário (diminuição do volume de urina)
qSOFA - é o SOFA mais rápido
Ele avalia a hipotensão, frequência respiratória e o Glasgow.
PA sistólica <100 mmHg
FR>22 irpm
Glasgow <15
• Cada variável conta 1 ponto (0 a 3) e pontuação igual a 2 sugere maior mortalidade e aumento de permanência em UTI
• O qSOFA, apesar de não ser útil como diagnostico, pode ser uma ferramenta de triagem útil, permitindo selecionar os pcts que possuem um risco aumentado de pior desfecho.
Sepsis-3
Então temos
Fiz o diagnóstico se Sepse e agora?
•Os pacotes era a avaliação de 3 e 6 horas.
•A atualização de Surviving Sepsis de 2018 trouxe como novidade a fusão dos pacotes de 3 e 6 horas em um pocote único de 1hora.
Surviving Sepsis – pacote de 1 hora (rápidez no manejo Clínico)
Coleta de exames (principalmente os exames necessários para definir o SOFA, ou seja: gasometria arterial, Hemograma, Coagulograma, creatinina, Bilirrubina), 02 hemoculturas de sítios diferentes e culturas de todos os sítios pertinentes.
Escolha do antibiótico
• De acordo com o foco suspeito de infecção
• Amplo espectro> rever após resultado de culturas.
•checar uso prévio de antibióticos e/ou internação recente
•Padrões de resistência dos microrganismos locais
•Iniciar em até 01 hora da chegada do pct.
14/02/2021 
–
 
MPE
 
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Prof.
 
Luiza
 
Sepse
 
• 
Sepse 
?
 
infecção.
 
•
 
C
orresponde 
uma reação
 
inflamatória desregulada, se
cun-
dária a uma infecção (suspei
tada ou diagnosticada) que se 
associ
a com 
disfunção
 
orgânica ameaçadora á vida
 
•
 
Infecção bacteriana é
 
mais prevalente,
 
principalmente por
 
bac
térias GRAM negativas. Sepses
 
p
ode
m
 
ser, também, fún-
gi
cas
 
ou vi
rais
. Bacterianas e fúngicas são tratáveis e mais 
preocupantes.
 
• 
Infecções pulmonares e 
abdominais são mais frequentes 
causadoras de sepse.
 
Além disso
, os pacientes sobreviventes 
estavam
 
mais propensos a novas infecções, a broncoaspira-
ção, 
insuficiência
 
renal aguda e evento
s cardiovasculares
.
 
Epidemiologia
 
1ª Pct com DPO
C;
 
2ª
 
P
ct diabéticos
;
 
3ª Pct com insuficiência Cardíaca;
 
4ª 
Pct
 
com neoplasia
;
 
5ª 
Pct
 
com 
IRC;
 
6ª 
Pct
 
que fazem tratamento
;
 
7ª 
Pct
 
com hepa
topatia crônica;
 
 
Fisiopato
logia
 
• 
P
ct. 
A
dquire 
uma infecção 
–
 
produção 
exacerbada de me-
diadores pró
-
inflamatórios.
 
 
• 
Citocinas, TNF
-
alfa, I
L
-
1, prostaciclinas, trom
boxanos, 
leu-
cotrienos óxido nítrico
, fator 
de ativa
ção plaquetária.
 
 
•
Aumentam o fluxo sanguíneo e a migraçã
o de neutrófilos 
para 
o foco de infecção, aumento a permeabilidade 
vascular
 
lo
cal e causando dor
-
resposta inflamatória
, ou seja
:
 
infecção 
+ reação inflamatória generalizada.
 
 
•
Reação inflamatória gene
ralizada 
–
 
disfunção 
orgânica múl-
tipla.
 
 
•
O endotélio vascular perde as jun
ções entre as células per-
mitindo o extravasamento do líquido intravascular para o 
terceiro espaço.
 
 
•
 
Abaixo do endotélio vascular
, há a musculatura lisa, que 
com a pro
dução de óxido nítrico vai relaxar o tônus vascular.
 
•
Hipotensão por perda de líquido 
intravascular
 
para o ter-
ceiro espaço mais vasodilatação com óxido nítrico.
 
 
•
Nesse endotélio todo lesado, 
há a
desão de plaquetas, fibri-
nas e cél
ulas, fazendo micro trombos intrava
s
c
ulares 
–
 
hipó-
xia 
e 
hipo
perfusão tecidual em função dessa catástrofe cha-
mada SEPSE.
 
 
•
A lesão difusa do endo
télio vascular é o principal meca-
nismo de falência de mú
ltiplos órgãos.
 
 
 
S
epse 
-
 
Sistema 
R
espiratório
 
 
•
A reação inflamatória nos capilares alveolares causa
 
lesão 
endotelial e acúmulo de líquido nos espaços alveolares 
–
 
edema
 
local
-
 
prejuízo na troca gasos
a.
 
•
A Síndrome da Ang
ústia Respiratóri
a do Adulto (
SARA
) 
é 
u
ma 
das consequências
 
da
 
sepse
.
 
O problema da 
S
epse no 
pulmão
 
não consegue fazer a troca 
gasosa
.
 
 
S
epse 
-
 
Sistema 
Cardiovascular
 
 
•
R
e
ação inflamatória generalizada
-
 
importante 
vasodilata-
ção p
erif
érica
 
(
causando uma hipotensão)
.
 
•
Inicialmente, ocorre aumento do débito cardíaco para ten-
tar compe
nsar essa situação.
 
