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REVISÃO PRIMEIRA FASE OAB

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EBOOK 
OAB XXXII
 
HUMANOS
CONSUMIDOR
ECA
AMBIENTAL
INTERNACIONAL
@PROFANABLAZUTE
@PROFANABLAZUTE
Professora De Administrativo e Constitucional
de diversos cursos jurídicos . 
Mentora do " desafio de Ética" e Cronograma
para o Exame da Ordem
Mestranda em Direito 
Aprovada no TRT 3º /14º Região
Ana Paula Blazute
 
 
1 
 
 
1.CONSUMIDOR 
 
Os artigos mais cobrados: 
LEI 8.078/90 
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
destinatário final. 
 Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que 
indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. 
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem 
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, 
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou 
prestação de serviços. 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
 III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação 
correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem 
como sobre os riscos que apresentem; 
 V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua 
revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; 
 VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, 
administrativa e técnica aos necessitados; 
Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções 
internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos 
expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos 
princípios gerais do direito, analogia, costumes e equidade. 
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação 
dos danos previstos nas normas de consumo. 
Exemplo: Exame XXXI - Adriano, por meio de um site especializado, efetuou reserva de hotel para estada 
com sua família em praia caribenha. A reserva foi imediatamente confirmada pelo site, um mês antes das 
suas férias, quando fariam a viagem. 
 
 
 
2 
 
Ocorre que, dez dias antes do embarque, o site especializado comunicou a Adriano que o hotel havia 
informado o cancelamento da contratação por erro no parcelamento com o cartão de crédito. Adriano, 
então, buscou nova compra do serviço, mas os valores estavam cerca de 30% mais caros do que na 
contratação inicial, com o qual anuiu por não ser mais possível alterar a data de suas férias. 
Ao retornar de viagem, Adriano procurou você, como advogado(a), a fim de saber se seria possível a 
restituição dessa diferença de valores. 
Neste caso, é correto afirmar que o ressarcimento da diferença arcada pelo consumidor poderá ser buscado 
em face do site de viagens e do hotel, que respondem solidariamente, por comporem a cadeia de 
fornecimento do serviço. 
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou 
segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua 
natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações 
necessárias e adequadas a seu respeito. 
 § 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se 
refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto. (Redação 
dada pela Lei nº 13.486, de 2017) 
 § 2º O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no fornecimento de 
produtos ou serviços, ou colocados à disposição do consumidor, e informar, de maneira ostensiva e 
adequada, quando for o caso, sobre o risco de contaminação. (Incluído pela Lei nº 13.486, de 2017) 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, 
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores 
por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, 
apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou 
inadequadas sobre sua utilização e riscos. 
Exame XXIX: A concessionária de veículo X adquiriu, da montadora, trinta unidades de veículo do mesmo 
modelo e de cores diversificadas, a fim de guarnecer seu estoque, e direcionou três veículos desse total para 
uso da própria pessoa jurídica. Ocorre que cinco veículos apresentaram problemas mecânicos decorrentes 
de falha na fabricação, que comprometiam a segurança dos passageiros. Desses automóveis, um pertencia 
à concessionária e os outros quatro, a particulares que adquiriram o bem na concessionária. 
Nesse caso, com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC), assinale a afirmativa correta. 
R: Existe, entre a concessionária e a montadora, relação jurídica regida pelo CDC, mesmo que ambas sejam 
pessoas jurídicas, no que diz respeito ao veículo adquirido pela concessionária para uso próprio, e não 
para venda. 
CAI MUITO - Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, 
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, 
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
 
 
3 
 
Exame XXIV Os arquitetos Everton e Joana adquiriram pacote de viagens para passar a lua de mel na Europa, 
primeira viagem internacional do casal. Ocorre que o trajeto do voo previa conexão em um país que exigia 
visto de trânsito, tendo havido impedimento do embarque dos noivos, ainda no Brasil, por não terem o 
visto exigido. O casal questionou a agência de turismo por não ter dado qualquer explicação prévia nesse 
sentido, e a fornecedora informou que não se responsabilizava pela informação de necessidade de visto 
para a realização da viagem. 
Diante do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
R: Cabe ação de reparação por danos extrapatrimoniais, em razão da insuficiência de informação clara e 
precisa, que deveria ter sido prestada pela agência de turismo, no tocante à necessidade de visto de 
trânsito para a conexão internacional prevista no trajeto. 
 § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode 
esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: 
 I - o modo de seu fornecimento; 
 II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
 III - a época em que foi fornecido. 
 § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas. 
 § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: 
 I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
 § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação 
de culpa 
 Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem 
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados 
ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da 
disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem 
publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a 
substituição das partes viciadas. 
 § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha: 
 I - a substituiçãodo produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; 
 II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos; 
 
