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Material de Apoio - Processo do Trabalho (Prof Cleize Kohls)

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Prévia do material em texto

PROCESSO DO TRABALHO
Prof. Cleize Kohls
 
1 
 
PROCESSO DO TRABALHO 
 
PROFESSORA CLEIZE KOHLS 
 
CCP – COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA - Art. 625-A E SS DA CLT 
As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, 
de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, 
com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. 
O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória 
geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. 
As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização 
da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. O prazo 
prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação 
Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de 
conciliação ou do esgotamento do prazo. 
DO PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA PARA HOMOLOGAÇÃO DE 
ACORDO EXTRAJUDICIAL – ART. 885-B E SS DA CLT 
As partes celebrar acordo extrajudicial e pedir homologação judicial. O art. 855-
B, prescreve que o processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por 
petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. 
 
Atenção!!! As partes não poderão ser representadas por advogado comum. E, 
faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria. 
 
Conforme art. 855-C, a possibilidade de celebrar acordo extrajudicial não 
prejudica o prazo estabelecido no § 6º do art. 477 da CLT e não afasta a aplicação da 
multa prevista no § 8º art. 477 desta Consolidação. 
Nos termos do art. 855-D, no prazo de quinze dias a contar da distribuição da 
petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e 
proferirá sentença. 
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/categorias.htm
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/categorias.htm
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/categorias.htm
 
2 
 
A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo 
prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. O prazo prescricional 
voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a 
homologação do acordo. (Art. 855-E). 
 
Então, não esqueça: 
 
 
 
 
ARBITRAGEM: Conforme o art. 507-A, nos contratos individuais de trabalho cuja 
remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula 
compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a 
sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro 
de 1996. 
 
NULIDADES 
Meras irregularidades sem consequências: Alguns atos processuais podem não se 
revestir de formalidades legais, mas não trazerem consequência alguma para a 
validade do processo, tais como uso de abreviaturas ou termos lavrados com tinta 
clara ou lápis (CPC, art. 272, §3º). 
Acordo na CCP
Feito na Comissão
É título executivo extrajudicial
Suspende a prescrição
Acordo Extrajudicial
Feito com advogados distintos 
Leva-se para homologação: título 
executivo judicial
Suspende a prescrição
 
3 
 
Irregularidades com sanções extraprocessuais: Alguns atos praticados sem 
observância de alguns requisitos legais geram apenas sanções fora do processo 
(geralmente, de ordem disciplinar), como é o caso do juiz que retarda, sem justificativa, 
a prática de algum ato (CPC, art. 143, II). 
Irregularidades que acarretam nulidades processuais: Há, aqui, uma 
consequência processual de acordo com a gravidade da nulidade, que, por isso pode 
ser relativa ou absoluta. 
Irregularidades que acarretam a inexistência do ato processual: A sentença sem 
assinatura do juiz é, segundo entendimento quase unânime, inexistente. A própria lei 
instrumental civil prevê expressamente que os atos processuais não ratificados 
praticados por advogado que atua sem instrumento de mandato são considerados 
inexistentes (CPC, art. 104, §2º). 
 
A nulidade absoluta é imposta quando determinado ato fere norma fundamentada 
no interesse público, de ordem pública absoluta. As partes não têm o poder de 
dispor em relação a um interesse público e, se assim o fizerem, restará 
configurada a nulidade absoluta, ou seja, mesmo estando às partes de acordo com 
o ato praticado, versando este sobre norma de interesse público, de ordem pública 
absoluta, estará presente tal nulidade. Esta nulidade compromete todo o processo. 
Como exemplo de fato que acarretaria a nulidade absoluta podemos citar as 
regras de competência funcional. Caso as partes não observem tais regras haverá 
a nulidade absoluta. Desta forma, se o juiz não decretar esta nulidade de ofício, o 
processo estará viciado pela nulidade absoluta e, por isso, não poderá ser apreciado 
pelo juízo incompetente. 
Já a nulidade relativa representa um vício sanável, posto que decorre da ofensa ao 
interesse da parte, isto é, quando a norma desrespeitada tiver por base o interesse da 
parte e não o público. Sendo assim, esta nulidade desaparecerá se a parte 
interessada sanar o vício que a determina. Por exemplo, não estando a parte 
 
4 
 
devidamente representada, o juiz designará um prazo para que este vício seja 
sanado e, o sendo, o processo prosseguirá normalmente. 
Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só 
haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo 
às partes litigantes. 
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação 
das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de 
falar em audiência ou nos autos. 
§ 1º Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em 
incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos 
decisórios. 
§ 2º O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma 
ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade 
competente, fundamentando sua decisão. 
Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: 
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa. 
Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a 
que ela se estende. 
Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele 
dependam ou sejam consequência. 
Súmula nº 427 do TST. Havendo pedido expresso de que as intimações e 
publicações sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado 
advogado, a comunicação em nome de outro profissional constituído nos 
autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo. 
 
DAS PARTES E PROCURADORES 
• Capacidade de ser parte: aptidão de ser titular de direitos e deveres 
• Capacidade processual: aptidão para a prática de atos processuais sem a 
necessidade de assistência ou representação. 
• Litisconsórcio – cumulação de lides, com pluralidades de pessoas no polo ativo 
ou passivo. Lembrar do NÃO prazo em dobro!!!! 
 
OJ 310 SDI-I. Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 
229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão 
de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. 
 
5 
 
 
• Representação: absolutamente incapazes (art. 3º do CC) 
• Assistência: relativamente incapazes (art. 4º do CC) 
 
 Art. 793 – CLT- A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por 
seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do 
Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador 
nomeado em juízo. 
 
• Pessoas jurídicas (CPC, art. 75, VIII): Representantes designados nos 
estatutos ou, se não designado, por seus diretores 
• Pessoas jurídicas de direito público 
União/Estados/DF – Procuradores 
Municípios – prefeitos e procuradores 
Autarquias e fundações - procuradores 
 
OJ 318. 
I - Os Estadose os Municípios não têm legitimidade para recorrer em 
nome das autarquias e das fundações públicas. 
II – Os procuradores estaduais e municipais podem representar as 
respectivas autarquias e fundações públicas em juízo somente se 
designados pela lei da respectiva unidade da federação (art. 75, IV, do 
CPC de 2015) ou se investidos de instrumento de mandato válido. 
Súmula nº 436 do TST. 
I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e 
fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, 
por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de 
mandato e de comprovação do ato de nomeação. II - Para os efeitos do item 
anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se exercente do 
cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na 
Ordem dos Advogados do Brasil. 
Súmula 395 
I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém 
cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da 
demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015). (ex -OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ 
11.08.2003) 
II – Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, 
o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento 
no aludido prazo. 
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, 
no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, 
do Código Civil de 2002). 
 
