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Dermatite alérgica CMPA I

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Acomete cães e gatos, mas ocorre com mais frequência em cães;
Comum nas raças: 
Peles com menos melanina são mais propensas a doença, pois a pele é
sensível;
Normalmente os primeiros sinais ocorrem com menos de 1 ano, mas pode
se considerar até 3 anos;
Ocorre quando a dois fatores envolvidos: fator intrínseco associado ao
fator extrínseco presentes no ambiente.
Golden Lhasa Apso Poodle Shih-tzu Bulldog
INTRÍNSECORelacionados ao
indivíduo
EXTRÍNSECORelacionados ao
ambiente
Dermatites alérgicasDermatites alérgicas
Adquira a apostila completa de Clinica Médica de Pequenos Animais pelo email: nahnavet@gmail.com
Doença cutânea alérgica, inflamatória, pruriginosa, crônica e incurável,
decorrente da reação de hipersensibilidade tipo I, que acomete animais com
predisposição genética;
◉◉ Fatores envolvidos na DAFatores envolvidos na DA
Predisposição genética
associado a quebra da
barreira epidérmica.
Irritantes primários:
Produtos naturalmente
irritantes. Ex: produtos
químicos, cosméticos, etc.
Alérgenos ambientais:
Aeroalérgenos e
contactantes. Ex: ácaros,
pólen, grama, ectoparasitas,
etc.
Trofoalérgenos:
Alimentos. Ex: proteína
bovina, trigo, milho, etc.
A pele em animais alérgicos apresenta alterações gênicas relacionadas
a formação IgE, sensibilização alérgica, mediadores associados a
inflamação, baixa imunidade, quebra da barreira cutânea, reparação
de dano oxidativo, regulação do ciclo celular e apoptose;
◉ ◉ Imunopatogênia da DAImunopatogênia da DA
A pele de todos os animais considerados alérgicos, sofreram quebra da
barreira, maior sensibilidade e é incurável, somente controlável. O atópico
será mais complexo na parte do controle para evitar crises.
PELE NORMAL PELE ATÓPICA
Baixa evaporação de
água
Função barreira normal 
Alérgenos não entram
Alta evaporação de
água
Desidratação
Função barreira
deficiente 
Alérgenos entram
Reação inflamatória
▶ ▶ Comparativo da pele:Comparativo da pele:
Microrganismos patogênicos podem se aproveitar da quebra da barreira
associada a diminuição de peptídeos antimicrobianos resultando na
disbiose (infecção secundária oportunista); 
Os mais comuns são: a bactéria Staphylococcus pseudintermedius
(causando piodermite eczematizante) e o fungo Malassezia
pachydermatis (causando malasseziose).
Alérgeno
DA sensu stricto (DASS) Desencadeada por alérgenos ambientais
DA induzida por alimento (DAIA) Desencadeada por alergia alimentar
DA á picada de ectoparasitas (DAPE)
Desencadeada por alergia e antígenos
presentes na saliva do ectopasito
DA simile Igual á DASS mas sem a produção de IgE
◉ Tipos de DA◉ Tipos de DA
Adquira a apostila completa de Clinica Médica de Pequenos Animais pelo email: nahnavet@gmail.com
 Com a epiderme lesada, o alérgeno entra nas camadas; 1.
 O alérgeno entra em contato com uma célula dendrítica imatura (CDI);2.
Com o contato com algum patógeno, a célula sofre maturação e se torna
uma célula dendrítica madura (CDM);
3.
As células de Langerhans são um subtipo de células dendríticas
especializadas na apresentação antigénica é primordial na defesa
imunitária cutânea;
As CDM vão para os vasos linfáticos e fazem a apresentação antigênica
ao linfócito T naive (Th0), forma imatura que irá se diferenciar baseada
nas interleucinas (IL) liberadas;
4.
 A IL-4 e IL-13 vão polarizar o Th0 em linfócitos Th2;5.
Os linfócitos Th2 produzem citocinas que recrutam, ativam e regulam
células efetoras especializadas para eliminar os antígenos.
RESPOSTA IMUNE
1.Alérgeno
2.CDI
3.CDM
4.Th0
5.Th2
IL-4
IL-13
IL-4
IL-13
IL-5
▶ Citocinas liberadas:▶ Citocinas liberadas:
IL-4 Produz IgE
IL-5
IL-13
IL-31
liberação de percursores
alérgicos,como a histamina.
Age nos 
linfócitos B
se liga posteriormente
nos granulócitos,
principalmente
mastócitos e eosinófilos.
Envolvida em processos inflamatórios, doenças pruriginosas e
alergénopatias, a capitação da IL-31 em resposta com o SNC é um limiar para
o grau de prurido e quanto mais o animal se coça e lesiona a pele, ocorre mais
liberação mediada pelos Th2 e queratinócitos.
