Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gestão Socioambiental Prof. Dra. Cristine Santos de Souza da Silva Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável Prof. Dra. Cristine Santos de Souza da Silva Capítulo 2 INTRODUÇÃO Os últimos três séculos foram marcados pelas revoluções industriais e tecnológicas que culminaram com o surgimento de novas técnicas produtivas. Toda essa mudança fez a capacidade de produção aumentar de maneira acelerada. No entanto, tamanha velocidade do crescimento e a consequente necessidade de geração de riquezas acabaram culminando numa série de efeitos colaterais para a sociedade na qual o modelo produtivo se insere, o que levou a questões sobre a impossibilidade de subsistência. Em toda e qualquer sociedade humana é possível observar que o ato de consumir está presente. O consumo está associado em diversas culturas como uma atividade fundamental para o desenvolvimento econômico, existindo desde o surgimento das primeiras comunidades e aglomerados sociais, que realizavam suas relações comerciais por meio de trocas de bens e mercadorias. Com o passar dos anos as relações comerciais foram mudando, e principalmente depois da Revolução Industrial, com o advento da tecnologia e os incentivos econômicos, as pessoas passaram a adotar um comportamento de consumo que vai além daquilo que é necessário, gerando um aumento irrefreável no ritmo de produção, que tem se mostrado ambientalmente insustentável. Por isso, neste capítulo trataremos de um tema que vem recebendo nos últimos anos níveis crescentes de interesse público e cobertura da mídia: a sustentabilidade. Apesar disso, para a maioria das pessoas o conceito de sustentabilidade não está suficientemente claro, tampouco o porquê de ela ser considerada tão importante e desejável, ou como ela pode ser alcançada. Diante disso, definiremos o que é sustentabilidade, analisaremos seus componentes e entenderemos como ela pode ser medida, por meio do estudo dos principais indicadores de sustentabilidades existentes. Da mesma forma abordaremos o conceito de desenvolvimento sustentável, que embora frequentemente considerado um sinônimo de sustentabilidade, difere desta em seu enfoque e abordagem. E assim, a partir destes pressupostos, trataremos da sustentabilidade empresarial e de como ações corporativas podem contribuir para o atendimento dos objetivos globais para o desenvolvimento sustentável. Bom estudo! Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável Até a Revolução Industrial, as relações comerciais se davam com vistas ao atendimento das necessidades humanas, porém, como passar dos anos esse comportamento foi mudando. Na sociedade moderna se observa que estas relações passaram a incorporar uma associação muito mais complexa, envolvendo não mais as necessidades, mas sim os desejos de consumo. As “necessidades” referem-se a aspectos básicos da condição humana, como alimentar-se, vestir-se, ter um lugar para morar, etc. Quando essas necessidades não são atendidas, o ser humano vive numa condição subumana. Já os “desejos” são manifestações da nossa vontade e nada tem a ver com necessidades. Por exemplo: temos o desejo de um carro novo, de um televisor maior, de um celular mais moderno. Temos também o desejo de ser promovido, de ter uma sala maior no trabalho, de conquistar maior fatia do mercado, de viajar para o exterior ou para uma bela praia. Isso tudo são “desejos” e não “necessidades”. De acordo com Anne Leonard, ambientalista que ficou mundialmente conhecida após a publicação do filme The Story of Stuff (traduzido para o português como A história das coisas), a sociedade de consumo resultou da convergência de quatro forças: um conjunto de ideias que afirmam que a Terra existe para nosso usufruto; a ascensão do capitalismo moderno; a aptidão tecnológica; e o extraordinário acúmulo de riquezas pela América do Norte, que dita o modelo global massificado de consumo. Entretanto, essa mudança refletiu no ambiente, sendo observada principalmente nas últimas décadas, quando estudos passaram a alertar que a humanidade vem usando os serviços ecológicos mais rápido do que a capacidade dos ecossistemas em renová-los. O aumento da produção de maneira acelerada e a consequente necessidade de geração de riquezas acabaram culminando numa série de efeitos colaterais para a sociedade, na qual o modelo produtivo se insere, o que levou ao questionamento sobre a nossa própria impossibilidade de subsistência. Foi esta preocupação que fez com que em 