Prévia do material em texto
Gustavo Rodrigues Recomendações para o manejo da asma da sociedade brasileira de pneumologia e tisiologia – resumo Principais pontos dentro do tratamento da Asma: Abordagem personalizada Tratamento farmacológico Educação do paciente Plano de ação por escrito Treinamento para o uso do equipamento inalatório Os mecanismos (fenótipos inflamatórios) envolvem a asma eosinofílica ou não eosinofílica e asma alérgica ou não alérgica. Além disso, há o aspecto endógeno caracterizado por inflamação do tipo II (produzida por células T helper e está associado por eosinofilia nas vias aéreas, a partir disso muitos anticorpos monoclonais humanizados são usados para o controle da asma que não consegue controla mesmo nos estepes mais altos). Desse modo, pacientes que apresentam inflamação do tipo II alta, começam com asma de inicio precoce, mais grave, associada à atopia/IgE e com isso eosinofilia. Esses pacientes costumam responder bem aos corticoides e às drogas que inibem a inflamação T2. Em contrapartida, pacientes que apresentam inflamação de T2 baixa, possuem inicio tardio, com ausência de eosinofilia nas vias aéreas e sistêmicas e responsividade diminuída aos corticoides, além disso, não respondem a drogas que vão inibir a inflamação do tipo II. Se atentar ao trecho acima sobre os tipos de asma e como vai proceder a resposta medicamentosa. Sintomas Como já foi dito alguns dos sintomas, os principais são tosse, dispneia e sibilância. Os sintomas geralmente são mais fortes à noite ou no inicio da manhã. A tosse pode ser seca ou mucoide. Principais exames para o diagnostico de asma Espirometria; Calculo dos volumes pulmonares; Gustavo Rodrigues Capacidade de difusão do monóxido de carbono; Gasometria arterial; Critérios diagnósticos 1. Prova broncodilatadora positiva (critério principal): espirometria mostrando aumento do VEF1 maior ou igual que 200ml (valor absoluto) e aumento de 12% do valor pré-broncodilatador. 2. Além disso, se os valores de VEF1 normal pode-se recorrer ao teste provocativo, expondo o paciente a baixas concentrações de agentes broncodilatadores pela via aérea, a queda maior que 20% no VEF1 significa um teste positivo, dando um diagnostico de asma. O que é a asma? Doença de cunho heterogênico, geralmente caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas. Histórico de sintomas respiratórios, tais como sibilos, dispneia, opressão torácica retroesternal e tosse. OBS: Sintomas que não devem deixar de ser perguntados durante a anamnese. Diferença entre controle e gravidade da asma (exacerbação) Controle das limitações clinica, sintomas mínimos durante o dia e ausência de sintomas à noite (um dos parâmetros para saber se a asma está exacerbada), necessidade reduzida de medicamentos, ausência de limitações das atividades físicas, redução dos riscos futuros, como exacerbações, perda acelerada da função pulmonar e efeitos adversos do tratamento. Desse modo, a asma pode ser classificada em três parâmetros: Controlada Parcialmente controlada Não controlada. OBS: a avaliação de controle é feita em relação às 4 ultimas semanas (importante na coleta da anamnese) OBS: Definição de controle da asma por diferentes instrumentos: Gustavo Rodrigues OBS: Saber principalmente os parâmetros colocados pela GINA Sintomas diurnos mais de 2 vezes por semana; Despertar noturno; Medicamento de resgate mais de 2 vezes por semana; Limitação das atividades; o Nenhum ponto – asma controlada; o 1 a 2 – parcialmente controlada; o Mais de 2 – asma não controlada; Fatores que influenciam no controle da asma Diagnostico incorreto; Falta de adesão; Uso de drogas que podem diminuir a resposta ao tratamento (anti- inflamatorios não esteroidais e beta bloqueadores); Exposição ocupacional (trabalho); Tabagismo; Gustavo Rodrigues OBS: antes de qualquer tratamento devem ser verificados os fatores que podem estimular a asma. Esses fatores podem ser sociais de acordo com a moradia do paciente, podem ser hábitos e vícios ou ocupacional. Adesão ao tratamento A baixa adesão ao tratamento é um dos principais fatores que impedem o controle da asma, esses podem ser por medo do tratamento, por exemplo, ou por falta de materiais para que haja o tratamento por exemplo. 