 
4 
 
 III - o abatimento proporcional do preço. 
 § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em 
razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou 
características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. 
Exame XXX - Durante período de intenso calor, o Condomínio do Edifício X, por seu representante, adquiriu, 
junto à sociedade empresária Equipamentos Aquáticos, peças plásticas recreativas próprias para uso em 
piscinas, produzidas com material atóxico. Na primeira semana de uso, os produtos soltaram gradualmente 
sua tinta na vestimenta dos usuários, o que gerou apenas problema estético, na medida em que a 
pigmentação era atóxica e podia ser removida facilmente das roupas dos usuários por meio de uso de sabão. 
O Condomínio do Edifício X, por seu representante, procurou você, como advogado(a), buscando orientação 
para receber de volta o valor pago e ser indenizado pelos danos morais suportados. 
Nesse caso, cuida-se de vício do produto, sendo solidária a responsabilidade da sociedade empresária e do 
fabricante das peças; o Condomínio do Edifício X é parte legítima para ingressar individualmente com a 
medida judicial por ser consumidor, segundo a teoria finalista mitigada. 
Comentários da Professora Blazute: 
“ CONSUMIDOR. DEFINIÇÃO. ALCANCE. TEORIA FINALISTA. REGRA. MITIGAÇÃO. FINALISMO APROFUNDADO. CONSUMIDOR POR 
EQUIPARAÇÃO. VULNERABILIDADE. (...) 3. A jurisprudência do STJ, tomando por base o conceito de consumidor por equiparação 
previsto no art. 29 do CDC, tem evoluído para uma aplicação temperada da teoria finalista frente às pessoas jurídicas, num 
processo que a doutrina vem denominando finalismo aprofundado , consistente em se admitir que, em determinadas hipóteses, 
a pessoa jurídica adquirente de um produto ou serviço pode ser equiparada à condição de consumidora, por apresentar frente 
ao fornecedor alguma vulnerabilidade, que constitui o princípio-motor da política nacional das relações de consumo, premissa 
expressamente fixada no art. 4º, I, do CDC, que legitima toda a proteção conferida ao consumidor(...) Numa relação 
interempresarial, para além das hipóteses de vulnerabilidade já consagradas pela doutrina e pela jurisprudência, a relação de 
dependência de uma das partes frente à outra pode, conforme o caso, caracterizar uma vulnerabilidade legitimadora da aplicação 
da Lei nº 8.078/90, mitigando os rigores da teoria finalista e autorizando a equiparação da pessoa jurídica compradora à condição 
de consumidora. (...) 7. Recurso especial a que se nega provimento. (Resp. 1.195.642/RJ, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª Turma, 
DJe 21/11/2012) 
OUTRA QUESTÃO 
Exame XXIV - Osvaldo adquiriu um veículo zero quilômetro e, ao chegar a casa, verificou que, no painel do 
veículo, foi acionada a indicação de problema no nível de óleo. Ao abrir o capô, constatou sujeira de óleo 
em toda a área. Osvaldo voltou imediatamente à concessionária, que realizou uma rigorosa avaliação do 
veículo e constatou que havia uma rachadura na estrutura do motor, que, por isso, deveria ser trocado. 
Oswaldo solicitou um novo veículo, aduzindo que optou pela aquisição de um zero quilômetro por buscar 
um carro que tivesse toda a sua estrutura “de fábrica”. 
A concessionária se negou a efetuar a troca ou devolver o dinheiro, alegando que isso não descaracterizaria 
o veículo como novo e que o custo financeiro de faturamento e outras medidas administrativas eram altas, 
não justificando, por aquele motivo, o desfazimento do negócio. 
No mesmo dia, Osvaldo procura você, como advogado, para orientá-lo. Assinale a opção que apresenta a 
orientação dada. 
 
 
5 
 
R: Cuida-se de vício do produto, e a concessionária dispõe de até trinta dias para providenciar o reparo, 
fase que, ordinariamente, deve preceder o direito do consumidor de pleitear a troca do veículo. 
 
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre 
que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às 
indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, 
podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
 I - o abatimento proporcional do preço; 
 II - complementação do peso ou medida; 
 III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos 
vícios; 
 IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos. 
 § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o 
instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais. 
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao 
consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as 
indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha: 
 I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; 
 II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos; 
 III - o abatimento proporcional do preço. 
 Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de qualquer produto 
considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição 
originais adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas do fabricante, salvo, 
quanto a estes últimos, autorização em contrário do consumidor. 
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a 
obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores. 
 § 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos responderão solidariamente 
pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores. 
 § 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto ou serviço, são 
responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que realizou a incorporação. 
 
 
6 
 
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: 
 I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; 
 II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. 
 § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do 
término da execução dos serviços. 
 § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar 
evidenciado o defeito. 
 Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou 
meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o 
fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. 
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, 
claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, 
quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem 
como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. 
 Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 
 § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, 
inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir 
em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, 
origem, preço equaisquer outros dados sobre produtos e serviços. 
 § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à 
violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência 
da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar 
de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. 
 § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de 
informar sobre dado essencial do produto ou serviço. 
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio 
discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as 
condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos serviços. 
 § 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez dias, contado 
de seu recebimento pelo consumidor. 
 § 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e somente pode 
ser alterado mediante livre negociação das partes. 
 § 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da contratação 
de serviços de terceiros não previstos no orçamento prévio. 
 
 
7 
 
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações existentes em 
cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as 
suas respectivas fontes. 
§ 6º Todas as informações de que trata o caput deste artigo devem ser disponibilizadas em 
formatos acessíveis, inclusive para a pessoa com deficiência, mediante solicitação do consumidor. 
Antônio é deficiente visual e precisa do auxílio de amigos ou familiares para compreender diversas questões 
da vida cotidiana, como as contas de despesas da casa e outras questões de rotina. Pensando nessa 
dificuldade, Antônio procura você, como advogado(a), para orientá-lo a respeito dos direitos dos deficientes 
visuais nas relações de consumo. Nesse sentido, assinale a afirmativa correta. 
O consumidor poderá solicitar às fornecedoras de serviços, em razão de sua deficiência visual, o envio das 
faturas das contas detalhadas em Braille. 
 Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. 
 Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou 
do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de 
produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a 
domicílio. 
 Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, 
os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de 
imediato, monetariamente atualizados. 
 Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento 
de produtos e serviços que: 
 I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de 
qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas 
relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser 
limitada, em situações justificáveis; 
 IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em 
desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; 
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor; 
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que: 
 I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence; 
 II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal modo 
a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual; 
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua 
ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes. 
 
 
8 
 
§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao Ministério Público 
que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o 
disposto neste código ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e 
obrigações das partes. 
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, 
característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de 
produtos ou serviços: 
 Pena - Detenção de três meses a um ano e multa. 
 § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. 
 § 2º Se o crime é culposo; 
 Pena Detenção de um a seis meses ou multa. 
Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou componentes de reposição usados, sem 
autorização do consumidor: 
 Pena Detenção de três meses a um ano e multa. 
Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações que sobre ele constem em 
cadastros, banco de dados, fichas e registros: 
 Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa. 
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em 
juízo individualmente, ou a título coletivo. 
 Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: 
 I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, 
de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias 
de fato; 
 II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, 
de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou 
com a parte contrária por uma relação jurídica base; 
 III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem 
comum. 
Exame XXX - O Ministério Público ajuizou ação coletiva em face de Vaquinha Laticínios, em função do 
descumprimento de normas para o transporte de alimentos lácteos. 
A sentença condenou a ré ao pagamento de indenização a ser revertida em favor de um fundo específico, 
bem como a indenizar os consumidores genericamente considerados, além de determinar a publicação da 
 
