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Vírus: * Cerca de 3.700 espécies de vírus (International Committee on Taxonomy of Viruses). * Infectam vertebrados, invertebrados, fungos, algas, leveduras e protozoários. * Parasitas: replicação e síntese proteica na célula hospedeira. * Vírion: partícula viral em sua forma extracelular. - Genoma: DNA ou RNA, fita simples ou dupla. - Capsídeo. - Envelope lipoproteico (alguns). - Espículas (alguns). * Tipos de genomas virais de DNA e RNA: - Linear. - Circular. - Segmentado. - Fita única de polaridade (+). - Fita única de polaridade (-). - Fita dupla. - Fita dupla parcial. * Composição e estrutura altamente diversificada. * Informações codificadas: produção de enzimas e proteínas, regulação da replicação e escape das defesas do hospedeiro. * Etapas gerais de replicação viral: 1. Entrada = Ligação e penetração (fusão / endocitose). 2. Desnudamento = Liberação do genoma. 3. Transcrição e tradução = mRNA lidos pelos ribossomos do hospedeiro. 4. Replicação viral. 5. Montagem dos componentes virais e maturação. 6. Liberação = Brotamento ou lise. * Etapas das defesas do hospedeiro: - Modificação da expressão dos marcadores de superfície nas células infectadas. - Inibição da síntese ou ação de citocinas antivirais, como IL-1, TNF-⍶ e IFNs, que coordenam respostas inatas e adaptativas. - Mutações no genoma viral. Fármacos antivirais: 1. Inibidores da neuraminidase viral. * Bloqueiam a clivagem da ligação entre ácido . siálico e a hemaglutinina viral: - Ativos nos estágios iniciais da infecção - primeiras 48h após início dos sintomas. - Reduzir a duração dos sintomas e ocorrência de complicações. * Oseltamivir. - Farmacocinética. ● Absorvido VO (biodisponibilidade 80% ). ● Metabólito ativo (fosfato de oseltamivir). ● T1/2 6-10 h - Toxicidade: Náusea, desconforto abdominal (leves). - Resistência: Mutação da neuraminidase viral. * Zanamivir. - Casos de intolerância Gi grave, alergia ou resistência ao Oseltamivir. - Farmacocinética: ● Inalação. ● T1/2 2- 5 h. - Toxicidade: irritação das vias aéreas superiores. Não deve ser usado em asmáticos - risco de broncoespasmo severo. Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho). 2. Inibidores do DNA polimerase viral (anti-herpesvírus) * Inibição da DNA polimerase viral e interrupção da cadeia nucleotídica. * Usos clínicos: - Infecções pelo herpes simples (herpes genital, herpes mucocutâneo e encefalite herpética). - Infecções por varicela-zoster (catapora, herpes-zóster): ● Via oral, nos pacientes imunocompetentes; ● Via intravenosa, nos pacientes imunocomprometidos. - Profilaticamente: ● Em pacientes que serão tratados com fármacos imunossupressores ou radioterapia e que correm risco de infecção pelo herpesvírus devido à reativação do vírus latente; ● Em indivíduos que sofrem de recorrências frequentes de infecção genital pelos vírus herpes simples. * Farmacocinética - Vias: oral, intravenosa ou tópica. ● A biodisponibilidade VO do aciclovir é de apenas 10-30%. ● O valaciclovir é um substrato de transportadores de peptídeos no intestino, por isso a absorção VO é de 40-70%. ● Pacientes com insuficiência renal devem sofrer ajuste (redução) de dose. - Atinge concentrações efetivas no LCR. * Toxicidade: - Náusea. - Diarréia. - Prurido. - Dor de cabeça. - Raramente: insuficiência renal e neurotoxicidade. Tratamento para herpes genital: * Aciclovir, Valaciclovir e Fanciclovir (derivados da guanosina). - Aciclovir: ● Timidina quinase humana percebe que o aciclovir não é um nucleosídeo completo e não o fosforila = aciclovir é inativo em células não infectadas. ● O Aciclovir é 30 vezes mais potente para as enzimas virais. * Ganciclovir, Valganciclovir. - Perfil semelhante ao do aciclovir. - Mais ativos contra citomegalovírus (CMV). - Pode causar mielossupressão, por isso só usado para CMV. * Foscarnet. - Usado para CMV resistente à ganciclovir ou HSV resistente à aciclovir. - Inibidor reversível da DNA polimerase viral. - Nefrotoxicidade (necrose tubular, glomerulopatia, nefrite). 