6 
 
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento 
é anterior à outorga passada ao substabelecente. 
V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e 
IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja 
sanado o vício, ainda que em instânciarecursal (art. 76 do CPC de 2015). 
 
Súmula nº 383 do TST 
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos 
autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter 
excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, 
independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) 
dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante 
despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e 
não se conhece do recurso. 
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, 
em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o 
órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) 
dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não 
conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará 
o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido 
(art. 76, § 2º, do CPC de 2015). 
 
Lembrar!!! Art. 104 do CPC: para evitar decadência, prescrição ou ato urgente: ato 
condicional (prazo 15 dias, prorrogável por mais 15). 
 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA 
 Com a reforma trabalhista sempre haverá honorários de sucumbência, sendo 
estes entre 5% a 15%, e devidos mesmo pelo beneficiário da justiça gratuita, se tiver 
créditos naquele processo ou em outro. 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários 
de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 
15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do 
proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor 
atualizado da causa. 
§ 1º Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas 
ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. 
§ 2º Ao fixar os honorários, o juízo observará: 
I - o grau de zelo do profissional; 
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/categorias.htm
http://www.normaslegais.com.br/juridico/honorarios-de-sucumbencia.html
http://www.normaslegais.com.br/juridico/honorarios-de-sucumbencia.html
 
7 
 
II - o lugar de prestação do serviço; 
III - a natureza e a importância da causa; 
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
§ 3º Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência 
recíproca, vedada a compensação entre os honorários. 
§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, 
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações 
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e 
somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em 
julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a 
situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, 
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. 
Logo: 
 
 
§ 5º São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. 
 
ASSITÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUÍTA 
• Assistência Judiciária Gratuita – direito da parte de ter um advogado do 
Estado gratuitamente, bem como estar isenta das despesas e taxas. 
• Assistência Gratuita – direito à gratuidade de taxas, custas, emolumentos, 
honorários de perito, etc. 
 
 No Processo do Trabalho, a Assistência Judiciária Gratuita está disciplinada no 
art. 14, § 1º, da Lei n. 5.584/70 
JG
Com créditos
Paga
JG
Sem créditos
Condição suspensiva – 2 
anos
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/categorias.htm
http://www.normaslegais.com.br/juridico/honorarios-de-sucumbencia.html
 
8 
 
Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei 
nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria 
profissional a que pertencer o trabalhador. 
§ 1º A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou 
inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício 
ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação 
econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio 
ou da família. 
§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado 
fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência 
Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta 
e oito) horas. 
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o 
atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição onde 
resida o empregado. 
 
Requisitos para a concessão da JUSTIÇA GRATUITA: 
CLT, no art. 790, § 3 º e §4º: 
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do 
trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o 
benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, 
àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) 
do limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social. 
§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar 
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. 
Logo: 
 
 
Observar que, para o TST bastaria a declaração de hipossuficiência. 
 
Súmula nº 463 do TST 
JG
40% TETO
Comprovação da 
insuficiência de 
recursos
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/direitoprevidenciario.htm
 
9 
 
I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita 
à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada 
pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com 
poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015); 
II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a 
demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do 
processo. 
 
O benefício da Justiça gratuita deve ser requerido na inicial ou na defesa, 
mas é importante lembrar da OJ 269 da SDI-I do TST: 
269. I - O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo 
ou graude jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento 
formulado no prazo alusivo ao recurso; 
II – Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, 
cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, 
§ 7º, do CPC de 2015). 
 
PRAZOS 
CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS 
COMO REGRA GERAL: os prazos processuais são contados excluindo-se o 
dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento. 
Atenção, com a reforma trabalhista os prazos passam a ser contados em dias 
úteis. 
Art. 774 a 776 da CLT: 
Art. 774 - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título 
contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita 
pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado 
o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do 
Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da 
Junta, Juízo ou Tribunal. 
Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser 
encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio 
ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-
la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. 
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados 
em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia 
do vencimento. 
 
10 
 
§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente 
necessário, nas seguintes hipóteses: 
I - quando o juízo entender necessário; 
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
§ 2º Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a 
ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às 
necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à 
tutela do direito. 
Art. 776 - O vencimento dos prazos será certificado nos processos pelos 
escrivães ou secretários. 
 
Logo: 
 
 
 
Também há três Súmulas que frequentemente são cobradas no exame de 
ordem: 
Súmula nº 1 do TST- 
Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de 
intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira 
imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia 
útil que se seguir. 
Súmula nº 385 do TST 
Prazos
Dias úteis
Exclui dia do começo
Inclui o dia do fim
 
11 
 
I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a 
existência de feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 
1.003, § 6º, do CPC de 2015). No caso de o recorrente alegar a existência de 
feriado local e não o comprovar no momento da interposição do recurso, 
cumpre ao relator conceder o prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o 
vício (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015), sob pena de não 
conhecimento se da comprovação depender a tempestividade recursal; 
II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a 
decisão de admissibilidade certificar o expediente nos autos; 
III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, 
mediante prova documental superveniente, em agravo de instrumento, 
agravo interno, agravo regimental, ou embargos de declaração, desde que, 
em momento anterior, não tenha havido a concessão de prazo para a 
comprovação da ausência de expediente forense. 
 
Súmula nº 262 do TST 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no 
primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. 
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior 
do Trabalho suspendem os prazos recursais. 
 
SUSPENSÃO: a contagem é paralisada e retoma de onde parou. 
Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias 
compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. 
§ 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os 
juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da 
Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições 
durante o período previsto no caput deste artigo. 
§ 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem 
sessões de julgamento. 
 
INTERRUPÇÃO: a contagem é inutilizada e recomeça-se a contagem do início. 
Ex: Embargos de Declaração. Art. 897-A, §3º da CLT. 
 
Também é importante lembrar do DECRETO 779/69 que refere que: 
Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de 
direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade 
econômica: 
II - o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, "in fine", da Consolidação das Leis do 
Trabalho; 
 
12 
 
III - o prazo em dobro para recurso; 
 
 
PROCEDIMENTOS 
 
 
RITO SUMÁRIO 
Demandas de até 2 SM 
Restrição de recursos: matéria constitucional e ED 
 
RITO SUMARÍSSIMO 
 O procedimento sumaríssimo foi introduzido no processo do trabalho pelo 
advento da Lei n. 9.957, de 12-1-2000, que incluiu os arts. 852-A a 852-I na CLT. 
 Segundo o diploma consolidado alterado, os dissídios individuais cujo valor não 
exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da ação 
serão processados pelo rito sumaríssimo (CLT, art. 852-A). 
 
