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Fisioterapia Brasil_v15n4

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REABILITAÇÃO
•	 Malformação	congênita	induzida	por	isotretinoína
•	 Fisioterapia	e	mielomeningocele
CARDIORRESPIRATÓRIO
•	 CPAP	na	reversão	a	atelectasia
NEUROFUNCIONAL
•	 	Contensão	induzida	no	membro	superior		
em	paralisia	cerebral
•	 Análise	da	marcha	em	paciente	pós-AVE	crônico
•	 Neuralgia	do	trigêmeo
ESPORTES
•	 Força	de	preensão	palmar	em	tenistas
DOR LOMBAR
•	 Dor	lombar	crônica	e	fatores	psicossociais
•	 Hidroterapia	e	dor	lombarFi
sio
ter
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o 4 ISSN 1518-9740
Ph
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Julho / Agosto de 2014
www.atlanticaeditora.com.br
15 anos
Fisioterapia B
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Fisioterapia Brasil
P h y s i c a l T h e r a p y B r a z i l
(vol. 15, nº 4 julho/agosto 2014 - 241-320)
EDITORIAL
Novos trabalhos em avaliação e reabilitação, Jean-Louis Peytavin ............................................................................................. 243
ARTIGOS ORIGINAIS
Comparação da força de preensão palmar e de pinça do membro dominante e não dominante 
de tenistas, Amir C. Reis, Andre Serra Bley, Nayra Deise Dos Anjos Rabelo, Andreia Basta, 
Thiago Y. Fukuda, Samuel Lodovichi, Angelica Castilho Alonso, Paulo Roberto Garcia Lucareli ................................................. 244
Acurácia e concordância entre medidas de área de úlceras por pressão aferidas pelos softwares AutoCad® 
e ImageJ®, Ana Loren Martins de Melo e Silva, Eylane Jorge Duarte, Levy Aniceto Santana, 
Renato da Veiga Guadagnin, Lourdes Mattos Brasil, Rinaldo de Souza Neves ............................................................................. 248
Efeitos da microcorrente sobre o tecido conjuntivo de ratos Wistar, Rodrigo Marcel Valentim da Silva, 
Diego Robson de Lima Cruz, Eduardo Gomes de Sousa Neto, Hennes Gentil de Araújo, 
Ludmila Lopes Trindade, Janaína Maria Dantas Pinto, Patrícia Froes Meyer, 
Maria Goretti Freire de Carvalho, Oscar Ariel Ronzio ................................................................................................................. 253
Equilíbrio corporal estático e risco de queda em idosas com incontinência urinária de esforço, 
Juliana Falcão Padilha, Melissa Medeiros Braz, Enio Júnior Seidel, Sinara Porolnik, Carlos Bolli Mota ........................................ 257
Análise da hidroterapia em mulheres com dor lombar e relação com as atividades da vida diária, 
Cícero Anderson Braga de Santana, Silvana Mara Rocha Sydney Montenegro, 
Cleber Soares Pimenta Costa, José Evaldo Gonçalves Lopes Junior .............................................................................................. 263
A efetividade da terapia por contensão induzida no membro superior de pacientes com paralisia 
cerebral, Talita Oliveira de Paula, Gisele Tioko Nagano, Gisele Neves de Lima, 
Juliana Firmo dos Santos, Ana Carolina Rodrigues da Silva ......................................................................................................... 269
Correlação entre relato de dor lombar crônica, fatores psicossociais e capacidade física em idosos 
comunitários, Alice Iolanda Pereira Silveira, Josiane Aparecida Oliveira, Patricia Thais Coelho Silva, 
Renata Antunes Lope, Marlete Melo Coelho ............................................................................................................................... 277
RELATOS DE CASO
Método Halliwick: uma proposta fisioterapêutica na malformação congênita induzida por 
isotretinoína, Elizabeth do Canto Brancher, Rogiane Resta Rodrigues, Pedro Silvelo Franco, 
Emmanuel Souza da Rocha, Álvaro Machado, Eloá Maria dos Santos Chiquetti, Felipe P Carpes, 
Rodrigo de Souza Balk ................................................................................................................................................................ 283
Aplicação da pressão positiva contínua na via aérea (CPAP) como exercício respiratório 
na reversão de atelectasia em RNPT, Luciana Carnevalli Pereira, Évelim Leal de Freitas Dantas Gomes, 
Apoana Gomes Flori, Lisandra Cruz Ribeiro, Cristiane Aparecida Moran ................................................................................... 289
REVISÕES
Liberação miofascial em pacientes com mastectomia, Angélica Trevisan De Nardi, Daniel Dalla Nora, 
Gustavo do Nascimento Petter, Tarciso Silva Dos Santos, Melissa Medeiros Braz ......................................................................... 293
Intervenção fisioterápica em pessoas com mielomeningocele, Camila Miliani Capelini, 
Pâmmela de Oliveira, Carlos Bandeira de Melo Monteiro, Thais Massetti, Talita Dias da Silva, Daniella Garbellini .................... 298
Neuralgia do trigêmeo: uma revisão integrativa acerca da clínica médica, cirúrgica e fisioterapêutica, 
Gabrielly Fontenele dos Santos, Lysnara Rodrigues Barros Lial, Caio Cesar Menezes de Sousa, 
Rayele Pricila Moreira dos Santos, Dionis de Castro Dutra Machado, Marco Orsini, Victor Hugo do Vale Bastos ...................... 304
Qualidade de vida de pacientes sobreviventes a sepse, sepse grave e choque séptico avaliada por 
meio de duas escalas, Mayra Caleffi Pereira, Thiago Marraccini Nogueira da Cunha, Luciana Chiavegato, 
Jeanette Janaina Jaber Lucato ....................................................................................................................................................... 311
NORMAS DE PUBLICAÇÃO ............................................................................................................................................. 318
EVENTOS ................................................................................................................................................................................ 320
© ATMC - Atlântica Editora Ltda - Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida, arquivada ou distribuída por qualquer meio, ele-
trônico, mecânico, fotocópia ou outro, sem a permissão escrita do proprietário do copyright, Atlântica Editora. O editor não assume qualquer 
responsabilidade por eventual prejuízo a pessoas ou propriedades ligado à confiabilidade dos produtos, métodos, instruções ou idéias expostos no 
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uma garantia ou endosso da qualidade ou do valor do produto ou das asserções de seu fabricante.
I.P. (Informação publicitária): As informações são de responsabilidade dos anunciantes.
Fisioterapia Brasil
Editor
Marco Antônio Guimarães da Silva (UFRRJ – Rio de Janeiro)
Conselho científico
Abrahão Fontes Baptista (Universidade Federal da Bahia – BA)
Anamaria Siriani de Oliveira (USP – Ribeirão Preto)
Dirceu Costa (Uninove – São Paulo)
Elaine Guirro (Unimep – São Paulo)
Espiridião Elias Aquim (Universidade Tuiuti – Paraná)
Fátima Aparecida Caromano (USP – São Paulo)
Guillermo Scaglione (Universidade de Buenos Aires – UBA – Argentina)
Hugo Izarn (Universidade Nacional Gral de San Martin – Argentina)
Jamilson Brasileiro (UFRN)
João Carlos Ferrari Corrêa (Uninove – São Paulo)
Jones Eduardo Agne (Universidade Federal de Santa Maria – Rio Grande do Sul)
José Alexandre Bachur (Universidade Católica de Petrópolis – RJ, Universidade de Franca -SP)
José Rubens Rebelatto (UFSCAR – São Paulo)
Lisiane Tuon (Universidade do Extreme Sul Catarinense – UNESC)
Marcus Vinícius de Mello Pinto (Universidade Católica de Petrópolis – RJ)
Margareta Nordin (Universidade de New-York – NYU – Estados Unidos)
Mario Antônio Baraúna (Universidade do Triângulo Mineiro – UNIT – Minas Gerais)
Mario Bernardo Filho (UERJ – RJ)
Neide Gomes Lucena (UFPB)
Nivaldo Antonio Parizotto (UFSCAR – São Paulo) 
Norberto Peña (Universidade Federal da Bahia – UFBA – Bahia)
Roberto Sotto (Universidade de Buenos Aires – UBA – Argentina)
Victor Hugo Bastos (UFPI – Piauí)
Grupo de assessores
Antonio Coppi Navarro (Gama Filho – São Paulo)
Antonio Neme Khoury (HGI– Rio de Janeiro)
Carlos Bruno Reis Pinheiro (Rio de Janeiro)
João Santos Pereira (UERJ – Rio de Janeiro)
José Roberto Prado Junior (Rio de Janeiro)
Lisiane Fabris (UNESC – Santa Catarina)
Jorge Tamaki (PUC – Paraná)
Marisa Moraes Regenga (São Paulo)
Luci Fabiane Scheffer Moraes (Univ. do Sul de Santa Catarina)
Philippe E. Souchard (Instituto Philippe Souchard)
Solange Canavarro Ferreira (HFAG – Rio de Janeiro)
Todo o material a ser publicado deve ser enviado para o seguinte endereço de e-mail: artigos@atlanticaeditora.com.br
Revista Indexada na LILACS - Literatura 
Latinoamericana e do Caribe em Ciências 
da Saúde, CINAHL, LATINDEX
Abreviação para citação: Fisioter Bras
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Editor executivo
Dr. Jean-Louis Peytavin
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Editor assistente
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Direção de arte
Cristiana Ribas
cristiana@atlanticaeditora.com.br
Diretor de Marketing e Publicidade
Rainner Penteado
rainner@atlanticaeditora.com.br
Imprensa
release@atlanticaeditora.com.br
243Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014
Editorial
Novos trabalhos em avaliação 
e reabilitação
Jean-Louis Peytavin
Publicamos nesta edição muitas pesquisas em várias 
disciplinas da Fisioterapia. Em primeiro, um estudo sobre a 
assimetria da força entre mão dominante e não dominante no 
tenista, devida a uma equipe da Uninove, da Santa Casa de 
São Paulo e da USP que, além da evidência e das dificuldades 
intrínsecas de medidas desta assimetria, pode ser importante 
para avaliar e tratar as complicações clássicas desse esporte, 
como a epicondilite.
