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Anestesiologia Neurofisiologia A anestesia local foi defina como: “Perda da sensação em uma área circunscrita do corpo causada pela depressão da excitação nas terminações nervosas ou pela inibição do processo de condução dos nervos periféricos”. Anestésicos locais → Depressão da excitação nas terminações nervosas ou inibição do processo de condução dos nervos periféricos. Estabelece um bloqueio químico entre origem e impulso. Neurônio → Unidade estrutural do SN, capaz de transmitir mensagens entre o SNC e todas as partes do corpo. Impulso → É uma alteração elétrica que faz caminhar ao longo de um nervo, causado por uma diferença de potencial elétrico, alterações na membrana. A formação do impulso nervoso acontece pela troca de dois íons do meio intracelular (potássio -k) para o meio extracelular (cálcio e sódio). Potencial de ação → É a despolarização transitória da membrana, alteração da membrana para impedir o impulso. Limiar de ativação → Estimulo necessário para o paciente sentir dor. Quanto maior o limiar de ativação menos dor o paciente vai sentir. Gradiente de concentração → Vaso atividade, vascularidade local, metabolização e excreção. Potência → É a facilidade do anestésico de passar a camada bi lipídica da membrana. Quanto + lipossolúvel + potente. Latência → Tempo para o início da ação. Quanto + base não ionizada mais rápido vai ser o início da ação. O anestésico local tem que impedir que a informação chegue no limiar de ativação e forme o impulso nervoso (não deixa ultrapassar dos 60mV) e leve a informação para o cérebro. Ele bloqueia a entrada de sódio no meio intracelular, principalmente pelas substâncias ESTER e AMIDA. Duração de ação → Quanto tempo fica sem conseguir passar um impulso no nervo. Está relacionado a ligação com proteínas plasmáticas. Composição dos anestésicos: Existem dois grupos nos anestésicos: éster e amida. Ambos possuem uma parte lipofílica (se liga a gordura – se difunde pela bainha do nervo), uma cadeira intermediaria e uma parte hidrófila (se liga a água – se liga ao anestésico). Base fraca (pouco solúveis e instáveis) + Sal (solubilidade e estabilidade) + Vasoconstritor + Antioxidante (permite que não passe da validade de um dia para o outro) + Água bidestilada ou sem nenhum sal = Anestésico Mecanismo de ação: · Bloqueio da condução, por meio da redução da permeabilidade ao sódio; · Ligação aos sítios específicos no meio intracelular (dentro do nervo); · O anestésico sendo lipossolúvel não passa pelo canal e sim pela camada lipídica, Como o anestésico local funciona? O anestésico local tem função de bloquear a permeabilidade dos íons de cálcio no nervo. Para isso ele é depositado no tecido em sua forma catiônica ou protonada, ele se dissocia em uma base de próton, passa pela camada bi lipídica do nervo e entra no meio intracelular. No meio intracelular ele se liga novamente a íons prótons e volta a sua forma catiônica. Por último, se liga ao receptor proteico dos íons Na+ e consegue bloquear a entrada desses, trancando os canais de cálcio (potencial de ação), assim impede a geração de impulsos nervosos. Propriedade físico-químicas: · Taquifiláxia → Reincidência de injeções diminuem a efetividade do anestésico, por que gera edema, hemorragia localizada ou formação de coagulo, aumenta concentração de íons Na+ e diminui pH dos tecidos. · Toxicidade → É o limite de anestésico que o paciente pode receber. Anestésico tipo Éster: · Hidrolisados no plasma; · Mais tóxicos, tem hidrólise mais lenta; · Excretados pela urina; · Primeiros anestésicos a surgir, a partir do uso de cocaína; · Não são mais utilizados. Anestésicos tipo Amida: · Biotransformação no fígado; · Deve-se tomar cuidado com pacientes que possuem disfunção hepática, possuem mais dificuldade de metabolizar os anestésicos. Ações sistêmicas dos anestésicos: · Sistema Nervoso Central: · Barreira hematoencefálica; · Causa depressão no SNC; · Sem ação quando níveis terapêuticos/atóxicos; Sintomas pré- Sintomas pré-convulsivos convulsivos (objetivos) (subjetivos) Fala arrastada; Dormência da língua e da Abalos musculares e região perioral; tremores; Sensação de pele quente e Tremores nos intumescida; músculos da face e Estado de sonho agradável; extremidades DISTAIS Cabeça leve; Vertigem; Distúrbios visuais e auditivos (tinido); Sonolência e desorientação. Quando tem uma toxicidade ocorre bloqueio dos impulsos inibitórios, deixando só os impulsos facilitadores, isso vai levar a convulsão. Se aumenta o nível de toxicidade no organismo bloqueia tanto os impulsos facilitadores quanto inibidores e causam a depressão generalizada do SNC. · Sistema cardiovascular: Miocárdio Vasculatura periférica Diminui a excibilidade Vasodilatação periférica; elétrica; Relaxamento do músculo Diminui a velocidade de liso das paredes dos vãos; condução; Hipotensão (efeito principal Diminui a força de na PA) contração; · Sistema respiratório: A função respiratória não é afetada pelos anestésicos até serem atingidos níveis tóxicos. Em níveis tóxicos, a parada respiratória é uma consequência da depressão do SCN Anestésicos locais Lidocaína: · Amida; · Metabolização: fígado · Excreção: rim · Tempo de início de ação: 2 a 3 min · Duração: Duração Dose máxima Sem vaso 5 a 10 min 500mg Com vaso 40 a 60 min (polpa) 7 mg/kg 3 a 5h (tecidos moles) · Mais vasodilatadora que a prilocaína e mepivacaína; · Pode ser usada como pomada (anestésico tópico – 5% - para pacientes com alergia a Ésteres), hidro gel e spray. · Tubete: 36 mg · Sobre dosagem: estimulação inicial do SNC → Depressão → Convulsão → Coma Mepivacaína: · Amida; · Metabolização: fígado · Excreção: rim · Tempo de início de ação: 1,5 a 2 min · Duração: Duração Dose máxima Sem vaso 20min (infiltrativa) 400mg 40min (bloqueio regional) Com vaso 60 min (polpa) 6,6 mg/kg 3 a 5h (tecidos moles) · Toxicidade semelhante à lidocaína; · Potência similar à lidocaína · Tubete: 2% - com vaso – 36mg 3% - sem vaso – 54mg Prilocaína: · Amida; · Metabolização: fígado e pulmão · Excreção: rim · Tempo de início de ação: 3 a 5 min · Duração: Duração Dose máxima Sem vaso 40 a 60 min (bloqueio) 600mg 2 a 4h (tecidos moles) Com vaso 60 a 90 min (polpa) 8 mg/kg 3 a 8h (tecidos moles) · Tubete: 3% com e sem vaso – 54mg 4% com e sem vaso – 72mg (USA) · Potência semelhante a lidocaína; · 40% menos tóxica que a lidocaína; · O problema é o vasoconstritor que aumenta os níveis de metahemoglobina (dificuldade em carregar oxigênio no sangue); · Cuidado com pacientes anêmicos e com alterações respiratórias e cardiovasculares. Articaína: · Amida (radical éster); · Metabolização: plasma sanguíneo e fígado · Excreção: rim · Tempo de início de ação: 1 a 3 min · Duração: Com vaso Duração Dose máxima Adrenalina 60 a 75 min (polpa) 7 mg/kg 1: 100.000 3 a 6h (tecidos moles) Não tem máximo Adrenalina 45 a 60 min (polpa) absoluto 1: 200.000 2 a 5h (tecidos moles) · 1,5 vezes mais potente que a lidocaína; · Mesma