 
 
 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
• até 2 SM
• Recurso só materal constitucional Sumário
• não excedente a 40 SMSumaríssimo
• + de 40 SMOrdinário
Estarão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que seja 
parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
 
 
13 
 
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor 
correspondente; 
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor à correta indicação do 
nome e endereço do reclamado; 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze 
dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, 
de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento. 
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste 
artigo importará no arquivamento da reclamação e condenação ao 
pagamento de custas sobre o valor da causa. 
§ 2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço 
ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações 
enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação. 
 
Não esqueça que: 
 
 
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e 
julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, 
que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular. 
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas 
a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, 
podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou 
protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de 
experiência comum ou técnica. 
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as 
vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a 
solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência. 
Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos 
essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à 
solução da causa trazidas pela prova testemunhal. 
Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que 
possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais 
questões serão decididas na sentença. 
Não pode 
• Administração 
Pública direta, 
autárquica e 
fundacional
Atenção!
• Não se fará citação 
por edital, 
incumbindo ao 
autor à correta 
indicação do nome 
e endereço do 
reclamado
Prazo para 
apreciação
• 15 dias 
 
14 
 
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e 
julgamento,ainda que não requeridas previamente. 
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-
á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo 
absoluta impossibilidade, a critério do juiz. 
 
 
 
 
 
 
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será 
deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto 
da perícia e nomear perito. 
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo 
comum de cinco dias. 
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo 
dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado 
nos autos pelo juiz da causa. 
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com 
resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. 
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e 
equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum. 
§ 3º As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que 
prolatada 
 
Assim, possui algumas peculiaridades: 
Audiência Una; 
Sentença não precisa de relatório; 
São ouvidas apenas 2 testemunhas por parte; 
Petição inicial deve indicar obrigatoriamente o valor de cada pedido na ação; 
Não se admite a citação por edital; 
Audiência deve ser marcada em no máximo 45 dias; 
 
Atenção!!! 
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à 
audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. 
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente 
convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o 
juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. 
 
 
15 
 
 
RITO ORDINÁRIO 
O procedimento ordinário dos dissídios individuais, no processo trabalhista, 
está regulado, de forma esparsa entre o art. 763 e o art. 852 da CLT. As reclamatórias 
trabalhistas que se submetem ao rito ordinário são as de valores que ultrapassem 40 
(quarenta) salários mínimos, na data de seu ajuizamento. 
No rito ordinário deve ocorrer obrigatoriamente 2 audiências: de conciliação e 
de instrução. 
Para compreender os requisitos da petição inicial trabalhista é prudente 
analisar os fundamentos do CPC e da CLT: 
Art. 283 CPC - A petição inicial será instruída com os documentos 
indispensáveis à propositura da ação. 
Art. 396 CPC- Compete à parte instruir a petição inicial (art. 283) ou a 
resposta (art. 297) com os documentos destinados a provar-lhe as alegações. 
Art. 787 CLT- A reclamação escrita deverá ser formulada em duas vias e 
desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar. 
Art. 830 CLT- O documento oferecido para prova só será aceito se estiver no 
original ou em certidão autêntica, ou quando conferida a respectiva pública-
forma ou cópia perante o juiz ou tribunal 
Art. 840 CLT- A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
Atenção!!! Artigo alterado: 
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação 
do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos 
de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, 
determinado e com indicação de seu valor, a data e a 
assinatura do reclamante ou de seu representante. 
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas 
vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, 
observado, no que couber, o disposto no § 1º deste artigo. 
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste 
artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito.” 
MUITA ATENÇÃO 
COM O ART. 840 
 
16 
 
As partes, conforme dispõe o art. 840 da CLT, poderão realizar a petição inicial 
na forma oral, observando o seguinte: 
Art. 731 CLT - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação 
verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 
786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de 
perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça 
do Trabalho. 
 
Ou seja, incorrerá na pena de perempção provisória aquele que não retornar 
quando fizer reclamação verbal. E, a mesma penalidade é aplicada quando o 
reclamante por duas vezes seguidas não comparecer na audiência inicial ou una. 
Art. 732 CLT - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, 
por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 
844. 
Fique atento: a penalidade em comento só se aplica no caso de arquivamento 
por não comparecimento, e não por outras razões de arquivamento. 
 
PROTOCOLO E NOTIFICAÇÃO 
Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 
(quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao 
reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do 
julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.( Art. 841) 
A notificação da reclamada é feita pelo correio no processo de conhecimento. 
 
RECLAMAÇÃO PÚRIMAS 
Conforme Art. 842, sendo várias as reclamações e havendo identidade de 
matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da 
mesma empresa ou estabelecimento. 
 
TUTELA PROVISÓRIA - LIMINAR 
 
17 
 
 Também é matéria que pode constar da petição inicial ou de pedido a qualquer 
tempo do processo, desde que presente os requisitos. 
 A tutela provisória pode der de URGÊNCIA ou EVIDÊNCIA, e segue a disciplina 
do CPC – art. 300 e ss. 
Ex: reintegração, transferência. 
 Na CLT encontramos que: 
 
Art. 659 - Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das 
que lhes forem conferidas neste Título e das decorrentes de seu cargo, as 
seguintes atribuições: 
IX - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações 
trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência disciplinada pelos 
parágrafos do artigo 469 desta Consolidação. 
 X - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações 
trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, 
suspenso ou dispensado pelo empregador. 
 
Lembrar!!! 
 Art. 769, CLT- aplicação subsidiária do CPC nas demandas trabalhistas nos casos 
omissos, naquilo que não for incompatível com o processo do trabalho. 
 
ALTERAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL: 
Art. 841, § 3º: Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não 
poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação. 
 
AUDIÊNCIA 
COMPARECIMENTO DAS PARTES 
A audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o 
reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, 
nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os 
empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria (Art. 
843). 
 