1. Inibidores da transcriptase reversa (antirretrovirais): a) ITRN - inibidor da transcriptase reversa análogo de nucleosídeo: Lamivudina, Tenofovir, Abacavir, Zidovudina, Entecavir. - São análogos de nucleosídeos. - Fosforilados pelas células do hospedeiro = derivados trifosfatados que são substratos para a transcriptase reversa --> inibem a incorporação de nucleotídeos, bloqueando a replicação do genoma viral. Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho). - Apresentam baixa afinidade pela DNA polimerase (α, β) da célula hospedeira, mas podem inibir a DNA polimerase mitocondrial (γ). - Efeitos adversos: ● Anemia, granulocitopenia, miopatia, neuropatia periférica, pancreatite, acidose láctica. - Lamivudina e Tenofovir: ● Inibidores de transcriptase reversa análogo de nucleosídeo. ● Inibem menos a polimerase mitocondrial. ● Também são usados no tratamento da Hepatite B. ➔ Disponível em coformulação, dose única diária. ➔ Perfil favorável em termos de toxicidade e supressão virológica, em comparação com a zidovudina. ➔ Eficácia virológica melhor que Abacavir, quando CV > 100.000 cópias/mL. ➔ Recomendada nos casos de co-infecção HIV-HBV. Tenofovir: ● Nefrotoxicidade, particularmente em diabéticos, hipertensos, negros, idosos, pessoas com baixo peso corporal, doença pelo HIV avançada, disfunção renal pré-existente e no uso concomitante de outros medicamentos nefrotóxicos. ➔ Nesses casos, substituir por Abacavir ou Zidovudina. ● Diminuição da densidade óssea. ➔ É bem tolerado durante a gestação. - Abacavir (ABC) + Lamivudina (3TC) ● Alternativa para pacientes com contra-indicação aos esquemas TDF/3TC. Abacavir: ● Reações de hipersensibilidade em portadores do alelo HLAB*5701 (antígeno leucocitário humano). ● Sintomas clínicos: ➔ Febre. ➔ Erupção cutânea. ➔ Sintomas gastrointestinais (náusea, vômito, diarreia e dores abdominais), letargia, sintomas respiratórios e choque. ● Precauções em pacientes com risco cardiovascular elevado (escala de risco de Framingham). - Zidovudina (AZT) + Lamivudina (3TC). ● Coformulação, habitualmente bem tolerada. Zidovudina ● Lipoatrofia. ● Toxicidade hematológica. ➔ Precauções em anemia e/ou neutropenia. Tratamento para hepatites - Hepatite b ● É causada por um vírus DNA pertencente à família Hepadnaviridae. ● Apenas no gênero Orthohepadnavirus estão os vírus que infectam mamíferos. ● DNA circular parcialmente duplicado, envelope externo com antígeno HBsAg. ● Replicação é feita pela transcriptase reversa. Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho). ● Fármacos: ➔ Tenofovir: ❏ Primeira linha de tratamento para a hepatite B crônica. ❏ Elevada potência de supressão viral e alta barreira genética de resistência contra as mutações do HBV. ❏ Bem tolerado, 300 mg/dia, via oral. ❏ Em associação com lamivudina, uso em coinfectados com HIV. ❏ Contra Indicação: Doença renal crônica / Osteoporose e outras doenças do metabolismo ósseo / Cirrose hepática / Intolerância ao medicamento. ➔ Entecavir: ❏ Nas situações em que houver contraindicação ao uso do tenofovir ou presença de alteração da função renal em decorrência do seu uso. ❏ Primeira linha para pacientes em tratamento com imunossupressores e quimioterapia. ❏ O entecavir apresenta eficácia reduzida quando há presença de mutações, encontradas especialmente em vírus de pacientes experimentados com análogos de nucleosídeo, como lamivudina e telbivudina. ➔ Alfapeginterferona: ❏ Proteína da classe das citocinas • Possui atividade antiviral, antiproliferativa e imunomoduladora. ❏ Aplicação subcutânea semanal. ❏ Tratamento de 48 semanas, reservado aos pacientes portadores de infecção pelo vírus da hepatite B com exame HBsAg reagente (alto grau de replicação viral). ❏ Os efeitos adversos são comuns e assemelham-se aos sintomas da gripe (que são mediados pela liberação de citocinas), incluindo febre, lassidão, cefaleia e mialgia. ❏ As injeções repetidas provocam mal-estar crônico.