A fisioterapia dermato-funcional está presente com vários 
estudos. A primeira (UCB) avalia o uso de programas de 
computadores para a medição da área de úlceras de pressão, 
e a segunda (Rio Grande do Norte), muito atual, objetiva 
em ratos os resultados das técnicas de rejuvenescimento facial 
usando o microcorrente e seus efeitos ainda pouco confirma-
dos sobre as fibras elásticas, colágeno e fibroblastos.
Dentre os trabalhos de fisioterapia neurofuncional, des-
tacamos o estudo da equipe da AACD (São Paulo) sobre a 
terapia ainda pouca utilizada por contenção induzida do 
membro superior em crianças com paralisia cerebral, que 
mostra bons resultados.
A dor lombar, suas causas e tratamentos, estão estudados 
em dois trabalhos; o primeiro, da Universidade de Itaúna, 
em comunidade de idosos, mostra o grau de correlação 
multifatorial, positiva ou negativa, entre a dor e a depressão, 
a catastrofização, o desempenho funcional, o nível escolar e 
a atividade física.
Enfim esta edição apresenta trabalhos importantes sobre 
a reabilitação pos-mastectomia, a fisioterapia em pessoas com 
mielomeningocele, a neuralgia do trigêmeo e a malformação 
congênita induzida por isotretinína. 
Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014244
Comparação da força de preensão palmar e de pinça 
do membro dominante e não dominante de tenistas
Grip and pinch strength comparison in dominant and non-dominant 
limbs in tennis players
Amir C. Reis, Ft.*, André Serra Bley*, Nayra Deise Dos Anjos Rabelo*, Andréia Basta, Ft.**, Thiago Y. Fukuda, Ft.**, 
Samuel Lodovichi, Ft.***, Angelica Castilho Alonso, Ft.****, Paulo Roberto Garcia Lucareli, Ft.*
*Laboratório de Análise do Movimento - Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo/SP, **Irmandade da Santa Casa 
de Misericórdia de São Paulo, São Paulo/SP, ***Especialista em Ortopedia pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São 
Paulo, São Paulo/SP, ****Laboratório do Estudo do Movimento (LEM), HC-FMUSP, São Paulo/SP
Resumo
Introdução: A mão e o punho são as articulações do membro 
superior que mais se movimentam, sendo responsáveis por grande 
parte da função do membro superior. Um dos esportes em que 
estas articulações mais são solicitadas é o tênis, que exige que todas 
as articulações do membro superior estejam em harmonia e, para 
isso, é necessário força muscular suficiente. Objetivos: Comparar 
a força de preensão palmar e pinça do membro dominante com 
o não dominante em atletas de tênis; correlacionar estas variáveis 
com tempo de prática, horas de treinos semanal e idade. Material 
e métodos: Foram selecionados 32 jogadores amadores do gênero 
masculino com média de idade de 38,6 anos para a mensuração da 
força de preensão palmar e pinça. Resultados: Houve uma assimetria 
significativa entre mão dominante e não dominante nas variáveis: 
força de preensão palmar e de pinça e não encontramos correlação 
entre a força de preensão palmar e pinça com o tempo de prática 
desportiva, idade e horas de treino semanal. Conclusão: A mão domi-
nante apresenta valores maiores de preensão palmar e pinça, porém 
não há relação dessas variáveis com a prática esportiva.
Palavras-chave: dinamômetro, força muscular, tênis.
Artigo original
Abstract
Introduction: The hand and wrist are the joints of the upper 
limb that move more, being responsible for most of upper limb 
function. One of the sports that more requested these joints is the 
tennis, which requires that all joints of the upper limb are in har-
mony and needs enough muscle strength. Objectives: To compare 
the grip and pinch strength of the dominant and non-dominant 
limb tennis players; to correlate these variables with practice time, 
weekly hours of practice and age. Methods: We selected 32 players 
male with a mean age of 38.6 years old for the grip and pinch 
strength measurement. Results: There was a significant asymmetry 
between the dominant and non-dominant variables: grip strength 
and pinch and we do not find a correlation between grip strength 
and pinch with a time of sport, age and hours of weekly training. 
Conclusion: The dominant hand shows higher values for grip and 
pinch, but there is no relationship of these variables with sports.
Key-words: dynamometer, muscle strength, tennis.
Recebido em 15 de março de 2013; aceito em 25 de abril de 2014. 
Endereço para correspondência: Amir Curcio dos Reis, Rua Santa Cruz, 1021/73C, Bairro Vila Mariana, São Paulo SP, E-mail: acrfisio@globo.com, 
plucareli@uninove.br
245Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014
Introdução 
O tênis é considerado uma modalidade esportiva extrema-
mente assimétrica. As mãos são utilizadas com movimentos 
de alto grau de habilidade, força e resistência muscular, que 
unidos, permitem a obtenção de um bom desempenho [1].
De acordo com Skorodumova [2] diferenças unilaterais na 
força (membro dominante e não dominante) em atletas de di-
ferentes modalidades pode surgir no decorrer dos anos devido 
à especificidade do treinamento sistemático, podendo refletir 
em ganhos ou diminuição do desempenho esportivo [3].
Dentre as características de uma partida de tênis, a força 
de preensão palmar necessária para segurar a raquete chama 
a atenção. Sabe-se que para manter essa posição contínua de 
preensão, é necessária uma função muscular adequada. [4,5].
A força de pinça (ou força de precisão) é uma força que 
envolve principalmente a borda radial da mão. Essa preen-
são é requisitada sempre que há necessidade de movimentos 
precisos. A avaliação dessa força mede principalmente os 
músculos intrínsecos da mão, que são mais fracos, no entanto, 
mais precisos [6]. 
Já a força de preensão palmar é definida como atividades 
que geram ação dos dedos e polegar de encontro à palma da 
mão, com o propósito de transmitir força para um objeto [7]. 
Segundo Girard et al. [8], o aumento da força de preensão pal-
mar correlacionou-se com o maior desempenho no membro 
dominante dos tenistas e no estudode Tsuji correlacionou-se 
com a maior densidade mineral óssea. 
Parece haver um consenso entre os pesquisadores que a 
força da mão dominante é aproximadamente 10% maior do 
que a mão não dominante e esta porcentagem é considerada 
normal [1,9-12].
No entanto, diferenças além dos 10% parecem ser mais 
acentuadas nos esportes de raquete, em que a predominância 
de um membro sobre o outro é muito grande [1].
Apesar da vasta literatura disponível avaliando a força 
de preensão palmar e força de pinça na população normal, 
poucos estudos analisam estas características nesta modalidade 
esportiva [4-5]. 
Estudos que têm como meta identificar o perfil físico de 
diferentes modalidades esportivas, considerando o nível dos 
atletas e outros fatores, permitem elaboração de um refe-
rencial que pode ser utilizado como base para treinadores, 
preparadores físicos e outras pessoas da comissão técnica 
desenvolverem seu trabalho de diferentes maneiras, seja na 
detecção do talento esportivo, na avaliação do estado físico 
do atleta ou no controle do treinamento, além de auxiliarem 
os profissionais da área da medicina esportiva na recuperação 
de uma lesão.
Dessa forma, acreditamos que um estudo direcionado para 
a mensuração dessas forças em atletas de tênis possa ajudar a 
conduzir o tratamento e prevenir lesões nesses atletas, uma 
vez que diferenças de forças geradas na articulação podem ser 
fatores predisponentes de lesão por sobrecarga local. 
Neste sentido, o objetivo da nossa pesquisa foi comparar 
a força de preensão palmar e de pinça em atletas de tênis do 
membro dominante com o não dominante. E correlacionar 
estas variáveis com tempo de prática, horas de treinos semanal 
e idade.