toxicidade que a lidocaína; · Tem meia vida mais curta, elimina mais rápido (melhor para idosos e portadores de doenças hepáticas); · Contraindicação: para pacientes alérgicos a SULFA (antibiótico); portadores de alterações sistêmicas; menores de 04 anos; pacientes com metahemoglobinemia; · Risco aumentado de parestesia (alteração de sensibilidade) nos bloqueios do nervo alveolar superior e nervo lingual, pode ser temporário ou definitiva; · Tubete: 4% - 72mg Bupivacaína: Após 24h de procedimento • aumenta a concentração de Amida; prostaglandina E (aumenta a dor • Metabolização: fígado do paciente), indicação para controle de dor no pós-operatório • Excreção: rim é questionada. · Tempo de início deduração: 6 a 10 min · Duração: Duração Dose máxima Com vaso 90 a 180 min (polpa) 90 mg 4 a 12h (tecidos moles) (máx. absoluto) · 4 vezes mais potente que a lido/mepi/prilocaina; · 4 vezes menos tóxica e mais cardiotóxica que a lidocaína e a mepivacaína; · Para procedimentos de longa duração; · Contraindicado: pacientes menores de 12 anos (mais risco de lesão ao morder o lábio); portadores de limitações físicas e mentais. Benzocaina: · Anestésico tópico; · Éster; · Só é eficaz nos tecidos superficiais (2 a 3 mm); · Lentamente absorvido para o SCV (é insolúvel em água); · Aplicação: mucosa seca, 2min de ação; · Evitar em pacientes com hipersensibilidade aos ésteres, pode ser tóxica e causar alergia (apesar de alergias em anestésicos tópicos serem raras). EMLA: · Anestésico tópico; · Mistura de lidocaína 2,5% e prilocaina 2,5%; · Anestesia superficial de pele integra; · Fabricante não recomenda uso intraoral; · Uso anestésico para remoção de decíduos. Escolha do anestésico local: · Tempo necessário para controle da dor; · Necessário controle de dor no pós-operatório; · Necessidade de hemostasia; · Estado clínico/físico do paciente. Vasoconstritores Vantagens: · Reduz o fluxo sanguíneo no local da injeção; · Retardam a absorção do anestésico no sistema cardiovascular; · Níveis menores de anestésicos chegam ao sangue, diminuindo o risco de toxicidade; · Aumentam o tempo de ação do anestésico local. Critérios de escolha para um vasoconstritor: · Duração do procedimento; · Necessidade de hemostasia; · Necessidade de analgesia do pós-operatório; · Estado clinico do paciente. Adrenalina / Epinefrina: · Aumenta a pressão sistólica e diastólica; · Aumenta a frequência cardíaca; · Mais utilizada em crianças, idosos e gestantes; · Dose máxima: ASA I - 0,2 mg/consulta; ASA II – 0,04 mg/consulta; ASA I – saudável ASA II – doença sistêmica leve ASA III – doença sistêmica grave ASA IV – doença sistêmica incapacitante ASA V – moribundo ASA VI – morte cerebral · Contraindicações: · Hipertensos; · Histórico de infarto; · 6 meses após AVC; · Histórico ed angina instável; · Histórico de arritmia; · Insuficiência cardíaca; · Hipertireoidismo; · Usuário de drogas; · Feocromocitoma (tumor benigno que produz catecolaminas) (podem gerar crises hipertensivas fatais); · Histórico de alergia à sulfito (antioxidante). Noradrenalina / Norepinefrina: · Desuso na odontologia (cefaleia intensa, necrose e descamação tecidual); · Somente para controlar a dor; · Não é usado com fins hemostáticos; · Dose máxima: · 0,34 mg/consulta – paciente saudável · 0,14 mg/consulta – paciente com doença cardiovascular. Corbadrina / Levonordefrina: · 15% da eficácia da adrenalina; · Somente para controle da dor; · Não é usado com fins hemostáticos; · Dose máxima: 1 mg/consulta