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CONCEITOS DE FISICA DO SOLO

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DISC.: M B LIMA 
 
CONCEITOS 
1. RUGOSIDADE SUPERFICIAL: A rugosidade superficial ou também conhecido 
como micro relevo é uma propriedade física que expressa a diferença nas medidas de altura da 
superfície do solo em distancias relativamente baixas/pequenas ou também podendo ser 
expressa por sequência de micro elevações e micro depressões espacialmente distribuídas. A 
rugosidade do solo torna-se importante ser conhecida pois ela aumenta a retenção e infiltração 
de água no solo, reduz a velocidade e volume de enxurrada e aumenta a deposição de 
sedimentos na superfície do solo em caso de erosão hídrica e eólica (CORREA, et al., 2012; 
BERTOL, et al., 2007; ZOLDAN JUNIOR, et al., 2008; PANACHUKI, et al., 2010). 
 
Referencias: 
PANACHUKI, E.; BERTOL, I.; ALVES SOBRINHO, T.; VITORINO, A. C. T.; SOUZA, C. M. A.; URCHEI, 
M. A. Rugosidade da superfície do solo sob diferentes sistemas de manejo e influenciada por chuva artificial. R. 
Bras. Ci. Solo, 34:443-451, 2010. 
ZOLDAN JUNIOR, W. A.; BERTOL, I.; PEGORARO, R.; FABIAN, E. L.; ZAVASCHI, E.; VÁZQUEZ, E. V. 
Rugosidade superficial do solo formada por escarificação e influenciada pela erosividade da chuva. R. Bras. Ci. 
Solo, 32:353-362, 2008. 
BERTOL, I.; GONZÁLEZ, A. P.; VAZQUEZ, E. V. Rugosidade superficial do solo sob diferentes doses de 
resíduo de milho submetido à chuva simulada. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.42, n.1, p.103-110, jan. 2007. 
CORREA, I. M. C.; BERTOL, I.; RAMOS, J. C.; TAKIZAWA, M. M. Rugosidade da Superfície de um 
Cambissolo Húmico Relacionada com o Preparo e Compactação do Solo Sob Chuva Natural. R. Bras. Ci. Solo, 
36:567-576, 2012. 
 
2. SELAMENTO SUPERFICIAL: O selamento superficial do solo é uma modificação 
física específica na superfície do solo, apresentando uma camada fina com alta densidade e 
com feições laminares, associada ou não a uma camada de argila dispersa justamente abaixo 
da superfície (MACEDO, et al.,). Pode ainda ser considerado como camadas adensadas que 
são formadas na superfície do solo, as quais variam de espessura de poucos milímetros a 
alguns centímetros, que quando estão secas ficam mais duras do que o material que está 
abaixo delas (SILVA, 2016). O selamento superficial tem sua importância pois reduz a 
infiltração de água no solo e a disponibilidade de água para as raízes das plantas, dificulta a 
emergência de plântulas devido à compactação da camada superficial do solo, aumenta o 
escoamento superficial e a erosão hídrica (NASCIMENTO, et al., 2019). 
Referencias: 
MACEDO, J. R.; PIRES, L. F.; SOUZA, M. D.; REICHARDT, K.; BACCHI, O. O. S. Selamento Superficial 
em Latossolo Vermelho Distroférrico Tratado com Lodo de Esgoto. SITE: 
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/ 
 
SILVA, F. F. Selamento superficial e erosão hídrica em solos representativos da bacia do Alto Ipanema, 
pesqueira-PE, com e sem a utilização de cobertura morta. Dissertação em Engenharia Agrícola da 
Universidade Federal Rural de Pernambuco, RECIFE - PE, 2016. 
 
NASCIMENTO, R. J. A.; OLIVEIRA, F. P.; SANTOS, D.; BEIRIGO, R. M.; FRANSCISCO, P. R. M.; 
NASCIMENTO, R. R. A. Selamento superficial e formação de crosta em solos representativos do Estado da 
Paraíba. Colloquium Agrariae, v. 15, n.3, Mai-Jun, 2019, p. 79-93. 
 
3. ENCROSTAMENTO SUPERFICIAL: O encrostamento é resultante de processos 
complexos e dinâmicos nos quais as partículas do solo são rearranjadas e consolidadas em 
uma estrutura superficial coesa, cuja espessura pode variar de 0,1 mm até valores superiores à 
50 mm (VALENTIN & BRESSON, 1992). É encontrado muitas vezes em solos de regiões 
tropicais e subtropicais é o desenvolvimento de crostas na superfície do solo, onde influencia 
significativamente a partição da água que chega a superfície do solo; portanto, afeta o balanço 
hídrico de solos em muitas regiões tropicais e subtropicais; essas crostas são responsáveis pela 
diminuição da infiltração da água no solo e pelo aumento do escoamento superficial das águas 
provenientes das chuvas e irrigação o que pode potencializar os processos erosivos (SOUZA 
et al., 2007). 
Referencias: 
Valentin, C., Bresson, L.M. Morphology, genesis and classification of surface crusts in loamy and sandy soils. 
Geoderma, Amsterdam, v.55, p.225-245, 1992. 
 
SOUZA, E. S.; ANTONINO, A. C. D.; LIMA, J. R. S.; GOUVEIA NETO, G. C.; SILVA, J. M.; SILVA, I. F. 
Efeito do encrostamento superficial nas propriedades hidráulicas de um solo cultivado. Rev. Bras. Ciênc. Agrár. 
Recife, v.2, n.1, p.69-74, 2007. 
 
