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Rastreamento de saúde e imunizações do adulto e idoso

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1 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
iesc - rastreamento de saúde e imunizações do adulto e idoso
RASTREAMENTO 
- Encontrar um equilíbrio entre prevenção e tratamento passa a ser 
um desafio diário dos profissionais de saúde e dos serviços de APS. 
- O controle dos fatores de risco pela intervenção individual muitas 
vezes é incluído, sutilmente, como uma medida de promoção da 
saúde no sentido de que há uma convergência entre 
comportamentos incluídos em “estilos de vida saudável” com os 
que controlam ou minimizam fatores de risco, os quais apenas 
previnem eventos ou doenças específicas na população. Não se 
deve confundir promoção da saúde com redução de fatores de 
risco, prevenção de doenças e detecção precoce em indivíduos, 
mesmo que de alto risco. 
- Abordagem de alto risco: Refere-se à estratégia de classificar as 
pessoas e selecionar o grupo de alto risco para se aplicar uma 
medida preventiva. O grande atrativo dessa abordagem é que a 
intervenção é apropriada ao indivíduo, o sujeito tem uma forte 
motivação para adoção da intervenção, os profissionais de saúde 
também estão motivados e existe um uso racional do recurso. O 
problema dessa abordagem é que, do ponto de vista da saúde 
pública, o impacto da intervenção é pequeno. 
- Abordagem populacional: Esse tipo de abordagem é radical 
porque trabalha com a tentativa de eliminação da suscetibilidade, 
possui grande alcance na população e é comportamentalmente 
apropriada. Exemplos disso são a imunização, o uso de cinto de 
segurança e a orientação para mudança nos vários estilos de vida. 
Porém, como ela aborda a população como um todo e a maioria 
das pessoas são saudáveis (e os profissionais que trabalham na 
Atenção Primária à Saúde sabem disso), essa abordagem conduz ao 
paradoxo da prevenção: a estratégia preventiva populacional que 
traz mais benefícios para a saúde da população oferece poucas 
vantagens para cada participante individualmente. 
NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
a) Prevenção primária é a ação tomada para remover causas e 
fatores de risco de um problema de saúde individual ou 
populacional antes do desenvolvimento de uma condição 
clínica. Inclui promoção da saúde e proteção específica (ex.: 
imunização, orientação de atividade física para diminuir 
chance de desenvolvimento de obesidade). 
b) Prevenção secundária é a ação realizada para detectar um 
problema de saúde em estágio inicial, muitas vezes em estágio 
subclínico, no indivíduo ou na população, facilitando o 
diagnóstico definitivo, o tratamento e reduzindo ou 
prevenindo sua disseminação e os efeitos de longo prazo (ex.: 
rastreamento, diagnóstico precoce). 
c) Prevenção terciária é a ação implementada para reduzir em 
um indivíduo ou população os prejuízos funcionais 
consequentes de um problema agudo ou crônico, incluindo 
reabilitação (ex.: prevenir complicações do diabetes, reabilitar 
paciente pós-infarto – IAM ou acidente vascular cerebral). 
d) Prevenção quaternária, de acordo com o dicionário da 
WONCA3 é a detecção de indivíduos em risco de intervenções, 
diagnósticas e/ou terapêuticas, excessivas para protegê-los de 
novas intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhes 
alternativas eticamente aceitáveis. 
A prevenção de doenças compreende três categorias: manutenção 
de baixo risco, redução de risco e detecção precoce. 
a) Manutenção de baixo risco: tem por objetivo assegurar que as 
pessoas de baixo risco para problemas de saúde permaneçam com 
essa condição e encontrem meios de evitar doenças. 
b) Redução de risco: foca nas características que implicam risco de 
moderado a alto, entre os indivíduos ou segmentos da população, 
e busca maneiras de controlar ou diminuir a prevalência da doença. 
c) Detecção precoce: visa estimular a conscientização dos sinais 
precoces de problemas de saúde – tanto entre usuários leigos como 
em profissionais – e rastrear pessoas sob risco de modo a detectar 
um problema de saúde em sua fase inicial, se essa identificação 
precoce traz mais benefícios que prejuízos aos indivíduos. 
Estratégias para a detecção precoce são o diagnóstico precoce e o 
rastreamento. A primeira diz respeito à abordagem de indivíduos 
que já apresentam sinais e/ou sintomas de uma doença, enquanto 
a segunda é uma ação dirigida à população assintomática, na fase 
subclínica do problema em questão. 
1) Diagnóstico precoce são ações destinadas a identificar a 
doença em estágio inicial a partir de sintomas e/ou sinais 
clínicos. 
2) Rastreamento é a realização de testes ou exames diagnósticos 
em populações ou pessoas assintomáticas, com a finalidade de 
diagnóstico precoce (prevenção secundária) ou de 
identificação e controle de riscos, tendo como objetivo final 
reduzir a morbidade e mortalidade da doença, agravo ou risco 
rastreado. O rastreamento viabiliza a identificação de 
indivíduos que têm a doença, mas que ainda não apresentam 
sintomas. 
- No rastreamento, exames ou testes são aplicados em pessoas 
sadias, o que implica, repetimos e enfatizamos, garantia de 
benefícios relevantes frente aos riscos e danos previsíveis e 
imprevisíveis da intervenção. Tanto o rastreamento como o 
diagnóstico podem usar vários métodos e exames (por exemplo, 
questionários, aparelhos portáteis para medir marcadores 
sanguíneos, como a glicose, colesterol, exames de laboratório etc.), 
assim como vários limiares ou pontos de corte para designar a 
condição. 
- No rastreamento, um exame positivo não implica fechar um 
diagnóstico, pois geralmente são exames que selecionam as 
pessoas com maior probabilidade de apresentar a doença em 
questão. Outro teste confirmatório (com maior especificidade para 
a doença em questão) é necessário depois de um rastreamento 
positivo, para que se possa estabelecer um diagnóstico definitivo. 
- Para tanto, a fim de que um programa de rastreamento seja 
efetivo, deve-se garantir o rastreamento da maioria da população 
susceptível, caso contrário, não haverá redução nos indicadores de 
morbimortalidade, no caso apresentado, de morte por câncer do 
colo uterino. Cabe aqui destacar quatro aspectos importantes em 
um programa de rastreamento: 
- ACESSO: o rastreamento, quando apropriado e estabelecido em 
um programa organizado, não constitui modalidade diagnóstica 
nem assistencial, e sim um direito assegurado do cidadão a uma 
atenção à saúde de qualidade. Isso significa que ele não precisa de 
requisição de um profissional médico para a realização do teste ou 
procedimento de rastreamento, visto que não se trata de diagnose 
de um quadro clínico, mas sim de critérios estabelecidos que o 
 