em pacientes saudáveis. Felipressina / Octapressin: · Estimulante da musculatura lisa vascular; · Evita que o anestésico vá para a circulação sistêmica; · Não é usada com fins hemostáticos; · Dose máxima: 0,27mg/consulta em pacientes com doenças cardiovasculares. Fenilefrina: · Mais estável e mais fraco dos vasoconstritores; · 5% da potência da adrenalina; · Nenhuma vantagem; · Dose máxima: · 4 mg/consulta em pacientes saudáveis; · 1,6 mg/consulta em pacientes com doenças cardiovasculares. Técnicas anestésicas Para uma injeção atraumatica: 1. Usar uma agulha pontiaguda esterilizada; 2. Verificar o fluxo da solução anestésica local; 3. Determinar a temperatura da seringa e do anestésico; 4. Posicione o paciente (posição decúbito dorsal – cabeça e coração paralelos ao solo, pés levemente para cima); 5. Secar a mucosa aonde será penetrado a seringa; 6. Aplicação do anestésico tópico (o anestésico deve permanecer em contato com a mucosa por 2 minutos); 7. Conversar com o paciente durante a aplicação do anestésico tópico; 8. Apoio correto para as mãos; 9. Deixar os tecidos bem esticados (ajuda a distrair o paciente); 10. Manter os instrumentos fora do campo de vista do paciente; 11. Introduzir a agulha na mucosa do paciente; 12. Avançar lentamente com a agulha, depositar algumas gotas do anestésico; 13. Aspirar (evita a possibilidade de injeção intravascular); 14. Retirar a agulha lentamente dos tecidos moles. Cuidados: · Testar o refluxo – aspiração positiva; · Observar o paciente (pupila dilatada, etc); · Bisel da agulha voltado para o osso; · Não inserir a agulha até o final da mucosa, se acontecer algum acidente não tem como tracionar a agulha novamente. A anestesia local pode ser dividida em: · Terminais → A ação dos anestésicos se dá nas terminações nervosas. · Superficial: Contato do agente anestésico com pele/mucosa (anestesia tópica). · Infiltrativa: Infiltração do anestésico nos tecidos próximos às terminações nervosas. · Bloqueios → A ação dos anestésicos se dá nos ramos e trincos nervosos (anestesia toda uma região) · Regional: ao nível do ramo nervoso · Troncular: ao nível do tronco nervoso Técnicas maxilares Terminal Infiltrativa Supra periosteal: · Indicação: Qualquer dente da maxila (principalmente anestesia pulpar nos dentes superiores). · Ponto de punção: Fundo de vestíbulo do dente a ser anestesiado. · Região anestesiada: Mucosa vestibular e dente a ser anestesiado. · Quantidade de penetração da agulha: Até próximo ao ápice do dente. · Direção da agulha: Agulha CURTA paralela ao longo eixo do dente. · Quantidade de anestésico: ½ a ¼ do tubete. Terminal Infiltrativa Subperiosteal: · Indicação: Qualquer dente maxilar (raiz palatina de molares maxilares) · Ponto de punção: Fundo de vestíbulo ou mucosa da região do dente a ser anestesiado. · Região anestesiada: Mucosa vestibular e dente a ser anestesiado. · Quantidade de penetração da agulha: Até tocar o osso. · Direção da agulha: Agulha CURTA paralela ao longo eixo do dente (inclinar a seringa em 45º). · Quantidade de anestésico: ¼ a ½ do tubete. Difusão do anestésico ocorre abaixo do periósteo. Tem melhor hemostasia e facilita o descolamento muco periosteal. Bloqueio Regional do N. Alv. Superior Posterior: · Indicação: Molares maxilares (exceção: raiz MV do 1ºMS – N. Alv. Sup. Médio em aproximadamente 70% dos pacientes) · Ponto de punção: Fundo de vestíbulo do 1ºMS e 2ºMS (fundo de vestíbulo do 1ºMS se não tiver 3ºMS e se tiver é no fundo de vestíbulo do 