18 
 
O empregador pode ser substituído pelo gerente, ou qualquer outro 
preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o 
proponente. E, o preposto não precisa ser empregado da parte reclamada, mas 
precisa ter conhecimento dos fatos. 
Já, se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente 
comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-
se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu 
sindicato. 
Assim: 
EMPREGADO DOENÇA/MOTIVO 
PODEROSO 
REPRESENTAR SINDICATO 
OUTRO 
EMPREGADO 
EMPREGADOR SEMPRE SUBSTITUIR GERENTE 
PREPOSTO 
 
Muita atenção com o Art. 844 da CLT: O não-comparecimento do reclamante 
à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do 
reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. 
Então: 
Empregado ARQUIVAMENTO 
Empregador REVELIA E CONFISSÃO 
 
Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando 
nova audiência. 
Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento 
das custas calculadasna forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que 
beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a 
ausência ocorreu por motivo legalmente justificável. E, o pagamento das custas a que 
é condição para a propositura de nova demanda. 
 
19 
 
A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se: 
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere 
indispensável à prova do ato; 
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou 
estiverem em contradição com prova constante dos autos. 
Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão 
aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.”(NR) 
 
Observar que, consoante o TST: 
 
Súmula nº 9 do TST 
A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a 
ação em audiência, não importa arquivamento do processo. 
 
Súmula nº 74 do TST CONFISSÃO. 
I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela 
cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria 
depor. 
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto 
com a confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015 - art. 400, I, do CPC 
de 1973), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas 
posteriores. 
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a 
ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de 
conduzir o processo. 
 
Súmula nº 122 do TST. A reclamada, ausente à audiência em que deveria 
apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de 
procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de 
atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de 
locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. 
 
OJ 152 SDI-I. Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia prevista 
no artigo 844 da CLT. 
 
OJ 245 SDI-I. Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de 
comparecimento da parte na audiência. 
 
 
JUIZ 
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/notificacao_trabalhista.htm
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/categorias.htm
 
20 
 
Conforme o Art. 815, na hora marcada, o juiz declarará aberta a audiência, 
sendo feita pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais 
pessoas que devam comparecer. Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, 
o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, 
devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências. 
 
RESPOSTA DO RÉU 
 A CLT disciplina somente a contestação e exceção, mas também é aplicável a 
reconvenção, pela aplicabilidade subsidiária do CPC. 
EXCEÇÕES 
A partir de uma interpretação sistemática do art. 799 da CLT, nas causas 
sujeitas à jurisdição da justiça do trabalho, poderão ser opostas exceções de 
incompetência, suspeição ou impedimento. Somente suspenderão o feito, toda via, as 
de incompetência territorial, suspeição ou impedimento, razão pelo qual deverá o 
excipiente oferecê-las em petição autônoma. 
 
INCOMPETÊNCIA RELATIVA OU ABSOLUTA 
A incompetência territorial, considerada relativa, será oposta necessariamente 
por meio de exceção. No entanto, prorrogar-se-á a competência dela o juiz que não 
declinar ou o reclamado não opuser exceção declinatória, nos casos e prazos legais. 
Em contrapartida, as incompetências materiais ou funcionais, consideradas 
absolutas, serão declaradas ex officio, podendo ser alegadas em qualquer tempo e 
grau de jurisdição. 
Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco 
dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a 
existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste 
artigo. 
§ 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a 
audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a 
exceção. 
§ 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o 
reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo 
comum de cinco dias. 
 
21 
 
§ 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará 
audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem 
ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como 
competente. 
§ 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará 
seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a 
instrução processual perante o juízo competente. 
 
SUSPEIÇÃO 
Consoante dispõe o art. 801 da CLT, o juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e 
pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos 
litigantes: 
 inimizade pessoal; 
 amizade íntima; 
 parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil; 
 interesse particular na causa 
O mesmo artigo legal destaca, em seu parágrafo único, que se o recusante 
houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, não mais 
poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. E ainda que a 
suspeição não será também admitida, se do processo constar que o recusante deixou 
de alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou 
o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se 
originou. 
Por fim, temos que o magistrado pode se declarar suspeito por motivo íntimo. 
 
IMPEDIMENTO 
A doutrina consagra a aplicação subsidiária e adaptada do Código de Processo 
Civil ao processo do Trabalho, no que tange às causas de impedimento do magistrado. 
Assim, fica defeso ao juiz exercer as suas funções no processo (CPC, art. 144): 
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou 
como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como 
testemunha; 
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; 
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou 
membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer 
http://www.portaltributario.com.br/tributos/ipi.html
 
22 
 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, 
inclusive; 
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, 
ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro 
grau, inclusive; 
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa 
jurídica parte no processo; 
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer 
das partes; 
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação 
de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; 
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu 
cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado 
de outro escritório; 
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. 
 
CONTESTAÇÃO 
Apesar da CLT, no artigo 847, prever que a contestação deve ser apresentada 
oralmente em audiência, no prazo de 20 minutos, a praxe é que a contestação seja 
apresentada por escrito, o que facilita o desenvolvimento e tempo nas audiências. 
A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial 
eletrônico até a audiência. 
Está dividida em questões preliminares e de mérito. 
 
QUESTÕES PRELIMINARES: São defesas indiretas aquelas que não adentram no 
mérito das alegações a serem impugnadas na defesa, nestas o reclamado alega fato 
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (art. 337, CPC). Essas 
questões devem ser analisadas pelo juizdo trabalho antes de analisar o mérito. 
São exemplos de questões preliminares: Inépcia da Inicial; ausência de citação; 
Litispendência; Coisa julgada; Conexão ou Contingência; Carência da ação; 
Incapacidade da parte 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
 
23 
 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. 
 
 
PRESCRIÇÃO: 
 A Constituição Federal estabelece em seu art. 7º, XXIX, que a ação, quanto 
aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco 
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção 
do contrato de trabalho. 
 Por sua vez, a CLT assim estabelece: 
Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho 
prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite 
de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. 
 
 Atenção!!! A prescrição quinquenal é contado do ajuizamento e não da rescisão 
contratual. Nesse sentido é a Súmula nº 308 do TST: 
PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL 
I. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da 
ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco 
anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores 
ao quinquênio da data da extinção do contrato. 
II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação 
trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge 
pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da 
CF/1988. 
 
 
 
 
 
• contratação
• Rescisão
Prescrição 
bienal • Ajuizamento 
da ação
Prescrição 
quinquenal
 
24 
 
Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas 
decorrente de alteração ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto 
quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. 
A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de 
reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser 
extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos 
idênticos. 
Conforme art. 11-A, ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho 
no prazo de dois anos. A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando 
o exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução. E, a 
declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em 
qualquer grau de jurisdição. 
 
Prescrição do FGTS 
Súmula nº 362 do TST 
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, 
é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento 
de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o 
término do contrato; 
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 
13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta 
anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-
ARE-709212/DF). 
 
Súmula nº 206 do TST 
A prescrição da pretensão relativa às parcelas remuneratórias alcança o 
respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS. 
 