Material e métodos
Para a seleção e inclusão no estudo os jogadores deveriam 
ter um tempo mínimo de três anos de prática esportiva e não 
poderiam apresentar qualquer tipo de dor ou desconforto 
no momento da avaliação. Antes da execução da pesquisa, 
conforme resolução 196/96, para fins de apreciação dos 
aspectos éticos implicados em pesquisa com seres humanos, 
este projeto foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em 
Pesquisa (CEP) da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia 
de São Paulo. Todos os sujeitos selecionados para o estudo 
assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
dando ciência que conheceram os procedimentos a serem 
realizados e que concordavam com os objetivos da pesquisa.
A coleta dos dados foi registrada em uma ficha de avalia-
ção elaborada e aplicada pelo pesquisador que consta em seu 
cabeçalho dados como idade, tempo de prática esportiva, mão 
dominante e mão que usa para jogar. No primeiro momento 
foi realizada a avaliação da força de preensão palmar através do 
dinamômetro Jamar, com mensuração em quilograma/força 
(kg/f ), ajustado na segunda posição, a qual é adotada pela 
Sociedade Americana de Terapeutas da Mão (SATM) [13-14]. 
Nesta etapa o paciente se posicionou da maneira sugerida por 
Caporrino, estando sentado com as costas apoiadas, quadris e 
joelhos fletidos a 90°, pés em contato com o solo, ombro em 
adução, cotovelo fletido a 90º, antebraço e punho em posição 
neutra. Foi então, solicitado que o atleta segurasse o dinamô-
metro e apertasse com a maior força possível, alternando-se 
entre a mão direita e esquerda, respeitando um intervalo de 
um minuto entre as aferições, a fim de evitar fadiga muscular 
durante o teste [15,16].
Foram realizadas quatro aferições em cada mão. A primeira 
apenas para teste e familiarização com o dinamômetro e as res-
tantes válidas, cujos resultados foram anotados separadamente 
após sua realização. Posteriormente, realizou-se a média das 
três aferições. A segunda etapa foi constituída pela avaliação 
da força de pinça através do dinamômetro Pinch, com o atleta 
na mesma posição anteriormente descrita, quando também 
foi solicitado ao mesmo que apertasse o dinamômetro com a 
maior força possível com a polpa dos dedos indicador e po-
legar, também de maneira alternada entre direita e esquerda. 
Como na etapa anterior, foram realizadas quatro aferições, 
sendo a primeira como teste e as outras três válidas. Os resul-
tados foram separadamente anotados em ficha de avaliação 
assim como realizado no primeiro momento.
Para confiabilidade do autor em relação aos dois aparelhos 
utilizados na coleta dos dados, foram realizadas duas avaliações 
em 10 indivíduos com características semelhantes à da nossa 
Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014246
entre a força de preensão palmar e a epicondilite lateral do 
úmero tem sido proposta [19,20]. Essa lesão apresenta um 
grande tempo de afastamento da atividade esportiva do tenista 
[21] e, por isso, acredita-se que a avaliação desta variável tenha 
grande utilidade na avaliação desses atletas [19]. 
Em relação aos valores encontrados no nosso estudo, eles 
são muito superiores aos estudos de Gojanovic et al. [22] e 
Lucky e Nicolay [17] que avaliaram indivíduos mais jovens 
e Girard e Millet, [8] e Pereira et al. [18] que avaliaram ado-
lescentes. Neste último estudo, observa-se que, no gênero 
masculino, a força de preensão palmar apresenta aumento 
pronunciado a partir dos 11 anos de idade.
No presente estudo a diferença de força de preensão pal-
mar entre os membros foi de 11,8%, diferindo dos valores 
encontrados por Lucky e Nicolay [17], em que o grupo mas-
culino apresentou a força de pinça 25% maior no membro 
dominante quando comparado ao não dominante, porém os 
autores estudaram indivíduos entre oito e 18 anos, faixa etária 
diferente da nossa pesquisa. Como nos esportes de raquete 
existe o predomínio do uso de um membro em relação ao 
outro, trabalhos específicos para equilibrar os níveis de força 
entre os lados também devem ser desenvolvidos [1].
Na comparação da força de pinça, o lado dominante apre-
sentou valores superiores, porém a porcentagem de diferença 
foi de apenas 2,45%, o que pode estar relacionada também ao 
aumento da força de preensão palmar dos tenistas, no entanto 
não encontramos na literatura tais dados. Os estudos com esta 
variável são em geral relacionados a doenças de punho e mão. 
A avaliação dessa força que mede os músculos intrínsecos da 
mão e envolve atividades menores e de precisão.
Um dado interessante encontrado no presente estudo diz 
respeito à falta de relação significativa entre a força de preensão 
palmar e pinça com o tempo de prática desportiva, idade e 
horas de treino. Diferente do estudo de Moraes e Raimundo 
[3] no qual a prática superior a 20 anos aumentou a força de 
preensão palmar, nossos atletas eram amadores e tinham um 
tempo de prática menor, em torno de 9,65 anos. Reportando 
às informações encontradas na literatura, podemos perceber 
amostra, com dez dias de intervalo entre as duas avaliações, 
obtendo um índice de correlação intraclasse (ICC) de 0,92.
Resultados
A casuística foi composta dos 32 jogadores amadores do 
gênero masculino (tabela I).
Tabela I - Caracterização da casuística. 
Média (dp) Variação 
Idade (anos) 38,6 (6,76) 25-45
Tempo de prática (anos) 9,65 (9,69) 6-40
Horas de treino/semana 2,5 (1,36) 1-7
Houve uma assimetria significativa entre mão dominante 
e não dominante nas variáveis: força de preensão palmar e de 
pinça (tabela II).
Não foram encontradas correlação entre a força de pre-
ensão palmar e de pinça com o tempo de prática desportiva, 
idade e horas de treino semanal (Tabela III).
Discussão
A força de preensão palmar é um dos elementos básicos 
na pesquisa das capacidades manipulativas, de força e de 
movimentos da mão, constituindo um importante parâmetro 
para a funcionalidade dessa articulação e tornando-se, desta 
forma, um interessante dado para estudo.
Quando comparamos o membro dominante com o não 
dominante em atletas de tênis, observamos que existe um 
consenso na literatura, que afirma que existe uma assimetria 
entre a força de preensão de uma mão para a outra. Lucky 
e Nicolay [17] e Pereira et al. [18] afirmam que essa assime-
triatem sido atribuída às características intrínsecas e a alta 
repetição do gesto esportivo realizado durante as partidas e 
os treinos, o que impede que o fisioterapeuta use o membro 
contralateral como referência durante um tratamento pós 
lesão no membro superior. Além disso, uma possível relação 
Tabela II - Comparação da força de preensão palmar e de pinça entre membro dominante versus não dominante nos jogadores de tênis.
Dominante Não dominante p % diferença
Força de preensão palmar 101,96 (19,9) 90,68 (18,67) 0,000 11,81
Força de pinça 18,63 (3,27) 17,50 (3,68) 0,027 2,45
Wilcoxon p ≤ 0,05
Tabela III - Correlação entre força de preensão palmar e pinça com tempo de prática, horas de treinos semanal e idade.
Tempo de prática r(p) Horas de treino/sem r(p) Idade r(p)
Força de preensão palmar 
Dominante -,033 (858) ,055 (,766) 154 (,399)
Não dominante -,143 (434) -,028 (,879) ,228 (,209)
Força de Pinça
Dominante ,245 (,176) -,140 (445) ,068 (,710)
Não dominante ,038 (,838) -,300 (,095) ,189 (,301)
R = Coeficiente de Sperman; p ≤ 0,05
247Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014
que a maior força necessária para a prática dessa modalidade 
esportiva não está localizada nas articulações do punho e da 
mão, que têm como principal função a de segurar/prender a 
raquete, e sim no ombro e cotovelo, de onde são originados 
a maioria dos movimentos durante uma partida de tênis 
[8,23,24].
A avaliação da força de preensão palmar e pinça nesses 
atletas pode nos auxiliar na elaboração de um tratamento 
específico, além de constituir uma importante estratégia na 
melhora do desempenho desses atletas em suas competições. 
Entretanto, com base nos próprios dados encontrados, acre-
ditamos que a principal limitação do presente estudo seja 
a falta da mensuração de força da musculatura do ombro, 
articulação essa muito usada nessa prática esportiva. Dessa 
forma, sugerimos que novos estudos abordando essa temática 
sejam realizados.
Conclusão
Nos jogadores de tênis, a mão dominante apresentou 
valores significativamente maiores de preensão palmar e de 
pinça que a mão não dominante. 
A força de preensão palmar e de pinça não se relacionou 
com tempo de prática, horas de treino e idade na população 
estudada. 
Referências
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Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014248
Acurácia e concordância entre medidas de área de 
úlceras por pressão aferidas pelos softwares AutoCad® 
e ImageJ®
Accuracy and agreement between measures of pressure ulcers area 
through softwares AutoCad® and ImageJ®
Ana Loren Martins de Melo e Silva, Ft.*, Eylane Jorge Duarte, Ft.*, Levy Aniceto Santana, D.Sc.**, 
Renato da Veiga Guadagnin, D.Sc.**, Lourdes Mattos Brasil, D.Sc.***, Rinaldo de Souza Neves, D.Sc.****
*Universidade Católica de Brasília (UCB), **Docente da Universidade Católica de Brasília (UCB), 
***Docente da Universidade de Brasília (UnB), ****Docente da Escola Superior em Ciências da Saúde (ESCS)
Resumo
O objetivo do presente estudo foi verificar a acurácia e a con-
cordância entre as aferições computacionais dos softwares AutoCad® 
e ImageJ® para mensuração de áreas de Úlcera por Pressão (UP). 