32% dos asmáticos não aderem ao tratamento. Tabagismo As exposições ao tabagismo passivo em crianças ou adulto podem aumentar o risco de exacerbações e dificulta o controle da asma. O próprio tabagismo aumenta a gravidade da asma, piora o controle e acelera a perca da função pulmonar, além disso, diminui a responsividade ao tratamento por corticoides inalatórios. Exposição ocupacional e ambiental Uso de outras drogas que podem dificultar o controle da asma, dentre elas: Aspirina e antiinflamatorios não esteroidais que podem causar exarcebações grave da asma em indivíduos sensibilizados, além disso, betabloqueadores por via oral ou formulações aftamilmicas podem causar broncoespasmos Comorbidades Em alguns casos mais complexos refluxos gastroesofágicos, obesidade, disfunção de cordas vocais, rinossinusite crônica, polipose nasal, ansiedade, depressão, apneia do sono, DPOC, aspergilose boncopulmonar alérgica, broncoequitasias, asma piorada ou causada por exposição ocupacional. OBS: perguntar qual o horário que o paciente sente mais falta de ar, na anamnese tentar mensurar como é essas falta de ar e, principalmente, quando se trata de DPOC saber quantificar pelos critério mMRC. Além disso, pacientes com asma possuem falta de ar mais característica pela manhã. Gustavo Rodrigues Tratamento preferencial de controle de asma CI – corticoides inalatórios LABA, beta agonista de longa duração. No tratamento da asma pode ser dividido em cinco etapas, em que vai aumentando a quantidade de corticoides inalatórios progressivamente e outros métodos de controle. Corticoide inalatório - CI Pode ser dividida em dosagens baixas, medias e altas. Além disso, apos a obtenção e manutenção do controle da asma por um tempo prolongado (não inferior a três meses), a dose do CI pode ser reduzida para uma dose mínima, objetivando utilizar a menor dose para o controle da asma. Pode haver efeitos colaterais como candidíase, irritação na garganta e disfonia. Seu uso em grandes quantidades e em tempo prolongado pode levar a redução da densidade mineral dos ossos, infecção respiratórias (incluindo tuberculose), catarata, glaucoma supressão do eixo hipotalâmico-pituitaria- adrenal. O uso da monoterpia com corticoide inalatório não tem respaldo. CI associado com LABA (beta agonista de longa duração) Tratamento preferencial de controle para as etapas III a V Em casos mais leves a GINA indica o uso de CI + formoterol por demanda (como medicamento de resgata) como tratamento preferencial para o controle da asma na etapa I. Já na etapa II a recomendação de tratamento preferencial é opcional: CI em baixas doses continuadamente (com horário) ou CI (pode ser budesonida) + formoterol por demanda. OBS: a indicação de CI + formoterol por demanda na etapa I é indicado para idades maiores de 12 anos GINA – Corticoide inalatório em baixa dose diária e conforme necessário o corticoide inalatório com formoterol. Etapa II. OBS: A monoterapia de LABA esta contraindicada por aumentar o risco de hospitalização e morte por asma. Gustavo Rodrigues Estratégia de uso de CI + LABA: Dose fixa ou dose variável O uso da associação CI + LABA no tratamento da asma pode ser indicado em dose fixa associada a um (SABA de resgate/ não muito mais usado) ou em dose variável com budesonida + formoterol ou beclometasona + formoterol de menutanção e resgate, desse modo, usando um único inalador. A GINA recomenda para asetapas de III a V o uso de corticoide inalatório com associação de LABA. OBS: geralmente aconselha-se que as doses fixas sejam feitas de 12 em 12 horas Gustavo Rodrigues OBS: método de tratamento pelo GINA, a diferença é que quase não precisar mais usar o SABA como resgate e sim o próprio corticoide inalatório juntamente com o LABA Manejo da asma grave A asma grave é definida como aquela que permanece não controlada com o tratamento máximo ou que necessita dele pra que esteja controlada, mesmo Gustavo Rodrigues que os fatores que pioram a asma tenham sido sessados, como por exemplo os fatores ambientais. Tiotrópio Brometo de tiotrópio, em uma dose de 5miligramas ao dia é indicado como terapia adjuvante para asmáticos com idade maior de 6 anos com asma não controladas nas etapas IV e V da GINA, desse modo, a associação de CI com LABA e tiatrópio melhora a função pulmonar e reduz a taxa de exacerbação. Omalizumabe É um anticorpo monoclonal humanizado anti-IgE, indicado para a etapa V para o tratamento de asma alérgica. Sua dose é variável de acordo com o peso do paciente Mepolizumabe Anticorpo monoclonal humanizado