Já a suspensão ocorre com a passagem pela Comissão de Conciliação Prévia 
(art. 625 G CLT), no caso de homologação de acordo extrajudicial e com relação a 
fato que deva ser apurado no juízo criminal (art. 202 CC). 
Lembrar da prescrição em contratos sucessivos: Súmula 156 TST: Da 
extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional do direito de ação 
em que se objetiva a soma de períodos descontínuos de trabalho. 
 
 
25 
 
Ações meramente declaratórias: essas ações são imprescritíveis. Nesse sentido, 
aponta o § 1.º do art. 11 da CLT: O disposto neste artigo não se aplica às ações que 
tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. Exemplo: 
ações de reconhecimento de vínculo empregatício, com anotação na CTPS. 
 
OJ 401 SDI-I. 
O marco inicial da contagem do prazo prescricional para o ajuizamento de 
ação condenatória, quando advém a dispensa do empregado no curso de 
ação declaratória que possua a mesma causa de pedir remota, é o trânsito 
em julgado da decisão proferida na ação declaratória e não a data da extinção 
do contrato de trabalho. 
 
Menor: Contra os menores de 18 anos não corre nenhum prazo de prescrição. Assim 
dispõem os arts. 440 da CLT e 10, parágrafo único, da Lei 5.889/1973: 
 
Art. 440 da CLT - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum 
prazo de prescrição. 
 
Art. 10 da Lei 5.889/1973 - A prescrição dos direitos assegurados por esta Lei 
aos trabalhadores rurais só ocorrerá após dois anos de cessação do contrato 
de trabalho. 
Parágrafo único. Contra o menor de dezoito anos não corre qualquer 
prescrição. 
 
Decadência: 
A decadência é a perda do próprio direito material pela inércia do titular no 
decurso do tempo. Ela atinge as ações constitutivas. 
 
 
 
 
 
 
DE MÉRITO: A contestação deve reportar-se a cada um dos pedidos. Não se admite 
a chamada contestação genérica, sendo, portanto, a negativa geral ineficaz. 
É admitida a compensação e retenção. 
 
26 
 
 
Art. 767 CLT - A compensação, ou retenção, só poderá ser arguida como 
matéria de defesa. 
 
Súmula 48 do TST. A compensação só poderá ser arguida com a 
contestação. 
Súmula nº 18 do TST. A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita 
a dívidas de natureza trabalhista. 
 
RECONVENÇÃO 
Reconvenção é ação do réu contra o autor, no mesmo processo. 
É admissível no processo do trabalho, porque a CLT não a veda 
expressamente. O art. 767 da CLT considera a compensação e a retenção matérias 
de defesa. Se o crédito que o réu julga deter em face do autor for maior do que o que 
se pode pedir na contestação a título de compensação ou de retenção, o réu deve 
arguir a compensação e reconvir pelo que sobejar. 
É cabível no mesmo prazo da defesa (CPC, art. 343). Não há nenhuma 
exigência de que a reconvenção se faça em peça separada. Deve ser trazida, sempre, 
em audiência. 
Não será possível ao reclamado, toda via, reconvir quando o reclamante estiver 
demandando em nome de outrem. 
A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não 
obsta ao prosseguimento da reconvenção (CPC, art. 343, § 2º). 
Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção. 
 
DAS PROVAS 
• ÔNUS DA PROVA – previsto na CLT no art. 818 da CLT: 
O ônus da prova incumbe: 
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do 
direito do reclamante. 
Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas 
à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste 
 
27 
 
artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo 
atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão 
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do 
ônus que lhe foi atribuído. 
 A decisão deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a 
requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os 
fatos por qualquer meio em direito admitido. E, não pode gerar situação em que a 
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. 
 
• FATOS CONSTITUTIVOS: Identificam a ocorrência das hipóteses;o implemento 
das condições ou o preenchimento dos requisitos previstos legalmente para a 
aquisição de um direito. São exemplos de fatos constitutivos a existência da relação 
trabalhista e o trabalho em jornada extra, dentre outros. 
• FATOS IMPEDITIVOS: Impossibilitam a constituição do direito do autor em razão 
de ausência de fundamento legal para aquele caso concreto. São exemplos de fatos 
impeditivos as férias proporcionais na justa causa e as horas extras para gerentes, 
dentre outros. 
• FATOS MODIFICATIVOS: Contrariam a narrativa fática exposta pelo reclamante, 
acarretando a constituição de direito diverso daquele pretendido pelo trabalhador. São 
exemplos de fatos modificativos a prestação de serviços autônomos e a utilização de 
EPI, dentre outros. 
• FATOS EXTINTIVOS: Reconhecem o direito do autor, mas opõem motivo que 
encerra sua exigência. São exemplos de fatos extintivos o pagamento, o término do 
contrato de trabalho e a prescrição, dentre outros. 
 
Sobre o ônus da prova fique atento nas seguintes súmulas: 
 
Súmula nº 212 do TST. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, 
quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, 
pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção 
favorável ao empregado. 
 
Súmula nº 338 do TST. 
 
28 
 
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o 
registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-
apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção 
relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por 
prova em contrário. 
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em 
instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. 
Art. 74 § 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores 
será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro 
manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela 
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, 
permitida a pré-assinalação do período de repouso. (Redação dada 
pela Lei nº 13.874, de 2019) 
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída 
uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, 
relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a 
jornada da inicial se dele não se desincumbir. 
 
OJ 233 SDI –I. A decisão que defere horas extras com base em prova oral ou 
documental não ficará limitada ao tempo por ela abrangido, desde que o 
julgador fique convencido de que o procedimento questionado superou 
aquele período. 
 
Súmula nº 460 do TST 
É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os 
requisitos indispensáveis para a concessão do vale-transporte ou não 
pretenda fazer uso do benefício. 
 
Súmula nº 461 do TST 
É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos 
do FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do 
CPC de 2015). 
 
DAS PROVAS DOCUMENTAIS, TESTEMUNHAIS E PERICIAIS. 
 
Documentais: Devem ser produzidas no primeiro momento em que a parte se 
manifesta no processo, sob pena de preclusão do direito de produzir essa prova, salvo 
se comprovar que não tinha acesso à prova no momento da petição inicial ou 
contestação. 
Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado 
autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. 
 Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a 
produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou 
o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e 
certificar a conformidade entre esses documentos. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm
 
29 
 
Atenção com a Súmula nº 8 do TST: A juntada de documentos na fase recursal só se 
justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se 
referir a fato posterior à sentença. 
 