2 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
habilitem a participar do programa, por exemplo, a vacinação, com 
suas normatizações de idade e periodicidade. 
- AGILIDADE: o participante não precisa entrar na rotina 
assistencial dos serviços de atendimento à saúde (de APS) para a 
realização do rastreamento nem para o recebimento do resultado, 
a não ser que seja necessário. 
- MELHORES EVIDÊNCIAS: o rastreamento enquanto programa 
deve ser oferecido à população somente quando comprovado que 
seus benefícios superam amplamente os riscos e danos, dessa 
forma, permitindo detecção precoce e tratamento de certas 
doenças. Entretanto, a adesão ao programa deve ser voluntária e 
entendida como direito dos cidadãos. 
- INFORMAÇÃO: o participante deve receber orientação quanto ao 
significado, riscos e benefícios do rastreamento, bem como sobre 
as peculiaridades e rotinas do programa e dos procedimentos. 
- Quando se fala em rastreamento, deve-se pensar na visão de 
coletividade, e não individualmente. Será necessário rastrear uma 
grande quantidade de pessoas saudáveis e assintomáticas para 
detectar alguns pacientes com a condição pesquisada. Caso a 
cobertura do rastreamento não seja de base populacional, o 
rastreamento na comunidade passa a ser inefetivo. 
Critérios para um programa de rastreamento- Para a implantação de programas de rastreamento, o problema 
clínico a ser rastreado deve atender a alguns critérios, a seguir: 
1. A doença deve representar um importante problema de saúde 
pública que seja relevante para a população, levando em 
consideração os conceitos de magnitude, transcendência e 
vulnerabilidade; 
2. A história natural da doença ou do problema clínico deve ser bem 
conhecida; 
3. Deve existir estágio pré-clínico (assintomático) bem definido, 
durante o qual a doença possa ser diagnosticada; 
4. O benefício da detecção e do tratamento precoce com o 
rastreamento deve ser maior do que se a condição fosse tratada no 
momento habitual de diagnóstico; 
5. Os exames que detectam a condição clínica no estágio 
assintomático devem estar disponíveis, aceitáveis e confiáveis; 
6. O custo do rastreamento e tratamento de uma condição clínica 
deve ser razoável e compatível com o orçamento destinado ao 
sistema de saúde como um todo; 
7. O rastreamento deve ser um processo contínuo e sistemático. 
 
 
Avaliação e rastreamento de risco cardiovascular 
- Atualmente as pessoas são avaliadas oportunisticamente e 
tratadas de acordo com os seus achados clínicos ou laboratoriais 
isolados, e não por meio de avaliação formal e global do risco de 
desenvolverem doença cardiovascular. 
- Entre os fatores de risco, existem aqueles considerados como alto 
risco cardiovascular, baixo risco ou risco intermediário. 
 