Trata-se de um estudo transversal com a participação de 9 pacientes, 
com média de idade de 48,4 ± 21,4 anos. Os instrumentos utiliza-
dos para o estudo foram uma câmera fotográfica semiprofissional 
e os softwares AutoCad® e ImageJ®. Os resultados mostraram uma 
diferença de 1,15 cm², demonstrando boa concordância entre as 
medidas de áreas registradas pelos softwares. Conclui-se que há uma 
excelente acurácia e concordância entre as medidas das áreas de 
UP avaliadas pelos softwares, corroborando a utilidade dos mesmos 
para a avaliação e acompanhamento de área de UP com segurança 
e precisão.
Palavras-chave: úlcera por pressão, software, fotografia.
Artigo original
Abstract
The aim of this study was to compare the measurements by 
computer software ImageJ® and AutoCad® for measuring areas of 
Pressure Ulcers (PU). This was a cross sectional study involving 9 
patients, mean age 48.4 ± 21.4 years old. The instruments used 
for the study were a camera, ImageJ® and AutoCad® softwares.The 
results showed a difference of 1.15 cm² demonstrating good agre-
ement between the measurements of areas recorded by softwares. 
We conclude that there is an excellent accuracy and concordance 
between measures of the PU areas assessed by the softwares, con-
firming their usefulness for the evaluation and monitoring of PU 
area safely and accurately.
Key-words: pressure ulcer, software, photography.
Recebido em 1 de maio de 2013; aceito em 27 de junho de 2014. 
Endereço para correspondência: Levy Aniceto Santana, QS 07 Lote 01 EPCT, Águas Claras 71966-700 Taguatinga DF, E-mail: levy@ucb.br.
249Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014
Introdução
Úlcera por Pressão (UP) é a lesão encontrada na pele e/
ou tecido subjacente geralmente sobre uma proeminência 
óssea, resultado da pressão, cisalhamento, fricção ou a com-
binação desses três fatores [1]. A idade avançada, condições 
de mobilidade, comorbidade, hidratação, estado nutricional 
e nível de consciência são fatores internos, que predispõem 
à formação de UP [2].
A UP aparece com maior frequência em regiões da pele 
que há menor quantidade de tecido muscular e próxima às 
proeminências ósseas como sacro, grande trocânter, joelhos, 
maléolos laterais, coluna torácica, occipital, escápula, calca-
nhares, epicôndilos laterais e tuberosidade isquiática [3]. São 
as principais causas do aumento da morbidade e mortalidade 
em pacientes acamados, portadores de doenças crônicas 
degenerativas e idosos, além de dificultar a recuperação do 
paciente, aumentando o risco de infecção e reduzindo sua 
independência funcional. O tratamento da UP representa 
também um importante fator de custo para o paciente e para 
os sistemas públicos e privados de saúde [4,5].
Na literatura internacional há estimativas da prevalência 
de UP nos pacientes internados de 3 a 14% [2]. Um estudo 
[5] recente identificou uma prevalência de 57,89% e uma in-
cidência de 37,03% em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) 
adulto de um serviço de saúde pública do Distrito Federal.
As UP podem ser classificadas de acordo com a profundi-
dade, em relação à extensão da parede tissular envolvida, em 
graus de I a IV, sendo que o grau I se manifesta como uma área 
definida de hiperemia persistente; grau II como lesão parcial 
que compreende a epiderme, ou parte da derme ou ambas; 
o grau III como perda cutânea de espessura total envolven-
do lesão ou necrose do tecido subcutâneo; o grau IV como 
destruição de todas as camadas da pele, tecido subcutâneo e 
muscular [6,7].
A medida das dimensões da UP é importante na avalia-
ção e acompanhamento da evolução do tratamento de todos 
profissionais que atendem esse paciente, entre os quais, o 
fisioterapeuta que por meio de recursos físicos como o laser 
de baixa potência e a estimulação elétrica de alta voltagem 
atuam com objetivo de reduzir o tempo de cicatrização e os 
riscos de morbidade e mortalidade devido a essa afecção [8].
A área de uma UP pode ser avaliada por métodos simples 
e invasivos como uso de réguas ou decalque em material 
transparente, porém essas técnicas possuem baixa precisão e 
alto índice de contaminação. Já os métodos não invasivos por 
meio de captação de imagem digital e programas computa-
cionais constituem uma categoria de avaliação mais precisa 
e mais confiável, com baixo custo, e sem grandes riscos de 
lesões teciduais e infecções [4,5,9].
Há também estudos baseados em análises fotográficas de 
imagens de UP capturadas por câmeras digitais padrão e sua 
área é calculada por softwares como o AutoCad®(Autodesk, Inc) 
[9,10] e o ImageJ® [11]. O software AutoCad® é comercial-
mente disponível usado principalmente por engenheiros no 
cálculo de área física e que também tem sido frequentemente 
utilizado por profissionais da área da saúde para mensuração 
de área de UP em estudos com animais [12] e humanos 
[13,14], com a vantagem de realizar medidas de alta precisão 
e confiabilidade [15]. 
O software ImageJ®, desenvolvido por Wayne Rasband no 
National Institute of Health, é um programa Java de domí-
nio público de processamento de imagem que é executado, 
ou como um applet em linha ou como um aplicativo para 
download, em qualquer computador com Java 1.4 ou mais 
recente. Ele pode calcular a área e estatísticas de valor de pixel 
em seleções definidas pelo usuário ou por filtro de cores e 
ainda medir distâncias e ângulos. O ImageJ® foi projetado com 
uma arquitetura aberta que fornece extensibilidade através de 
plugins Java e pode ser baixado gratuitamente diretamente 
do site http://rsbweb.nih.gov/ij/ [16]. Esse software tem sido 
utilizado para cálculo de área de UP apresentando excelentes 
resultados [11].
O software ImageJ® é de domínio público e de fácil ma-
nuseio, porém ainda pouco conhecido. Já o AutoCad®, além 
de ter um custo e necessitar de um treinamento para o uso, é 
bem conhecido e com confiabilidade e precisão descritas na 
literatura, sendo que ambos podem ser utilizados para mensu-
rar a área de UP. Entretanto, em recente revisão bibliográfica 
não foram encontrados estudos que tenham comparado o 
desempenho dos mesmos. Por isso, o objetivo do presente 
estudo foi verificar a acurácia e a concordância entre as afe-
rições computacionais dos softwares AutoCad® e ImageJ® para 
mensuração de áreas de UP.
Material e métodos
Participantes
Foi realizado um estudo transversal com a inclusão de 
pacientes portadores de lesão neurológica internados no 
período da coleta de dados na Unidade de Neurocirurgia do 
Hospital de Base do Distrito Federal, da Secretaria de Estado 
de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) com UP graus II, III 
e IV das regiões sacral, trocantérica, isquiática, calcâneo e 
maleolar. Foram excluídos do estudo os pacientes portadores 
de lesão cerebral que não estavam acompanhados por fami-
liares, pois não eram aptos para preencher e assinar o Termo 
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) autorizando a 
participação no estudo. Após a aplicação dos critérios de in-
clusão e exclusão, 9 pacientes foram selecionados, com média 
de idade de 48,4+21,4 anos, totalizando 15 UP (Tabela I).
O protocolo experimental do presente estudo foi aprovado 
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação de Ensino 
e Pesquisa em Ciências da Saúde sob o Nº CEP/FEPECS 
196/2012. Todos os acompanhantes assinaram um termo de 
consentimento livre e esclarecido e receberam informações 
sobre o objetivo do estudo.
Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014250
mensão vertical de forma análoga. Registro da quantidade de 
pixels; 4) Determinação do fator de ajuste horizontal/vertical. 
Esse fator decorre do ângulo de posicionamento da câmera. O 
conhecimento dos ângulos permite sua determinação como o 
inverso do cosseno do ângulo. Comparando-se esse valor com 
o fator de ajuste retirado da imagem pode-se obter um fator 
de correção da área medida pelo software. Feita essa correção 
pode-se comparar as áreas encontradas com as áreas reais dos 
objetos, obtendo-se uma medida de erro; 5) Inserção do fator 
de ajuste na escala; 6) Marcação da área da UP pelo contorno 
da borda com o mouse; 7) Medição da área.
Para o cálculo das áreas pelo AutoCad®, as imagens das 
UP foram inseridas por meio dos comandos insert e raster 
image reference, com seleção da escala 1. Na área de trabalho 
do software, foi ampliado o tamanho da imagem, de modo a 
facilitar a demarcação do contorno. Foi selecionada a ferra-
menta spline para delimitar o contorno do objeto padrão e da 
imagem de UP e, por meio do botão esquerdo do mouse, o 
avaliador marcou o contorno do objeto padrão e da imagem 
de UP, clicando em vários pontos sequencialmente. Ao se 
finalizar a demarcação, a tecla <enter> foi utilizada 3 vezes 
consecutivas, formando o contorno definitivo do desenho. 