 
9 
 
parte dispositiva da sentença em jornais de grande circulação, a fim de que os consumidores tomassem 
ciência do ato judicial. 
João, leitor de um dos jornais, procurou você como advogado(a) para saber de seus direitos, uma vez que 
era consumidor daqueles produtos. 
Nesse caso, à luz do Código do Consumidor, trata-se de hipótese de interesses individuais homogêneos; 
João pode, em legitimidade originária ou por seus sucessores, por meio de processo de liquidação, provar a 
existência do seu dano pessoal e do nexo causal, a fim de quantificá-lo e promover a execução. 
Outra questão... 
Exame XVII - O posto de gasolina X foi demandado pelo Ministério Público devido à venda de óleo diesel 
com adulterações em sua fórmula, em desacordo com as especificações da Agência Nacional de Petróleo 
(ANP). Trata-se de relação de consumo e de dano coletivo, que gerou sentença condenatória. Você foi 
procurado(a), como advogado(a), por um consumidor que adquiriu óleo diesel adulterado no posto de 
gasolina X, para orientá-lo. Assinale a opção que contém a correta orientação a ser prestada ao cliente. 
Resposta: Cuida-se de interesse individual homogêneo, bastando que, diante da sentença condenatória 
genérica, o consumidor liquide e execute individualmente, ou, ainda, habilite-se em execução coletiva, para 
definir o quantum debeatur. 
 
 Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz 
concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado 
práticoequivalente ao do adimplemento. 
Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em nome próprio e no interesse das 
vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente 
sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes. 
Art.82: 
 I - o Ministério Público, 
 II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; 
 III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem 
personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos 
por este código; 
 IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins 
institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a 
autorização assemblear. 
Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser promovidas pela vítima e seus sucessores, 
assim como pelos legitimados de que trata o art. 82. 
 
 
10 
 
 Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que trata o art. 82, 
abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de liquidação, sem 
prejuízo do ajuizamento de outras execuções. 
Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações de fornecedores ou sindicatos de 
categoria econômica podem regular, por convenção escrita, relações de consumo que tenham por 
objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à garantia e 
características de produtos e serviços, bem como à reclamação e composição do conflito de 
consumo. 
 § 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro do instrumento no cartório de títulos 
e documentos. 
 § 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades signatárias. 
➔ Teses/ Súmulas : 
1) Súmula 597-STJ: A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para utilização 
dos serviços de assistência médica nas situações de emergência ou de urgência é considerada 
abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação. 
2) “10. TESE para os fins do art. 1.040 do CPC/2015: O reajuste de mensalidade de plano de 
saúde individual ou familiar fundado na mudança de faixa etária do beneficiário é válido 
desde que (i) haja previsão contratual, (ii) sejam observadas as normas expedidas pelos 
órgãos governamentais reguladores e (iii) não sejam aplicados percentuais desarrazoados 
ou aleatórios que, concretamente e sem base atuarial idônea, onerem excessivamente o 
consumidor ou discriminem o idoso." STJ - REsp 1568244/RJ 2015/0297278-8. Órgão 
Julgador: S2 - SEGUNDA SEÇÃO. Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA. Data do 
Julgamento: 14/12/2016. Data da Publicação: 19/12/2016 
Exame XXVIII: João da Silva, idoso, ingressou com ação judicial para revisão de valores de reajuste do 
plano de saúde, contratado na modalidade individual. Alega que houve alteração do valor em 
decorrência da mudança de faixa etária, o que entende abusivo. Ao entrar em contato com a 
fornecedora, foi informado que o reajuste atendeu ao disposto pela agência reguladora, que é um 
órgão governamental, e que o reajuste seria adequado. 
Sobre o reajuste da mensalidade do plano de saúde de João, de acordo com entendimento do STJ 
firmado em Tema de Recurso Repetitivo, bem como à luz do Código do Consumidor, assinale a 
afirmativa correta. 
R: Poderia ser alterado por se tratar de plano individual, mesmo que em razão da faixa etária, desde 
que previsto em contrato, observasse as normas dos órgãos governamentais reguladores e o 
percentual não fosse desarrazoado, o que tornaria a prática abusiva. 
3) PODE CAIR: Súmula 608 STJ – Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de 
plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão. (Súmula 608, SEGUNDA 
SEÇÃO, julgado em 11/04/2018, DJe 17/04/2018) 
 
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11 
 
 2.DIREITOS HUMANOS 
 
➔ Os artigos mais cobrados: 
CF: Art. 5º, VIII, CF/88, “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou 
de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”. 
CF: Art.109§5º: Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da 
República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados 
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior 
Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de 
competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
CF: Art.220 da CF: 
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, 
processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. 
 § 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de 
informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, 
IV, V, X, XIII e XIV. 
§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. 
§ 3º Compete à lei federal: 
 I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao poder público informar sobre a natureza 
deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se 
mostre inadequada; 
 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos: 
Artigo 1. Obrigação de respeitar os direitos 
 
 1. Os Estados Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades 
nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, 
sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de 
qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra 
condição social. 
 
Artigo 2. Dever de adotar disposições de direito interno 
 
 Se o exercício dos direitos e liberdades mencionados no artigo 1 ainda não estiver garantido por 
disposições legislativas ou de outra natureza, os Estados Partes comprometem-se a adotar, de acordo 
com as suas normas constitucionais e com as disposições desta Convenção, as medidas legislativas ou 
de outra natureza que forem necessárias para tornar efetivos tais direitos e liberdades. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art109
 
 
12 
 
 
Artigo 4. Direito à vida 
 
 
 1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela 
lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente. 
 
 2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos 
delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com 
lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá 
sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente. 
 
 3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido. 
 
 4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem por delitos 
comuns conexos com delitos políticos. 
 
 5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, 
for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez. 
 
Artigo 7. Direito à liberdade pessoal 
 
 1. Toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança pessoais. 
 
 2. Ninguém pode ser privado de sualiberdade física, salvo pelas causas e nas condições 
previamente fixadas pelas constituições políticas dos Estados Partes ou pelas leis de acordo com elas 
promulgadas. 
 