•
Por evolução da própria doença (pela gravidade do caso), o 
coração 
não consegue mais manter esse aumento do débito 
cardíaco, assim como não
 
mantém também uma perfus
ão 
per
iférica adequada 
-
 
choque 
séptico
 
__________
______________________________________
 
S
epsis
-
2
: 
Antigo,
 
mas ainda muito usado na prática 
clínica
.
 
Sepsis
-
3:
 
Consenso mais 
atualizado,
 
porém menos prático
.
 
 
S
epsis
-
2
:
 
em 20
02
, o 2ª Consenso 
Internacional
 
definiu que 
os pacts devem ser classificados dentre quatro categorias
:
 
•
 
SIRS
 
•
Sepse
 
•
Sepse 
G
rave
 
•
Choque Séptico
 
 
?
 
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS)
 
 
É identificada na presença de pelo menos 2 dos se-
guintes:
 
• T
axilar
 
> 38°C
 
• FC > 90bpm (taquicardia)
 
• FR > 20rpm (taquipneia)
 
ou pCo2 <32mmHg
 
• 
Leucograma
 
> 12
.000 ou <4.000 ou >10% d
e bastões
.
 
 
S
epsis
-
2
-
 
(
H
ipotensão responsiva 
a 
reposição
 
volêmica
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O
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: é considerado Sepse aquele paciente que aprese
nta 
SIRS+ um foco infeccioso presumível ou confirmado.
 
14/02/2021 – MPE – Prof. Luiza 
Sepse 
• Sepse ? infecção. 
• Corresponde uma reação inflamatória desregulada, secun-
dária a uma infecção (suspeitada ou diagnosticada) que se 
associa com disfunção orgânica ameaçadora á vida 
• Infecção bacteriana é mais prevalente, principalmente por 
bactérias GRAM negativas. Sepses podem ser, também, fún-
gicas ou virais. Bacterianas e fúngicas são tratáveis e mais 
preocupantes. 
• Infecções pulmonares e abdominais são mais frequentes 
causadoras de sepse. Além disso, os pacientes sobreviventes 
estavam mais propensos a novas infecções, a broncoaspira-
ção, insuficiência renal aguda e eventos cardiovasculares. 
Epidemiologia 
1ª Pct com DPOC; 
2ª Pct diabéticos; 
3ª Pct com insuficiência Cardíaca; 
4ª Pct com neoplasia; 
5ª Pct com IRC; 
6ª Pct que fazem tratamento; 
7ª Pct com hepatopatia crônica; 
 
Fisiopatologia 
• Pct. Adquire uma infecção – produção exacerbada de me-
diadores pró-inflamatórios. 
 
• Citocinas, TNF-alfa, IL-1, prostaciclinas, tromboxanos, leu-
cotrienos óxido nítrico, fator de ativação plaquetária. 
 
•Aumentam o fluxo sanguíneo e a migração de neutrófilos 
para o foco de infecção, aumento a permeabilidade vascular 
local e causando dor-resposta inflamatória, ou seja: infecção 
+ reação inflamatória generalizada. 
 
•Reação inflamatória generalizada – disfunção orgânica múl-
tipla. 
 
•O endotélio vascular perde as junções entre as células per-
mitindo o extravasamento do líquido intravascular para o 
terceiro espaço. 
 
• Abaixo do endotélio vascular, há a musculatura lisa, que 
com a produção de óxido nítrico vai relaxar o tônus vascular. 
•Hipotensão por perda de líquido intravascular para o ter-
ceiro espaço mais vasodilatação com óxido nítrico. 
 
•Nesse endotélio todo lesado, há adesão de plaquetas, fibri-
nas e células, fazendo micro trombos intravasculares – hipó-
xia e hipoperfusão tecidual em função dessa catástrofe cha-
mada SEPSE. 
 
•A lesão difusa do endotélio vascular é o principal meca-
nismo de falência de múltiplos órgãos. 
 
 
Sepse - Sistema Respiratório 
 
•A reação inflamatória nos capilares alveolares causa lesão 
endotelial e acúmulo de líquido nos espaços alveolares – 
edema local- prejuízo na troca gasosa. 
•A Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto (SARA) é 
uma das consequências da sepse. 
O problema da Sepse no pulmão não consegue fazer a troca 
gasosa. 
 
Sepse - Sistema Cardiovascular 
 
•Reação inflamatória generalizada- importante vasodilata-
ção periférica (causando uma hipotensão). 
•Inicialmente, ocorre aumento do débito cardíaco para ten-
tar compensar essa situação. 
•Por evolução da própria doença (pela gravidade do caso), o 
coração não consegue mais manter esse aumento do débito 
cardíaco, assim como não mantém também uma perfusão 
periférica adequada - choque séptico 
________________________________________________ 
Sepsis-2: Antigo, mas ainda muito usado na prática clínica. 
Sepsis-3: Consenso mais atualizado, porém menos prático. 
 
Sepsis-2: em 2002, o 2ª Consenso Internacional definiu que 
os pacts devem ser classificados dentre quatro categorias: 
• SIRS 
•Sepse 
•Sepse Grave 
•Choque Séptico 
 
? Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) 
 É identificada na presença de pelo menos 2 dos se-
guintes: 
• T
axilar
 > 38°C 
• FC > 90bpm (taquicardia) 
• FR > 20rpm (taquipneia) ou pCo2 <32mmHg 
• Leucograma > 12.000 ou <4.000 ou >10% de bastões. 
 
Sepsis-2- (Hipotensão responsiva a reposição volêmica) 
Ou seja: é considerado Sepse aquele paciente que apresenta 
SIRS+ um foco infeccioso presumível ou confirmado.

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