1972, em Estocolmo, Suécia, acontecesse a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o ambiente humano. O evento, se tornou um marco no tocante a preocupação ambiental, pois enfatizou a discussão sobre a dependência da economia e do desenvolvimento em relação ao meio ambiente. Porém, foi apenas mais tarde, em 1987, que a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento - CMMAD - publicou o Relatório Brundtland, intitulado de “Nosso Futuro Comum”, dando origem a uma nova perspectiva de desenvolvimento, fundamentada na harmonização dos objetivos sociais, ambientais e econômicos: o desenvolvimento sustentável. O conceito exposto neste relatório dizia que: “o desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades”. O desenvolvimento sustentável pressupõe uma mudança com relação ao modo de produção e consumo fixado pelo sistema capitalista. Trata-se de uma perspectiva na qual a exploração dos recursos, a orientação dos investimentos, os rumos do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão de acordo com as necessidades atuais e futuras. Como se pode perceber para alcançar o desenvolvimento sustentável é necessária a tomada de consciência, não apenas dos responsáveis pelos sistemas de produção, mas também por aqueles que se utilizam das mercadorias por eles produzidas. Sabemos que é comum que se atribua a culpa pela insustentabilidade planetária às empresas (pelo fato de serem elas as responsáveis pela produção de bens e serviços e, consequentemente, pela geração de enormes quantidades de resíduos, efluentes e emissões atmosféricas) porém, o grande contribuinte para a insustentabilidade é o consumismo, característico destas últimas gerações. Nesse paradigma, os próprios termos “sustentabilidade” e “Desenvolvimento Sustentável”, embora sejam muitas vezes utilizados como sinônimos, guardam em si perspectivas diferentes: Desenvolvimento Sustentável implica compatibilizar o crescimento econômico, o desenvolvimento humano e a qualidade ambiental, correspondendo assim a um processo dinâmico de transformação, enquanto o termo “sustentabilidade” está relacionado a ações e atitudes que envolvem a ética e buscam a harmonia da natureza com a humanidade. Alguns autores defendem que o termo sustentabilidade é o mais adequado quando se busca um equilíbrio entre a qualidade de vida da humanidade e os limites ambientais do planeta. A sustentabilidade implica, essencialmente, em viver uma vida sustentável, que significa, entre outras coisas, a simplicidade voluntária e a quietude, onde novos valores orientam as atitudes humanas: a simplicidade, a austeridade, a paz, a serenidade, o saber viver em comunidade e o compartilhar. A sustentabilidade envolve princípios éticos e normativos, sendo, portanto, mais amplo do que o que compreende a ideia de desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade implica no abandono da perspectiva antropocêntrica para uma perspectiva mais global, biocêntrica. Para facilitar a compreensão do conceito de sustentabilidade, o economista Ignacy Sachs a classifica em cinco dimensões, que são assim citadas na Agenda 21 brasileira. São elas: Sustentabilidade ecológica: refere-se à base física do processo de crescimento e tem como objetivo a manutenção de estoques dos recursos naturais, incorporados as atividades produtivas. Sustentabilidade ambiental: refere-se à manutenção da capacidade de sustentação dos ecossistemas, o que implica acapacidade de absorção e recomposição dos ecossistemas em face das agressões antrópicas. Sustentabilidade social: refere-se ao desenvolvimento e tem por objetivo a melhoria da qualidade de vida da população. Para o caso de países com problemas de desigualdade e de inclusão social, implica a adoção de políticas distributivas e a universalização de atendimento a questões como saúde, educação, habitação e seguridade social. Sustentabilidade política: refere-se ao processo de construção da cidadania para garantir a incorporação plena dos indivíduos ao processo de desenvolvimento. Sustentabilidade econômica: refere-se a uma gestão eficiente dos recursos em geral e caracteriza-se pela regularidade de fluxos do investimento público e privado. Implica a avaliação da eficiência por processos macro sociais. Já o Desenvolvimento Sustentável baseia-se na percepção de que a capacidade de carga da Terra não poderá ser ultrapassada sem que ocorram grandes catástrofes sociais e ambientais, apesar de existirem sinais evidentes de que em muitos casos os limites aceitáveis já