que inibe a IL-5 de se ligar aos seus receptores nos eosinófilos e, consequentemente, reduz a inflamação eosinofílica. Esta mais relacionados com asmáticos graves não controlados no estagio V (para maiores de seis anos). Benralizumabe Anticorpo monoclonal humanizado, vai levar a apoptose dos eosinófilos, determinando uma rápida e quase completa depleção dos níveis de eosinófilos séricos. CO em baixas doses (corticoide oral) Esta indicada como terapia adicional em paciente scom asma grave não controlada na etapa V. Seu uso indiscriminado pode ter serias consequências para o paciente como o retardo do crescimento de crianças, glalcoma, catarata, diabetes melitos, osteoporose, infecções e bloqueio do exiso hipotalimico- pituitarua- adrenal. Gustavo Rodrigues Caso do professor frezza Pneumonia com tosse produtiva, febre alta, esses são sintomas de uma pneumonia característica, porem em uma atípica poderia haver febre baixa, com quadro arrastado e tosse sem ser produtiva. Porem quatro semanas seria um tempo muito prolongado. Asma pode ser, tuberculose também. Pensando na falta de ar há 4 semanas. Pode haver doenças sistêmicas que vão trazer a falta de ar como por exemplo a anemia, insuficiência cardíaca. Insuficiência cardíaca – como pode ser um diferencial, paciente com asma tem episódios de falta de ar, em que no período da noite ou quando acorda possui mais sintomas e com predomínio no inverno. A insuficiência cardíaca é diferente, esta muito ligada com esforço físico, ortopneia, e é muito recorrente, ele vai ter sempre falta de ar com o esforço físico. Outro ponto a ser posto é a faixa etária do paciente, uma vez que possui 20 anos. A crise é causada por uma sensibilidade por um alergeno, em que temos como exemplo a poeira, esforço físico pode ser induzida por exercício (não é no momento da atividade, pelo menos três minutos com continuação após a parada da atividade física) A asma pode dar edema pulmonar? Edema nos brônquios de característica local e inflamatória. Predomínio pela manhã Ocorre mesmo em repouso Os sintomas aparecem por duas horas Chiado no peito E dor torácica construtiva A história clinica lembra muito asma – sibilo quando a pessoa tem crise, pode haver sibilo por aspiração de corpo estranho, porém é diferente, pois um é mais difuso e o outro mais especifico. Na asma o som é mais difuso, uma vez que não há como ter em um pulmão só. Pode haver sibilos por infecção viral o que é mais comum. IC pode ter sibilos, o que é diferente de trepitadações (não sei o nome). O paciente asmático sibila por conta da diminuição do diâmetro das vias aéreas por broncoconstrição e aumento da secreção por reação inflamatória (extravasamento de liquido no intersticial) o que diminui o espaço dentro dos brônquios, na insuficiência a liquido no interstício (antigamente era chamado de asma cardíaco). Gustavo Rodrigues Despertar a noite e mais uso do salbutamol (trata o sintomas, mas não a causa que, deveria ser por meio de corticoides se for uma inflamação do tipo II) de mais ou menos oito vezes ao dia. A dermatite atópica esta relacionado com a asma também, é comum na infância desses pacientes. Relata alergia a poeira também, sendo considerado o alergeno. Hipersensibilidade a poeira. Prestar atenção dos sinais vitais Musculatura acessória, auscultar sibilos, percutir. Beta agonista é essencial, não vai tirar apenas com anticolinerigos, com batimentos de 108 poderia fazer sim, sem grandes riscos. Pólipo nasal esta relacionado com a renite que o paciente apresenta O raio – x Como seria o tratamento da asma do paciente? Como seria o corticoide – oral Juntamente com o salbutamol Patologia da asma A asma leve é caracterizada por edema e hiperemia da mucosa, bem como por infiltração da mucosa com mastócitos, eosinófilos e linfócitos que exibem o fenótipo Th2, também esta muito relacionada com a interleucina-5. Com os sintomas persistentes de asma eosinofilica apesar do tratamento com corticoides, mostram evidencias que essas citocinas inflamatórias causam a deformação mecânica do epitélio pela constrição da musculatura lisa das vias aéreas pela deposição de colágeno abaixo da membrana basal. Além disso, em asmas crônicas ocorrem hipertrofia e hiperplasia das glândulas ali presente, juntamente a hiperplasia da musculatura lisa. A obstrução local das vias aéreas, além do espessamento da parede, ocorre por uma mistura