Os comandos AA (area) <enter> e O (object) <enter> foram 
utilizados para a determinação da área do objeto padrão e da 
imagem de UP, em números decimais.
Com as áreas obtidas, foi elaborada uma tabelano sof-
tware Microsoft Excel contendo a identificação do paciente 
e a análise do objeto padrão e da UP de cada imagem em 
cada software. Considerando que a área do objeto padrão era 
conhecida (9 cm2), a área da UP em cm2 foi obtida por regra 
de três, por meio da seguinte equação:
Instrumentos
Durante os registros fotográficos das UP, os pacientes 
foram posicionados em decúbito lateral sendo utilizada uma 
câmera fotográfica semiprofissional da marca Canon mode-
lo T3i- 18-55 mm, linha EOS Rebel, com resolução de 18 
mega pixels registrando imagens de 5184 por 3456 pixels no 
formato jpeg sendo escolhida essa máquina por estar entre as 
melhores disponíveis no mercado atualmente.
A câmera foi utilizada com flash desligado, posicionada 
perpendicularmente (inclinação de 0º) em relação ao leito da 
ferida para manter uniformidade das imagens e com distância 
de 30 cm da ferida, aferida por meio de régua plástica marca 
Stalo com 30 cm de comprimento e 1 mm de precisão. Foi 
colocado no campo da imagem da câmera e o mais próximo 
possível à ferida, um objeto quadrado com 3 cm de lado para 
referência métrica. Além disso, a ferida do paciente foi posi-
cionada a favor da luz solar e as luzes artificiais do ambiente 
foram desligadas.
Procedimentos de análise de dados
As imagens em formato jpeg foram importadas pelos 
softwares AutoCad® versão 2010 e pelo ImageJ® versão 1.46r, 
instalados em um notebook marca Dell modelo Vostro 3450 
com um mouse externo marca Microsoft modelo 1383.
As áreas das imagens foram calculadas pelo software Ima-
geJ® nos seguintes passos: 1) Abertura do arquivo da imagem; 
2) Fixação da escala de dimensão horizontal, com indicação 
do comprimento conhecido do lado do quadrado (3 cm). 
Registro da quantidade de pixels; 3) Fixação da escala de di-
Tabela I - Descrição da amostra.
Paciente Idade (anos) Diagnóstico clínico
Tempo de 
lesão (meses)
Local da UP
Grau da 
UP
Tratamento
1 23 Tetraplegia nível C6 5
Isquiática
III AGEMaleolar
Calcâneo
2 68 Tetraplegia nível C5 3 Calcâneo II
AGE, sulfadiazina de prata e 
colagenase
3 49 TCE 3 Sacral II Sulfadiazina de prata
4 26 Edema cerebral 5 Sacral IV AGE e colagenase
5 26 TCE 4
Sacral II Sulfadiazina de prata
Trocantérica direita III AGE
6 84 AVEH 3 Sacral III AGE
7 67 Ventriculite cerebral 4 Sacral IV Sulfadiazina de prata
8 49 TCE 5
Maleolar III AGE
Sacral IV AGE e colagenase
Trocantérica direita III AGE
Trocantérica 
esquerda
III AGE
9 43
Pós operatório de 
craniotomia
4 Sacral II AGE
Legenda: AGE = Ácidos Graxos Essenciais; TCE = Traumatismo Crânio Encefálico; AVEH = Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico. 
251Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014
UP (cm2) = Área da UP informada pelo software x 9
 Área do objeto padrão informada pelo software
O software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), 
versão 20.0 para Windows, foi utilizado para calcular a es-
tatística descritiva média e desvio padrão, incluindo o erro 
quadrático médio para verificar a acurácia entre as medidas 
calculadas pelos softwares ImageJ® e AutoCad® com nível de 
significância de 5%. Além disso, utilizou-se o gráfico de Bland 
e Altman para a verificação de concordância entre as medidas, 
seguindo o pressuposto na literatura [12].
Resultados
A Tabela II apresenta as áreas das UP mensuradas pelos 
softwares e observa-se que as maiores diferenças percentuais 
foram encontradas nas menores UP (calcâneo do paciente 1 
e sacral do paciente 9). Entretanto, o maior erro encontrado 
foi de 2,44% e o erro quadrático médio das diferenças foi de 
1,45% demonstrando boa acurácia entre as medidas e valores 
de erros clinicamente insignificativos. 
Tabela II - Local das UP, áreas mensuradas pelos softwares e dife-
rença percentual.
Pa-
cientes
Local da UP
Área (cm²) Diferença 
percentualAutoCad® ImageJ®
1
Isquiática 13,15 12,89 -1,98
Maleolar 2,82 2,87 1,77
Calcâneo 0,41 0,42 2,44
2 Calcâneo 6,05 5,95 -1,65
3 Sacral 14,68 14,43 -1,70
4 Sacral 16,98 16,84 -0,82
5
Sacral 1,46 1,45 -0,68
Trocantérica 
direita
8,13 8,20 0,86
6 Sacral 54,93 54,34 -1,07
7 Sacral 52,23 51,62 -1,17
8
Maleolar 4,90 4,95 1,02
Sacral 40,75 40,15 -1,47
Trocantérica 
direita
17,33 17,18 -0,87
Trocantérica 
esquerda
18,51 18,90 2,11
9 Sacral 5,12 5,23 2,15
O gráfico de Bland e Altman, com cálculo dos limites 
superior e inferior baseado na fórmula (média ± 2x desvio-
-padrão), mostrou limite superior de 0,71 cm² e inferior de 
-0,44 cm², permitindo uma diferença de 1,15 cm² entre as 
medidas da área com o AutoCad® e o ImageJ® (Figura 1). A 
análise do gráfico de Bland e Altman demonstra, portanto, 
boa concordância entre as medidas de áreas registradas pelos 
softwares. 
Figura 1 - Gráfico de Bland e Altman para análise de concordância 
entre as medidas dos softwares ImageJ® e AutoCad®.
-0,6
-0,4
-0,2
0
0,2
0,4
0,6
0,8
0 10 20 30 40 50 60
D
ife
re
nç
a 
en
tre
 a
s 
m
ed
id
as
 (e
m
 c
m
2 )
Média das medidas (em cm2)
Discussão
Os resultados mostraram que as maiores diferenças foram 
observadas nas menores UP (Tabela II) e esse resultado corro-
bora o descrito por Echeverria [9], Reis et al. [12] e Santana, 
Teixeira e Ribeiro [13], sendo justificado pelo fato que ao se 
utilizar a mesma resolução para todas as fotos, a quantidade 
de pixels é adequado ao tamanho dos objetos na imagem. 
Desse modo, imagens menores possuem menor quantidade 
de pixels e deslocamentos imprevistos do mouse na marcação 
da UP produzem maiores erros.
Quanto ao erro quadrático médio, o valor foi baixo, 
clinicamente insignificativo e concordante com o descri-
to por Reis et al. [12], ao comparar o desempenho dos 
softwares Motic® e AutoCad®, e constituem erros bem 
menores que os cometidos pelo método de mensuração de 
área com uso de régua utilizado atualmente pela maioria 
dos profissionais.
A boa concordância demonstrada pelo gráfico de Bland e 
Altman (Figura 1) foi verificada também por Reis et al. [12] 
ao comparar os softwares Motic® e AutoCad® demonstrando 
que tantos esses quanto o ImageJ® podem ser utilizados para 
aferição de área de UP, entretanto o ImageJ® tem a vantagem 
de ser gratuito e de fácil manuseio.
Um fator que pode ter influenciado no erro entre as 
medidas foi as marcações no sentido vertical e horizontal das 
áreas dos objetos conhecidos para a conversão dos valores de 
pixels para centímetros e as bordas das UP tanto no software 
ImageJ® quanto no AutoCad® terem sido feitas manualmente 
com uso do mouse e por isso dependeram da coordenação 
motora do operador. Estudo prévio [13] já referiu esse fator 
e para minimizá-lo recomenda que essa marcação seja feita 
sempre pelo mesmo sujeito. Essa recomendação foi seguida 
nesse estudo e por isso acredita-se que esse viés de aferição 
foi minimizado.
Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014252
Sugere-se que estudos futuros implementem plugins ao 
software ImageJ® possibilitando o cálculo automático de área 
de UP pelo reconhecimento de cores.
Conclusão
Foram observadas excelente acurácia e concordância 
significativa entre as medidas das áreas de UP avaliadas pelos 
softwares ImageJ® e AutoCad®. Consequentemente, os resulta-
dos deste estudo corroboram a utilidade desses softwares para 
a avaliação e acompanhamento de área de UP com segurança 
e precisão.