 3. Ninguém pode ser submetido a detenção ou encarceramento arbitrários. 
 
 4. Toda pessoa detida ou retida deve ser informada das razões da sua detenção e notificada, 
sem demora, da acusação ou acusações formuladas contra ela. 
 
 5. Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou 
outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um 
prazo razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade 
pode ser condicionada a garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo. 
 
 6. Toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente, a 
fim de que este decida, sem demora, sobre a legalidade de sua prisão ou detenção e ordene sua soltura 
se a prisão ou a detenção forem ilegais. Nos Estados Partes cujas leis prevêem que toda pessoa que se 
vir ameaçada de ser privada de sua liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente a 
fim de que este decida sobre a legalidade de tal ameaça, tal recurso não pode ser restringido nem 
abolido. O recurso pode ser interposto pela própria pessoa ou por outra pessoa. 
 
 7. Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados de autoridade 
judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar. 
 
 
13 
 
 
 
Artigo 10 - Direito à indenização 
 
Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença 
transitada em julgado, por erro judiciário. 
 
 
Exame XXX Um rapaz, que era pessoa em situação de rua, acabou de sair da prisão. Ele fora condenado pelo 
crime de latrocínio e, posteriormente, a defensoria pública ajuizou, a seu favor, uma ação de revisão criminal, 
na qual ele foi absolvido por ausência de provas, caracterizando, assim, um erro judiciário. Nesse período, ele 
ficou cinco anos preso. Agora a família indaga se existe um direito de indenização em função de condenação 
por erro judiciário. 
 
Assinale a opção que apresenta a informação que você, na condição de advogado(a) especializado(a) em 
Direitos Humanos, deve prestar à família, com base na Convenção Americana Sobre Direitos Humanos. 
R: A Convenção Americana Sobre Direitos Humanos dispõe que toda pessoa tem direito de ser indenizada 
conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença transitada em julgado por erro judiciário. 
 
 
 
Artigo 13. Liberdade de pensamento e de expressão 
 
 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expressão. Esse direito 
compreende a liberdade de buscar, receber e difundir informações e idéias de toda natureza, sem 
consideração de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por 
qualquer outro processo de sua escolha. 
4. A lei pode submeter os espetáculos públicos a censura prévia, com o objetivo exclusivo de 
regular o acesso a eles, para proteção moral da infância e da adolescência, sem prejuízo do disposto no 
inciso 2. 
 5. A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda apologia ao ódio 
nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à 
violência. 
 
Artigo 14. Direito de retificação ou resposta 
 
 1. Toda pessoa atingida por informações inexatas ou ofensivas emitidas em seu prejuízo por 
meios de difusão legalmente regulamentados e que se dirijam ao público em geral, tem direito a fazer, 
pelo mesmo órgão de difusão, sua retificação ou resposta, nas condições que estabeleça a lei. 
 
 2. Em nenhum caso a retificação ou a resposta eximirão das outras responsabilidades legais 
em que se houver incorrido. 
 
 3. Para a efetiva proteção da honra e da reputação, toda publicação ou empresa jornalística, 
cinematográfica, de rádio ou televisão, deve ter uma pessoa responsável que não seja protegida por 
imunidades nem goze de foro especial. 
 
Artigo 17. Proteção da família 
 
 
14 
 
 
 1. A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e deve ser protegida pela 
sociedade e pelo Estado. 
 
 2. É reconhecido o direito do homem e da mulher de contraírem casamento e de fundarem 
uma família, se tiverem a idade e as condições para isso exigidas pelas leis internas, na medida em que 
não afetem estas o princípio da não-discriminação estabelecido nesta Convenção. 
 
 3. O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos contraentes. 
 
 4. Os Estados Partes devem tomar medidas apropriadas no sentido de assegurar a igualdade 
de direitos e a adequada equivalência de responsabilidades dos cônjuges quanto ao casamento, durante 
o casamento e em caso de dissolução do mesmo. Em caso de dissolução, serão adotadas disposições 
que assegurem a proteção necessária aos filhos, com base unicamente no interesse e conveniência dos 
mesmos. 
 
Artigo 21. Direito à propriedade privada 
 
 1. Toda pessoa tem direito ao uso e gozo dos seus bens. A lei pode subordinar esse uso e gozo 
ao interesse social. 
 2. Nenhuma pessoa pode ser privada de seus bens, salvo mediante o pagamento de 
indenização justa, por motivo de utilidade pública ou de interesse social e nos casos e na forma 
estabelecidos pela lei. 
 3. Tanto a usura como qualquer outra forma de exploração do homem pelo homem devem 
ser reprimidas pela lei. 
Artigo 22 - Direito de circulação e de residência 
 
1. Toda pessoa que se encontre legalmente no território de um Estado tem o direito de nele livremente 
circular e de nele residir, em conformidade com as disposições legais. 
2. Toda pessoa terá o direito de sair livremente de qualquer país, inclusive de seu próprio país. 
3. O exercício dos direitos supracitados não pode ser restringido, senão em virtude de lei, na medida 
indispensável, em uma sociedade democrática, para prevenir infrações penais ou para proteger a 
segurança nacional, a segurança ou a ordem públicas, a moral ou a saúde públicas, ou os direitos e 
liberdades das demais pessoas. 
5. Ninguém pode ser expulso do território do Estado do qual for nacional e nem ser privado do direito 
de nele entrar. 
6. O estrangeiro que se encontre legalmente no território de um Estado-parte na presente Convenção 
só poderá dele ser expulso em decorrência de decisão adotada em conformidade com a lei. 
7. Toda pessoa tem o direito de buscar e receber asilo em território estrangeiro, em caso de perseguição 
por delitos políticos ou comuns conexos com delitos políticos, de acordo com a legislação de cada Estado 
e com as Convenções internacionais. 
 
 
15 
 
8. Em nenhum caso o estrangeiro pode ser expulso ou entregue a outro país, seja ou não de origem, 
onde seu direito à vida ou à liberdade pessoal esteja em risco de violação em virtude de sua raça, 
nacionalidade, religião, condição social ou de suas opiniões políticas. 
9. É proibida a expulsão coletiva de estrangeiros. 
 
