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REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE Os fundamentos normativos da RAS surgem no artigo 198 da constituição de 88 e com a lei 8.080 de 1990.Porém as diretrizes de organização das Redes de Atenção À saúde no SUS surgem com a portaria 4.279 do ministério da saúde em 2010. As redes da uma ideia de reestruturação do sistema de saúde, com um trabalho mais integrado e com maior comunicação com as áreas de atenção. A RAS tem uma proposta de inovar o sistema de saúde, redirecionando suas ações e serviços para produzir impacto positivo nos indicadores de saúde da população. Os sistemas de saúde passam a se organizar de forma poliárquica, para que todos os pontos de atenção tenham o mesmo nível de importância e de forma que todos se direcionem para APS. As RAS são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio tecnológico, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. A finalidade da RAS é melhorar os resultados sanitários nas condições crônicas, diminuir as referências a especialistas e hospitais, aumentar a eficiência do sistema de saúde, produzir serviços mais efetivos e aumentar a satisfação das pessoas usuárias. A transição epidemiológica da tripla carga de doença mostra a necessidade de mudança do sistema de saúde, por mostrar a coexistência de doenças infecciosas, violência urbana e doenças crônicas (predominam). Os fundamentos da RAS, que mostram como organizar as redes, são: - Economia de escala: significa que é necessário otimizar os recursos que o sistema possui, precisamos ofertar serviços que atendam o maior número de população possível sem muito gasto, otimizando a oferta de serviços. - Suficiência e qualidade: diz sobre trabalhar com o melhor padrão de qualidade possível para não desperdiçar recursos. - Acesso: fala sobre a criação de mecanismos para diminuir barreiras de acesso a unidade de saúde. - Disponibilidade de recursos: significa que recursos a unidade vai disponibilizar para o sistema, a fim de aumentar a suficiência e qualidade. Recursos = tecnológico e humano - Integração vertical: se refere a articulação dentro do sistema, coordenação de diferentes organizações de saúde responsáveis por ações de natureza diferenciada (primária, secundária e terciaria) - Integração horizontal: cada unidade ofertar coisas diferentes, o que aumenta a disponibilidade de recurso, a qualidade do serviço e o torna mais custo-efetivo - Processos de substituição: inovações no modelo de saúde - Região de saúde ou abrangência: é a área geográfica para a cobertura de uma determinada RAS, o território que a RAS vai atuar - Níveis de atenção: são os arranjos produtivos organizados segundo as densidades tecnológicas nível primário, secundário e terciário. Os atributos da RAS são: APS como primeiro nível de atenção, população e território definidos, continuidade do cuidado e assistência integral, saúde centrada no indivíduo, gestão baseada em resultados, integração entre diversos serviços e gestão integrada dos sistemas de apoio, sistema de informação integrado, ação intersetorial, financiamento tripartite e participação social. Os sistemas de apoio das RAS são: sistemas de apoios diagnósticos e terapêutico (exames), sistema de assistência farmacêutica (medicamentos), sistema de informação em saúde, sistema logístico (transporte de paciente), sistema de regulação. A RAS é caracterizada por ser objetivada pela provisão de atenção contínua e integral, as redes precisam ser integradas e organizadas por critérios de eficiência, construídas mediante o planejamento e o financiamento tripartite e voltadas para as necessidades da população. Os elementos constitutivos das RAS são: - Modelo de saúde - Sistema de governança: lugar de discussão sobre as RAS dentro das instancias colegiadas do SUS, é acompanhar o que acontece nas redes, como ela funciona. -Pontos de atenção terciários - Pontos de atenção secundários - Sistema de apoio - Centro comunicador (APS) - Sistema logístico - População A RAS mostra que a qualificação/educação, informação, regulação, promoção e vigilância à saúde estão transversais a todas as redes temáticas que integram as RAS. - Rede Cegonha: instituída em 2011, os componentes da rede cegonha são o pré natal, parto e nascimento, puerpério e atenção integral à saúde da criança e o sistema logístico (transporte sanitário e regulação) - Rede de Atenção Psicossocial: composta pela atenção básica, atenção psicossocial, atenção de urgência e emergência, atenção residencial de caráter transitório, atenção hospitalar, estratégias de desinstitucionalização, estratégias de desinstitucionalização, estratégia de reabilitação psicossocial. - Rede de Urgência e Emergência: composta por promoção, prevenção e vigilância à saúde, atenção básica em saúde, serviço de atendimento móvel de urgência e as centrais de regulação médica, sala de estabilização, força nacional de saúde do SUS, unidades de pronto atendimento e conjunto de serviços de urgência 24h, hospitalar e atenção domiciliar. - Rede de cuidado à pessoa com deficiência: composto por atenção básica, atenção especializada em reabilitação e atenção hospitalar e de urgência e emergência. - Rede de atenção às doenças crônicas não transmissíveis: essa rede trabalha com linhas de cuidado O Brasil vive um momento de tripla carga de doenças, as doenças crônicas, infecciosas e a violência urbana. Porém, a atenção dada aos pacientes crônicos não era eficiente e suficiente para garantir a qualidade de vida deles, visto que o modelo de atenção vigente era voltado para o tratamento dos momentos agudos da doença crônica, uma estratégica que nitidamente são teria efeitos sanitários e econômicos positivos a longo prazo, faltava um acompanhamento mais de perto, um entendimento das determinantes sociais em que o paciente estava inserido. Com isso, a OMS criou a divisão dos níveis de atenção em primário, secundário e terciário, a fim de melhor organizar o atendimento tanto as pessoas com doenças crônicas quanto agudas. Por exemplo, um diabético, ele recebe todo o acompanhamento e suporte na APS, mas caso acidentalmente ele corte o pé, ele vai precisar ser encaminhado para um nível de atenção mais complexo, e após o tratamento do corte emergencial do corte, ele volta a ser acompanhado pela APS
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