- Na prática, para se determinar o risco cardiovascular (RCV), deve-
se primeiro classificar o paciente segundo seus fatores de risco, 
podendo fazer parte de um dos três grupos abaixo: 
1. Se o paciente apresenta apenas um fator de risco 
baixo/intermediário, não há necessidade de calcular o RCV, pois ele 
é considerado como baixo risco CV e terá menos que 10% de chance 
de morrer por acidente vascular cerebral (AVC) ou infarto agudo do 
miocárdio (IAM) nos próximos 10 anos. 
2. Se apresentar ao menos um fator de risco alto CV, não há 
necessidade de calcular o RCV, pois esse paciente é considerado 
como alto risco CV e terá mais ou igual a 20% de chance de morrer 
por acidente vascular cerebral (AVC) ou Infarto agudo do miocárdio 
(IAM) nos próximos 10 anos. 
3. Se apresentar mais do que um fator de risco baixo/intermediário, 
há necessidade de calcular o RCV, pois esse paciente pode mudar 
para baixo, para alto ou permanecer como risco intermediário. 
Calcule o número de pontos dos fatores de risco e, com a soma, 
encontre o escore total de risco, cruze esse dado de modo obter a 
projeção do risco em 10 anos. 
 
 
3 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
 
- Após estimar o risco cardiovascular do paciente como baixo, 
intermediário ou alto risco, devem-se definir as metas em relação 
a níveis pressórico, perfil lipídico, entre outros, a serem alcançadas 
para a redução do risco de mortalidade e morbidade do paciente. 
 
 
Dislipidemia 
- O intervalo ótimo para rastreamento é incerto e este está 
principalmente fixado de acordo com o risco cardiovascular. 
Quanto maior o risco, menor o intervalo de rastreamento. 
Intervalos menores podem ser recomendados para pessoas que 
têm níveis lipídicos próximos do limite para instituição de terapia. 
Intervalos maiores também podem ser estabelecidos para aqueles 
com baixo risco cardiovascular ou que apresentem níveis lipídicos 
repetidamente normais. Não está estabelecida a idade de se 
interromper o rastreamento. 
- O rastreamento pode ser apropriado para pessoas idosas que 
nunca foram rastreadas, contudo, o rastreamento repetido é 
menos importante nas pessoas idosas, pois os níveis lipídicos têm 
maior probabilidade de se manter estáveis após os 65 anos. 
- Como realizar? Por meio da dosagem dos lipídios séricos de 
pessoas que são elegíveis, conforme recomendações acima. O 
profissional de saúde deve orientar que o paciente esteja em jejum 
de 12h, evite mudanças na rotina alimentar e de atividade física, 
além de não ingerir bebida alcoólica. 
 
 
Rastreamento de hipertensão arterial sistêmica (HAS) 
- Está recomendado o rastreamento da hipertensão arterial nos 
adultos (acima de 18 anos) sem o conhecimento de que sejam 
hipertensos. Grau de recomendação A. 
- A hipertensão é uma condição muito prevalente que contribui 
para efeitos adversos na saúde, incluindo, entre outras, mortes 
prematuras, ataques cardíacos, insuficiência renal e acidente 
vascular cerebral. 
- Recomenda o rastreamento a cada dois anos nas pessoas com 
pressão arterial menor que 120/80 e rastreamento anual se a 
pressão sistólica estiver entre 120 e 139 mmHg ou a diastólica entre 
80 e 90 mmHg. 
- A aferição ambulatorial com esfigmomanômetro é a mais 
amplamente utilizada. A pressão alta (hipertensão) é usualmente 
definida em adultos como sendo a pressão sistólica igual ou 
superior a 140 mmHg ou uma pressão diastólica maior ou igual a 90 
mmHg. Devido à variabilidade individual da medida da pressão 
arterial, é recomendado, para se realizar o diagnóstico, que se 
obtenham duas ou mais aferições em pelo menos duas ou mais 
visitas ao longo de um período de uma ou mais semanas. 
 