XXV Você foi procurado, como advogado(a), por representantes de um Centro de Defesa dos Direitos Humanos, 
que lhe informaram que o governador do estado, juntamente com o ministro da justiça do país, estavam 
articulando a expulsão coletiva de um grupo de haitianos, que vive legalmente na sua cidade. 
 
Na iminência de tal situação e sabendo que o Brasil é signatário da Convenção Americana sobre os Direitos 
Humanos, assinale a opção que indica, em conformidade com essa convenção, o argumento jurídico a ser 
usado. 
 
R: A pessoa que se ache legalmente no território de um Estado tem direito de circularnele e de nele residir 
em conformidade com as disposições legais. Além disso, é proibida a expulsão coletiva de estrangeiros. 
 
 
Artigo 27 - Suspensão de garantias 
1. Em caso de guerra, de perigo público, ou de outra emergência que ameace a independência ou 
segurança do Estado-parte, este poderá adotar as disposições que, na medida e pelo tempo 
estritamente limitados às exigências da situação, suspendam as obrigações contraídas em virtude desta 
Convenção, desde que tais disposições não sejam incompatíveis com as demais obrigações que lhe 
impõe o Direito Internacional e não encerrem discriminação alguma fundada em motivos de raça, cor, 
sexo, idioma, religião ou origem social. 
XXXI - Recentemente assumiu a presidência da Câmara dos Deputados um parlamentar que afirma que o Brasil 
é um país soberano e não deve ter nenhum compromisso com os Direitos Humanos na ordem internacional. 
Afirma que, apesar de ter sido internamente ratificado, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos não 
se caracteriza como norma vigente, e os direitos ali previstos podem ser suspensos ou não precisam ser 
aplicados. 
 
Por ser atuante na área dos Direitos Humanos, você foi convidado(a) pela Comissão de Direitos Humanos da 
Câmara dos Deputados para prestar mais esclarecimentos sobre o assunto. Com base no que dispõe o próprio 
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos - PIDCP, assinale a opção que apresenta o esclarecimento dado 
à Comissão. 
R: Caso situações excepcionais ameacem a existência da nação e sejam proclamadas oficialmente, os 
Estados-partes podem adotar, na estrita medida exigida pela situação, medidas que suspendam as 
obrigações decorrentes do PIDCP, desde que tais medidas não acarretem discriminação por motivo de raça, 
cor, sexo, língua, religião ou origem social. 
 
2. A disposição precedente não autoriza a suspensão dos direitos determinados nos seguintes artigos: 3 
(direito ao reconhecimento da personalidade jurídica), 4 (direito à vida), 5 (direito à integridade pessoal), 
6 (proibição da escravidão e da servidão), 9 (princípio da legalidade e da retroatividade), 12 (liberdade 
de consciência e religião), 17 (proteção da família), 18 (direito ao nome), 19 (direitos da criança), 20 
(direito à nacionalidade) e 23 (direitos políticos), nem das garantias indispensáveis para a proteção de 
tais direitos. 
 
 
16 
 
3. Todo Estado-parte no presente Pacto que fizer uso do direito de suspensão deverá comunicar 
imediatamente aos outros Estados-partes na presente Convenção, por intermédio do Secretário Geral 
da Organização dos Estados Americanos, as disposições cuja aplicação haja suspendido, os motivos 
determinantes da suspensão e a data em que haja dado por terminada tal suspensão. 
 
Artigo 28. Cláusula federal 
 
 1. Quando se tratar de um Estado Parte constituído como Estado federal, o governo nacional 
do aludido Estado Parte cumprirá todas as disposições da presente Convenção, relacionadas com as 
matérias sobre as quais exerce competência legislativa e judicial. 
 2. No tocante às disposições relativas às matérias que correspondem à competência das 
entidades componentes da federação, o governo nacional deve tomar imediatamente as medidas 
pertinente, em conformidade com sua constituição e suas leis, a fim de que as autoridades competentes 
das referidas entidades possam adotar as disposições cabíveis para o cumprimento desta Convenção. 
 3. Quando dois ou mais Estados Partes decidirem constituir entre eles uma federação ou 
outro tipo de associação, diligenciarão no sentido de que o pacto comunitário respectivo contenha as 
disposições necessárias para que continuem sendo efetivas no novo Estado assim organizado as normas 
da presente Convenção. 
 
 
Artigo 44 
 Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não-governamental legalmente reconhecida 
em um ou mais Estados membros da Organização, pode apresentar à Comissão petições que contenham 
denúncias ou queixas de violação desta Convenção por um Estado Parte. 
 
Artigo 46 
 1. Para que uma petição ou comunicação apresentada de acordo com os artigos 44 ou 45 seja 
admitida pela Comissão, será necessário: 
 a. que hajam sido interpostos e esgotados os recursos da jurisdição interna, de acordo com os 
princípios de direito internacional geralmente reconhecidos; 
b. que seja apresentada dentro do prazo de seis meses, a partir da data em que o presumido 
prejudicado em seus direitos tenha sido notificado da decisão definitiva; 
c. que a matéria da petição ou comunicação não esteja pendente de outro processo de solução 
internacional; e 
2. As disposições das alíneas a e b do inciso 1 deste artigo não se aplicarão quando: 
a. não existir, na legislação interna do Estado de que se tratar, o devido processo legal para a 
proteção do direito ou direitos que se alegue tenham sido violados; 
b. não se houver permitido ao presumido prejudicado em seus direitos o acesso aos recursos da 
jurisdição interna, ou houver sido ele impedido de esgotá-los; e 
 
 
17 
 
c. houver demora injustificada na decisão sobre os mencionados recursos. 
 
Seu cliente possui um filho com algum nível de deficiência mental e, após muito tentar, não conseguiu vaga no 
sistema público de ensino da cidade, uma vez que as escolas se diziam não preparadas para lidar com essa 
situação. Você já ingressou com a ação judicial competente há mais de dois anos, mas há uma demora 
injustificada no julgamento e o caso ainda se arrasta nos tribunais. Diante desse quadro, você avalia a 
possibilidade de apresentar uma petição à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Tendo em vista o 
que dispõe a Convenção Americana sobre Direitos Humanos e seus respectivos protocolos, assinale a afirmativa 
correta. 
R: Considerando a demora injustificada da decisão na jurisdição interna, você pode peticionar à Comissão, 
pois o direito à Educação é um dos casos de direitos sociais previstos no Protocolo de São Salvador, que, uma 
vez violado, pode ensejar aplicação do sistema de petições individuais. 
 
