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Resumo Políticas de saúde

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Beatriz Almeida T16A
Resumo Políticas de saúde – 1º semestre 
No Brasil a saúde é viabilizada por meio do SUS, que é universal, integral e gratuito.
A incorporação dos agentes de saúde para a assistência dos pacientes iniciou-se em Quixadá, no Ceará, nos anos 90. 
Barbara Starfield, médica e mestre em saúde pública, afirma que 80% dos problemas de saúde podem ser resolvidos na atenção primária.
1920: forram criados os primeiros centros de saúde, no Rio de Janeiro, e voltados para o controle de doenças epidêmicas, como malária, varíola e febre amarela.
1923: organização das empresas para oferecer serviços de saúde aos funcionários.
Com esse ato foi criada a LEI ELOI CHAVES, ela permitiu a criação, por parte das empresas, de um fundo exclusivo para a saúde.
1930: Vargas cria as caixas de aposentadoria e pensão (CAP) e os institutos de previdência, eles eram tutela do Estado e garantiam assistência médica a uma grande parcela da população urbana, sem gastar a verba federal.
· Isso desequilibrou os gastos públicos, nos governos de Vargas e JK, o que aumentou as dívidas do país.
· Atualmente apenas 23% da população brasileira consegue pagar um convenio. 
1934: a constituição de 1934 declarou como obrigatória algumas ações ao operariado como: assistência médica, licença remunerada à gestante e jornada de trabalho de 8 horas.
1940: criação do Serviço especial de saúde pública, ele articulava a prevenção e o tratamento de doenças (criado pelo ministério da saúde e educação).
1943: estabeleceu-se a Consolidação das leis trabalhistas (CLT), ela obrigava o pagamento do salário mínimo, da indenização aos acidentados, o tratamento médico aos doentes, pagamento de horas extras, férias remuneradas e etc.
1960: criação dos Centros de saúde- SES, eles possuíam programas de saúde focados no grupo materno infantil.
1970: expansão da assistência à saúde para a região nordeste, com o aumento do número de UBS, da medicina preventiva especializada.
1978: Declaração de Alma Ata (Cazaquistão)
Conferência sobre saúde, realizada pela OMS, cujo foco foi a atenção primária. Ela trouxe metas de saúde para o ano 2000 definiu que a atenção primária à saúde deve ter uma atenção especial e deve ser definida como uma estratégia. Ela afirma que a saúde dos seus povos é de responsabilidade do governo e todos devem ter acesso a ela. 
Ela tinha como princípio que a APS deveria ser definida como função e núcleo central do sistema de saúde. A atenção primária tem relação direta com o desenvolvimento populacional, deve ser a porta de entrada do sistema de saúde, coordenadora do cuidado do sistema de saúde e, também, integra diversos níveis e áreas do sistema de saúde. Saúde é desenvolvimento, ela deve ser baseada em métodos apropriados, cientificamente comprovados.
Ela criticou o elitismo médico, afirma que deve haver participação comunitária e democratização do conhecimento, e a superespecialização, esse ponto é passível de questionamento, pois os superespecialistas também são necessários, além de também haver valorização dos curandeiros e parteiras, essenciais dependendo do local, como locais muito precários ou de difícil acesso.
Atenção Básica 
Barbara Starfield = atenção de primeiro contato. Continua, global e coordenada que se proporciona a população sem distinção de gênero, ou enfermidade, ou sistema orgânico. 
Atenção primária inclui a prevenção, a promoção, a cura e a reabilitação. Isso gera melhoria geral da saúde em nível populacional, maior igualdade nos acessos a saúde, os custos diminuem e o sistema se torna mais eficiente, os usuários se tornam mais satisfeitos.
# ATRIBUTOS ESSENCIAIS 
· Acesso: deve ser acessível a todo e qualquer cidadão.
· Longitudinalidade: a relação entre paciente e profissional deve ser de mútua confiança, sendo assim, a assistência à saúde deve ser continua, com acompanhamento das enfermidades, até sua cura e prevenção de demais.
· Integralidade: deve ter um leque amplo de ações oferecidas, para que o paciente tenha todas as suas necessidades atendidas, tanto no tratamento da doença física, quanto no processo psicossocial e emocional.
· Coordenação do cuidado: integração de todos os cuidados do paciente, seja com o atendimento feito pelo mesmo profissional, com a criação de um sistema que disponibiliza seu prontuário para o acesso de todos os profissionais, dentre outros.
# ATRIBUTOS DERIVADOS 
· Orientação familiar: considerar o contexto familiar para a realização do tratamento do paciente e, também, informar a família no que ela deve fazer para auxiliar no tratamento do paciente.
· Orientação comunitária: deve haver o reconhecimento, por parte dos serviços de saúde, das necessidades da comunidade, das doenças endêmicas no local (base em dados epidemiológicos), para haver o planejamento correto das atividades e investimentos do setor de saúde.
· Competência cultural: o profissional deve se informar sobre a cultura da comunidade e adaptar-se a ela, isso facilita a relação entre profissional e paciente.
SUS – ANOS 80 E 90
# ANTECEDENTES
- Movimento pela reforma sanitária (DIFERENTE do movimento sanitário, chegada da família real). Foi inspirado na reforma sanitária italiana, participação de funcionários, professores, estudantes da área da saúde e da população. Esse movimento começou a discutir problemas da área e propor soluções. Teve papel fundamental na formação do SUS.