2ºMS) · Região anestesiada: Mucosa vestibular e MS. · Quantidade de penetração da agulha: · a ¾ da agulha CURTA (30g). · Direção da agulha: 45º ao longo eixo do dente para vestibular e para anterior (para trás, pra cima e para dentro) – atingir a região do túber da maxila. · Quantidade de anestésico: · a 1 tubete. Alternar entre penetrar a agulha e injetar um pouco de anestésico, para causar menos danos aos tecidos moles. Bloqueio Regional do N. Alv. Superior Médio: Suprareiosteal de um PM superior (até as rugas palatinas – até tocar o osso) Bloqueio Regional do N. Alv. Superior Anterior (infraorbitária): · Indicação: IC, IL, C, 1ºPM e 2º PM (72% dos pacientes também na raiz MV do 1ºMS). · Ponto de punção: Fundo de vestíbulo do 1ºPMS ou C (alvo: forame infraorbitário) · Região anestesiada: Mucosa vestibular, osso e dente da região de IC a 2ºPM (e possível raiz MV do 1ºMS), pálpebra inferior, aba nasal e lábio superior. · Quantidade de penetração da agulha: · a ¾ da agulha CURTA (30g) · Direção da agulha: Paralelo ao longo eixo do 1ºPM ou C (em direção ao forame infraorbitário) · Quantidade de anestésico: · a ¾ do tubete. · Direção da agulha: 45º em relação ao longo eixo dos dentes. · Quantidade de anestésico: · do tubete. Bloqueio Regional do N. Nasopalatino: · Indicação: Mucosa palatina de dentes anteriores. · Ponto de punção: Papila incisiva. · Região anestesiada: Região do N. Nasopalatino. · Quantidade de penetração da agulha: Aproximadamente 4mm · Direção da agulha: Paralela ao longo eixo dos IC · Quantidadede anestésico: · do tubete Bloqueio Regional do N. Palatino Maior: · Indicação: Mucosa palatina de dentes posteriores. · Ponto de punção: Cerca de 1cm para medial do último dente irrompido (junto do processo alveolar maxilar e osso palatino). · Região anestesiada: Região no N. Palatino maior. · Quantidade de penetração da agulha: Até tocar o osso (2 a 5mm) Técnicas mandibulares Terminal Infiltrativa Supra periosteal: · Indicação: Não funciona para todos os dentes da mandíbula. Normalmente para adolescentes ela funciona nos Incisivos Inferiores, por que está menos mineralizado. Terminal Infiltrativa Subperiosteal: · Indicação: É utilizado para fins hemostáticos – diminuir sangramento no local (ex: descolamento em cirurgia) Bloqueio Regional do N. Alv. Inferior (pterigomandibular) Indireta · Indicação: Dentes da hemi-arcada, mucosa vestibular e lingual. · Ponto de punção: Depressão entre a linha obliqua externa e o ligamento pterigomandibular. · Região anestesiada: Região do N. Alv. Inferior (dentes), N. Bucal (mucosa vestibular) e N. Lingual (língua e mucosa lingual) · Quantidade de penetração da agulha: Até tocar o osso (¾ da agulha) – conhecida como técnica dos 3 pontos. · Direção da agulha: Em direção a face medial do ramo (carpule gira ao longo da face oclusal dos molares) 1º ponto: 5mm – N. Bucal; 2º ponto: 10mm – N. Lingual Recua, gira para o lado contralateral até PM e M; 3º ponto: até o osso – 1 ou 2mm – N. Alv. Inferior. · Quantidade de anestésico: ¾ a 1 tubete Palpar com o dedo indicador a região de trigonoretromolar e direcionar a agulha mais ou menos na altura da metade do dedo indicador posicionado paralelo a oclusal dos dentes inferiores. Direta · Indicação: Dentes da hemi-arcada, mucosa vestibular e lingual. · Ponto de punção: Depressão entre a linha obliqua externa e o ligamento pterigomandibular. · Região anestesiada: Região do N. Alv. Inferior (as vezes o N. Lingual também é anestesiado). · Quantidade