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VOCÊ SABE INDICAR MEDICAÇÃO PSIQUIÁTRICA? PSICOFARMACOLOGIA E OUTROS TRATAMENTOS EM PSIQUIATRIA VINHETA DE ABERTURA ANTIDEPRESSIVOS ANTIPSICÓTICOS ESTABILIZADORES DE HUMOR ECT CLORPROMAZINA 1955 ANTIDEPRESSIVOS ANTIDEPRESSIVOS Tricíclicos (TCA) Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) Inibidores Duais da Recaptação da Serotonina e Noradrenalina (IRSN) Inibidores da Recaptação da Dopamina (IRD) Outros ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS 1ª geração de antidepressivos Efetivos Casos graves Limitações ੦ cardiotoxicidade ੦ tolerabilidade ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS Mecanismo de ação: inibição da recaptação da serotonina e noradrenalina neurônio noradrenérgico neurônios serotoninérgicos princípio ativo noradrenalina serotonina CLASSE DROGA DOSE (mg) EFEITOS COLATERAIS OBSERVAÇÕES Antidepressivos tricíclicos Nortriptilina 25-150 Boca seca Visão borrada Retenção urinária Sedação Deficit cognitivo Hipotensão postural Alteração da condução cardíaca Aumento de peso Tóxico em overdose Risco em paciente com ideação suicida Evitar em pacientes com doença cardíaca descompensada Clomipramina 10-250 Imipramina 25-250 Amitriptilina 25-250 INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DA SEROTONINA – ISRS “Sucessores” dos ADTs Efetivos Vantagem: segurança cardiovascular e maior tolerabilidade ISRS Mecanismo de ação: inibição da recaptação da serotonina Noradrenalina Aumento da serotoninaNA 5-HT1 5-HT2 5-HT3 NA 5-HT ISRS impedem a recaptação de serotonina Serotonina CLASSE DROGA DOSE (mg) EFEITOS COLATERAIS OBSERVAÇÕES ISRS Sertralina 50-200 Náusea e vômitos Intolerância gástrica Diminui libido e potência sexual Inquietude SIADH Insônia Seguro em overdose Risco de síndrome serotoninérgica Risco de síndrome de retirada (paroxetina) Risco de interação medicamentosa (fluoxetina paroxetina) Seguro em pacientes com doenças cardiovasculares Citalopram 20-40 Escitalopram 10-20 Fluoxetina 20-80 Paroxetina 20-60 INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DA SEROTONINA E DA NORADRENALINA - IRSN Drogas mais recentes Efetivos Seguros Mecanismo de ação: inibição dual Medicações: venlafaxina, duloxetina, desvenlafaxina CLASSE DROGA DOSE (mg) EFEITOS COLATERAIS OBSERVAÇÕES IRSN Venlafaxina 37,5 - 300 Efeitos sexuais negativos Intolerância gástrica Elevação PA diastólica (dose-dependente) Seguro em overdose Uso cauteloso em hipertensos Duloxetina 30 - 90 Intolerância gastrointestinal Tonturas e vertigens Boca seca Fadiga Sonolência Risco de síndrome de descontinuação com interrupção abrupta Risco de aumento da FC e da PA (<venlafaxina) Desvenlafaxina 50 - 100 Intolerância gastrointestinal Seguro em pacientes hipertensos OUTRAS CLASSES Inibidores da recaptação da dopamina: bupropiona Inibidores da monoaminoxidase (IMAO): tranilcipromina Outros: trazodona, mirtazapina, agomelatina Multimodal: vortioxetina CLASSE DROGA DOSE (mg) EFEITOS COLATERAIS OBSERVAÇÕES Outros antidepressivos Bupropiona 150 - 450 Limiar convulsivo Insônia Agitação Uso cauteloso em pacientes com história de crise convulsiva/epilepsia Ausência de efeito sexual negativo Mirtazapina 15 - 60 Sonolência Ganho de peso Constipação Boca seca Risco raro de neutropenia e agranulocitose Ausência de efeitos sexuais CLASSE DROGA DOSE (mg) EFEITOS COLATERAIS OBSERVAÇÕES Outros antidepressivos Trazodona 50 - 300 Sonolência Cefaleia Boca seca Ausência de efeitos sexuais negativos significativos Bem indicado em pacientes com transtorno do sono Tranilcipromina 10 - 40 Crise hipertensiva Hipotensão ortostática Síndrome serotoninérgica Insônia Necessidade de restrição dietética Necessidade de wash-out de ISRS quando troca para IMAO IMAO + ISRS: risco muito aumentado de crise hipertensiva Risco de síndrome de descontinuação após interrupção abrupta Dra., como decidir qual é o melhor antidepressivo para cada caso? Karina SES-PE | 2018 Um paciente de 75 anos desenvolveu episódio depressivo 2 meses após infarto do miocárdio. Como comorbidades, apresentava obesidade grau 2, hipertrofia