 
Testemunhal: Pode variar de acordo com o rito ou processo utilizado: 
 
 
 
Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas 
faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando 
devidamente arroladas ou convocadas. 
 
Art. 823 - Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em 
hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para comparecer 
à audiência marcada. 
 
Art. 824 - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de 
uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no 
processo. 
 
 
 Lembre-se também que o sistema é presidencial, ou seja, as perguntas são 
feitas pelo juiz – art. 820 da CLT. 
 
Muito Importante!!!! 
Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de 
notificação ou intimação. 
Sumaríssimo
Ordinário
Inquérito para apuração 
de falta grave
 
30 
 
Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a 
requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades 
do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação. 
 
Ademais: 
 
Art. 828 - Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será 
qualificada, indicando o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, 
quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando 
sujeita, em caso de falsidade, às leis penais. 
Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por 
ocasião da audiência, pelo secretário da Junta ou funcionário para esse fim 
designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e 
pelos depoentes. 
 
Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo 
íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e 
seu depoimento valerá como simples informação. 
 
Art. 447 CPC. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as 
incapazes, impedidas ou suspeitas. 
§ 1o São incapazes: 
I - o interdito por demência; 
II - o que, acometido por enfermidade, ou debilidade mental, ao tempo em 
que ocorreram os fatos, não podia discerni-los; ou, ao tempo em que deve 
depor, não está habilitado a transmitir as percepções; 
III - o menor de 16 (dezesseis) anos; 
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que 
Ihes faltam. 
§ 2o São impedidos: 
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer 
grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por 
consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, 
tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de 
outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; 
II - o que é parte na causa; 
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante 
legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou 
tenham assistido as partes. 
§ 3o São suspeitos: 
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo; 
II - o que tiver interesse no litígio. 
§ 4o Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas 
menores, impedidas ou suspeitas. 
 
Súmula 357 TST. Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar 
litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. 
 
 
31 
 
Pericial: Estas serão determinadas sempre que houver necessidade para sua 
realização, sendo assinalado prazo de cinco dias para as partes apresentarem seus 
quesitos. Quem paga o perito é quem perde no objeto da perícia, salvo se for 
beneficiário da assistência judiciária gratuita. O perito somente vai receber após o 
término do seu serviço. 
Nesse sentido é o art. 790-B da CLT: 
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da 
parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiáriada 
justiça gratuita. 
§ 1º Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite 
máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. 
§ 2º O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais. 
§ 3º O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de 
perícias. 
§ 4º Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha 
obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, 
ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo. 
 
Logo: 
 
Sempre que houver pedido de insalubridade deverá ocorrer perícia, mesmo que 
o réu seja revel no processo. 
 
• Art. 195, § 2º CLT: Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja 
por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará 
perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao 
órgão competente do Ministério do Trabalho. 
Pagamento do 
perito
Com JG – com 
créditos: Paga
Com JG – sem 
créditos: União
Parte 
sucumbente na 
pretensão
 
32 
 
 
OJ 165 SDI-I. O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e 
o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e 
periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional 
devidamente qualificado. 
 
 
Lembrar ainda que é ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos 
honorários periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo 
cabível o mandado de segurança visando à realização da perícia, independentemente 
do depósito. 
 
Intérprete 
O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua 
nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente. Fique 
atento ao fato de que, com a alteração advinda da Lei nº 13.660, de 8 de maio de 
2018, as despesas decorrentes do disposto neste artigo correrão por conta da parte 
sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita (art. 819 da CLT). 
 
Não esquecer: 
 
 
 
 
JULGAMENTO LIMINAR IMPROCEDÊNTE 
 
Perito
Sucumbente
Mesmo JG
Assistente 
técnico
Parte
Ainda que 
vencedora
Intérprete
Sucumbente
Salvo JG
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.660-2018?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.660-2018?OpenDocument
 
33 
 
IN 39 - Art. 7° Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do art. 332 do CPC, 
com as necessárias adaptações à legislação processual trabalhista, cumprindo ao juiz 
do trabalho julgar liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I – enunciado 
de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Tribunal Superior do Trabalho (CPC, 
art. 927, inciso V); II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo 
Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos (CLT, art. 896-
B; CPC, art. 1046, § 4º); III - entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - enunciado de súmula de 
Tribunal Regional do Trabalho sobre direito local, convenção coletiva de trabalho, 
acordo coletivo de trabalho, sentença normativa ou regulamento empresarial de 
observância obrigatória em área territorial que não exceda à jurisdição do respectivo 
Tribunal (CLT, art. 896, “b”, a contrário sensu). Parágrafo único. O juiz também poderá 
julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de 
decadência. 
 
DAS ALEGAÇÕES FINAIS, ACORDO E SENTENÇA 
RAZÕES FINAIS 
 
As razões finais deverão ser apresentadas na audiência judicial e de forma 
oral. 
Terminada a instrução processual, as partes podem aduzir razões finais no 
prazo de 10 minutos para cada uma (Art. 850 da CLT). Se as partes não apresentarem 
as razões finais, não haverá nulidade, pois é uma faculdade das partes: podem 
apresentá-las ou não. Não há uma obrigação. (MARTINS, 2015, p. 370). 
Após as razões finais o juiz renova a proposta de conciliação. 
 
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em 
prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz 
ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, 
será proferida a decisão. 
 
COISA JULGADA 
 
34 
 
 Coisa julgada formal: tanto as sentenças terminativas quanto as definitivas 
atingem o estado de coisa julgada formal, quando há como consequência a preclusão 
recursal. 
 Coisa julgada material: resulta da sentença que julga total ou parcialmente a 
lide. Abrange a coisa julgada formal. 
 
SENTENÇA 
 
Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do 
pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da 
decisão e a respectiva conclusão. 
§ 1º - Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o 
prazo e as condições para o seu cumprimento. 
§ 2º - A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela 
parte vencida. 
§ 3o As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a 
natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo 
homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo 
recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso. 
 § 4o A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que c
ontenham parcela indenizatória, na forma do art. 20 da Lei no 11.033, de 21 
de dezembro de 2004, facultada a interposição de recurso relativo aos 
tributos que lhe forem devido. 
§ 5o Intimada da sentença, a União poderá interpor recurso relativo à discri
minação de que trata o § 3o deste artigo. 
§ 6o O acordo celebrado após o trânsito em julgado da sentença ou após a 
elaboração dos cálculos de liquidação de sentença não prejudicará os crédit
os da União. 
§ 7o O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato fundamentado,
 dispensar a manifestação da União nas decisões homologatórias de acordo
s em que o montante da parcela indenizatória envolvida ocasionar perda 
e escala decorrente da atuação do órgão jurídico. 
 