foram ultrapassados, como atestam diversos problemas ambientais gravíssimos, como: mudanças climáticas, destruição da camada de ozônio estratosférico, poluição dos rios e oceanos, extinção acelerada de espécies vivas; bem como diversos problemas sociais, como a pobreza que afeta bilhões de humanos, os assentamentos urbanos desprovidos de infraestruturas mínimas para uma vida digna, a violência, o tráfico de drogas e as epidemias globalizadas. Estes problemas globais só podem ser resolvidos com a participação de todas as nações, governos em todas as instâncias e sociedade civil, cada uma em sua área de abrangência. Sendo assim, fica mais fácil entender que o desenvolvimento sustentável se baseia no equilíbrio entre os três eixos fundamentais do conceito de sustentabilidade, que são: o crescimento econômico, a preservação ambiental e a equidade social. Diante desse cenário, duas estratégias foram construídas: A primeira responde pelo lema pensar globalmente e agir localmente, que significa que não se deve esperar por condições ideais nos planos internacionais e nacionais para só então começar a agir. A segunda refere-se ao estabelecimento de objetivos e metas a serem alcançados pelos países em um período determinado, respeitando as características locorregionais, limitações econômicas e necessidades especiais de cada contexto nacional. Os primeiros objetivos traçados foram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) consistindo em um documento assinado em setembro do ano de 2000, quando as Nações se comprometeram a uma nova parceria global para reduzir a pobreza extrema, em uma série de oito objetivos (na imagem), com um prazo para o seu alcance até 2015. Mais recentemente, no ano de 2015, a Organização das Nações Unidas reuniu-se novamente com representantes de países e da população global, a fim de estabelecer uma nova proposta global de ação, disto resultando os 17 ODS - Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável. Em setembro de 2015, os 193 países-membros das Nações Unidas adotaram oficialmente a nova agenda de desenvolvimento sustentável, intitulada “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, na Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, realizada na sede da ONU em Nova York. A nova Agenda de desenvolvimento propõe uma ação mundial coordenada entre os governos, as empresas, a academia e a sociedade civil para alcançar os 17 ODS e suas 169 metas, de forma a erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta. Esses 17 Objetivos foram construídos baseados nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, incluindo novos temas, como a mudança global do clima, desigualdade econômica, inovação, consumo sustentável, paz e justiça, entre outras prioridades. O sucesso dos ODS envolve o combate a temas que estão associados a outros objetivos, de forma a orientar escolhas certas para melhorar a qualidade de vida, de forma sustentável, para a atual e futuras gerações. Os ODS são integrados e indivisíveis, e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. A Agenda 2030, como também são conhecidos os ODS, está pautada em cinco áreas de importância (ou 5 Ps): Pessoas – erradicar a pobreza e a fome de todas as maneiras e garantir a dignidade e a igualdade; Prosperidade – garantir vidas prósperas e plenas, em harmonia com a natureza; Paz – promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas; Parcerias – implementar a agenda por meio de uma parceria global sólida; e Planeta – proteger os recursos naturais e o clima do nosso planeta para as gerações futuras. Desde o lançamento da Agenda 2030, governos, sociedade civil, academia, empresas e cidadãos têm avançado no sentido de apoiar a localização dos ODS em seus âmbitos de atuação. Isso significa conscientizar e apoiar os países na incorporação e alinhamento local dessa agenda, de acordo com seus contextos, realidades e culturas específicos. Sustentabilidade Empresarial As questões ambientais passaram a ser discutidas pelas empresas apenas nos últimos anos, variando apenas em nível de comprometimento. Apesar disso, ainda não é possível afirmar as preocupações ambientais nas empresas sejam de fato materializadas em ações concretas e efetivas. Efetivamente observam-se algumas iniciativas voltadas a maior segurança ambiental, principalmente naquelas empresas que atuam em segmentos de alto risco de acidentes, têm sido crescentes. Isso ocorre porque os próprios acionistas, que antes estavam preocupados apenas com os seus retornos