prostática benigna, declínio cognitivo leve, disfunção renal (clearance de creatinina = 40mL/min) e passado de convulsões após traumatismo craniano. Qual dos antidepressivos a seguir seria apropriado para o caso? mirtazapina escitalopram amitriptilina bupropiona nortriptilina A B C D E SES-PE | 2018 Um paciente de 75 anos desenvolveu episódio depressivo 2 meses após infarto do miocárdio. Como comorbidades, apresentava obesidade grau 2, hipertrofia prostática benigna, declínio cognitivo leve, disfunção renal (clearance de creatinina = 40mL/min) e passado de convulsões após traumatismo craniano. Qual dos antidepressivos a seguir seria apropriado para o caso? mirtazapina escitalopram amitriptilina bupropiona nortriptilina A B C D E UFPR | 2016 No paciente com transtorno de humor e ideação suicida, a possibilidade de ingestão de um medicamento antidepressivo em dose excessiva deve levar o profissional a escolher um antidepressivo com baixa toxicidade, mais apropriado para esse paciente. Qual dos medicamentos a seguir apresenta maior toxicidade se utilizado em dose excessiva? citalopram duloxetina fluoxetina nortriptilina trazodona A B C D E UFPR | 2016 No paciente com transtorno de humor e ideação suicida, a possibilidade de ingestão de um medicamento antidepressivo em dose excessiva deve levar o profissional a escolher um antidepressivo com baixa toxicidade, mais apropriado para esse paciente. Qual dos medicamentos a seguir apresenta maior toxicidade se utilizado em dose excessiva? citalopram duloxetina fluoxetina nortriptilina trazodona A B C D E ANTIPSICÓTICOS ANTIPSICÓTICOS Antipsicóticos sedativos – CLORPROMAZINA Antipsicóticos incisivos – HALOPERIDOL Antipsicóticos atípicos e de última geração – OLANZAPINA, RISPERIDONA, QUETIAPINA, ARIPIPRAZOL NEUROLÉPTICOS TÍPICOS – SEDATIVOS E INCISIVOS AÇÃO: bloqueio das 4 vias dopaminérgicas Via nigroestriatal (sistema extrapiramidal) Via mesolímbica (sintomas positivos) Via mesocortical (sintomas negativos e cognitivos) Via tuberoinfundibular (prolactina) Via mesolímbica Via nigroestriada Via mesocortical Via tuberoinfundibular FENOTIAZINAS Clorpromazina (AMPLICTIL®) 100 a 1.200 mg/dia Levomepromazina (NEOZINE®) 100 a 600 mg/dia Tioridazina (MELLERIL®) 50 a 600 mg/dia Periciazina (NEULEPTIL®) 10 a 90 mg/dia Trifluoperazina (STELAZINE®) 5 a 60 mg/dia Depot (PIPORTIL® L4)(IM) 100 mg (1 amp)/mês BUTIROFENONAS Haloperidol (HALDOL®) 2 a 30 mg/dia Haldol® decanoato (Depot) 50 (1 amp) a 400 mg/mês DIETILBUTIROFENONAS Pimosida (ORAP®) (4 x/sem) 2 a 8 mg/dia Penfluridol (SEMAP®) (1 x/sem) 20 a 60 mg/sem BENZAMIDAS Sulpirida (EQUILID®) 100 a 1.600 mg/dia OUTROS Zuclopentixol (CLOPIXOL®) 20 a 75 mg/dia Clopixol® Acuphase (50 mg IM) Clopixol® Depot (200 mg IM) #IMPORTANTE MANIFESTAÇÕES EXTRAPIRAMIDAIS Distonia aguda Acatisia Discinesia tardia Parkinsonismo Síndrome Neuroléptica Maligna NEUROLÉPTICOS TÍPICOS MANIFESTAÇÕES DISTONIA AGUDA ESPASMOS DA MUSCULATURA DA LÍNGUA, FACE, PESCOÇO E DORSAL PRIMEIROS 5 DIAS DE TRATAMENTO https://www.youtube.com/watch?v=2krwEbm5hBo Colocar de 0:10 a 0:25 https://www.youtube.com/watch?v=2krwEbm5hBo https://www.youtube.com/watch?v=2krwEbm5hBo TRATAMENTO Substituir Anticolinérgicos: biperideno (AKINETON®) 2 mg ACATISIA INQUIETAÇÃO MENTAL E MOTORA Até 60 dias após o início da terapia ACATISIA TRATAMENTO Redução da dose, troca anticolinérgicos, benzodiazepínicos e betabloqueadores DISCINESIA TARDIA Discinesia orofacial Movimentos coreoatetoicos generalizados Distonia Não há tratamento eficiente20 a 35% (uso crônico) https://www.youtube.com/watch?v=t_NKRS8lLWA colocar de 0:29 a 1:00 https://www.youtube.com/watch?v=t_NKRS8lLWA https://www.youtube.com/watch?v=t_NKRS8lLWA PARKINSONISMO Bradicinesia, rigidez, tremores, ausência de mímica facial Até 30 dias do tratamento Tratamento: anticolinérgicos SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA Parkinsonismo grave – estupor – catatonia – desautonomia (oscilações da pressão arterial com picos hipertensivos, taquicardia, podendo ocorrer taquiarritmias) – febre – rabdomiólise – elevação de enzimas musculares (creatinofosfoquinase/CPK) #CAI NA PROVA SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA Grave – insuficiência renal aguda Tratamento – UTI, suspensão do neuroléptico e uso de bromocriptina (agonista dopaminérgico) até 60 mg/dia + relaxante muscular FMABC | 2017 Paula, 58 anos, faz uso de risperidona 6 mg/d há 8 meses. Há 3 semanas, vem demonstrando sintomas coreoatetoides involuntários do rosto e braços não rítmicos. Qual é o provável quadro de Paula? discinesia tardia parkinsonismo tardio distonia aguda síndrome neuroléptica maligna A B C D FMABC | 2017 Paula, 58 anos, faz uso de risperidona 6mg/d há 8 meses. Há 3 semanas, vem demonstrando sintomas coreoatetoides involuntários do rosto e braços não rítmicos. Qual é o provável quadro de Paula? discinesia tardia parkinsonismo tardio distonia aguda síndrome neuroléptica maligna A B C D EVENTOS ADVERSOS DOS ANTIPSICÓTICOS 1°GERAÇÃO ( TÍPICOS) ੦ Sedação ੦ Hipotensão ortostática ੦ Efeitos anticolinérgicos ੦ Cardiotoxicidade (aumento do intervalo QT) ੦ Visão borrada ੦ Boca seca ੦ Retenção urinária ੦ Disfunção sexual ੦ Hiperprolactinemia ੦ Discinesia tardia ੦ Acatisia ੦ Distonia ੦ Ganho de peso ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS NÃO BLOQUEIAM os receptores dopaminérgicos D2 no sistema nigroestriatal Portanto, não apresentam perfil de sintomas extrapiramidais Quetiapina (Seroquel®), 100 a 800 mg/dia Clozapina (LEPONEX®), 200 a 600 mg/dia Risperidona (RISPERDAL®), 4 a 8 mg/dia Olanzapina (ZYPREXA®), 5 a 20 mg/dia Aripiprazol (ABILIFY®), 15 a 30 mg/dia EVENTOS ADVERSOS DOS ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS OLANZAPINA RISPERIDONA QUETIAPINACLOZAPINA Ganho de peso, sedação, diabetes mellitus, hipotensão Hiperprolactinemia, hipotensão, efeitos extrapiramidais, disfunção sexual Hipotensão, dispepsia, náuseas Sedação, hipersalivação, constipação, diminuição do limiar para convulsões, hiper ou hipotensão, taquicardia, ganho de peso, diabetes mellitus, enurese noturna ARIPIPRAZOL Pouco sedativo, acatisia ESTABILIZADORES DE HUMOR ESTABILIZADORES DE HUMOR Lítio Anticonvulsivantes Antipsicóticos atípicos CARBONATO DE LÍTIO 0,6 e 1,2 mEq/l 900 a 1200 mg/dia > 1,5 Litemia > 4 Hemodiálise ou diálise peritoneal FAIXA TERAPÊUTICA LITEMIA INTOXICAÇÃO Náuseas, vômitos, diarreia, tremores grosseiros, moleza GRAVE LÍTIO NA GRAVIDEZ ANTICONVULSIVANTES Drogas de 1ª linha para o TAB Efetivos Fase aguda ੦ mania: divalproato ੦ depressão: lamotrigina ANTIPSICÓTICOS Antipsicóticos atípicos Drogas de 1ª linha para o TAB Efetivos Fase aguda ੦ mania: olanzapina; quetiapina; risperidona; aripiprazol; ziprasidona ੦ depressão: quetiapina ELETROCONVULSOTERAPIA (ECT) Depressão grave Idosos Catatonia Gestação (depressões, psicoses) https://www.youtube.com/watch?v=9L2-B-aluCE UEL | 2018 Sobre o emprego da eletroconvulsoterapia, assinale a alternativa correta: apresenta alto risco de complicações e morbidade, por isso seu uso é reservado apenas para quadros refratários doença de Parkinson, gravidez e doença hipertensiva são contraindicações à eletroconvulsoterapia é uma intervenção ultrapassada e sua indicação é desencorajada na atualidade devido ao seu estigma pacientes com transtorno de personalidade antissocial e borderline têm benefício com essa técnica pode ser indicada em quadros de catatonia, depressão refratária e pacientes com risco iminente de suicídio A B C D E UEL | 2018 Sobre o emprego da eletroconvulsoterapia, assinale a alternativa correta: apresenta alto risco de complicações e morbidade, por isso seu uso é reservado apenas para quadros refratários doença de Parkinson, gravidez e doença hipertensiva são contraindicações à eletroconvulsoterapia é uma intervenção ultrapassada e sua indicação é desencorajada na atualidade devido ao seu estigma pacientes com transtorno de personalidade antissocial e borderline têm benefício com essa técnica pode ser indicada em quadros de catatonia, depressão refratária e pacientes com risco iminente de suicídio A B C D E VOCÊ SABE INDICAR MEDICAÇÃO PSIQUIÁTRICA?
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