Tinha como objetivo a garantia da universalização do acesso a saúde e construção de um sistema único e estatal de saúde.
1986 (fim do governo militar): José Sarney como presidente da república. 
· 8º Conferência Nacional de Saúde (Brasília)
Marco do movimento sanitário brasileiro. Definiu estratégias a serem defendidas pela constituição de 1988.
1990 – Lei orgânica de saúde. Leis que dão o arcabouço jurídico do SUS. Boa parte dos aspectos do SUS, ou até mesmo sua existência é devido a 8º conferência.
- Seus princípios são baseados no conceito de ampliação da saúde, com envolvimento de outros setores; reconhecimento de saúde como um direito de cidadania e dever do Estado; Sistema único, com acesso igualitário, universal e descentralizado (deve estra presente em todos os estados).
1988: Constituição de 1988, em vigência até hoje. 
Art. 196 – Saúde é direito de todos e dever do Estado (todos que estiverem em solo brasileiro). Medidas políticas que visem a redução do risco de doenças, com um acesso universal e igualitário, oferecendo serviços que ofereçam a promoção e a prevenção da saúde.
1990: Criação do SUS
- Definido na Constituição de 1988 e regulado pela Lei Orgânica da Saúde 8080/8124-90.
Parágrafo de gerenciamento de gestão financeira tem uma série de vetos, depois esses vetos são recuperados. Então alguns vetos realizados pelo presidente Fernando Collor de Melo, foram, posteriormente, recuperados pelo congresso na lei 8124. 
- Detalhado pelas NOBs 91, 92, 93 e 96.
# PRINCÍPIOS 
- Universalidade 
Se o indivíduo está dentro do território brasileiro ele tem direito aos serviços de saúde.
- Equidade 
Oferece serviços diferenciados, em situações especiais (como a atual, COVID-19) conforme o grau de gravidade do problema do paciente. Durante esse período os outros problemas não deixaram de acontecer e o serviço de saúde tem que atender, também, esses casos. Priorizar as prioridades.
Abrange, também, a questão da vulnerabilidade social, priorizando a parcela da população menos privilegiada.
- Integralidade 
Sistema descentralizado e comando público, dando poder aos estados e municípios tomarem suas decisões.
Regionalização e hierarquização: centralizar os atendimentos em um hospital de referência, em determinada região. Todos os municípios possuem unidades básicas de saúde, mas nem todos tem hospital, nem médico mais especializados, há muitos casos que um grupo pequeno de cidades utiliza o hospital de uma cidade vizinha, maior e com mais recursos.
Referência e contra-referência: caminho de ida e volta do paciente, entre UBS e hospital.
Financiamento em saúde
Ele é tripartite, ou seja, financiado pelos Estados, pelos Municípiose pela União.
No âmbito federal, os recursos são destinados às ações da atenção básica. 
Existem 5 blocos atingidos pela atenção básica e que, consequentemente, recebem recursos federais. São eles: Bloco da atenção básica, Bloco da assistência da farmacêutica, Bloco de gestão do SUS, Bloco de média e alta complexidade e Bloco de vigilância em saúde.
# PISO DA ATENÇÃO BÁSICA (PAB FIXO)
- Antes de 2020
Tudo era pago unitariamente, havia pagamento por produção, ou seja, cada consulta, exame, era pago individualmente. Isso induzia o médico a pedir mais exames, visando uma superfaturação. 
- Após 2020
Agora, o governo passou a adotar critérios para a definição do valor do PAB fixo. Ele dividiu os municípios em 4 faixas, de acordo com uma pontuação de 0 a 10, com base em critérios determinados pelo Departamento de Atenção Básica (DAB). Assim, os pequenos municípios e que apresentam os piores indicadores, recebem maiores valores, e os municípios mais estruturados, recebem valores menores. 
# PISO DA ATENÇÃO BÁSICA VARIÁVEL (PAB VARIÁVEL)
PNAB (política nacional da atenção básica)
- Antes da PNAB-2006
Só recebia o valor os municípios que possuíam equipe de saúde da família. Os munícipios eram pagos pela cobertura dessas equipes. 
Havia um valor diferente para cada equipe, como um para a estratégia da saúde da família, uma para o agente comunitário de saúde, um para a estratégia de saúde bucal (em odonto havia modalidade 1 e 2, além de uma adicional para a compra de equipamentos) etc.
- Após PNAB-2006
Passou a ser repassado para todos os municípios, o valor passou a ser o mesmo, independente da cobertura, porém dividiu as equipes de saúde em modalidade I e II.
· Equipe de Saúde da família-modalidade I
Obs: equipe de saúde da família modalidade I é DIFERENTE de equipe de saúde bucal modalidade I.
Estão implantadas em municípios com IDH igual ou inferior a 0,7 e pop. até 50 mil habitantes nos estados da Amazônia Legal e 30 mil habitantes nos demais estados. 
Estão implantadas em municípios que se integraram aos PITS e que não estão estabelecidos no item anterior. (PITS = feito para atender a população de municípios com precariedade ou ausência de serviços de atenção à saúde).
Que atendem a população remanescente de quilombos ou que residem em assentamentos de no mínimo 70 pessoas, respeitando o número máximo de equipes por município. 
· Equipe da Saúde da Família-modalidade II
Todas as equipes que não são modalidade I.
Conforme a classificação das equipes, o município recebe um valor por mês, 20.000 reais para a realização de um curso introdutório para os profissionais e para organizar a UBS.

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