❏ Também podem ocorrer depressão da medula óssea, erupções cutâneas, alopecia e alterações nas funções cardiovascular, tireoidiana e hepática. ❏ Contraindicação: Consumo atual de álcool e/ou drogas / Cardiopatia grave / Disfunção tireoidiana não controlada / Distúrbios psiquiátricos não tratados / Neoplasia recente / Insuficiência hepática / Antecedente de transplante, exceto hepático / Distúrbios hematológicos: anemia, leucopenia, plaquetopenia / Doença autoimune/ Intolerância ao medicamento - Hepatite C ● Alfapeginterferona ⍺-2a 180 mcg – solução injetável; ● Ribavirina 250mg – cápsula; ● Daclatasvir 30mg e 60mg – comprimido; ● Sofosbuvir 400mg – comprimido ● Ledipasvir 90 mg/sofosbuvir 400mg – comprimido; ● Elbasvir 50mg/grazoprevir 100mg – comprimido; ● Glecaprevir 100mg/pibrentasvir 40mg – comprimido; ● Velpatasvir 100mg /sofosbuvir 400mg – comprimido; Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho). ● Alfaepoetina 10.000 UI – pó para solução injetável; ● Filgrastim 300mcg – solução injetável. a) ITRNN - inibidor da transcriptase reversa não análogo de nucleosídeo: Efavirenz, Nevirapina, Etravirina - Se ligam em uma cavidade alostérica hidrofóbica longe do sítio catalítico = inibidores não competitivos da enzima. - Reduzem a flexibilidade conformacional da enzima, fixando a enzima em uma conformação inativa. - Não inibem DNA polimerase humana. - São todos substratos da CYP3A4. b) Inibidores de integrase (INI). * Bloqueio da atividade catalítica da integrase, que integra o DNA viral ao genoma do hospedeiro. - Não existe enzima similar (uma integrase) na célula hospedeira - efeitos colaterais são mínimos. * Dolutegravir, Raltegravir - Dolutegravir (DTG): ● Alta potência. ● Alta barreira genética. ● Dose única diária. ● Poucos eventos adversos ● Regimes contendo DTG são superiores a qualquer um dos outros esquemas disponíveis. ● Risco de má-formação congênita. ● MVHIV em uso de Dolutegravir que pretende iniciar o processo de engravidar: Substituir por Efavirenz (caso não tenha sido anteriormente exposta a nenhum ITRNN) ou atazanavir combinado com ritonavir. Essa mulher deve ser orientada quanto à importância de engravidar apresentando os seguintes requisitos: ➔ Estar em TARV com boa adesão; ➔ Ter carga viral do vírus HIV (CV-HIV) indetectável; ➔ Ser rastreada e tratada para outras IST (incluindo as suas parcerias sexuais); ➔ Utiliza ácido fólico pelo menos 2 meses antes da gravidez e nos dois primeiros meses da gestação; ● Mulher que engravida inadvertidamente em uso de DTG: ➔ Se idade gestacional menor que 12 semanas: Recomenda-se a substituição do DTG por esquema contendo atazanavir combinado com ritonavir. ➔ Se idade gestacional maior que 12 semanas: manter DTG. Orientar que o uso do DTG é seguro após o primeiro trimestre de gestação. Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho). ● Advertências e contra-indicações do DTG: ➔ Pessoas usando fenobarbital, carbamazepina, oxcarbazepina, fenitoína - reduzem cp. ➔ Antiácidos contendo cátions polivalentes, suplementos contendo cálcio ou ferro - 6h antes ou 2h depois. ➔ DTG aumenta concentração plasmática metformina. ● Nos casos de intolerância ou contraindicação, é substituído pelo Efavirenz. Efavirenz (EFV) ● Inibidor da transcriptase reversa não análogo ao nucleosídeo. ● Dose única diária. ● Meia-vida longa (~50h). ● Supressão da carga viral por longo prazo. ● Perfil de toxicidade favorável. ● Desvantagens: ➔ Resistência primária em pacientes virgens de tratamento. ➔ Baixa barreira genética. ● Efeitos adversos mais comuns: ➔ Tonturas. ➔ Alterações no sono. ➔ Alucinações - transitórios. ● Esquemas com EFV apresentam maior efetividade e supressão de carga viral, perfil de toxicidade e comodidade posologia em relação a esquema com inibidores de protease. ● Esquemas com EFV apresentaram alguns resultados desfavoráveis em relação à supressão viral, em comparação com inibidores de integrase. - Raltegravir (RAL): ● Administração duas vezes ao dia. ● Alta potência. ● Excelente tolerabilidade. ● Perfil toxicidade favorável. ● Poucas interações medicamentosas. ● Coinfecção com hepatites e tuberculose. Tratamento para HIV * O início imediato da TARV está recomendado para todas as PVHIV, independentemente do seu estágio clínico e/ou imunológico. - Terapia inicial - combinação de 3 antirretrovirais: 2 ITRN + INI ou ITRNN ou IPr (Inibidor de protease com reforço de ritonavir) = Lamivudina + Tenofovir + Dolutegravir. * Em pacientes em uso de TARV, o foco do monitoramento laboratorial deve ser a CV-HIV para avaliar a eficácia da TARV e detectar precocemente a falha virológica, caracterizada por dois exames sequenciais de CV-HIV detectáveis. * A falha virológica é caracterizada por: - CV-HIV detectável após seis meses do início ou modificação da TARV ou CV-HIV detectável em indivíduos em TARV que mantinham CV-HIV indetectável. - Fatores associados a falha virológica: ● Má adesão do paciente. ● Fatores farmacológicos. ● Resistência viral adquirida. Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho). 1. Inibidores de protease (IP). * Polipeptídeos precursores das proteínas estruturais e funcionais sofrem clivagem pela aspartil protease viral = ativação. - IP são semelhantes a peptídeos, inibindo competitivamente a aspartil protease viral → bloqueiam a maturação do vírus. - Não inibem as aspartil proteases humanas. * Uso com inibidores da transcriptase reversa. * A combinação de 2 IP potencializa o efeito. * O aparecimento de resistência é rápido, porém não tão rápido quanto os inibidores não-nucleosídeos de transcriptase reversa. * Os efeitos adversos compartilhados pela classe: alterações gastrintestinais (p. ex., náusea, êmese, dor abdominal), alterações sanguíneas (às vezes anemia ou neutropenia) e efeitos sobre o SNC (p. ex., insônia, tontura, cefaléia), assim como risco de hiperglicemia. * Atazanavir, Darunavir, Ritonavir, Lopinavir. 2. Inibidores da fusão. * Enfuvirtida. - Se liga na glicoproteína viral gp-41 responsável pela ligação do vírus aos receptores na célula hospedeira. - Administração IV ou subcutânea. - T1/2 é de 3,8h = administração 2x ao dia. - Alto custo. - Apenas em casos de resistência ou intolerância a outros fármacos. 3. Análogo de nucleosídeo. * Remdesivir - Aprovado em 12/03/2021 pela ANVISA. - Análogo da adenosina trifosfato = se liga na RNA polimerase dependente de RNA do SARS-CoV-2 --> interrompe replicação viral. - Indicação: tratamento do COVID-19 em adultos e adolescentes (com idade igual ou superior a 12 anos e peso mínimo 40 Kg) com pneumonia que requerem administração suplementar de oxigênio. - O tempo médio de internação de pacientes com suporte de oxigênio – mas não com ventilação invasiva – tratados com remédio diminuiu de 15 para 10 dias, em comparação com os que não receberam o antiviral. - OMS aponta que não reduz mortalidade geral. - Principais dados dos estudos clínicos: ● Pacientes hospitalizados se recuperaram cinco dias mais rápido, em média, e pacientes com doença grave, sete dias mais rápido. ● Pacientes graves representaram 85% da população do estudo. O remdesivir reduziu a probabilidade de pacientes que estavam recebendo oxigênio em baixo fluxo progredirem para estágios mais graves de COVID-19. ● No maior grupo de pacientes do estudo, aqueles que necessitavam de pouco oxigênio, houve uma redução significativa na mortalidade, de 9,9% para 2,6%. - A aplicação inicial recomendada é em dose única, de 200mg, administrado por infusão intravenosa. A partir do segundo dia, a dosagem é reduzida para 100 mg e o máximo de tempo de uso contínuo indicado são dez dias. Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho). Tratamento - COVID-19 * Casirivimabe e imdevimabe são anticorpos IgG monoclonais voltados para epítopos do domínio RBD da proteína S do SARS-CoV-2, região responsável pela ligação do vírus com os receptores ECA2 das células humanas: - A indicação é para casos confirmados laboratorialmenteclassificados como leves ou moderados em pacientes a partir de 12 anos de idade e com no mínimo 40 kg e que sejam considerados como de alto risco de progressão para formas graves da doença. - Consideram-se como fatores de risco para agravamento: ● Idade avançada; ● Obesidade; ● Doença cardiovascular, incluindo hipertensão arterial sistêmica; ● Doença pulmonar crônica, incluindo asma; ● Diabetes mellitus tipos 1 e 2; ● Doença renal crônica, incluindo pacientes em diálise; ● Hepatopatia crônica; ● Imunossupressão; - Os estudos iniciais que levaram à aprovação dos medicamentos mostraram benefício na redução de hospitalização por Covid-19 ou morte por todas as causas quando comparados com placebo. - Importante destacar que seu uso em populações dependentes de suporte respiratório com oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica não apresentou benefício e esteve associado a pior desfecho clínico nesses estudos. - O uso da combinação de anticorpos só está aprovado para pacientes que não necessitam de suplementação de oxigênio. Também não houve benefício com o uso profilático da combinação. - Evidências: ● Pacientes com Covid-19 moderado, que necessitam de hospitalização e uso de oxigênio, mas não de suporte de alto fluxo ou de CTI, parecem ser um subgrupo que se beneficia do uso de anticoagulação terapêutica e remdesivir. ● Pacientes críticos sem evidências de trombose venosa profunda não apresentaram benefício com anticoagulação plena. Da mesma forma, pacientes sem necessidade de oxigênio não apresentaram benefício com uso de corticoide, podendo o seu uso nesse subgrupo inclusive estar relacionado a maior mortalidade. ● A associação de tocilizumabe e corticoide parece reduzir mortalidade em pacientes com comprometimento respiratório e evidências de processo inflamatório em curso. ● O índice ROX (índice que combina os parâmetros respiratórios do paciente com a quantidade de oxigênio recebida por ele) parece ser um bom preditor precoce de sucesso com o uso de CNAF (cânula nasal de alto fluxo) em pacientes com COVID-19 que falharam com terapias de suporte de oxigênio de baixo fluxo. * O início imediato da TARV está recomendado para todas as PVHIV, independentemente do seu estágio clínico e/ou imunológico. - Terapia inicial - combinação de 3 antirretrovirais: 2 ITRN + INI ou ITRNN ou IPr (Inibidor de protease com reforço de ritonavir) = Lamivudina + Tenofovir + Dolutegravir. * Em pacientes em uso de TARV, o foco do monitoramento laboratorial deve ser a CV-HIV para avaliar a eficácia da TARV e detectar precocemente a falha virológica, caracterizada por dois exames sequenciais de CV-HIV detectáveis. Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho). * A falha virológica é caracterizada por: - CV-HIV detectável após seis meses do início ou modificação da TARV ou CV-HIV detectável em indivíduos em TARV que mantinham CV-HIV indetectável. - Fatores associados a falha virológica: ● Má adesão do paciente. ● Fatores farmacológicos. ● Resistência viral adquirida. Nicole de Castro Silva - Turma IV (Medicina - Nove de Julho).