ACORDO 
 A qualquer momento, poderão as partes realizar acordo na justiça do trabalho, 
inclusive quando o processo estiver já na fase de execução. 
 
Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da 
Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. 
§ 1º Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho 
empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma 
solução conciliatória dos conflitos. 
§ 2º Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á 
obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita neste 
Título. 
 
35 
 
§ 3º É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda 
mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório. 
 
 É possível que o acordo seja parcial, como por exemplo, quanto ao pagamento 
de adicional de insalubridade, visando evitar-se gastos desnecessários com perícia. 
Pode o acordo ser realizado com um dos reclamantes, ou entre o reclamante e uma 
ou algumas empresas do polo passivo da ação. Nestes casos prossegue o processo 
quanto à parte restante, pela diferença. (MARTINS, 2015, p. 322) 
 
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. 
§ 1º Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos 
litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu 
cumprimento. 
§ 2º Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser 
estabelecida a de ficar a parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer 
integralmente o pedido ou pagar uma indenização convencionada, sem 
prejuízo do cumprimento do acordo. 
 
• De acordo com a lei o juiz não está obrigado a homologar o acordo celebrado 
entre as partes, principalmente se entender que o acordo é prejudicial a uma 
das partes ou é contrário a lei. 
• Havendo acordo, o mesmo será lavrado como decisão irrecorrível,só podendo 
ser atacado por ação rescisória, conforme dispõem a Súmula 259 do TST. 
 
Súmula n. 259 do TST - Termo de conciliação. Ação rescisória. Só por 
ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo 
único do art. 831 da CLT. 
 
 
DA RESPONSABILIDADE POR DANO PROCESSUAL 
Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como reclamante, 
reclamado ou interveniente - Art. 793-A. 
Considera-se litigante de má-fé aquele que: 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; 
II - alterar a verdade dos fatos; 
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; 
 
36 
 
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; 
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; 
VI - provocar incidente manifestamente infundado; 
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.’ 
Conforme art. 793-C, de ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante 
de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% 
(dez por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos 
prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as 
despesas que efetuou. 
Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juízo condenará cada um 
na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se 
coligaram para lesar a parte contrária. 
Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada 
em até duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência 
Social. 
O valor da indenização será fixado pelo juízo ou, caso não seja possível 
mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios 
autos.’ 
 Aplica-se a multa à testemunha que intencionalmente alterar a verdade dos 
fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa. E, a execução da multa 
prevista neste artigo dar-se-á nos mesmos autos.’” 
 
 
RECURSOS 
 
CARACTERÍSTICAS DOS RECURSOS TRABALHISTAS 
a) Unirrecorribilidade: só é possível um recurso de cada vez. 
b) Fungibilidade: dúvida sobre o recurso cabível; inexistência de erro 
grosseiro; apresentado no prazo do recurso cabível. 
c) Variabilidade: possibilidade de substituição de um recurso por outro 
dentro do prazo legal. 
http://www.normaslegais.com.br/juridico/honorarios-advocaticios.html
 
37 
 
d) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: apenas pode-se 
discutir a matéria em recurso definitivo (art. 893, parágrafo 1º, CLT). As exceções a 
essa regra são encontradas na súmula 214 do TST: da decisão de incompetência em 
razão da matéria (799, parágrafo 2º, CLT); decisão do TRT que contrarie súmula ou 
OJ do TST; das decisões suscetíveis de recurso para o próprio tribunal; que acolhe 
exceção de incompetência territorial com remessa a TRT diverso. 
e) Proibição da reformatio in pejus - não se pode agravar a situação do 
recorrente. Constituem exceção ao princípio da vedação da reformatio in pejus as 
matérias que o Tribunal pode conhecer de ofício, como as mencionadas no art. 337 
do CPC (matérias de ordem pública). 
f) Da remessa necessária ou recurso de ofício- Quando houver 
condenação em face da Fazenda Pública, nos termos do Decreto-lei n. 779/69 e art. 
496 do CPC, o processo estará sujeito ao duplo grau de jurisdição obrigatório, ou à 
remessa de ofício. 
 
Súmula nº 303 do TST 
I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na 
vigência da Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda 
Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente 
a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e 
fundações de direito público; b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os 
Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito 
público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; c) 100 (cem) 
salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias 
e fundações de direito público. 
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada 
em: 
a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior 
do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas 
ou de assunção de competência; 
d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito 
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer 
ou súmula administrativa. 
III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do 
Trabalho está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando 
desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses dos incisos anteriores. 
IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na 
relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte 
prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese 
 
38 
 
de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito 
privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. 
 
 
INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS: 
 IN 39- Art. 8° Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas dos arts. 976 a 986 do 
CPC que regem o incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR). § 1º 
Admitido o incidente, o relator suspenderá o julgamento dos processos pendentes, 
individuais ou coletivos, que tramitam na Região, no tocante ao tema objeto de IRDR, 
sem prejuízo da instrução integral das causas e do julgamento dos eventuais pedidos 
distintos e cumulativos igualmente deduzidos em tais processos, inclusive, se for o 
caso, do julgamento antecipado parcial do mérito. § 2º Do julgamento do mérito do 
incidente caberá recurso de revista para o Tribunal Superior do Trabalho, dotado de 
efeito meramente devolutivo, nos termos dos arts. 896 e 899 da CLT. § 3º Apreciado 
o mérito do recurso, a tese jurídica adotada pelo Tribunal Superior do Trabalho será 
aplicada no território nacional a todos os processos, individuais ou coletivos, que 
versem sobre idêntica questão de direito. 
 
 
RECURSOS EM ESPÉCIE 
 
Art. 893 CLT - Das decisões são admissíveis os seguintes 
recursos: 
I - embargos; 
II - recurso ordinário; 
III - recurso de revista; 
IV - agravo. 
 
 Nas decisões, no âmbito da justiça do trabalho, são admissíveis os seguintes 
recursos: 
a) Recurso Ordinário 
b) Embargos de Declaração 
c) Recurso de Revisa 
d) Embargos ao TST 
e) Agravo de Petição 
f) Agravo de instrumento 
 
39 
 
g) Agravo interno 
h) Pedido de revisão 
 
 EFEITO: os recursos no processo do trabalho têm efeito devolutivo, conforme 
estabelece o art. 899 da CLT. Existem exceções, como a prevista no art. 14 da Lei 
10.192/2001: 
Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito 
meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a 
execução provisória até a penhora. 
Art. 14. O recurso interposto de decisão normativa da Justiça do Trabalho 
terá efeito suspensivo, na medida e extensão conferidas em despacho do 
Presidente do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
• Extensão do efeito devolutivo – quantidades de matérias veiculadas nos 
recursos. 
• Profundidade – qualidade das matérias que são submetidas à apreciação 
(Vários fundamentos na RT ou contestação e o juiz acolhe só um, silenciando 
os demais). O RO devolve todos os fundamentos – art. 1013 do CPC, §2º. 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria 
impugnada. 
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as 
questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido 
solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. 
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tivermais de um fundamento e o juiz 
acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento 
dos demais. 
 
