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Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Tuberculose pulmonar A etiologia mais importante é da M.tuberculosis, mas pode ser causada por mais outras sete: M. bovis, M. Africanum, M. canetti, M.microti, M. pinnipedi e M. caprae. Seu principal tropismo é pelo parênquima pulmonar e é passado de pessoa pra pessoa por aerossóis contaminados por meio de tosse, espirros ou secreção de escarro. Patogênese 1. Instalação da primo-infecção Relacionado ao primeiro contato com o agente infeccioso, sendo mais comum ocorrer na infância ou na adolescência. Dessa maneira, ao entrar no espaço alveolar o bacilo é englobado por macrófagos que não conseguem realizar a destruição do bacilo e, desse modo, se proliferam livremente em seu interior (macrófago, após a célula acumular um grande numero de bacilos se rompe e morre, liberando-o para infectar mais macrófagos). Nesse momento, vários fagócitos são atraídos para o local, formando um pequeno foco pneumônico (imperceptível na radiografia). Nesse momento ainda não há imunidade específica e, dessa forma, o numero de bacilos é grande infectando linfonodos, ganhando a corrente sanguínea e infectando outros órgãos e sistemas. 2. Surgimento da imunidade Após 2 a 10 semanas, a imunidade de células especifica se desenvolve plenamente, permitindo uma melhor defesa. A partir disso, os linfócitos T helper CD4 específicos contra o antígeno se proliferam (memoria imunológica) e tornam-se capazes de ativar macrófagos por meio da IL-2, os macrófagos se tornam aquelas células epiteliódes, formando as células gigantes características da tuberculose. (formação de granulomas com necrose caseosa em seu meio/ hipersensibilidade do tipo IV) O foco granulomatoso onde tudo começou é chamado de foco primário ou nódulo de Ghon, em que geralmente se localiza no terço médio (lobo médio, língula, parte inferior do lobo superior ou parte superior do lobo inferior), porem pode se instalar em qualquer parte do pulmão, não podem ser visto na radiografia por serem pequenos, porem se chegar a passar de 8mm aparece no raio-x com um nódulo pulmonar solitário, também é comum calcificação Gustavo Rodrigues Gipe – T9 homogênea desse nódulos após a cicatrização, além disso, os linfonodos dessa região também pode crescer, levando a uma adenopatia hilar e/ou mediastinal. Se há esses dois achados é chamado de complexo de Ranke. 3. Mecanismo da doença A lesão tecidual é decorrente da resposta imunológica e não um efeito direto do bacilo que é desprovido de toxinas de alto poder lesivo. No cáseo os bacilos se proliferam com muito mais dificuldades, devido à baixa de O2 e PH acido. Desse modo, se o cáseo continuar o processo terá mais chance de estabilizar, entretanto o perigo de se transformar em uma necrose coagulativa caseosa também aumenta. Além disso, com a degradação do tecido a osmolaridade aumenta e puxa agua para dentro do local transformando em um ótimo lugar de reprodução. Se a lesão atingir um brônquio, erodindo sua parede e permitindo Gustavo Rodrigues Gipe – T9 a comunicação com o espaço aéreo a reprodução será ainda maior, surgindo então à caverna tuberculosa. 4. Patologia Há três tipos de lesão parenquimatosa na tuberculose: 1. Proliferativa a. Caracterizado pela formação de granulomas caseosos bem formados chamados de tubérculos que desenvolvem capsula fibrosa, em que a infecção esta contida dentro desse foco. 2. Exsudativa a. Caracteriza a pneumonia tuberculosa. Nesse processo, os alvéolos são preenchidos por leucócitos como macrófagos e, entremeados por necrose caseaosa. 3. Mista 5. Síndromes da tuberculose Princípios gerais A maior parte das pessoas que contraem a tuberculose não a desenvolvem, apenas 10% vão desenvolver, desses esses 10%, 5% vão possuir uma evolução diretamente para a doença após o contagio (tuberculose primaria), ocorrendo dentro dos primeiros três anos (período de incubação: um a três anos). Nos outros 5% a doença vai se desenvolver depois de 3 anos (tuberculose pós-primaria. Esse tipo é decorrente de uma reativação de um foco latente ou simplesmente de uma reinfecção. Tuberculose primaria típica É a forma mais comum nas crianças entre 2-12 anos, em que a resposta imunológica dos linfonodos hilares e mediastinais é exacerbada. Nesses casos costuma ser representado por uma pequena área de pneumoníte, localizada geralmente no terço médio do pulmão, associada a uma grande adenomegalia hilar e/ou mediastinal hipselateral. Esse aumento linfonodal acentuado pode levar a compressão brônquica levando o pulmão a uma atelectasia (vai melhorar com o tratamento da tuberculose), sendo segmentar ou lobar. A ruptura do foco caseaso para o brônquio resulta em pneumonia tuberculosa devido à quantidade de bacilos que invadem os alvéolos. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Tuberculose primaria progressiva Ocorrem em pacientes que se infectam com grande quantidade de bacilos, ou quando as defesas imunológicas estão deprimidas. O foco primário evolui para uma grande área de inflamação granulomatosa e exsudativa, evoluindo para uma pneumonia tuberculosa. A localização é mais frequente no foco primário (terço médio do pulmão) Podem surgir grandes pontos caseosos, locais que liquefazem, transformando-se me cavernas Pode ou não haver adenomegalia hilar e mediastinal. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Tuberculose miliar Mais comum em crianças menores de dois anos e não vacinadas com BCG, ou em pacientes com imunodepressão moderada a grave (desnutrição, HIV). Os focos não são contidos e evoluem com progressão da lesão e grande proliferação bacilar. Em que o foco primário pode continuar aumentando ou lançando bacilos no sangue, ou então um foco metastático na parede de uma veia pulmonar (foco de Weigart) pode ser responsável pela continuidade da disseminação. Interstício pulmonares e meninges são os mais atingidos, mas a doença também esta presente no fígado, baço, linfonodos, medula óssea e etc. Se não tratada precocemente pode levar a criança a óbito. Há múltiplos nódulos macroscópicos no pulmão dando semelhança as sementes de millet, uma espécie de graminia, por isso o nome. Tuberculose pós-primaria (forma do adulto) É definida como a forma da doença que se desenvolve em pacientes infectados pela tuberculose há mais de três anos, ou seja, que já tiveram contato prévio bom BK. Pode ocorrer por duas formas: o Reativação de um foco latente - pode ser ativados por uma queda sutil da imunidade, voltando a se proliferar nos macrófagos. o Reinfecção Gustavo Rodrigues Gipe – T9 OBS: os segmentos posteriores dos lobos superiores e o segmento superior do lobo inferior são os mais acometidos pela tuberculose pós-primária. Os focos intersticiais (focos de simon) que se disseminaram pelo parênquima pulmonar durtante a primo-infecção contem o bacilo na forma latente. A reinfecção pode ocorrer por uma diminuição na imunidade, por exemplo, por mais sutil que seja. Surgimento de caverna tuberculosa, um local rico em O2 onde o bacilo se multiplica de forma absurda. Disseminação broncogênica. Transmissão da infecção Uma vez que já há memória imunológica, a reação granulomatosa ocorre muito mais rápida, juntamente com áreas de necrose caseosa. OBS: apesar da resposta imunológica não há formação de adenopatia hilar ou mediastinal. OBS: esses pacientes podem representar grandes fontes de disseminação na comunidade, uma vez que possuem oligossíntomas. Tuberculose no idoso Podem desenvolver na forma pós-primaria apical, porem frequentemente apresentam uma forma semelhante à tuberculose primaria progressiva, com infiltrados pneumônicos predominando nos lobos médios e inferiores. Raramenteexiste adenopatia hilar e mediastinal. Tuberculose no imunodeprimido (AIDS) Quando o padrão de CD4 está entre 350 e 500 a tuberculose apresenta um padrão cavitario, semelhante à tuberculose pós primaria no adulto. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Abaixo de 350, assume uma tendência exsudativa, acometendo grandes áreas pulmonares, porém, predominado nos lobos inferiores. Tuberculose extrapulmonar Podem afetar qualquer órgão do sistema, porem os mais acometidos são: Linfonodos Pleura Ossos Articulação Cérebro Meninges Cérebro Rins Genitálias internas Pericárdio Peritoneoa Intestino Sua patogenicidade vai depender do órgão que esta sendo afetado. A tuberculose pleural vem da progressão de um foco pulmonar subpleural, lançando uma pequena quantidade de bacilos no espaço pleural, levando a uma exsudação e, consequentemente, a um derrame pleural unilateral. A infecção pericárdica possui semelhança na sua patogenicidade. Já as meninges são mais afetadas durante a disseminação linfo-hematogênica, uma vez que os bacilos penetram na via liquórica através dos plexos coroides nos ventrículos cerebrais. Prova tuberculínica (PT) ou “PPD” A prova tuberculínica (teste de mantoux), também chamado de PPD, vai identificar os indivíduos infectados pelo bacilo de Koch, seja infecção latente (ILTB) ou a própria TB. Pessoas infectadas pelo BK desenvolvem, após uma media de 2 a 10 semanas, uma memoria imunológica, a partir desse momento ao injetarmos o PPD na pele do paciente surge uma lesão endurecida e eritematosa cerca de 48 a 72 horas após a injeção. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Segundo capitulo Tuberculose pulmonar primaria Infectou-se a menos de três anos Autolimitada Mais comuns em crianças O quadro costuma acontecer em crianças recém infectadas, possuindo dessa forma grande predisposição a adenopatia hilar e mediastinal. Além disso, também é comum em pessoas imunodeprimidas. O quadro da tuberculose primaria pode ser comparada a de uma pneumonia atípica (estudar pneumonia atípica), sendo que seus sintomas mais frequentes são tosse seca e febre baixa, pode ser confundido com uma pequena gripe prolongada, porem não tem sintomas como corisa e cefaleia. A febre pode perdurar de duas semana a 2 meses, mas o mais comum é de 14 a 21 dias. Se houver dor pleurítica sugere-te uma pleurite tuberculosa, um evento comum na tuberculose primaria em adultos. OBS: os achados radiológicos são bastante sugestivos, em que vai haver a revelação de uma adenopatia hilar e/ou mediastinal ipsiliateral ao foco primário. Geralmente localizado no Gustavo Rodrigues Gipe – T9 lobo médio (pulmão direito), mas pode ser achado em qualquer lobo. No local do foco a radiografia geralmente mostra um pequeno infiltrado, que pode eventualmente ser nodular (nódulo de Ghon) OBS: A primária é causa mais frequente de adenopatia ipsilateral em crianças. Complicações Atelectasia devido à compressão de um brônquio pela adenopatia hilar (figura 2). Pneumonia tuberculosa, devido à ruptura de um linfonodo infectado para dentro de um brônquio (figura 3). Evolução para a forma linfo-hematogenica (MILIAR), mais comum em crianças < 2 anos não vacinadas com o BCG. Evolução para a forma primaria progressiva. o Ocorre principalmente em crianças desnutridas e HIV positivos, sendo que o quadro é de uma pneumonia multilobar necrosante, de curso arrastado e sem resposta aos antibióticos convencionais. OBS: o local mais comum para a atelectasia é o lobo superior direito, com a melhora da tuberculose a tendência é a normalização da atelectasia. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Tuberculose Pós- primária Forma crônica de tuberculose pulmonar Indivíduos entre 15 e 40 anos É a forma responsável pela transmissão da doença na população. Esses pacientes são PPD positivos há bastante tempo, uma vez que os bacilos estavam nos focos de Simon. Formam infiltrados granulomatosos, evoluindo para uma necrose caseosa. Sinais e sintomas Oligossintomáticos Principal queixa é a tosse crônica (seca, mucoide ou com expectoração purulenta associada ou não a hemoptoicos). Muitos possuem perda de peso. Algumas vezes apresentam febre vespertina (38 a 38,5) Sudorese noturna. Os exames laboratoriais podem revelar: Anemia leve, normocitica normocrômica (anemia de doença crônica). Aumento do VHS Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Complicação da TB pulmonar pós-primaria Não é autolimitada; Tende a progredir lentamente, se espalhando pelo pulmão; Na tentativa de conter a tuberculose o sistema imune acaba ativando fibroblastos e, dessa forma, acaba fazendo fibrose no pulmão; mas relacionado onde esta a lesão. Com a fibrose nos locais acometidos muitos outros problemas virão, como: o Retrações o Bronquiectasias o Cavidades com paredes fibrosas. o Possíveis focos de aspergiloma – fungos ball; OBS: Se a fibrose for extensa, o paciente evolui com dispneia e posteriormente com o cor pulmonale