de penetração da agulha: Até tocar o osso - ¾ da agulha · Direção da agulha: Agulha LONGA, em direção a face medial do ramo (carpule no lado contralateral em região de PM e M) · Quantidade de anestésico: ¾ a 1 tubete Direcionar ela o mais próximo possível do forame mandibular Bloqueio Regional do N. Bucal: · Indicação: Complemento do bloqueio direto do N. Alv. Inferior · Ponto de punção: Entre linhas obliquas (mais vestibularizado que a pterigomandibular) · Região anestesiada: Mucosa vestibular de molares inferiores. · Quantidade de penetração da agulha: 5mm · Direção da agulha: Em direção a linha obliqua · Quantidade de anestésico: ¼ de tubete Bloqueio Regional do N. Mentoniano: · Indicação: PMI e ICI · Ponto de punção: Fundo de vestíbulo entre PMI (palpar) · Região anestesiada: N. Mentoniano e Incisivo (dentes entre 1ºPMI e ICI, mucosa vestibular) · Quantidade de penetração da agulha: Até tocar o osso · Direção da agulha: Paralelo ao longo eixo dos dentes · Quantidade de anestésico: ½ a ¼ de tubete Anestesias complementares Infiltrativa Submucosa: Indicada para biópsias e remoção de mucoceles. Anestesia a mucosa de lábio inferior e superior. · Anest. Terminal Infiltrativa Intra-septal · Anest. Terminal Infiltrativa Intra-óssea · Anest. Terminal Infiltrativa Intraligamentar → Anest. Terminal Infiltrativa Intrapulpar Seleção da técnica anestésica Depende de alguns fatores: · Extensão da área a ser anestesiada; · Profundidade e duração do procedimento; · Necessidade de hemostasia; · Variações anatômicas; · Densidade óssea. Complicações em anestesia · Sistêmicas – erro na anamnese · Locais – erro de técnica Complicações locais: · Dor: Causa: Agulha em mal estado, injeção muito rápida, muito anestésico, inserção repetitiva da agulha e solução contaminada, solução anestésica deteriorada ou injeção no musculo. Tratamento: analgésicos, agentes antibacterianos (em caso de infecção) · Fratura da agulha: Prevenção: Usar agulha longa, não introduzir totalmente. Tratamento: manter fragmento sob controle, tentativa de remoção (quando indicada) · Paralisia facial: Causa: Técnica incorreta do N. Alv. Inferior, bloqueio do N. Facial (atingindo a parótida). Sinais e sintomas: queda das pálpebras, com incapacidade de oclusão ocular, queda ou desvio do lábio. Tratamento: não requer, cessa após a degradação da solução anestésica, orientar proteção ocular (tampão) para evitar ressecamento (ou colírio). Prevenção: técnica correta. Complicações locais tardias: · Dor · Persistência do efeito anestésico · Lesões dos tecidos moles (lesões ulceradas na mucosa bucal) · Hematomas · Trismo · Necrose tecidual (muito anestésicos em área onde não tem uma boa distinção dos tecidos – mais comum no palato) · Inflamação · Reação alérgica Complicações sistêmicas: · Psicogênicas: Causas: Ansiedade e estresse. Sinais e sintomas: Sudorese fria, palpitações, inquietudes e excitabilidade e desmaios. Considerar o uso de ansiolíticos, realizar o protocolo de redução de medo e ansiedade. Protocolo: · Não deixar o paciente esperando muito tempo na recepção; · Dar uma previsão de quanto tempo leva cada procedimento e considerar uma margem de segurança; · Música ambiente; · Tirar os instrumentais do campo de visão do paciente; · Conversa clara e esclarecedora com o paciente sobre como será realizado o procedimento; Se o paciente não melhorar, suspender o procedimento e considerar sedação ou anestesia geral.
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