Provoca acantose (escurecimento e aveludamento da pele), hiperqueratose
(espessamento do estrato córneo da epiderme) e liquenificação
(espessamento irregular formando sulcos e manchas).
Atua no crescimento e
diferenciação dos
eosinófilos 
 Com a epiderme lesada, o
alérgeno entra nas
camadas; 
1.
 O alérgeno entra em
contato com uma célula
dendrítica imatura (CDI);
2.
Com o contato com algum
patógeno, a célula sofre
maturação e se torna uma
célula dendrítica madura
(CDM);
3.
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◉ ◉ Identificando o paciente com DAIdentificando o paciente com DA
▶ Sinais clínicos:▶ Sinais clínicos:
Prurido
Lambedura
Autoflagelação
Lesões
Fricção constante do corpo
Rinite alérgica
Olhos chorosos
Descoloração da pele e pelo
Alopecia
Escurecimento e espessamento da
pele 
Eritema
Crostras
Infecções secundários
Piodermite
Otite 
Distúrbios gastrointestinais (DAIA)
▶ Identificando o prurido da DA:▶ Identificando o prurido da DA:
Respondem ao uso
de corticóides
Sem
identificação
do causador,
resultando em
uma
investigação
Persiste o
ano todoCoceira
de longa
duração
Se coça
muito e o
tempo todo
Crônico Perene Primário Intenso
DAIA sazonal
O grau, evolução e distribuição do prurido varia de acordo
com o tipo de dermatite alérgica; 
O diagnóstico da DA é um longo caminho investigativo,
quando diagnosticado com dermatite alérgica é mais fácil
inicialmente buscar a exclusão da DAPE e da DAIA;
Se o prurido ainda persistir, o animal está desparasitado e a
restrição alimentar não teve resultados, pode-se considerar
a DASS.
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DASS/ DA simile
Áreas afetadas:
Perilabial;
Pavilhão auricular;
Olhos;
Axilas; 
Flanco; 
Patas;
Abdômen; 
Inguinal;
Períneo; 
Face ventral da cauda.Não afeta: margem das orelhas e área dorso-
lombar
DAPE
Áreas afetadas:
"triângulo" da DAPE -
região extensa dorso-
lombar; 
Isoladas no pescoço e
abdômen; 
Pode atingir o flanco,
cauda e região caudal
dos membros
posteriores (grave).
DAIA Áreas afetadas:
Otite de repetição;
Espessamento e prurido
no cotovelo e parte
caudal do joelho;
Região ventral,
principalmente no
abdômen.
Além do contato com alérgenos e irritantes, infecções secundárias; a obesidade
causa fragilidade da pele e compromete a saúde no animal em geral; fatores
psicossomáticos, como a ansiedade contribui com a coceira e formação de
lesões na pele; o manejo do animal e cuidados passados em relação a higiene,
tratamento e o ambiente também devem ser considerados no controle da DA.
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▶ Distribuição topográfica:▶ Distribuição topográfica:
Exclusão de possíveis alérgenos
Exclusão de ectoparasitas
Controle de infecções
Proprietário: deixar claro que as DA não tem cura e o objetivo do
tratamento é o controle e aumentar o intervalo entre as crises; explorar
juntos os possíveis alérgenos.
Mudanças: parar de utilizar produtos de limpeza que podem ser irritantes,
passar a utilizar somente detergente neutro; banho 2-3 vezes por semana
utilizando produtos de qualidade e recomendados para manter a pele
limpa e hidratada; diminuir o contato com gramas, tapetes, trocar a
cama e cobertas do animal; não usar roupas.
Controle de ectoparasitas: podem causar alergia e/ou causar coceira
que irá prejudicar mais a barreira da pele ➜ utilizar simparic/bravecto. 
Controlar (se presentes) infecções secundárias repetidas e o
supercrescimento microbiano: a repetição está diretamente ligada a
saúde da pele ➜ evitar a exposição ao alérgeno e cuidar da limpeza e
hidratação cutânea.
◉ ◉ Protocolo de controle para as DAProtocolo de controle para as DA
▶▶ 1ª ordem 1ª ordem
▶ Como diagnosticar infecção secundária: citologia com raspado de pele;
citologia por decalque (imprint ➜ não detecta malassezia) ambas também
ajudam a descartarsarnas; utilizar lâmpada de wood em fungos
Microsporum.
Exclusão dietética: também utilizada para diagnosticar DAIA ➜ com
objetivo de excluir alimentos que mais causam alergia e diferentes da que
o animal ingere, como: proteína bovina e frango, derivados lácteos e trigo.
Dieta comercial: rações hipoalérgicas e hidrolisadas, normalmente
feita de peixe, cordeiro ou proteína vegetal (Royal).