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Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício
B r a z i l i a n J o u r n a l o f E x e r c i s e P h y s i o l o g y
253Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014
Efeitos da microcorrente sobre o tecido conjuntivo 
de ratos Wistar
Effects of microcurrent on the connective tissue of Wistar rats
Rodrigo Marcel Valentim da Silva, M.Sc.*, Diego Robson de Lima Cruz, Ft.**, Eduardo Gomes de Sousa Neto, Ft.**, 
Hennes Gentil de Araújo, Ft.**, Ludmila Lopes Trindade***, Janaína Maria Dantas Pinto, M.Sc.****, 
Patrícia Froes Meyer, D.Sc.*****, Maria Goretti Freire de Carvalho, D.Sc.******, Oscar Ariel Ronzio*******
*Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade Maurício de Nassau, Natal/RN, **Universidade Potiguar (UnP), Natal/RN, 
***Médica graduada pela Universidade Potiguar (UnP), Natal/RN, ****Especialista em Fisioterapia Respiratória pela Escola Paulis-
ta de Medicina, Docente da Universidade Potiguar (UnP), Natal/RN, *****Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN), 
Natal/RN, ******Docente da Universidade Potiguar (UnP) e da Faculdade Natalense para Desenvolvimento do Rio Grande do 
Norte- (FARN) Natal/RN, ******Professora Adjunta do Curso de Medicina da Universidade Potiguar, *******Prof. Titular, Agentes 
Físicos Aplicados, Universidad Maimónides, Prof. Adjunto Interino, Fisioterapia 1 y 2, Universidad Favaloro, Prof. Adjunto, Agen-
tes de Terapia Física, Universidad del Salvador, Prof. Adjunto, Kinefisiatría Computacional, Universidad Morón
Resumo
A terapia por microcorrente é utilizada no reparo tecidual e 
atualmente é aplicada no tratamento do envelhecimento cutâneo, em 
virtude dos seus prováveis efeitos sobre as fibras colágenas e elásticas. 
O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da microcorrente 
no tecido conjuntivo. A amostra consistiu de 15 ratos, da raça 
Wistar, selecionados aleatoriamente com peso entre 200 e 350 g. 
Foram divididos em 3 grupos de 5 animais, sendo o primeiro um 
grupo-controle (GC) que não recebeu aplicação, o segundo (GT 
10) que recebeu 10 aplicações e o terceiro (GT 20) que recebeu 20 
aplicações de microcorrente com os seguintes parâmetros: frequ-
ência de 500 Hz, intensidade de 700 μA e tempo de aplicação de 
30 minutos/dia. Na análise histológica, identificou-se um aumento 
significativo do número de fibras elásticas nos grupos tratados, 
quando comparado com o grupo controle. Na análise estatística a 
comparação do grupo controle com GT 10 e GT 20 observou-se que 
a região mais estimulada pela aplicação da microcorrente foi entre 
os eletrodos, comparado aos polos positivos e negativos. A aplicação 
de microcorrente foi eficaz em relação aos parâmetros analisados 
com um incremento significativo da produção de fibras elásticas.
Palavras-chave: modalidades de fisioterapia, estimulação elétrica, 
tecido conjuntivo, fibras elásticas.
Artigo original
Abstract
Microcurrent is used to repair tissue and nowadays is used as 
treatment of aging skin, due to its effect on the collagen and elastic 
fibers. The objective of this study was to investigate the effects of 
microcurrent on the connective tissue. The sample consisted of 15 
Wistar rats, selected at random weighing between 200 and 350 g. 
Three groups of 5 animals were divided, the first was a control group 
(CG) who did not received treatment, the second (GT 10) received 
10 sessions of microcurrent and the third (GT 20) received 20 ses-
sions with the following parameters: 500 Hz, 700 μA intensity and 
exposure time of 30 minutes/day. Histological analysis identified 
a significant increase in the number of elastic fibers in the treated 
groups compared with the control group. Statistical analysis com-
paring the control group with GT 10 and GT 20 revealed that the 
area most stimulated by the use of microcurrent was between the 
electrodes, compared to positive and negative poles. The micro-
current was effective in relation to the analyzed parameters with a 
significant increase in elastic fibers production.
Key-words: physical therapy modalities, electrical stimulation, 
tissue, elastic fibers.
Recebido em 30 de julho de 2013; aceito em 9 de julho de 2014. 
Endereço para correspondência: Patrícia Froes Meyer, Rua Maxaranguape, 550/2603 Tirol 59020160 Natal RN, E-mail: marcelvalentim@hotmail.
com, diegofisio@hotmail.com, jajafisio@hotmail.com 
Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014254
Introdução
Com o processo de envelhecimento, as rugas aparecem 
de forma progressiva em virtude de uma frouxidão da junção 
dermo-epidérmica, a qual perde sua ancoragem e sua adesão 
com as fibras elásticas da derme superficial provocando uma 
subtensão na rede das fibras de colágeno [1]. Em consequ-
ência aumenta-se a rigidez dos tecidos ocorrendo uma maior 
dificuldade para a difusão dos nutrientes a partir dos capilares 
para as células, o que ocasiona uma deterioração progressiva 
da função celular [2]. Em decorrência desse fato, a pele perde 
elasticidade causando alterações nas fibras colágenas e elásti-
cas, além disso, a atividade do fibroblasto é diminuída, com 
consequente redução da síntese de colágeno [3,4].
Nos últimos anos, o desenvolvimento de estudos sobre o 
envelhecimento facial tem estimulado o conhecimento sobre 
os aspectos clínicos funcionais decorrentes deste processo. A 
fisioterapia dermato-funcional possui diversas modalidades 
terapêuticas para estes fins como a microcorrente, utilizadas 
frequentemente no processo de reparo tecidual, mas que 
atualmente trata-se de um recurso frequentemente utilizado 
na prática clínica no tratamento de envelhecimento cutâneo, 
desde sua utilização domiciliar através de aparelhos portáteis 
até seu usoem clínicas de estética [5,6]. 
A microcorrente consiste em uma corrente de baixa am-
peragem que induz a síntese proteica e que é capaz de acelerar 
em até 500% a produção do trifosfato de adenosina (ATP), 
sendo essa molécula a grande responsável pela síntese proteica 
e regeneração tecidual devido a sua participação em todos os 
processos energéticos da célula [7,8]. Diversos estudos têm 
mostrado que o crescimento do número de fibroblastos e o 
alinhamento das fibras de colágeno foram incrementados com 
a estimulação de microcorrentes e que a resposta máxima dos 
fibroblastos foi observada nas proximidades do catodo. Ainda, 
a excitação elétrica de uma ferida aumenta a concentração de 
receptores de fator de crescimento que aumenta a formação 
de colágeno [9-11]. 
 Qualquer que seja a indicação da microcorrente deve-se 
buscar a capacitância, princípio fundamental no processo de 
sobrevivência celular. Mas quando se considera um quadro 
de lesão tecidual, vale salientar que as respostas físicas e 
biológicas do tecido são diferentes das respostas de uma pele 
íntegra, sem qualquer tipo de lesão. Baseado neste princípio, 
verifica-se um grande número de pesquisas voltadas para 
conhecimento e melhora do tratamento de feridas, ou seja, 
a utilização das microcorrentes no processo de reparação 
tecidual [12-15].
A demonstração de indução da proliferação de fibroblas-
tos após o uso da microcorrentes em feridas desencadeou a 
ideia de uma ação de estimular os fibroblastos em um tecido 
normal, como acontece em casos de utilização das microcor-
rentes no processo de rejuvenescimento [3,9,10]. A partir 
deste fato, este estudo investiga os efeitos da microcorrente 
no tecido dérmico íntegro em animais que não sofreram 
lesão tecidual, observando as possíveis mudanças nas fibras 
colágenas e elásticas como possíveis formações de neocolágeno 
ou maior quantidade de fibras elásticas, buscando investigar 
se a ação da microcorrente é efetiva em tratamentos de re-
juvenescimento facial a partir de seus efeitos sobre o tecido 
conjuntivo [5,13,14].
Material e métodos
Trata-se de um estudo experimental, cujos procedimen-
tos tiveram início após a aprovação pelo comitê de ética em 
pesquisa da Universidade Potiguar-UnP de acordo com o pro-
tocolo de número 298/2009. A amostra foi composta por 15 
ratos, da raça Wistar, Rattus Norvegicus albinus, selecionados 
de forma aleatória com peso entre 200 e 350 g. Os animais 
tiveram origem do Biotério da Universidade Potiguar (UnP) 
e foram mantidos durante os protocolos experimentais no 
mesmo ambiente, temperatura média de 28 °C e iluminação 
controlada, mínimo de ruídos, com mesmo ciclo biológico 
com fotoperíodo de 12 horas claro e 12 horas escuro, confi-
nados em gaiolas individuais forradas com maravalha, onde 
receberam água e ração comercial “ad libitum”, sendo a apli-
cação da terapia realizada no turno vespertino.
Os 15 ratos foram divididos em 3 grupos de 5 espécimes, 
no qual o primeiro grupo (GC) foi o grupo-controle, que 
não recebeu tratamento, o segundo grupo (GT-10) recebeu 
10 e o terceiro grupo (GT-20) recebeu 20 aplicações de 
microcorrente.