e insuficiência respiratória. OBS: A caverna tuberculosa pode se estender para pleura, com o risco de formar uma fistula broncopleural, em que a consequência imediata é o pneumotórax. Nesse Gustavo Rodrigues Gipe – T9 caso, grande quantidade de bacilos pode atingir o espaço pleural, culminando em um empiema tuberculoso (fugura 10). Resumo das alterações radiológicas típicas da tuberculose pós-primária: Fase inicial – infiltrado pulmonar misto com imagens lineares convergindo para o hilo (figura 5); Fase cavitaria – infiltrado pulmonar com cavitação (figura 6); Fase cavitaria com disseminação broncogenica: presença de novos infiltrados; (figura 7 e 8); Fase avançada: fibrose pulmonar (retração de parênquima) – figura 9; Tuberculose primaria em adultos Pode surgir um curso semelhante aos das crianças porem sem adenopatia hilar e mediastianal, salvos os casos de imunoideficientes. O adulto é mais propenso à tuberculose pleural primaria do que a tuberculose pulmonar primaria. Porem esse números vão depender de algumas comorbidades como por exemplo se a pessoa é diabética, desnutrida ou aidética. Tuberculose na AIDS Os imunocomprometidos possuem cerca de 30 vezes mais chances de ter sintomas de tuberculose. Nesse caso, vai depender de como estão os parâmetros dos CD4 como já dito a cima. Quando suspeitar de tuberculose pulmonar? O principal ponto na prevenção é a detecção precoce dos casos bacilíferos (pacientes que apresentam baciloscopia do escarro positivo, o que só ocorre em TB das vias áreas, isto é, pulmonar, laríngea/ formas extrapulmonares não transmitem doenças) e seu tratamento adequado. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Diagnostico 1. Paciente adulto (TB- pós primaria) Apenas três métodos são capazes de confirma o diagnostico: 1. Teste rápido molecular 2. Baciloscopia 3. Cultura Porem existe a possibilidade de considerarmos o diagnostico de TB e começarmos o tratamento, mesmo sem que haja a confirmação micobacteriológica, definido como a situação em que o adulto com quadro clinico típico por qualquer motivo não possa confirmar o diagnostico por meio de exames laboratoriais, nesse caso exames como de imagem pode corroborar para um diagnostico. Teste rápido molecular O TRM-TB teste de amplificação genica através do PCR, detectando o DNA do M. tuberculosis (e não de outras micobacterias), além disso, também detectam os genes que conferem resistência a rifampicina. O resultado costuma fica pronto em duas horas com sensibilidade de 90% e especificidade de 99%. Representa o método de escolha para pesquisa de tuberculose. OBS: Por detectar tanto DNA de células mortas ou vivas não servem para fazeracompanhamento de tratamento. OBS: Mais de 80% dos BK resistentes a Rifanpicina também são resistentes a isoniazida, desse modo, já vai ser caraterizada como multirresistente. Baciloscopia Pesquisa direta do BK. Quando o material for o escarro deve ser coletado duas amostras em momentos distintos (uma na consulta e outra na manha do dia seguinte). OBS: não precisa ser necessariamente o escarro, mas outros fluidos corporais e tecidos de biopsias ou peça cirúrgica. OBS: na maioria das vezes é obrigatório que em alguns casos como os listados a cima é necessário pedir um teste de cultura juntamente. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 OBS: uma baciloscopia positiva em qualquer um desses casos indica um TB ativa e, desse modo, é de escolha para o acompanhamento do tratamento. Cultura + TSA Possui elevada sensibilidade e especificidade, podendo ser realizada em meios sólidos e líquidos. A desvantagem é que demora muito para ficar pronto, porém, nos meios líquidos apresentam maior velocidade de resultado, chegando muitas vezes a metade do tempo de espera. Estratégias para a confirmação do diagnostico Sempre que o TRM-TB estiver disponível deve ser solicitado perante a suspeita de tuberculose, sendo que uma única amostra de escarro basta. Há casos que mesmo que seja feita a TRM-TB é obrigatório que seja feita a cultura com teste de sensibilidade (TSA), independente do resultado do TRM. Essa conduta deve ser feita em pacientes que pertencem aos grupos de risco (maior vulnerabilidade). Há dois tipos de pacientes: 1. Casos novos – pacientes nunca recebeu tratamento contra a tuberculose, ou o fez por menos de 30 dias 2. Retratamento – paciente é uma recidiva (após cura confirmada ou tratamento completo), ou um reingresso após abandono, tendo deixado de tratar a TB por período maior que 30 dias consecutivos. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Estratégia diagnostica para novos casos Tratamento para pacientes que estão em retratamento Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Outros exames complementares Radiografia de tórax Em pacientes positivos possuem função de analisar se não há outras doenças que necessitem fazer tratamento concomitante. Analisar a função pulmonar. Normal – não apresentam imagens patológicas nos campos pulmonares; Sequela – apresentam imagens sugestivas de lesões cicatriciais; Suspeito – apresentam imagens sugestivas de tuberculose em atividade (opacidades ou infiltrados radiológicos, nódulos, cavitações, fibrose, linfonodomegalia, calcificação ou aspecto miliar); Outras doenças – apresentam imagens sugestivas de pneumonia não tuberculosa; Tomo Broncoscopia Podem ser uteis no diagnostico de tuberculose nas seguintes situações: Formas com exames micobacteriológicos Suspeita de outra doenças pulmonares que não seja tuberculose. Presença de doenças que acometam difusamente o parênquima pulmonar (TB miliar). Suspeita de tuberculose endobrônquica pacientes imunodeprimidos (maior riscos de formas não cavitárias, por tanto, menor posividade do escarro. Histopatologia É indicada para o diagnostico de tuberculose extrapulmoanar, assim como no diagnostico de tuberculose pulmonar difusa (miliar). Achados de granulomatosos caseosos são muito sugestivo de TB, porem não são patognomônicos desta condição. Dosagem de ADA- AADA (adenosina deaminase) Quando em níveis aumentados no liquido pleural (mais de 40 ou na forma especifica, mais de 60), possui elevado valor preditivo positivo para tuberculose. Pode ser usada no diagnostico de TB pericárdico, peritoneal, articular (sinovial) ou mesmo do SNC (licor). Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Exames de HIV A realização do teste de HIV é obrigatória para pacientes que recebem o diagnostico de tuberculose. Teste rápido de HIV, se positivo é necessário a realização da ELISA. Abordagem terapêutica TDO – tratamento diretamente observado Observar a deglutição do medicamento; Construção do vínculo com o doente; Observação diária; Deve ter no mínimo 24 doses observadas pelo profissional de saúde durante a fase intensiva do tratamento (dois primeiros meses) e 48 doses na fase de manutenção (meses subsequentes) Terapia tuberculostática Esquema básico para menores de 10 anos – 2RHZ/4RH (2 Rifanpicina, isoniazisa, pirazinamida / 4 rifanpicina, isoniazida); Esquema básico para maiores de 10 anos – 2RHZE/4RH; Esquema para meningocefalite com menos de 10 anos – 2RHZ/7RH + corticoterapia; Esquema para meninfocefalite com mais de 10 anos – 2RHZE/7RH + corticoterapia; Legenda: R – rifampicina H – isoniazida Z – pirazinamida E – etambutol (não é indicado para crianças por apresentar toxicidade ocular) Gustavo Rodrigues Gipe – T9 As indicações do esquema básico são: Casos novos de TB pulmonar ou extrapumonar (exceto meningocefalite); Infectados ou não pelo HIV; Retratamento (exceto meningocefalite). O tratamento com esquema básico, com exceção da meningocefalite, deve ser feita por seis meses. No caso da meningocefalite deve ser feito por um tempo de nove meses. OBS: gestantes!! OBS: tratamento sob regime de internação hospitalar!! Efeitos colaterais São divididos em dois tipos de efeitos colaterais: efeitos menores e maiores. Os menores não necessitam a parada do tratamento, podendo ser manejado pela equipe de atenção primaria. Entretanto, os efeitos maiores devem lervar à suspensão do tratamento, demandando um manejo mais complexo, necessitando da atenção secundaria. Na maioria das vezes esses medicamentos são reinseridos, porem em alguns casos quando a uma reação de hipersensibilidade grave “plaquetopnia, anemia hemolítica, injuria renal entre outras”, o fármaco responsável deve ser definitivamente suspenso, uma vez que a reintrodução ira causar uma nova reação de hipersensibilidade grave. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Pacientes que possuem maiores chances de desenvolverem complicações relacionadas aos efeitos colaterais: Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Esquemas especiais para substituição de medicamentos primeira linha quando provocam efeitos colaterais: Esquema para memorizar: Todo tratamento sem a rifampicina tem que ser por 12 meses (quando tem rifampicina pode ser por seis meses); A pirazinamida pode ser substituída pelo etambutol; A isoniazida ou rifampicina podem ser substituídas pela associação estreptomicina + etambuol. Acompanhamento O controle é feito através de baciloscopia seriadas de escarro, idealmente a cada mês, mas de forma obrigatória no segundo, quarto e sexto mês. Situações que pode haver o prolongamento do tratamento: Persistência de poucos bacilos no escarro após o quinto ou sexto mês. Resposta clinicorradiologica insatisfatória, mesmo que a baciloscopia de escarro seja negativa; Tb pulmonar cavitária baciloscopica persistente positiva após o segundo mês de tratamento; Monorresistencia a R ou H, caso o paciente caso o paciente não apresente melhora clinicorradioologica satisfatória. HIV Diabetes melitos Falência terapêutica Nesse caso o paciente deve receber o esquema padrão para multirresistência ou esquemas especiais. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Resistência ao bacilo de Koch Esquema para TB RR (resistência à rifampicina) Definida no teste rápido molecular (TRM-TB), com uma boa velocidade, cerca de duas horas após a realização do teste. Geralmente também é resistência a H (isoniazida), sendo classificaldo como multirresistente (MDR); Tratamento: O tempo médio de uma tuberculose multirresistente gira em torno de 18 a 24 meses, sendo que as tuberculoses extrapulmonares são tratadas damesma forma. Esquemas para Tb multirristente (TB-MDR) Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Controle dos contatos O ideal era que todos os contatos de um paciente Tb devem ser avaliados na rede básica de suade, mas a prioridade deve ser dada: 1. Menores de cinco anos; 2. HIV+; 3. Outras situações consideradas de alto risco (idosos, imunodeprimidos, alcoólatras e etc); OBS: quando for crianças é obrigatório investigar os adultos, pois possivelmente há um adulto bacilifero. OBS: se o contato for positivo deve-se pedir um raio-x e tratar o ILTB (infecção latente por tuberculose). Tratamento da ILTB O tratamento da ILTB (infecção latente por tuberculose) pode reduzir em 60 a 90% o risco de desenvolver a tuberculose-doença. O tratamento utilizado atualmente no Brasil é: Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Caso clinico com a professora Carcano CASO 4 Escarro com sangue há uma semana neoplasia Tuberculose Pneumonia viral Queixas respiratórias em geral. Se for dor torácica pleurítica ele vai sentir mais dor ao respirar. Perguntar se há dor torácica, ajuda como uma forma de refinar a anamnese. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Pneumonia pleural vem junto com dor pleurítica e a tosse é mais relacionada com a tosse seca, porém nem sempre, pois pode acometer outros órgãos como pulmão mesmo e pode haver empiema. Paciente não é tabagista, nem bebe, mas faz relações com múltiplos parceiros sem preservativos. Baciloscopia do escarro – são feita duas amostras, uma no momento da consulta e outra no dia seguinte, além disso é obrigado que faça o teste de HIV; OBS: Olhar bastante raio-x de tórax (esse por exemplo fala muito a favor de tuberculose/ presença de cavitações, pode ser muito relacionado com um TB pós primaria). Baciloscopia positiva nas três coletas – fecha diagnostico. Paciente com teste rápido positivo. Fazer o tratamento padrão RHZE de seis meses, dois meses com todas e quatro meses apenas com RH. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Quem transmite muito são os que possuem baciloscopia alta, pacientes cavitários, pacientes imunodeprimos, pois a multiplicação dos balios é alto. Pacientes que tossem com vigor são grandes transmissores. Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Gustavo Rodrigues Gipe – T9 Gustavo Rodrigues Gipe – T9
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