de muco hiperviscoso e agregados de células epiteliais descamadas pelas vias aéreas. Ah três pontos que vão causar os sintomas das crises asmáticas: Gustavo Rodrigues 1. Constrição da musculatura lisa; 2. Espessamento do epitélio; 3. Presença de liquido no lúmem das vias aéreas; Mediadores da resposta asmática aguda Acetilcolina – causa a constrição do musculo liso (relacionar a reverção por meio de Tiotrópio) Histamina – relacionada com os mastócitos que em pacientes asmáticos estão em gtrande numero nas vias aéreas. Leucotrienos e lipoxinas – LTC4, LTD4 e LTE4 e LTB4, todos eles são derivados da lipooxigenação do acido araquidônico. Oxido nítrico – pacientes asmáticos possuem níveis mais altos de oxido nutrico em seus pulmões, porem que diminuiem com o tratamentro com corticoides. Alterações fisiológicas da asma Com o aumento da resistência no fluxo aéreo causado pela obstrução das vias aéreas por meio da contração da musculatura lisa, espessamento de epitélio e presença de liquido nas vias aéreas. No começo de um crise asmática ocorre obstrução de todos os níveis das vias aéreas, porem com a medida que essa crise regride, essas alterações regridem primeiramente as grandes vias aéreas: Brônquios principais Brônquios lobares Bronquios segmentares Logo após isso nas vias mais periféricas. Durante uma crise asmática é normal encontramos pacientes taquipneicos que não é desencadeada por anormalidades na composição dos gases, mas sim pela estimulação dos receptores intrapulmonares, com efeito subsequente sobre os centros respiratórios centrais. Em relação as trocas gasosas há uma ma distribuição na relação de ventilação e perfusão. Manifestações clinicas Gustavo Rodrigues Tosse acompanhada de dispneia, sibilo e ansiedade. A dispneia pode ocorrer apenas com a pratica de exercício por exemplo (asma induzida por exercício), após a ingeção de acido acetilsalicílico (doença respiratória exacerbada por acido acetilsalicílico), após exposição de um alergeno conhecido especifico (asma exscrinceca) ou sem razão identificada (asma intrisceca). A maioria dos pacientes queixam-se de dispe neiacom mudança brusca de temperatura e na umidade do ar inspirado. Como por exemplo em uma estação com calor e úmida ao entrarem em um teatro frio e seco vao ter crise. Exame físico Em crises agudas é comum notar: sinais vitais Frequência respiratória alta (de 25 a 40 incursões por minuto). Taquicardia Pulso paradoxal. Oximetria em torno de 90% Exame físico Uso de musculatura acessória Se o uso da musculatura acessória estiver ocorrendo a pele pode estar retraída no espaços interocostais durante a inspiração. Tórax hiperinsuflado Fase expiratória demorada em relação a inspiratória. Percussão com hipertimpanismo. Frêmito toracovocal esta diminuído Ausculta com sibilos, achado principal , porem não fecha diagnostico. Os sibilos são comumente mais altos durante a expiração, porem da pra auscultar durante a inspiração, são chamados de polifônicos. Ruídos adventícios adicionais podem incluir roncos suigestivos de secreção livre na luz das vias aéreas, ou estertores, nesse caso podem levantar diagnositicos diferenciais como infecções e insufuciencia cardicaa. A perda da intensidade dos murmúrios vesiculares em um paciente é indicativo de asma grave com muita obstrução do fluxo aéreo. Diagnostico Gustavo Rodrigues Achados laboratoriais Achados da função pulmonar Principais pontos há diminuição do volume expirado no primeiro segundo VEF1 e no pico do fluxo expiratório PFE. Na asma esses resultados podem melhorar complemente após a administração de um broncodilatador, embora a resposta do brondilatador se defina como aumento de 12% no VEF1, desde que o aumento seja pelo menos de 200ml (importante saber esses valores/ não esquecer que o aumento deve ser de pelo menos 200ml). NO Exalado Geralmente esta eleavado em pacientes asmáticos Gustavo Rodrigues Gasometria arterial Mas indicados em pacientes que estão sofrendo de hipóxia OBS: pode haver achados no sangue de eosinofilia, grande números de IgE Achados radiológicos A radiografia de tórax frementemente é normal. A asma grave esta associada a hiperinsuflação, como indicativo pela depressão do diafragma e por campos puilmonares anormalmente tranapareentes. O que pode ser notados em asmas mais graves é o padrão de hiperinsuflação do pulmão, padrão que seria semelhante a uma DPOC. Gustavo Rodrigues