Dieta caseira: 50% proteína (cordeiro, peixe, pato, coelho, cavalo) e
50% carboidrato (arroz integral, batata, tapioca, mandioca).
Desafio oral: resposta de 2-4 meses.
▶▶ 2ª ordem 2ª ordem
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Controle medicamentoso: utilizado em momentos de crise e modulação
em casos recorrentes graves; Sempre utilizar os produtos de banho e
hidratantes para manter/restabelecer a barreira da pele;
▶▶ Tratamento para recuperar a função barreira da pele: Tratamento para recuperar a função barreira da pele:
Utilizado em quaisquer dermatopatias;Utilizado em quaisquer dermatopatias; 
Uso de shampoos específicos:Uso de shampoos específicos: Episoothe (virbac); Allermyl Glyco (virbac); Episoothe (virbac); Allermyl Glyco (virbac);
Dermogen (equilíbrio) Douxo Calm (ceva).Dermogen (equilíbrio) Douxo Calm (ceva).
Uso de spray hidratante, emoliente (fórmula lipídica preenche aUso de spray hidratante, emoliente (fórmula lipídica preenche a
barreira) e umectante (umedece a pele desidratada): barreira) e umectante (umedece a pele desidratada): Allerderm spot-onAllerderm spot-on
(virbac); Humilac (virbac); Hydra-T (pet society); Douxo Calm (ceva);(virbac); Humilac (virbac); Hydra-T (pet society); Douxo Calm (ceva);
Hidrapet (equilíbrio).Hidrapet (equilíbrio).
▶▶ Tratamento para Dermatite atópica: Tratamento para Dermatite atópica:
Lembre-se não cura, apenas controla;Lembre-se não cura, apenas controla;
Não use anti-histaminico;Não use anti-histaminico;
Corticóterapia:Corticóterapia: 1. Prednisolona (0,5 mg/kg); 2. Deflazacorte (0,5 mg/kg) ➜ 1. Prednisolona (0,5 mg/kg); 2. Deflazacorte (0,5 mg/kg) ➜
Utilizados para tirar o animal da crise ➜ o uso prolongado pode causarUtilizados para tirar o animal da crise ➜ o uso prolongado pode causar
hiperadrenocorticismo.hiperadrenocorticismo. 
DOSE TEMPO
0,5 mg/kg BID por 5 dias
0,5 mg/kg SID por 5 dias
0,5 mg/kg Em dias alternados por 10 dias
Imunomodulação: Ciclosporina (5mg/kg/SID) ➜ inibidor da calcineurina
➜ impede a diferenciação do linfócito T, bloqueia o Th2 e mantem o Th1;
Pode ser utilizado com o corticoide (terapia recomendada).
Ciclosporina Prednisolona TEMPO
5 mg/kg/SID 0,5 mg/kg/SID 15 dias
5 mg/kg/SID 0,5 mg/kg/48h 7 dias
5 mg/kg/SID 0,5 mg/kg/72h 7 dias
5 mg/kg/SID 0,5 mg/kg/96h 7 dias
5 mg/kg/SID X 8 semanas
5 mg/kg/48h X Manutenção
O uso da ciclosporina tem muitos benefícios mas pode ocorrer mais
facilmente infecções secundária devido a diminuição dos linfócitos Th2.
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Paciente com sinais
dermatológicos
Descarte sarnas e
infecções secundárias
Controle de
ectoparasitas
Prurido ausente
no retorno
Prurido presente
no retorno
DAPE
Exclusão dietética
Prurido ausente
no retorno
Prurido presente
no retorno
DAIA
Dermatite
atópica
Dermatites alérgicas em felinos normalmente são alimentares
(DAIA) e apresentam prurido e lesões na face e no pescoço. O
diagnóstico e tratamento é o mesmo porém com ajuste das doses.
Terapia biológica: 
Anticorpo monoclonal Dupilumab (inibe a sinalização da IL-4 e IL-13);
Anticorpo monoclonal Cytopoint (bloqueia a ação da IL-31 inibindo o
prurido); 
Oclacitinib (Apoquel) (inibidor da Janus Kinase-1 ➜ receptor responsável
pela liberação da IL-31 e da fosfolipase que gera reação inflamatória ➜ o
medicamento bloqueia os receptores impedindo a ligação ➜ sem prurido
e sem agentes inflamatórios ➜ avaliar o fígado antes ➜ associar a
ômegas para quebra do receptor ➜ tablete/BID/14 dias.
Imunoterapia alérgeno-específica: realizado o teste intradérmico para
descobrir o alérgeno ➜ realizado por dermatologista especializado ➜ é
produzido vacinas especificas (Immunotech; Depot).
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