Para a realização do experimento, inicialmente, foi re-
alizada anestesia mediante o uso do anestésico dissociativo 
(Zoletil®50) por via intramuscular (IM) aplicado no quadrí-
ceps esquerdo de cada animal. A dosagem do anestésico foi 
calculada de acordo com o peso do animal, sendo o valor 
de 15,0/30,0 mg/kg. No primeiro dia, após a anestesia, os 
animais foram submetidos à tricotomia da região dorsal, 
marcação e pesagem. 
Para a aplicação, foi empregado um gerador de microcor-
rente, da marca Ibramed (Brasil). Primeiramente, ele passou 
por uma aferição dos parâmetros de voltagem e amperagem. 
A pesquisa foi realizada utilizando 2 (dois) eletrodos de si-
licone carbono com 4 cm² de área, que eram acoplados no 
dorso dos animais com gel, mantendo uma distância de 5 cm 
entre os mesmos, e fixados com fita adesiva. Os ratos eram 
colocados em um contensor de polipropileno, para minimizar 
o manuseio e o estresse do animal. Para todo o tratamento 
foi preconizado um tempo de 30 minutos, com frequência 
de 500 Hz e intensidade de 700 μA, uma vez ao dia, 7 dias 
na semana, até completar o número total de sessões de cada 
grupo. Após o período de tratamento, os animais foram sacri-
ficados em uma câmara de gás de dióxido de carbono (CO2).
Após o fim das aplicações, foram retiradas amostras da 
superfície da pele (área: 1 cm2) dos animais. Para correta in-
terpretação dos resultados foram coletados os tecidos da área 
abaixo dos eletrodos com 10 (GT-10-A) e 20 dias (GT-20-A) 
255Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014
Figura 1 - Análise histológica da quantidade de fibras elásticas entre 
os grupos controle e tratado com 20 sessões.
(A) Grupo Controle; (B) Grupo Tratado; 20 dias de aplicação; Foto-
micrografia com coloração de Verhoff, aumento de 400 x. As setas 
indicam as regiões com fibras elásticas.
Tabela II - Comparações da quantidade de fibras elásticas observa-
das nos diferentes grupos na região dos eletrodos ou entre os eletrodos.
Comparação Diferença P value
Signifi-
cativo
Controle vs. GT-10-A -8.700 0,06 ns
Controle vs. GT-10-B -10.500 0,05 ns
Controle vs. GT-20-A -8.600 0,06 ns
Controle vs. GT-20-B -11.700 0,03 s*
GT: Grupo Tratado A: Área abaixo dos eletrodos. B: Área entre os 
eletrodos. Utilizou-se teste estatístico Kruskal-Wallis con Dunn post-test. 
*Diferença estatística significativa (p < 0,05).
A Figura 2 apresenta os valores médios da quantidade de 
fibras elásticas nos tecidos analisados do grupo controle e dos 
grupos tratados. Podemos observar que em ambos os grupos 
tratados houve aumento no número de fibras elásticas, com 
aumento estatisticamente significante apenas para o grupo 
GT-20-B (entre os eletrodos) em relação ao Controle (P = 
0,03).
Figura 2 - Valores médios da quantidade de fibras elásticas nos 
tecidos analisados do grupo controle e dos grupos tratados.
 
Fi
br
as
 E
lá
st
ic
as 600
400
200
0
142
236,8
252,8
237,2274,4
*
Controle GTA-10
GTB-10
GTA-20
GTB-20
*Diferença estatística significante (p < 0,05). Utilizou-se teste estatístico 
Kruskal-Wallis con Dunn pos- test. 
Discussão
A microcorrente proporciona um estímulo aos fibro-
blastos, células fixas do tecido conjuntivo que sintetizam as 
fibras de colágeno, elastina e reticulina [9,16]. Os fibroblastos 
recebem o impulso e produzem fibras elásticas, o que é con-
e do tecido entre os eletrodos com 10 (GT-10-B) e 20 dias 
(GT-20-B). 
Estes fragmentos teciduais foram colocados em frascos 
apropriados e devidamente identificados, contendo 20 ml 
de solução de formol tamponado a 10%. Após a fixação, 
as amostras foram processadas segundo protocolo de rotina 
para confecção das lâminas histológicas. Foram utilizadas as 
colorações Hematoxilina-Eosina HE e Tricrômico de Mas-
son para verificar diferenças no tecido colágeno em relação 
ao controle e a coloração Verhoff para verificar alterações do 
tecido elástico. Fotomicrografias foram realizadas com câmera 
digital acoplada ao microscópio óptico Olympus. Por meio 
da observação das lâminas coradas com Verhoff foi realizada a 
contagem das fibras elásticas para comparação e quantificação 
dos resultados, através da divisão de cada lâmina em 10 cam-
pos e posteriormente, realizando o somatório do número de 
fibras elásticas em cada lâmina, procedimentos esses realizados 
por três examinadores de maneira cega. Os resultados foram 
apresentados através dos gráficos e tabelas.
Para a análise dos dados foi utilizado o programa esta-
tístico Service Statistical Package for the Social Science - SPSS 
(versão 17.0). Foi realizado o teste estatístico Kruskal-Wallis 
con Dunn post-test entre os grupos Controle vs. GT-10-A; 
Controle vs. GT-10-B; Controle vs. GT-20-A e Controle vs. 
GT-20-B, adotando-se um nível de significânica de p < 0,05.
Resultados
Percebeu-se, após o tratamento com a microcorrente, queos grupos que receberam 10 e 20 aplicações apresentavam 
maior quantidade de fibras elásticas, tanto nas regiões abaixo 
e entre os eletrodos, o que pode ser observado na Tabela I.
Tabela I - Quantidade de fibras elásticas encontradas nos diferentes 
grupos na região dos eletrodos ou entre os eletrodos.
Contro-
le
10 TTOS 20 TTOS
GT-10-A GT-10-B GT-20-A GT-20-B
Rato 1 146 104 162 215 390
Rato 2 140 226 229 316 187
Rato 3 138 296 184 345 281
Rato 4 144 333 381 187 146
Rato 5 142 225 308 123 368
Media 142 236,8 252,8 237,2 274,4
DP 3,16 87,54 90,87 92,04 107,58
GT: Grupo Tratado A: Área abaixo dos eletrodos. B: Área entre os 
eletrodos. 
A Tabela II apresenta a análise estatística da quantidade de 
fibras elásticas observadas nos animais dos grupos controle, 
tratado com 10 e 20 sessões. O resultado demonstrou que foi 
significativa a diferença entre o grupo Controle comparada ao 
GT-20-B (entre os eletrodos). Esse resultado também pode 
ser verificado na Figura 1.
Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014256
firmado neste estudo ao observar um aumento na produção 
de fibras elásticas na maioria das lâminas examinadas [17].
Foi observado que correntes constantes de 100 μA a 500 
μA aumentam o transporte ativo de aminoácidos e conse-
quentemente a síntese de proteínas em 30% a 40%. Alguns 
estudos mostram que com o uso de microcorrentes a 500 μA 
há aumento da produção de ATP, que aumenta o transporte de 
aminoácidos e estes dois fatores contribuem para um aumento 
da síntese de proteína [18,19]. 
Podemos observar que a microcorrente demonstrou 
eficácia na estimulação da pele íntegra. Observou-se um 
incremento na produção de fibras elásticas, em decorrência 
da estimulação fibroblástica, corroborando trabalhos referen-
tes à estimulação em tecidos lesionados [17-19]. A ação da 
microcorrente na neoformação de tecido colágeno não foi 
percebida nas análises em microscopia óptica utilizadas neste 
estudo, mas poderiam estar ou não confirmadas através de 
microscopia eletrônica. 
As limitações para o desenvolvimento deste estudo estão 
relacionadas à carência de instrumentos para melhor análise 
das fibras colágenas, tais como microscopia eletrônica. Além 
disso, o número de animais também foi um fator limitante 
para melhor validade dos resultados. Sugerem-se maiores 
estudos que confirmem estes achados utilizando uma quanti-
dade de animais maiores, bem como métodos de análise mais 
detalhados como a análise imuno-histoquímica com anticorpo 
específico para os diferentes tipos de colágeno e elastina e que 
possam demonstrar estes resultados no atendimento clínico 
de pacientes com envelhecimento facial.
Conclusão
 No presente estudo, a aplicação de microcorrente na pele 
integra de ratos Wistar, com um número de 20 sessões de 
aplicação, mostrou-se nos parâmetros analisados, um recurso 
capaz de incrementar significativamente a produção de fibras 
elásticas, mas não apresentou qualquer efeito em relação às 
fibras colágenas. 