financeiros, agora estão pressionando as empresas a manterem uma boa imagem socioambiental perante o mercado e a sociedade em geral. As empresas apresentam, via de regra, dois tipos de posturas frente ao desenvolvimento sustentável: a postura reativa ou proativa. Na primeira, há apenas o cumprimento das normas legais com intuito principalmente de evitar multas e outros problemas principalmente com a legislação. No segundo caso, na postura proativa, há toda uma preocupação socioambiental desde o "chão de fábrica" até o planejamento estratégico de cada atividade. São exemplos de práticas de uma postura proativa: ▪ uso de tecnologia limpa; ▪ uso da reciclagem em alto grau; ▪ reuso de água ou seu tratamento antes de devolver ao rio/mar; ▪ divulgação e transparência das informações socioambientais, tais como investimentos socioambientais, número e tipos de acidentes, benefícios dos funcionários e comunidade das adjacências das unidades de negócios etc.; ▪ uso pleno da logística reversa; ▪ parceria com fornecedores e clientes na fiscalização e otimização nas corresponsabilidades socioambientais; ▪ orçamento socioambiental compatível com o tamanho da empresa e riscos ambientais do segmento; ▪ integração da gestão ambiental dentro do planejamento estratégico. O desenvolvimento sustentável no âmbito das organizações foi conceituado pelo sociólogo inglês John Elkington nos anos 90, como Triple-Botton Line, que determina que as empresas devem buscar o equilíbrio entre os três pilares da sustentabilidade: o econômico, o social e o ambiental. A intransigência de qualquer uma das associações levará ao desequilíbrio do sistema e a sua insustentabilidade. Do ponto de vista econômico, a sustentabilidade prevê que as empresas têm que ser economicamente viáveis. Seu papel na sociedade deve ser cumprido levando em consideração esse aspecto da rentabilidade, ou seja, dar retorno ao investimento realizado pelo capital privado. Do ponto de vista ambiental, deve a organização pautar-se pela ecoeficiência dos seus processos produtivos, adotar a produção mais limpa, oferecer condições para o desenvolvimento de uma cultura ambiental organizacional, adotar uma postura de responsabilidade ambiental, buscando a não contaminação de qualquer tipo do ambiente natural, e procurar participar de todas as atividades patrocinadas pelas autoridades governamentaislocais e regionais no que diz respeito ao meio ambiente natural. Em termos sociais, a empresa deve satisfazer aos requisitos de proporcionar as melhores condições de trabalho aos seus empregados, procurando contemplar a diversidade cultural existente na sociedade em que atua, além de propiciar oportunidade aos deficientes de modo geral. A prática da sustentabilidade nas empresas é uma visão estratégica a longo prazo que possibilita novas políticas de posicionamento e estratégia que podem resultar em vantagem competitiva frente a um mercado de concorrência acirrada e de produtos e serviços similares no qual as empresas vêm-se obrigadas a buscar outros pontos de diferenciação. Uma empresa para ser sustentável deve buscar em todas as suas ações e decisões a ecoeficiência, procurando produzir mais e com melhor qualidade, gerando menos poluição e utilizando menos recursos naturais. A empresa deve ainda ser socialmente responsável, assumindo que está imersa num ambiente social em que influi ao mesmo tempo em que sofre influência. A motivação dos líderes empresariais deve ser respaldada numa visão de longo prazo, em que se leve em consideração os custos futuros e não somente os custos presentes. A sustentabilidade empresarial significa entender e agir em resposta a essa nova demanda da sociedade, que é a de que o valor gerado por uma empresa se reflita em benefícios não somente para seus acionistas, mas que tenha também um impacto positivo para o conjunto dos afetados por suas operações, em particular o meio ambiente e a comunidade, respeitando sua cultura e agindo de forma ética e transparente. A adoção de atitudes sustentáveis não é somente aceitável eticamente, mas imprescindível para o sucesso financeiro de uma empresa. Utilizar práticas sustentáveis, dentro ou fora da empresa, auxilia no aumento da resiliência da empresa em possíveis novas crises. Isso porque é de interesse global que atitudes sustentáveis mantenham a economia estabilizada e funcional. Indicadores de Sustentabilidade Empresarial Para que as empresas possam evidenciar para o público em geral as suas posturas em relação ao meio ambiente, foram