Súmula nº 393 do TST 
I - O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do 
§ 1º do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere 
ao Tribunal a apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não 
examinados pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões, 
desde que relativos ao capítulo impugnado. 
II - Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o recurso 
ordinário, deverá decidir desde logo o mérito da causa, nos termos do § 3º do 
art. 1.013 do CPC de 2015, inclusive quando constatar a omissão da 
sentença no exame de um dos pedidos. 
 . 
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE 
 
40 
 
São os requisitos para que o recurso seja conhecido. Lembrando que o recurso 
precisa ser conhecido, para só então ser analisado o seu mérito. Eles podem ser 
classificados como intrínsecos ou extrínsecos: 
Intrínsecos (ligados às partes): 
• LEGITIMIDADE DA PARTE: habilidade outorgada por lei à pessoa 
natural ou jurídica que tenha participado, como parte, do processo em 
primeiro grau de jurisdição, ainda que revel (LEITE, 2015, p. 753). 
• CAPACIDADE DA PARTE: é preciso que o recorrente, no momento de 
interposição do recurso, esteja plenamente capaz. 
• INTERESSE DA PARTE: necessidade e utilidade. 
Extrínsecos (ligados ao recurso): 
• RECORRIBILIDADE e ADEQUAÇÃO: a decisão atacada é passível de recurso 
e o recurso é o adequado. 
• TEMPESTIVIDADE: REGRA 8 dias (art. 6º da Lei 5.584/70), salvo Embargos 
de Declaração – 5 dias, e Rext – 15 dias. Lembrar que a fazenda Pública e o 
Ministério Público possuem prazo em dobro para recorrer. 
• PREPARO (depósito recursal + custas) 
 
Quanto às custas: 
 
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas 
ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como 
nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da 
jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento 
incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 
(dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite 
máximo dos benefícios do regime geral de previdência social, e serão 
calculadas: 
I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo 
valor; 
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/direitoprevidenciario.htm
 
41 
 
II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou 
julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da 
causa; 
III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em 
ação constitutiva, sobre o valor da causa; 
IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. 
Lembrar que: 
As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso 
de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo 
recursal. No processo de execução são devidas custas, sempre de 
responsabilidade do executado e pagas ao final. 
 
Quanto ao depósito recursal: Art. 899, 4º, §9º, 10º, 11º da CLT 
O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e corrigido com os 
mesmos índices da poupança. 
 
O valor do depósito recursal será 
reduzido pela metade para entidades 
sem fins lucrativos, empregadores 
domésticos, microempreendedores 
individuais, microempresas e empresas 
de pequeno porte. 
 
São isentos do depósito recursal os 
beneficiários da justiça gratuita, as 
entidades filantrópicas e as empresas 
em recuperação judicial. 
 
 O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro 
garantia judicial 
Recursos em que há necessidade de depósito recursal: recurso ordinário, 
recurso de revista, embargos ao TST, recurso extraordinário, e recurso ordinário em 
ação rescisória. 
 
Súmula nº 128 do TST 
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em 
relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido 
 
42 
 
o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer 
recurso. 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer 
de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, 
porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia 
do juízo. 
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o 
depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando 
a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide. 
 
Não havendo condenação em pecúnia, por exemplo: em obrigações de fazer 
ou não fazer, bem como nas sentenças declaratórias ou constitutivas, não há a 
exigência do depósito recursal. 
Nesse sentido, é a Súmula 161 do TST: “Se não há condenação a pagamento 
em pecúnia, descabe o depósito de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 899 da CLT. 
Na execução, se o juízo já estiver garantido pela penhora, não há necessidade 
do depósito recursal, uma vez que ele perdeu a finalidade diante da garantia do juízo. 
O depósito recursal deve ser comprovado no prazo que a lei prevê para o 
recurso, conforme dispõe a Súmula n. 245 do C. TST: “O depósito recursal deve ser 
feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não 
prejudica a dilação legal”. 
A massa falida não está sujeita ao depósito recursal, conforme a Súmula n. 86 
do TST: “Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de 
custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica 
à empresa em liquidação extrajudicial”. 
Com relação à controvérsia de ser ou não devido o depósito recursal em 
recurso ordinário interposto em face de Ação Rescisória, a Súmula n. 99 do TST 
pacificou a questão: “Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito 
recursal só é exigível quando for julgado procedente o pedido e imposta condenação 
em pecúnia, devendo este ser efetuado no prazo recursal, no limite e nos termos da 
legislação vigente, sob pena de deserção”. 
Atenção, no caso de insuficiência de custas processuais ou depósito não 
haverá imediata deserção: 
 
43 
 
OJ140. Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do 
depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o 
prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o 
recorrente não complementar e comprovar o valor devido. 
 
 
 
• REGULARIDADE DA REPRESENTAÇÃO 
 Se a parte é representada por advogado é indispensável a apresentação do 
instrumento de mandato. Lembre-se que o Jus postulandi não se aplica nos recursos 
ao TST, e cuide que no caso de irregularidade será concedido prazo de 5 dias para 
regularizar. 
 
CONTRARRAZÕES 
 
 A parte adversa é intimada para apresentar contrarrazões ao recurso, no 
mesmo prazo. 
 
CLT - Art. 900 - Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer 
as suas razões, em prazo igual ao que tiver tido o recorrente. 
 
RECURSO ADESIVO 
 
 Recurso adesivo é o meio de interpor recurso, quando presentes os seguintes 
REQUISITOS: 
Custas
Isentos: JG, 
Fazenda 
Pública, MPT
Depósito 
recursal
Isentos: JG, entidades 
filantrópicas e empresas em 
RJ.
Redução pela metade: entidades sem fins 
lucrativos, empregadores domésticos, MEI, 
MICRO e EPP
 
44 
 
A) Sucumbência recíproca 
B) Interposição de recurso por uma das partes 
Súmula nº 283 do TST 
O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo 
de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo 
de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria 
nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte 
contrária. 
 
 
Prazo: prazo para contrarrazões. 
 
 Vale

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