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257Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014
Equilíbrio corporal estático e risco de queda em idosas 
com incontinência urinária de esforço
Static body balance and risk of falls in older women 
with stress urinary incontinence
Juliana Falcao Padilha*, Melissa Medeiros Braz, D.Sc.**, Enio Junior Seidel, D.Sc.***, Sinara Porolnik****, 
Carlos Bolli Mota, D.Sc.*****
*Universidade Federal de Santa Maria, Especialista em Reabilitação Físico-Motora (UFSM), **Professora Adjunta do departamento 
de Fisioterapia e Reabilitação (UFSM), ***Professor Adjunto da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), ****Especialista 
em Reabilitação Físico-Motora (UFSM), *****Professor Associado do departamento de Métodos e Técnicas Desportivas (UFSM)
Resumo
Objetivo: Comparar o equilíbrio estático e o risco de queda de 
idosas com e sem Incontinência Urinária de Esforço (IUE). Método: 
Estudo observacional quantitativo que avaliou 22 mulheres, 14 
com IUE e 8 sem. Aplicou-se um questionário para traçar o perfil 
uroginecológico, o teste Timed up and Go (TUG) para verificaro 
risco de queda e a avaliação do equilíbrio estático foi realizada na pla-
taforma de força. Os dados foram analisados estatisticamente através 
do Teste Exato de Fisher, Teste t pareado, Teste de Mann-Whitney, 
Teste t, Teste de Wilcoxon, Correlação de Pearson, Correlação de 
Spearman, com nível de significância de 5%. Resultados: Ambos 
os grupos realizaram o TUG em média 8 segundos, e não houve 
diferença estatisticamente significativa entre as variáveis que avaliam 
o equilíbrio estático entre os dois grupos. Conclusão: Nenhuma das 
participantes apresenta risco de queda iminente. Para este grupo 
avaliado ter IUE não interferiu no equilíbrio estático corporal em 
relação às mulheres continentes.
Palavras-chave: idoso, acidentes por quedas, incontinência 
urinária, equilíbrio postural.
Artigo original
Abstract
Objective: To compare the static balance and risk of falling in 
elderly women with and without stress urinary incontinence (SUI). 
Method: This observational quantitative study evaluated 22 women, 
with SUI 14 and 8 without SUI. A questionnaire was used to trace 
urogynecological profile, the Timed Up and Go (TUG) test to check 
the risk of falling, and static balance tests were performed on the 
platform of force. Data were statistically analyzed by Fisher exact 
test, Paired t test, Wilcoxon test, t Test, Mann-Whitney test, Pearson 
correlation, Spearman Correlation and adopted a significance level 
of 5%. Results: Both groups performed the TUG in 8 seconds, and 
there was no statistically significant difference between the variables 
that assess static balance between the two groups. Conclusion: None 
of the participants present imminent risk of falling. For this group 
reported, SUI did not affect the body in static equilibrium towards 
women without SUI.
Key-words: elderly, accidental falls, urinary incontinence, postural 
balance.
Recebido em 21 de agosto de 2013; aceito em 30 de junho de 2014. 
Endereço para correspondência: Juliana Falcão Padilha, Av. Medianeira, 2027/04 Nossa Senhora de Lourdes 97060-003 Santa Maria RS, E-mail: 
jufpadilha@gmail.com
Fisioterapia Brasil - Volume 15 - Número 4 - julho/agosto de 2014258
Introdução
Segundo a Sociedade Internacional de Continência, a 
Incontinência Urinária (IU) é definida como qualquer perda 
involuntária de urina, sendo que na Incontinência Urinária 
de Esforço (IUE) ocorre a perda de urina involuntariamente 
quando aumenta a pressão intra-abdominal em atividades 
como tossir, espirrar, ou na realização de esforço físico [1], 
e é o tipo mais comum de IU entre as mulheres. Sua etio-
logia é multifatorial, porém, há evidências de que gravidez, 
parto, diabetes, Índice de Massa Corporal (IMC) elevado, 
tosse crônica, estão associados com um risco aumentado de 
desenvolver IU [2,3]. 
Pesquisas [4,5] apontam que idosos com IU apresenta-
ram maior risco de quedas. A queda em idosos causa sérios 
prejuízos à qualidade de vida, pode acarretar em imobilidade, 
dependência dos familiares e no aumento do índice de mor-
talidade pós-cirúrgico [6].
Além das quedas, estudo tem evidenciado que a IU inter-
fere no equilíbrio das pacientes e demonstrou que mulheres 
com IUE diminuíram a capacidade de equilíbrio em relação 
às continentes [7].
O controle postural é a habilidade de manter o equilíbrio 
oscilando ou recuperando o centro de massa corporal sobre a 
base de sustentação, ou seja, requer a manutenção do centro 
de gravidade sobre a base de sustentação durante situações 
estáticas e dinâmicas [8-10]. A musculatura do assoalho 
pélvico (MAP) faz parte do mecanismo de estabilidade de 
tronco e sua função é interdependente com outros músculos 
deste sistema [11]. 
Por se tratar de um tema relevante para a saúde da mulher 
e qualidade de vida, existe a necessidade de pesquisar a respeito 
do equilíbrio estático de mulheres com e sem IUE, bem como 
suas nterrelações e implicações referentes ao fator de risco de 
queda em idosos. Assim, este estudo objetivou comparar o 
equilíbrio estático e o risco de queda de idosas com e sem IUE.
Material e métodos
Trata-se de um estudo observacional de caráter transversal, 
com abordagem quantitativa, desenvolvido no Laboratório 
de Biomecânica do Centro de Educação Física e Desportes 
da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O estudo 
foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFSM nº 
11537912.0.0000.5346.
Foram convidadas a participar da pesquisa 78 mulheres, 
com idade entre 63 a 77 anos, praticantes de hidroginástica 
no grupo Núcleo de Apoio a Terceira Idade da UFSM. Foram 
excluídos do estudo aquelas que: possuíam incontinência 
urinária de urgência ou mista; submetidas à cirurgia de pró-
tese de quadril; em uso de tecnologia assistiva em membros 
inferiores; amputada e/ou usar prótese; apresentarem com-
prometimento neurológico e/ou patologias que interferissem 
no equilíbrio como labirintopatias e alterações vestibulares; 
e as que não aceitaram a assinar o Termo de Consentimento 
Livre e Esclarecido, permanecendo 22 sujeitos.
Foi aplicado um questionário, adaptado e validado, de 
Stephenson e O’Connor [12] e Moreno [13], para traçar o 
perfil uroginecológico das participantes, composto por ques-
tões abertas e fechadas que abordavam aspectos da condição 
urológica, ginecológica e social das mulheres. 
Para a avaliação do risco de quedas, utilizou-se o teste Ti-
med Up and Go (TUG), proposto por Podsiadlo e Richardson 
[14], o qual consiste em avaliação da capacidade funcional e 
mobilidade de idosos, intimamente relacionados ao risco de 
quedas [15]. O teste era realizado da seguinte forma: as idosas 
eram posicionadas sentadas em uma cadeira com braços. Ao 
ouvir o comando verbal “já”, deviam levantar-se, caminhar 
3 metros, dar a volta e sentar-se novamente na cadeira. 
Para a caminhada, deveria ser escolhida uma velocidade de 
marcha confortável e usual. A classificação do tempo é dada 
da seguinte forma: menos de 20 segundos para realização, 
corresponde a baixo risco para quedas, de 20 a 29 segundos, 
há médio risco para quedas e 30 segundos ou mais, há alto 
risco para quedas [15,16].
Para a aquisição dos dados referentes ao equilíbrio corporal 
foi utilizada uma plataforma de força AMTI modelo OR6-5. 
Os dados adquiridos pela plataforma de força são relacionados 
ao centro de pressão (COP), automaticamente calculado pela 
plataforma. As variáveis estabilométricas avaliadas foram: Am-
plitude de deslocamento ântero-posterior do COP (ACOPy); 
Amplitude de deslocamento médio-lateral do COP (ACOPx); 
Velocidade média de deslocamento do COP (VELCP) e Área 
da elipse (AE). A partir desses dados podem ser obtidas infor-
mações sobre o equilíbrio estático do indivíduo [17]. Para estas 
variáveis, quando seguidas de (OA) significa que as medições 
foram realizadas de olhos abertos e quando seguidas de (OF) 
foram realizadas com os olhos fechados.
Os indivíduos foram instruídos a posicionar-se sobre a 
plataforma de força com os pés separados na largura do qua-
dril, cabeça direcionada à frente, olhos fixados em um alvo a 
uma distância de aproximadamente de 2 metros. A posição 
dos pés foi marcada em um papel milimetrado e fixada na 
plataforma para que cada tentativa fosse realizada com o 
mesmo posicionamento. Foram realizadas seis tentativas de 
30 segundos cada, três com o indivíduo com os olhos abertos 
e três tentativas com os olhos fechados de maneira intercalada, 
a frequência utilizada de aquisição da plataforma de força 
foi de 100Hz. Durante as coletas os sujeitos permaneceram 
descalços, em apoio bipodal com os braços estendidos ao 
longo do corpo.
Os dados obtidos foram analisados através do Software R 
[18], versão 2.15.2, para Windows. Realizaram-se as distri-
buições de frequência e de médias. Com o intuito de avaliar 
a relação entre ter ou não IUE e das variáveis categóricas foi 
utilizado o teste Exato de Fisher [19].
Para a análise de comparação dos dois grupos, com e sem 
IUE, foi utilizado o Teste de Hipótese para Comparação 
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