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ABORTO EM BOVINOS

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Abortamento em bovinos é comumente 
definido como perda fetal entre os dias 
42 e 260 de gestação. Perda de prenhez 
antes do dia 42 após a 
inseminação/monta natural é 
considerada perda embrionária, e 
quando o bezerro nasce morto depois 
de 260 dias de gestação é considerado 
natimorto. 
Já foram descritas mais de 60 causas 
possíveis de aborto em vacas. Dentre 
essas causas estão os vírus, bactérias, 
protozoários e fungos. Além disso, 
algumas substâncias químicas, 
medicamentos, plantas tóxicas e 
micotoxinas têm reconhecida 
capacidade abortiva. 
Fatores que comprometem o estado 
geral de saúde do animal como o 
estresse térmico, a febre inespecífica 
acima dos 41°C, traumas, tumores 
muito disseminados, entre outros 
também podem contribuir para que haja 
o aborto. 
A ocorrência de abortamento representa 
perda na lucratividade da propriedade, 
portanto ações devem ser tomadas para 
prevenir a ocorrência de abortamento e 
investigar as possíveis causas. 
 
 
O aborto em bovinos pode ser causado 
por diversos fatores, e sua ocorrência é 
endêmica. Como as causas são 
variadas, deve-se fazer um estudo mais 
aprofundado em cada propriedade, para 
se descobrir o tipo de agente que está 
causando a referida enfermidade. 
 
 
 
Os agentes infecciosos são 
provavelmente a causa mais comum de 
abortamento bovino, mas outros fatores 
também podem estar envolvidos. 
Os abortos podem ocorrer devido a 
alterações genéticas, que não são 
frequentemente diagnosticadas, e 
geralmente ocorrem devido a problemas 
individuais das vacas e não problema do 
rebanho. Essas alterações nem sempre 
causam alterações na aparência do 
feto, mas causam o aborto porque o feto 
geneticamente alterado tem 
incapacidade de se desenvolver. 
O estresse térmico representa um 
quadro de aumento repentino da 
temperatura ambiente, que pode levar 
ao aumento da temperatura corporal, e 
essa elevação na temperatura, assim 
como ocorre nas febres causadas por 
infecções, predispõe à ocorrência dos 
abortos. 
Alguns agentes tóxicos, como as 
micotoxinas, que estão presentes na 
alimentação dos bovinos, podem levar a 
um quadro de aborto. 
Dentre as bactérias que podem causar 
aborto estão a Brucela abortus, 
considerada a enfermidade mais 
importante causadora de problemas 
reprodutivos, com consequências 
importantes, pois é uma zoonose muito 
difundida e grave para o ser humano. 
Nos animais causa abortamento no 
terço final da gestação. 
A Leptospira spp. é a bactéria 
causadora da leptospirose, que é uma 
doença altamente contagiosa 
envolvendo várias espécies animais e é 
uma das mais importantes zoonoses. 
Actinomyces pyogenes, Bacillus, 
Streptococcus spp. Esses 
microrganismos geralmente atingem o 
feto e a placenta pelo sistema 
circulatório. A bactéria pode não causar 
doença na mãe, porém o feto parece ser 
@naaramedvet 
INTRODUÇÃO 
EPIDEMIOLOGIA 
FATORES ENVOLVIDOS NO 
ABORTO 
 
 
mais sensível, provavelmente devido à 
imaturidade do seu sistema imune. O 
resultado do crescimento bacteriano é a 
morte do feto e sua expulsão. 
Além das bactérias, existem também 
vírus que podem causar aborto nos 
bovinos, como é o caso da Diarreia Viral 
Bovina (BVD). O vírus pode penetrar a 
placenta e causar infecção intrauterina 
no feto resultando em morte embrionária 
precoce, abortamento, defeitos 
congênitos, entre outros. 
Outro vírus de considerada importância 
é o vírus da Rinotraqueíte Infecciosa 
Bovina – IBR, sendo a causa viral de 
abortamentos mais diagnosticada no 
mundo. 
Outros agentes causadores de 
abortamentos são Neospora caninum, 
Aspergillus fumigatus, responsáveis por 
80% dos abortamentos micóticos 
bovinos. Também doenças venéreas 
como Tricomonose e Compilobacteriose 
também levam ao aborto em bovinos. 
 
 
O diagnóstico etiológico das perdas de 
prenhez na propriedade depende de 
uma boa avaliação clínica e reprodutiva, 
além da coleta de materiais para 
exames complementares, que podem 
ser peças chave na determinação da 
causa. 
Quando da ocorrência de mortalidade 
embrionária, poderá coletar-se o 
sangue das vacas com a finalidade de 
exames específicos como sorológico, 
virológico, para investigação de 
condições infecciosas. Além disso, 
fatores não infecciosos devem ser 
investigados. 
Em se tratando de aborto, o feto poderá 
ser enviado refrigerado, ou fragmentos 
de órgãos mediante coleta por exame 
de necropsia, submetidos refrigerados e 
em formol a 10%, para exames 
microbiológico e histopatológico, 
respectivamente. 
A placenta e demais envoltórios fetais 
são indispensáveis para o diagnóstico. 
Na maioria das vezes, a avaliação 
desse material é associada ao exame 
do feto. Algumas doenças infeciosas 
causam alterações restritas à placenta 
e, na ausência desta, o diagnóstico 
pode ser prejudicado. 
 
 
Como é uma doença de múltiplas 
causas, o tratamento requer que essas 
causas sejam descobertas. 
Primeiramente, deve-se descobrir qual 
agente está causando abortos na 
propriedade, e a partir daí as decisões 
cabíveis devem ser tomadas. Uma 
forma de prevenir a ocorrência de aborto 
nas propriedades é realizar o manejo 
profilático de forma correta. Isso só é 
possível após a identificação das 
causas corretas que levam à perda 
gestacional. 
 
Referências Bibliográficas 
GONÇALVES, M. A. Perdas 
Gestacionais em Bovinos. Publicado em 
nov. 2015. Disponível em: 
<http://www.ourofinosaudeanimal.com/
blog/tag/aborto/>. Acesso em: 15 mar. 
2017. 
ORTOLONI, E. As Muitas Causas do 
Aborto. Disponível em: 
<http://www.cptcursospresenciais.com.
br/artigos/bovinos/reproducao-em-
bovinos/as-muitas-causas-do-aborto/>. 
Acesso em: 13 mar. 2017. 
SANTOS, R. M. dos. Abortamento em 
Vacas Leiteiras. Publicado em jan. 
2009. Disponível em: 
<https://www.milkpoint.com.br/radar-
tecnico/reproducao/abortamento-em-
vacas-leiteiras-50822n.aspx>. Acesso 
em: 12 mar. 2017. 
DIAGNÓSTICO 
TRATAMENTO

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