criados alguns modelos de avaliação de sustentabilidade ambiental e social. Dentre estes se destacam os seguintes: IBASE, GRI, ETHOS e ISE. O índice IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) é um modelo de indicador de sustentabilidade que tem como estrutura- base o formato dos balanços patrimoniais publicados nas demonstrações contábeis. Ele evidencia informações referentes à empresa como um todo, com destaque aos aspectos relacionados com a responsabilidade social e ambiental, tais como número de funcionários registrados, encargos sociais pagos, investimentos em saúde, educação, segurança e creches para funcionários e dependentes, participação dos funcionários nos resultados da empresa, investimentos em meio ambiente, tanto interno quanto externamente à empresa, entre outros. Saiba mais em: https://ibase.br/pt/balanco-social/. O índice GRI (Global Reporting Initiative) das Nações Unidas é o principal e o mais usado modelo de balanço social no mundo. Ele apresenta um modelo-padrão de avaliação de sustentabilidade empresarial, que visa tornar os balanços sociais tão difundidos quanto os relatórios financeiros corporativos. A importância de se padronizar os balanços sociais produzidos por empresas de setores ou países diferentes é a de se criar um instrumento que permita comparações do desempenho, dos desafios e soluções encontrados por cada um dos seus usuários. Saiba mais em: https://cebds.org/o-que-e-gri/. https://ibase.br/pt/balanco-social/ https://cebds.org/o-que-e-gri/ O modelo de avaliação de sustentabilidade do Instituto Ethos, por sua vez, trabalha com as bases propostas pelo IBASE e o GRI, acrescentando detalhes dos princípios e ações da organização, com características muito semelhantes àquelas apresentadas dos demonstrativos contábeis, como por exemplo: relevância da informações, veracidade e verificabilidade, clareza dos dados e comparabilidade com os balanços patrimoniais em períodos anuais. Saiba mais em: https://www.ethos.org.br/conteudo/indicadores/ . Por fim, o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) é o mais recente indicador de sustentabilidade empresarial. Oriundo da parceria da Fundação Getúlio Vargas e a BOVESPA, esse indicador visa a identificação e publicação das quarenta empresas com o maior índice de sustentabilidade empresarial, a partir do Triple- Botton Line. Para compor diagnosticar a sustentabilidade das empresas, são avaliados quatro conjuntos de critérios: políticas (indicadores de comprometimento); gestão (indicam planos, programas, metas e monitoramento); desempenho (indicadores de performance); e cumprimento legal (avaliam o nível de cumprimento da legislação vigente). Saiba mais em: http://iseb3.com.br/o-que-e-o-ise . https://www.ethos.org.br/conteudo/indicadores/ http://iseb3.com.br/o-que-e-o-ise Referências ANDRADE, Rui Otávio Bernardes; TACHIZAWA, Takeshy. Gestão socioambiental: estratégias na nova era da sustentabilidade. 2.ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. BARBIERI, José Carlos; CAJAZEIRA, Jorge Emanuel Reis. Responsabilidade social empresarial e empresa sustentável: da teoria à prática. 3. ed. - São Paulo: Saraiva, 2016. BERLATO, L. et al. A sustentabilidade empresarial como vantagem competitiva em branding. Revista DAPesquisa. v. 11, n. 15. 2016. CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Guia de Comunicação e Sustentabilidade. Disponível em: https://cebds.org/publicacoes/ Acesso em: 10/08/2020. DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2019. LINS, Luiz dos Santos. Introdução à gestão ambiental empresarial: abordando economia, direito, contabilidade e auditoria. São Paulo: Atlas, 2015. OLIVEIRA, L. R. et al. Sustentabilidade: da evolução dos conceitos à implementação como estratégia nas organizações. Produção, v. 22, n. 1, p. 70-82, jan./fev. 2012 UN GLOBAL COMPACT - REDE BRASIL. Integração dos ODS na estratégia empresarial - Contribuições do Comitê Brasileiro do Pacto Global para a Agenda 2030. Disponível em: www.br.undp.org Acesso em: 10/08/2020. SACHS, Ignacy. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2009. _____. Estratégias de Transição para do século XXI – Desenvolvimento e Meio Ambiente. São Paulo: Studio Nobel – Fundação para o desenvolvimento administrativo, 1993. WCSD - World Business Council for Sustainable Development; CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Guia para CEOs sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: www.wbcsd.org Acesso em: 10/08/2020.
Compartilhar