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Seminários de gastro Ú L C E R A P É P T I C A A úlcera é a erosão da mucosa, que penetra na camada muscular e mede mais de 0,5 cm. É quando os fatores agressivos superam os protetores. É mais prevalente em homens. Porém, a incidência vem diminuindo, sendo as duodenais mais comuns, principalmente em jovens; já as gástricas acometem pacientes mais velhos. AINES e H. pylori. São comuns antecedentes familiares. Gerais: H. pylori, AINES, tabaco, genética, hipercalcemia, mastocitose e grupo sanguíneo O. Para úlcera duodenal: glicocorticoides, infecção renal crônica, transplante renal, cirrose e doença pulmonar crônica. Para úlcera gástrica: gastrite por refluxo, uso de salicilatos tipo I: pequena curvatura, 55-60% dos casos. tipo II: de corpo gástrico + duodenal. tipo III: pré-pilórica. tipo IV: pequena curvatura, parte alta, próxima à junção gastroesofágica. H. pylori -> inibe produção de somatostatina, hipercloridria, metaplasia de bulbo duodenal, infecção pela bactéria -> úlcera. AA bactéria possui afinidade pelas células produtoras de muco. AINES -> inibem COX-1, com isso a liberação de PGEs na mucosa. O risco aumenta com o uso crônico. Outras causas: Síndrome de Zollinger-Elisson -> tumor produtor de gastrina no pâncreas ou duodeno. tabagismo: inibe produção HCO3; lentifica esvaziamento gástrico; aumenta incidência de H. pylori e produz radicais livres lesivos à mucosa. estresse agudo: hipóxia da mucosa, diminuição fatores protetivos. de Cameron: causadas por hérnia de hiato, lesão do estômago pelo diafragma adjacente. Medicações, drogas e radioterapia. Pode ser assintomática em 70% dos casos. É perigosa, visto que pode evoluir para hemorragia sem que o paciente perceba. Os sintomas se estiverem presentes são: dor epigástrica em queimação; sensação de plenitude, náusea e distensão; A úlcera duodenal pode gerar dor epigástrica APÓS as refeições (90 min a 3 h); mais comum durante a noite;alivia com alimentação ou antiácidos. A úlcera gástrica possui uma dor epigástrica que pode ou não melhorar com a alimentação, podendo cursar com náuseas e perda ponderal. Físico: sensibilidade à palpação de epigastro. Laboratoriais: sem complicações o hemograma vem normal, mas pode ocorrer anemia ferropriva. EDA: é o padrão-ouro; a biópsia ajuda a definir a etiologia e exclui malignidade. Benigna: bordas lisas, regulares e arredondadas. Maligna: massa projetada para o lúmen, dobras circundando suas margens com aspecto nodular ou fusionado, margens salientes, i ETIOLOGIA: FATORES DE RISCO: 1. 2. 3. FISIOPATOLOGIA: Se houver outro fator para seu desenvolvimento, não é necessária elevação da secreção ácida para seu surgimento. Obs.: tipo I e IV pode ocorrer em normo e hipocloridria. Tipo II e III se relacionam com hipercloridria. CAUSAS: MANIFESTAÇÕES: EXAMES: DIAGNÓSTICO: Diagnóstico de H. pylori: todo paciente com úlcera deve ser testado, pode ser não invasivo - por sorologia ou ag. fecal ou invasivo - histologia, teste de urease (na EDA). Hemorragia digestiva alta: ***Ia: sangramento em jato. Ib: hemorragia com secreção. IIa: vasos visíveis. IIb: coágulos aderentes. IIc: manchas pigmentadas planas. III: úlceras de base limpa. Perfuração: Obstrução pilórica: Antiácidos: alivia sintomas e melhora cicatrização. Antagonistas de H2: bloqueia produção de ácido e promove a cicatrização . Cimetidina 800 mg, ranitidina 300 mg. IBP: controle mais rápido e melhor taxa de cura. Impede secreção de HCl. Omeprazol 20 mg, lansoprazol 30 mg, pantoprazol 40 mg. Citoprotetores: sucraflato, forma barreira e alivia sintomas. Terapia tripla de H. pylori. Cirurgia: em casos de intratabilidade ou complicações. Inibição de secreção de ácido (vagotomia e antrectomia -gástrica. vagotomia troncular e piloroplastia ou antrectomia ou gástrica proximal - duodenal). obs.: para os testes devem ser suspendidos IBPs, antibióticos e sais de bismuto. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: Dispepsia funcional ou não ulcerosa; tumores TGI proximais; DRGE; doenças vasculares; doenças pacreatobiliares; doença de Crohn gastroduodenal. Essas condições simulam ulcerações e possuem um quadro de desconforto abdominal. COMPLICAÇÕES: É a mais comum. Pode aparecer como melena, hematêmese ou até mesmo enterorragia. A conduta deve avaliar se o paciente está instável deve ser feita reanimação com fluidos ou transfusão sanguínea. Já se estiver estável, deve -se avaliar seu risco pela classificação de Forrest***. Os fármacos usados podem ser IBP, análogos de somatostaatina. Em casos mais graves o tratamento é cirúrgico (isosos, instáveis, comorbidades, 2 terapias endoscópicas bem sucedidas. Possui alta mortalidade. O leito da úlcera forma um túnel com o órgão adjacente. As duodenais adentram no pâncreas e as gástricas no lobo hepático esquerdo. Apresenta-se com dor epigástrica grave e súbita, com síncope, taquicardia e hipotensão, abdome rígido, distendido. Diagnóstico por raio X ou TC. Tratado com antibiótico, IBP e reparo cirúrgico. É mais rara, cursa com dor, náuseas e saciedade precoce. Pode haver perda ponderal, alcalose e hipocalemia. Trata-se com IBP, dilatação por balão ou cirurgia. TRATAMENTO: Objetiva aliviar os sintomas, cicatrizar a úlcera e evitar reicidivas. Deve-se diminuir a secreção ácida, erradicar H. pylori, profilaxia de doenças por AINES e cessar tabagismo e álcool.
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