4. EROSIVIDADE DA CHUVA: Baseando-se em Colodro et al., (2002) a Erosividade 
da chuva (fator R da EUPS) determina a sua capacidade em provocar erosão, cujo valor é 
obtido pelo produto entre a energia cinética total da chuva (E) e a sua intensidade máxima em 
30 min (I30) ou seja E/I30. 
Referencias: 
COLODRO, G.; CARVALHO, M. P.; ROQUE, C. G.; PRADO, R. M. Erosividade da chuva: distribuição e 
correlação com a precipitação pluviométrica de teodoro sampaio (sp). R. Bras. Ci. Solo, 26:809-818, 2002. 
 
5. ERODIBILIDADE DO SOLO: A erodibilidade representa a suscetibilidade do solo 
ao processo erosivo e pode ser determinada de forma direta, pela razão entre as perdas de solo 
e a erosividade das chuvas, sob chuva natural ou chuva simulada, e também por meio de 
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/
análise de regressão linear simples entre essas duas variáveis (EDUARDO, et al., 2013). 
Macedo et al., (2010) ainda complementa falando que a erodibilidade é uma propriedade do 
solo resultante da interação entre suas características físicas, químicas, mineralógicas e 
biológicas. Reflete a perda diferencial que os solos apresentam quando os demais fatores que 
influenciam a erosão permanecem constantes, sendo influenciada principalmente por aquelas 
características que afetam a capacidade de infiltração e permeabilidade do solo e sua 
capacidade de resistir ao desprendimento e transporte de partículas pela chuva e enxurrada. 
Referencias 
EDUARDO, E. N.; CARVALHO, D. F.; MACHADO, R. L.; SOARES, F. C.; ALMEIDA, W. S. Erodibilidade, 
fatores cobertura e manejo e práticas conservacionistas em argissolo vermelho-amarelo, sob condições de chuva 
natural. R. Bras. Ci. Solo, 37:796-803, 2013. 
 
MACEDO, R. S.; TEIXEIRA, W. G.; ENCINAS, O. C.; SOUZA, A. C. G.; MARTINS, G. C.; ROSSI, L. M. 
Determinação do fator erodibilidade de diferentes classes de solo do estado do Amazonas (métodos indiretos) e 
de um Cambissolo Háplico (método direto) na Província Petrolífera de Urucu, Coari - AM. III Reunião 
Cientifica da Rede CTPetro Amazônia – Manaus, 4-5/11/2010. 
 
6. AGREGAÇÃO DO SOLO: Baseando-se em Madari (2004) um agregado é um 
conjunto de partículas primárias (argila, silte, areia) do solo que se aderem umas às outras 
mais fortemente do que a outras partículas circunvizinhas comportando-se mecanicamente 
como uma unidade estrutural. Quando formado naturalmente é denominado ped e apresenta 
diferentes formas morfológicas (prisma, bloco, grânulo) e tamanhos. Se formado por meio 
artificial pela atividade antrópica (ao arar, escavar por exemplo) é denominado torrão. O solo 
é composto de um conjunto de agregados de diferentes tamanhos e de estabilidade. O estado 
de agregação do solo tem influência sobre diretamente na infiltração de água, na 
biodiversidade, na dinâmica da biomassa do solo, na disponibilidade de oxigênio às raízes e a 
erosão do solo. 
Referencias 
MADARI, B. E. Procedimento para uma Estimativa Compartimentada do Seqüestro de Carbono no Solo. 
Comunicado Técnico 22, Rio de Janeiro, RJ. Dezembro, 2004. 
 
7. ESTABILIDADE DE AGREGADOS: A estabilidade dos agregados pode ser 
definida como uma força resistente a uma ação mecânica passível de degradar a estrutura do 
solo tal como, também, a capacidade do solo de resistir às forças compactantes (SILVA et al., 
2006). O índice de estabilidade dos agregados representa uma medida da agregação total dosolo e não considera a distribuição por classes de agregados. Quanto maior a quantidade de 
agregados < 0,25 mm, menor será o índice de estabilidade dos agregados (CASTRO FILHO, 
MUZILLI & PODANOSCHI, 1998). 
Referencias 
SILVA, A. J. N.; CABEDA, M. S. V.; CARVALHO, F. G. Matéria orgânica e propriedades físicas de um 
Argissolo Amarelo coeso sob sistemas de manejo com cana-de-açúcar. Revista Brasileira de Engenharia 
Agrícola e Ambiental, v.10, p.579- 585, 2006. 
CASTRO FILHO, C.; MUZILLI, O.; PODANOSCHI, A. L. Estabilidade dos agregados e sua relação com o teor 
de carbono orgânico num latossolo roxo distrófico, em função de sistemas de plantio, rotações de culturas e 
métodos de preparo das amostras. R. Bras. Ci. Solo, 22:527-538, 1998. 
 
8. RELEVO CÔNCAVO E CONVEXO: uma superfície côncava é descrita como uma 
superfície que se curva para dentro, ou que é mais fina no meio do que nas bordas, supondo 
isso que as vertentes com solos de relevo côncavos favorecem a convergência dos fluxos 
d’água. Enquanto que uma superfície convexa descreve uma superfície que se curva para fora, 
ou é mais espessa no meio do que nas bordas, levando a vertentes que solos com relevo 
convexos atuam de maneira contrária as côncavas, ou seja, favorecem a dissipação d’água na 
encosta por meio do fluxo difuso (MIKOSIK, et al., ). 
Referencias 
MIKOSIK, A. P. M.; PAULA, E. V.; SANTOS, L. J. C. Influência da curvatura das vertentes na ocorrência de 
escorregamentos translacionais na sub-bacia do rio sagrado (morretes/pr). VIII Simpósio Nacional de 
Geomorfologia I Encontro Íbero-Americano de Geomorfologia III Encontro Latino Americano de 
Geomorfologia I Encontro Íbero-Americano do Quaternário. ????

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