Artigo 48 
 
1. A Comissão, ao receber uma petição ou comunicação na qual se alegue violação de qualquer dos 
direitos consagrados nesta Convenção, procederá da seguinte maneira: 
 
a. se reconhecer a admissibilidade da petição ou comunicação, solicitará informações ao Governo do 
Estado ao qual pertença a autoridade apontada como responsável pela violação alegada e transcreverá 
as partes pertinentes da petição ou comunicação. As referidas informações devem ser enviadas dentro 
de um prazo razoável, fixado pela Comissão ao considerar as circunstâncias de cada caso; 
 
b. recebidas as informações, ou transcorrido o prazo fixado sem que sejam elas recebidas, verificará 
se existem ou subsistem os motivos da petição ou comunicação. No caso de não existirem ou não 
subsistirem, mandará arquivar o expediente; 
 
c. poderá também declarar a inadmissibilidade ou a improcedência da petição ou comunicação, com 
base em informação ou prova supervenientes; 
 
d. se o expediente não houver sido arquivado, e com o fim de comprovar os fatos, a Comissão 
procederá, com conhecimento das partes, a um exame do assunto exposto na petição ou 
comunicação. Se for necessário e conveniente, a Comissão procederá a uma investigação para cuja 
eficaz realização solicitará, e os Estados interessados lhes proporcionarão todas as facilidades 
necessárias; 
 
e. poderá pedir aos Estados interessados qualquer informação pertinente e receberá, se isso lhe for 
solicitado, as exposições verbais ou escritas que apresentarem os interessados; e 
 
f. pôr-se-á à disposição das partes interessadas, a fim de chegar a uma solução amistosa do assunto, 
fundada no respeito aos direitos humanos reconhecidos nesta Convenção. 
 
 2. Entretanto, em casos graves e urgentes, pode ser realizadauma investigação, mediante prévio 
consentimento do Estado em cujo território se alegue haver sido cometida a violação, tão somente com 
a apresentação de uma petição ou comunicação que reúna todos os requisitos formais de 
admissibilidade. 
 
 
18 
 
Artigo 50 
 
1. Se não se chegar a uma solução, e dentro do prazo que for fixado pelo Estatuto da Comissão, esta 
redigirá um relatório no qual exporá os fatos e suas conclusões. Se o relatório não representar, no todo 
ou em parte, o acordo unânime dos membros da Comissão, qualquer deles poderá agregar ao referido 
relatório seu voto em separado. Também se agregarão ao relatório as exposições verbais ou escritas 
que houverem sido feitas pelos interessados em virtude do inciso 1, e, do artigo 48. 
2. O relatório será encaminhado aos Estados interessados, aos quais não será facultado publicá-lo. 
 3. Ao encaminhar o relatório, a Comissão pode formular as proposições e recomendações que julgar 
adequadas. 
 Artigo 51 
 1. Se no prazo de três meses, a partir da remessa aos Estados interessados do relatório da Comissão, o 
assunto não houver sido solucionado ou submetido à decisão da Corte pela Comissão ou pelo Estado 
interessado, aceitando sua competência, a Comissão poderá emitir, pelo voto da maioria absoluta dos 
seus membros, sua opinião e conclusões sobre a questão submetida à sua consideração. 
 2. A Comissão fará as recomendações pertinentes e fixará um prazo dentro do qual o Estado deve tomar 
as medidas que lhe competirem para remediar a situação examinada. 
3. Transcorrido o prazo fixado, a Comissão decidirá, pelo voto da maioria absoluta dos seus membros, 
se o Estado tomou ou não medidas adequadas e se publica ou não seu relatório. 
Artigo 61 
 
1. Somente os Estados Partes e a Comissão têm direito de submeter caso à decisão da Corte. 
2. Para que a Corte possa conhecer de qualquer caso, é necessário que sejam esgotados os 
processos previstos nos artigos 48 a 50. 
 
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3. DIREITO INTERNACIONAL 
CF: Art. 5º LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, 
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
Art. 5 XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal 
do "de cujus"; 
Ler artigo 12 da CF. 
LINDB: 
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. 
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta 
observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. 
§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. 
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto 
ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. 
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja 
mais favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei nº 9.047, de 1995) 
 
XXXI - Victor, após divorciar-se no Brasil, transferiu seu domicílio para os Estados Unidos. Os dois filhos 
brasileiros de sua primeira união continuaram vivendo no Brasil. Victor contraiu novo matrimônio nos 
Estados Unidos com uma cidadã norte-americana e, alguns anos depois, vem a falecer nos Estados Unidos, 
deixando um imóvel e aplicações financeiras nesse país. 
A regra de conexão do direito brasileiro estabelece que a sucessão de Victor será regida pela lei norte-
americana, em razão do último domicílio do de cujus. 
 
 
 
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da 
vigência. 
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. 
 
CPC: 
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL 
 
 
20 
 
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: 
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; 
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; 
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. 
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa 
jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. 
Exame XXXI Em função do incremento nas atividades de transporte aéreo no Brasil, a sociedade empresária 
Fast Plane, sediada no país, resolveu adquirir helicópteros de última geração da pessoa jurídica holandesa 
Nederland Air Transport, que ficou responsável pela fabricação, montagem e envio da mercadoria. O 
contrato de compra e venda restou celebrado, presencialmente, nos Estados Unidos da América, restando 
ajustado que o cumprimento da obrigação se dará no Brasil. 
No momento de receber as aeronaves, contudo, a adquirente verificou que o produto enviado era diverso 
do apontado no instrumento contratual. Decidiu a sociedade empresária Fast Plane, então, buscar auxílio 
jurídico para resolver a questão, inclusive para a propositura de eventual ação, caso não haja solução 
consensual. 
Considerando-se o enunciado acima, aplicando-se a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
(Decreto-lei n° 4.657/42) e o Código de Processo Civil, assinale a afirmativa correta. 
R: A autoridade judiciária brasileira tem competência concorrente para processar e julgar eventual ação a 
ser proposta pela Fast Plane para resolver a questão. 
 Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: 
I - de alimentos, quando: 
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; 
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de 
renda ou obtenção de benefícios econômicos; 
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no 
Brasil; 
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. 
 Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: 
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; 
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao 
inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade 
estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; 
 
