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Ventilaçã� Pulmona� Pressões que causam o movimento do ar para dentro e para fora dos pulmões ⤷ Pressão pleural É a pressão exercida pelo líquido no espaço entre a pleura parietal e visceral. Essa pressão é expressa fisiologicamente em valores negativos e isso acontece devido a sucção desse líquido através dos canais linfáticos que causam uma tração entre a superfície visceral da pleura pulmonar e a superfície parietal da pleura da cavidade torácica. No início da inspiração, a pressão pleural é de -5 centímetros de água, que é o valor necessário para manter os pulmões abertos em repouso. Em seguida, durante a inspiração, essa pressão atinge cerca de -7,5 centímetros de água, isso acontece devido a expansão da caixa torácica e dos pulmões, associada a alteração no gradiente de pressão para possibilitar a entrada de ar. Na expiração, ocorre o processo inverso e a pressão pleural retorna ao valor inicial de -0,5 centímetros. Inspiração Expiração Pressão pleural inicial -5 cmH2O -7,5 cmH2O Pressão pleural final -7,5 cmH2O -5 cmH2O ⤷ Pressão alveolar É a pressão exercida pelo ar dentro dos alvéolos. Nesse caso, para possibilitar a entrada de ar nos pulmões, essa pressão deve ser menor que a pressão atmosférica, referida como 0cmH2O nas vias aéreas. No início da inspiração, a pressão alveolar é de 0cmH2O, isto porque a glote está aberta e não há fluxo de ar nas vias aéreas respiratórias, igualando a pressão alveolar a pressão atmosférica. Entretanto, com a entrada de ar durante a inspiração a pressão alveolar cai para -1cmH2O, permitindo a entrada de cerca de 0,5 litros de ar num tempo de 2 segundos. Já, durante a expiração a pressão sobe, chegando a 1cmH2O, eliminando 0,5 litros de água num período de 2 a 3 segundos. Inspiração Expiração Pressão alveolar inicial -1cmH2O 1cmH2O Pressão alveolar final 1cmH2O -1cmH2O Pressão Atmosférica 0cmH2O 0cmH2O ⤷ Pressão Transpulmonar É definida como a diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural, referindo-se às forças elásticas que estão atuando com o objetivo de retrair e colapsar o pulmão. Pressão alveolar - Pressão pleural = Pressão transpulmonar Complacência Pulmonar A complacência é definida como a capacidade que o pulmão tem de se expandir, sendo quantificada através do grau de extensão do pulmão por unidade de aumento da pressão transpulmonar, sendo estimado um valor total de 200 mililitros de ar por centímetro de pressão de água transpulmonar. Nesse sentido, existem forças que fazem com que os pulmões retornem ao seu tamanho inicial, provenientes do próprio tecido muscular através das fibras de elastina e colágeno inseridas no parênquima pulmonar e das forças elásticas causadas pela atração das moléculas de água que revestem a superfície interna dos alvéolos (tensão superficial - que é constantemente reduzida pela presença de surfactante, isto devido a sua composição, em especial os fosfolipídios.). Volumes e Capacidades Pulmonares A ventilação pulmonar pode ser estudada por meio do registro do movimento do volume de ar para dentro e para fora dos pulmões através da espirometria, sendo expressa em volumes e capacidades. Os volumes representam, quando somados, a quantidade máxima que os pulmões podem se expandir. ⤷ Volume Corrente (VC) Representa um valor de 500ml a ser inspirado ou expirado durante uma respiração normal. ⤷ Volume de Reserva Inspiratório (VRI) É representado pela quantidade de ar inspirado extra, além do que já foi inspirado no volume corrente, quantificando cerca de 3.000ml de ar. ⤷ Volume de Reserva Expiratório (VRE) É a quantidade máxima de ar que pode ser expirado após uma expiração normal de 500ml, sendo representado por um valor de 1.100ml. ⤷ Volume Residual Representado pelo volume de ar que fica nos pulmões após uma expiração forçada, sendo quantificado em 1.200ml. A capacidade pulmonar pode ser definida como a combinação de dois ou mais volumes. ⤷ Capacidade Inspiratória (CI) É expressa pela combinação do volume corrente com o volume de reserva inspiratório, resultando em 3.500ml de ar. ⤷ Capacidade Residual Funcional (CRF) Representado pela soma do valor do volume de reserva expiratório ao volume residual, que é a quantidade de ar que permanece no pulmão ao final da expiração normal, quantificando 2.300ml ⤷ Capacidade Vital (CV) É a combinação de três volumes pulmonares, sendo eles o volume corrente, o volume de reserva inspiratório e o volume de reserva expiratório, representando a quantidade máxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões, após primeiro enchê-los à sua extensão máxima e então expirar, também à sua extensão máxima, quantificando cerca de 4.600 ml. ⤷ Capacidade Pulmonar Total (CPT) É o volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos com o maior esforço resultando em 5.800 ml, que representa a soma entre a capacidade vital mais o volume residual. Ventilação Minuto A ventilação minuto é quantidade de ar que entra e sai das vias respiratórias em um minuto, sendo expressa pelo produto do volume corrente pela frequência respiratória, resultando, em média, em um valor de 6L/min Volume Corrente (VC) Frequência Respiratória (FR) Ventilação Minuto 500ml 12rpm 6L/min Ventilação Alveolar A ventilação alveolar representa a velocidade/intensidade que o ar inspirado alcança as áreas de troca gasosas, ou seja, os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares, os sacos alveolares e os alvéolos. A parte do ar que não alcança esses segmentos, preenche apenas a parte condutora do sistema respiratório, sendo considerado como espaço morto anatômico, ocupando um espaço de 150ml, é o primeiro ar a ser expirado dos pulmões, causando uma pequena desvantagem aos gases expiratórios das áreas mais inferiores. Existe ainda o espaço morto fisiológico que é a soma do espaço morto alveolar - espaço em que alguns alvéolos podem ser não funcionantes ou parcialmente funcionantes por causa da ausência ou redução do fluxo sanguíneo pelos capilares pulmonares adjacentes, ao espaço morto fisiológico.
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