Referenciais bioéticos

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1 Giovanna D. Cavalcante Alcântara 
 Teoria dos referenciais: referencial de prudência, referencial de 
vulnerabilidade, referencial de alteridade, referencial de 
equidade. 
 
 Referencial de prudência 
 É a maior das virtudes. Contrapõem-se a imprudência e a negligência. É 
a sensatez, a moderação, o cuidado, a precaução, a experiência, a 
modéstia e o bom senso. Não confundir prudência com medo. 
Caso clínico 1: Paciente diagnosticado com câncer de pulmão. Sabe-se que 
não existe muita opção terapêutica, além é claro de ser uma doença 
agressiva e fatal. Há poucas propostas de quimioterapia, a maioria 
experimental, aumentando pouco o tempo de vida e com sérios efeitos 
colaterais. Você indicaria um tratamento experimental? Resposta: Trazer a 
proposta do paciente, mediando os efeitos colaterais e a qualidade de vida 
do paciente - Referencial de Prudência. 
 
 Referencial de vulnerabilidade 
 Divide-se em pessoal, social e moral. 
 Vulnerável pessoal ou existencial: vulnerável todos nós somos; 
independe de valores sociais, econômicos e culturais; uma pessoa 
doente é mais vulnerável. 
 Vulnerável social: uma medicina tecnóloga e impessoal; não 
reconhecer os determinantes em saúde pública; existem recursos 
mas não chega a todos; o Estado pode ser responsabilizado. 
 Vulnerável moral: uma bandeira frente ao pluralismo e a 
estigmatização; não tem seus direitos reconhecidos ou validados; 
fruto das ideias, valores e (pré)conceitos; não existem recursos; o 
Estado é responsável. 
Caso clínico 2: Paciente com IRC evolui com necessidade de transplante. 
Maceioense e integralmente usuário do SUS, possui doador, porem foi 
informado que não está sendo feito transplante inter-vivos por questões de 
custos (o hospital não possui recursos para realização de duas cirurgias – 
doador e receptor). Considerando que o SUS possui amplo e consolidado 
programa de transplante; que o estado de alagoas é um dos piores estados 
em número de transplante renal do Brasil; que há uma grande oferta de 
órgãos (vítimas de TCEs e AVEs) não procurados como devia. Há interferência 
 
 
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do estado na saúde desse indivíduo? Resposta: sim. Referencial da 
vulnerabilidade. 
 
 Referencial de alteridade 
 Ter no outro o seu complemento. Entender o sofrimento alheio. 
Caso clínico 3: Mulher doa rim a desconhecida que se encontrava em fila de 
transplante. Cátia Rodrigues de 44 anos, portadora de 44 anos de IRC, 
evoluindo com piora do quadro clinico, recebeu de Roseli Behnke um rim após 
esta se comover com a doença de Cátia. Ficou comprovado que não havia 
outros interesses? Resposta: Sim. A doadora do rim se comoveu com a história 
da Cátia e decidiu doar seu rim. Referencial da alteridade. 
 Referencial de equidade 
 Corrigir falhas legais e complementar a justiça. É buscar ofertar 
tratamentos diferentes para pessoas diferentes que tenham 
necessidades iguais. 
Caso clínico 4: Pacientes com doenças raras ou que precisam de 
medicamentos de alto custo, ficam sem tratamento. O estado é obrigado a 
fornecer a medicação? Resposta: Sim. Referencial da equidade.
 
 
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