 
21 
 
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens 
situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do 
território nacional. 
CONVENÇÃO DE VIENA: 
 
Artigo 2 
Expressões Empregadas 
1. Para os fins da presente Convenção: 
a)“tratado” significa um acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo 
Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos 
conexos, qualquer que seja sua denominação específica; 
Artigo 3 
Acordos Internacionais Excluídos do Âmbito da Presente Convenção 
O fato de a presente Convenção não se aplicar a acordos internacionais concluídos entre Estados e 
outros sujeitos de Direito Internacional, ou entre estes outros sujeitos de Direito Internacional, ou a 
acordos internacionais que não sejam concluídos por escrito, não prejudicará: 
a)a eficácia jurídica desses acordos; 
b)a aplicação a esses acordos de quaisquer regras enunciadas na presente Convenção às quais 
estariam sujeitos em virtude do Direito Internacional, independentemente da Convenção;c)a aplicação da Convenção às relações entre Estados, reguladas em acordos internacionais em que 
sejam igualmente partes outros sujeitos de Direito Internacional. 
Artigo 4 
Irretroatividade da Presente Convenção 
Sem prejuízo da aplicação de quaisquer regras enunciadas na presente Convenção a que os tratados 
estariam sujeitos em virtude do Direito Internacional, independentemente da Convenção, esta 
somente se aplicará aos tratados concluídos por Estados após sua entrada em vigor em relação a 
esses Estados. 
Artigo 9 
Adoção do Texto 
1. A adoção do texto do tratado efetua-se pelo consentimento de todos os Estados que participam 
da sua elaboração, exceto quando se aplica o disposto no parágrafo 2. 
 
 
22 
 
2. A adoção do texto de um tratado numa conferência internacional efetua-se pela maioria de dois 
terços dos Estados presentes e votantes, salvo se esses Estados, pela mesma maioria, decidirem 
aplicar uma regra diversa. 
Artigo 19 
Formulação de Reservas 
Um Estado pode, ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, formular uma 
reserva, a não ser que: 
a)a reserva seja proibida pelo tratado; 
b)o tratado disponha que só possam ser formuladas determinadas reservas, entre as quais não figure 
a reserva em questão; ou 
c)nos casos não previstos nas alíneas a e b, a reserva seja incompatível com o objeto e a finalidade 
do tratado. 
Artigo 53 
Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito 
Internacional Geral (jus cogens) 
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito 
Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito 
Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados 
como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada 
por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza. 
 
 
LEI DE MIGRAÇÃO – 13.447/17 
Art. 1º 
II - imigrante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se estabelece 
temporária ou definitivamente no Brasil; 
III - emigrante: brasileiro que se estabelece temporária ou definitivamente no exterior; 
VI - apátrida: pessoa que não seja considerada como nacional por nenhum Estado, segundo a sua 
legislação, nos termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada 
pelo Decreto nº 4.246, de 22 de maio de 2002 , ou assim reconhecida pelo Estado brasileiro. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4246.htm
 
 
23 
 
Art. 3º A política migratória brasileira rege-se pelos seguintes princípios e diretrizes: 
II - repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a quaisquer formas de discriminação; 
III - não criminalização da migração; 
XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas. 
Art.14 § 3º O visto temporário para acolhida humanitária poderá ser concedido ao apátrida ou ao 
nacional de qualquer país em situação de grave ou iminente instabilidade institucional, de conflito 
armado, de calamidade de grande proporção, de desastre ambiental ou de grave violação de direitos 
humanos ou de direito internacional humanitário, ou em outras hipóteses, na forma de regulamento. 
XXXI - Em razão da profunda crise econômica e da grave instabilidade institucional que assola seu país, 
Pablo resolve migrar para o Brasil, uma vez que, neste último, há melhores oportunidades para exercer seu 
trabalho e sustentar sua família. Em que pese Pablo possuir a finalidade de trabalhar, acabou por omitir tal 
informação, obtendo visto de visita, na modalidade turismo, para o Brasil. 
R: Pablo poderia solicitar, bem como obter, visto temporário para acolhida humanitária, diante da 
grave instabilidade institucional que assola seu país. 
Da Deportação 
Art. 50. A deportação é medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada 
compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território nacional. 
§ 1º A deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual constem, 
expressamente, as irregularidades verificadas e prazo para a regularização não inferior a 60 
(sessenta) dias, podendo ser prorrogado, por igual período, por despacho fundamentado e mediante 
compromisso de a pessoa manter atualizadas suas informações domiciliares. 
Da Expulsão 
Art. 54. A expulsão consiste em medida administrativa de retirada compulsória de migrante ou 
visitante do território nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado. 
§ 1º Poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença transitada em julgado relativa à prática 
de: 
I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos termos 
definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto 
nº 4.388, de 25 de setembro de 2002 ; ou 
II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas a gravidade e as 
possibilidades de ressocialização em território nacional. 
Art. 55. Não se procederá à expulsão quando: 
 
 
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I - a medida configurar extradição inadmitida pela legislação brasileira; 
II - o expulsando: 
a) tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou socioafetiva ou tiver 
pessoa brasileira sob sua tutela; 
b) tiver cônjuge ou companheiro residente no Brasil, sem discriminação alguma, reconhecido judicial 
ou legalmente; 
c) tiver ingressado no Brasil até os 12 (doze) anos de idade, residindo desde então no País; 
d) for pessoa com mais de 70 (setenta) anos que resida no País há mais de 10 (dez) anos, considerados 
a gravidade e o fundamento da expulsão; ou 
Questões AQUI! 
 
