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Amanda Rodrigues Pereira Acadêmica de Medicina UFR Puberdade É a transição da infância para a vida adulta, na qual acontece o estirão de crescimento, desenvolvimento de características sexuais secundárias e adquire-se a capacidade de reprodução. PUBERDADE PRECOCE É quando o inicio do desenvolvimento puberal das meninas acontece antes de 8 anos de idade. CRONOLOGIA (TPM: telarca-pubarca-menarca) Telarca: ação dos estrogênios de origem ovariana Pubarca: ação de androgênios de origem adrenal Menarca: marcador tardio da puberdade feminina CLASSIFICAÇÃO DOS ESTAGIOS TELARCA I. Apenas a papila II. Broto mamário: aureola protuberante III. Aumenta o tamanho da mama e da aureola IV. Projeção da aureola e da papila, volume mamário V. Aureola volta ao contorno da mama, tubérculos de montigomery Amanda Rodrigues Pereira Acadêmica de Medicina UFR PUBARCA I. Nenhum pelo II. Pelugem fina, longa, mais claros, linha central III. Maior quantidade, mais espessos e irregulares, distribuição difusa IV. Aumento no momento de vênus, porém em menor quantidade V. Pelos atingem a raiz da coxa. CLASSIFICAÇÃO DA PUBERDADE PRECOCE Puberdade central: ocorre quando há a puberdade verdadeira, por amadurecimento precoce central do eixo e ocorre na ordem. DX: Exclusão; retira-se todas as causas externas. Maior parte das vezes é idiopática CAUSAS: Harmatomas: tipo mais frequente de tumor do SNC o que leva a puberdade precoce Outros: astrocitomas, glicomas, ependiloma Irradiação do SNC: causa deficiência de hormônio do crescimento (GH) Outras lesões: hidrocefalia, cistos do SNC, trauma e doenças inflamatórias. Genética Exposição prévia a hormônios. ------------------------------------------------------------------ Puberdade precoce periférica: excesso de secreção de hormônios pelos ovários ou adrenais; exposição a hormônios, pesquisar tumores produtor de estrogênio ou androgênio. O desenvolvimento pode acontecer fora da ordem TPM. CAUSAS Cistos ovarianos Tumores ovarianos Hipotiroidismo primário Hormonios exógenos: exposição a gel de estrogênio, fitoestrogênios (soja) Tumores adrenais: aumento de androgênios que leva a virilização das meninas Sd. McCune Albright: manchas café com leite na pele e displasia. Ocorre a formação de cistos ovarianos funcionais que levam a secreção de estradiol e sangramento vaginal intermitente. Amanda Rodrigues Pereira Acadêmica de Medicina UFR DIAGNÓSTICO Anamnese Idade de início dos sinais da puberdade Velocidade de crescimento Mudanças de comportamento História puberal familiar Manifestações neurológicas Dor ou aumento do volume abdominal História de traumas Exame físico: Peso e altura Estadiamento de Tanner Estatura e velocidade de crescimento Acne, oleosidade, pelos axilares, odo axilar Exame da genitália externa: coloração do vestíbulo, espessamento do hímen, trofismo vaginal. Hipertrofia muscular Lesões cutâneas Campo visual e fundo de olho Palpação da tireoide Inspeção de mamas – verificar galatorreia Adominal: palpação verificar se não há massas Laboratoriais FSH, LH, ESTRADIOL LH>0,6: puberdade central (indica ativação do eixo H- H-O) OBS: GONADOTROFINA E ESTRÓGENO podem ser semelhantes em meninas pré-puberes e no início da puberdade Exames Complementares o PPCentral: RNM: lesões em 2% após 6 anos TSH E T4 LIVRE: baixa estatura e IO atrasada GH: irradiação do crânio o PPPeriférica: Usg abdome e pelve: lesões ovarianas e adrenais estragiol, testosterona, progesterona, 17- hisdroxiprogesterona, cortisol e S-DHEA: hiperplasia de adrenal e tumores adrenais ou ovarianos. TESTE 1. Coleta de sangue 2. 100ug de gonadorelina EV 3. coleta de sangue posterior Resposta infantil: aumento irrisório do LH e acentuado do FSH em relação aos níveis basais Resposta puberal: aumento importante do LH, com frequência suplantando o aumento de FSH Valores do pico de LH >5-8UI/L Relação LH/FSH >0,66-1 TRATAMENTO Objetivo: tratar a causa base Permitir que a criança atinja a altura mais próxima do seu potencial genético Prevenir distúrbios psicológicos Interrupção da menstruação Reduzir risco de abuso sexual e início prematuro de vida sexual Amanda Rodrigues Pereira Acadêmica de Medicina UFR Quem tratar: Deve-se avaliar o crescimento por 3-6 meses antes de decidir o tratamento CRITÉRIOS: Progressão em 3-6 meses Avaliar idade óssea Aspectos psicológicos FÁRMACO Análogo do GnRH: acetato de leuprolida, IM, 3,75mg a cada 28 dias ou 11,25mg a cada 84 dias. MONITORIZAÇÃO DO TRATAMENTO: Desenvolvimento puberal Níveis hormonais Velocidade de crescimento (a cada 3-6 meses) Idade óssea (anual ou semestral) SUSPENSÃO DO TRATAMENTO 12 a 12,5 anos de idade óssea (levar em consideração aspectos psicológicos de cada paciente) OUTROS TRATAMENTOS Tumor ovariano ou adrenal: abordagem multidisciplinar (cirurgia, radioterapia, quimioterapia) Hiperplasia adrenal congênita: glicocorticoide Hipotireoidismo: levotiroxina Sindrome de McCune-albright: tamozifeno ou letrozol; se evolução para PPC adm de análago de GnRH.
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