 
 
 
 
 
 
4. DIREITO AMBIENTAL 
CF: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; 
XIV - populações indígenas 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, 
proteção do meio ambiente e controle da poluição; 
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/questoes?discipline_ids%5B%5D=42&discipline_ids%5B%5D=90&exclude_nullified=true&exclude_outdated=true
 
 
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Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do 
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: 
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das 
espécies e ecossistemas; (Regulamento) 
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades 
dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem 
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, 
vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua 
proteção; (Regulamento) 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de 
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará 
publicidade; (Regulamento) 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que 
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento) 
VI - promover a educaçãoambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública 
para a preservação do meio ambiente; 
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua 
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a 
crueldade. (Regulamento) 
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente 
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. 
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, 
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação 
de reparar os danos causados. 
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro 
de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos 
naturais. (Regulamento) (Regulamento) 
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações 
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. 
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei 
federal, sem o que não poderão ser instaladas. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2186-16.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13123.htm
 
 
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§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram 
cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, 
conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial 
integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que 
assegure o bem-estar dos animais envolvidos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 96, de 
2017) 
Lei 9.985/2000 
Art. 22. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público. 
§ 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante 
lei específica. 
Art. 25. As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do 
Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores 
ecológicos. 
Código Florestal 
 Art. 2º As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação nativa, 
reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes 
do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a legislação em geral e 
especialmente esta Lei estabelecem. 
§ 2º As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas ao sucessor, de qualquer 
natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural. 
Art. 7º A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo 
proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito 
público ou privado. 
Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva 
Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados 
os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel, excetuados os casos previstos no art. 
68 desta Lei: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
I - localizado na Amazônia Legal: 
a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas; 
b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado; 
c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais; 
II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento). 
DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL 
 Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do Sistema Nacional de 
Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro público eletrônico de âmbito nacional, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc96.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc96.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
 
 
27 
 
obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das 
propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, 
planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. 
§ 2º O cadastramento não será considerado título para fins de reconhecimento do direito de 
propriedade ou posse, tampouco elimina a necessidade de cumprimento do disposto no art. 2º da 
Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001. 
DA PROIBIÇÃO DO USO DE FOGO E DO CONTROLE DOS INCÊNDIOS 
 Art. 38. É proibido o uso de fogo na vegetação, exceto nas seguintes situações: 
I - em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris 
ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental competente do Sisnama, para 
cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e 
controle; 
II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em conformidade com o respectivo 
plano de manejo e mediante prévia aprovação do órgão gestor da Unidade de Conservação, visando 
ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas características ecológicas estejam associadas 
evolutivamente à ocorrência do fogo; 
III - atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente aprovado pelos 
órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida, mediante prévia aprovação 
do órgão ambiental competente do Sisnama. 
§ 1º Na situação prevista no inciso I, o órgão estadual ambiental competente do Sisnama exigirá que 
os estudos demandados para o licenciamento da atividade rural contenham planejamento específico 
sobre o emprego do fogo e o controle dos incêndios. 
§ 2º Excetuam-se da proibição constante no caput as práticas de prevenção e combate aos incêndios 
e as de agricultura de subsistência exercidas pelas populações tradicionais e indígenas. 
§ 3º Na apuração da responsabilidade pelo uso irregular do fogo em terras públicas ou particulares, 
a autoridade competente para fiscalização e autuação deverá comprovar o nexo de causalidade entre 
a ação do proprietário ou qualquer preposto e o dano efetivamente causado. 
§ 4º É necessário o estabelecimento de nexo causal na verificação das responsabilidades por 
infração pelo uso irregular do fogo em terras públicas ou particulares. 
Lei 9.605/1998 
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de 
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras 
providências. 
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas 
penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o 
membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10267.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10267.htm#art2
 
 
28 
 
jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando 
podia agir para evitá-la. 
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o 
disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal 
ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é públicaincondicionada. 
 
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE 
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou 
domesticados, nativos ou exóticos: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que 
para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. 
VAI CAIR! § 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste 
artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda. (Incluído pela Lei 
nº 14.064, de 2020) 
 
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. 
Súmulas: 
Súmula 629-STJ: Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou 
à de não fazer cumulada com a de indenizar. 
 
Questões AQUI! 
5.ECA 
 
 Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, 
e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. 
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às 
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. 
 Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa 
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por 
outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, 
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. 
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/questoes?discipline_ids%5B%5D=76&exclude_nullified=true&exclude_outdated=true
 
 
29 
 
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, 
sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou 
crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, 
ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias 
ou a comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) 
 Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, 
com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e 
à convivência familiar e comunitária. 
ATENÇÃO: Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na 
Adolescência, a ser realizada anualmente na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o objetivo 
de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução 
da incidência da gravidez na adolescência. (Incluído pela Lei nº 13.798, de 2019) 
Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto no caput deste artigo ficarão a cargo 
do poder público, em conjunto com organizações da sociedade civil, e serão dirigidas 
prioritariamente ao público adolescente. (Incluído pela Lei nº 13.798, de 2019) 
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da 
criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos 
valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. 
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos 
executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de 
adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou 
degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão 
sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de 
acordo com a gravidade do caso: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) 
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; (Incluído pela Lei 
nº 13.010, de 2014) 
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 
2014) 
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 
2014) 
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; (Incluído pela Lei nº 13.010, 
de 2014) 
V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) 
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem 
prejuízo de outras providências legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13798.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13798.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1
 
 
30 
 
Art. 19 § 3 o A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá 
preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em serviços e 
programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1 o do art. 23, dos incisos I e IV 
do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
§ 4 o Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de 
liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento 
institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial. (Incluído pela Lei nº 
12.962, de 2014) 
 Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, 
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei. 
 Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a pessoa que revele, por qualquer 
modo, incompatibilidade com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar adequado. 
 Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá transferência da criança ou adolescente 
a terceiros ou a entidades governamentais ou não-governamentais, sem autorização judicial. 
 Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta Lei. 
§ 2 o É vedada a adoção por procuração. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
 Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já 
estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. 
 Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado 
civil. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando. 
§ 2 o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou 
mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família. (Redação dada pela Lei nº 12.010, 
de 2009) Vigência 
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando. 
§ 4 o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar 
conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio 
de convivência tenha

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