 
Rastreamento de Diabetes mellitus tipo II 
- Está recomendado o rastreamento de diabetes em adultos 
assintomáticos com PA sustentada maior que 135/80 mmHg, não 
se aplicando a outros critérios como obesidade, história familiar 
nem faixa etária. Grau de recomendação B. 
- A prevalência da diabetes do tipo II está aumentando – 
aproximadamente 7% da população adulta brasileira tem esse 
problema. A diabetes lidera como causa de cegueira, doença renal 
e amputação e expõe a um aumento de mortalidade, 
principalmente por eventos cardiovasculares. É possível por meio 
do rastreamento da diabetes nas pessoas com elevação dos níveis 
pressóricos (acima de 135/80 mmHg) reduzir a incidência de 
mortalidade e dos eventos cardiovasculares, por meio de um 
rigoroso controle da pressão arterial. 
- Há evidência convincente de que, com o controle intensivo da 
glicemia em pessoas com diabetes clinicamente detectada 
(situação oposta ao detectado pelo rastreamento), pode-se reduzir 
a progressão dos danos microvasculares que ela proporciona. 
- Como realizar? Por meio de glicemia de jejum de oito horas. 
- Pessoas com uma glicemia em jejum superiores a 126 mg/dl 
devem realizar confirmação do resultado com nova glicemia de 
jejum, para, dependendo do segundo resultado, serem 
diagnosticadas com Diabetes mellitus. A meta de tratamento para 
as pessoas diabéticas é alcançar uma hemoglobina glicosilada em 
 
4 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
torno de 7%. Geralmente, isso corresponde a uma glicemia de 
jejum menor que 140 mg/dL. 
- Porém, conforme orientação descrita acima, o grande benefício 
do tratamento está em se manter um controle mais rigoroso dos 
níveis pressóricos, ou seja, uma pressão arterial menor ou igual a 
135/80. Dessa forma, pode-se reduzir a morbimortalidade 
cardiovascular nesses pacientes. 
Rastreamento de tabagismo 
- Está recomendado o rastreamento do tabagismo em todos os 
adultos, incluídas as gestantes. Grau de recomendação A. 
- O tabagismo é o principal fator prevenível de morte. A abordagem 
breve (cerca de cinco minutos) pode levar a cerca de 5% do 
abandono do hábito do tabaco. 
- Quando é importante rastrear? Em todos os encontros com os 
pacientes, recomenda-se que os profissionais de saúde perguntem 
a todos os adultos (incluídas as gestantes) sobre o uso do tabaco e 
forneçam intervenção para que deixem esse hábito. 
- Por meio de abordagem breve com cinco passos (os cinco As): 1. 
Aborde quanto ao uso de tabaco; 2. Aconselhe a abandonar o 
tabagismo por meio de uma mensagem clara e personalizada; 3. 
Avalie a disposição em para de fumar (grau motivacional para 
mudança de hábito); 4. Assista-o(a) a parar; 5. Arranje condições 
para o seguimento e suporte do paciente. 
Rastreamento de abuso deálcool 
- Recomenda-se o rastreamento e intervenções de 
aconselhamento na atenção primária para reduzir o uso 
inadequado de álcool em adultos, incluindo mulheres grávidas. 
Grau de recomendação B. 
- O abuso de álcool está fortemente associado com problemas de 
saúde, incapacidades, mortes, acidentes, problemas sociais e 
violência. Há boa evidência de que o rastreamento na atenção 
primária pode identificar adequadamente aqueles usuários cujos 
padrões de consumo de álcool atendem aos critérios de 
dependência alcoólica e, portanto, estão sob maior risco de 
morbidade e mortalidade. 
- Não há um intervalo conhecido para realizar os testes de rastreio. 
Pacientes com histórico de problemas com álcool, adultos jovens e 
grupos de alto risco (por exemplo, tabagistas) podem ser 
beneficiados com o rastreio mais frequente. 
- O CAGE é constituído das quatro questões abaixo acerca do hábito 
de beber: • Você já sentiu a necessidade de parar de beber? • Você 
já se sentiu chateado por críticas que os outros fazem pelo seu 
modo de beber? • Você já se sentiu culpado sobre seu jeito de 
beber? • Você já teve que beber para iniciar o dia e “firmar o 
pulso”? 
- Se duas ou mais respostas forem afirmativas, considera-se o 
rastreamento como sendo positivo. O usuário deve ser 
aconselhado e acompanhado. Assim como no manejo do tabagista, 
deve-se considerar em que estágio se encontra o usuário para 
programar a intervenção. 
Rastreamento de obesidade 
- Recomenda-se o rastreamento de todos os pacientes adultos e 
crianças maiores de seis anos para obesidade e a oferta de 
intervenções de aconselhamento e de mudança de 
comportamento para sustentar a perda de peso. Grau de 
recomendação B. 
- A obesidade está relacionada com doença coronariana, 
hipertensão arterial, DM II, acidente vascular cerebral, alguns tipos 
de câncer e com apneia do sono. Além disso, é associada à menor 
qualidade de vida devido ao estigma social e à menor mobilidade. 
- Não há recomendação clara sobre a periodicidade do 
rastreamento, assim ele fica indicado durante a consulta de exame 
periódico de saúde. 
- Como realizar o rastreamento? Por meio do cálculo do índice de 
massa corpórea (IMC), que corresponde ao peso (kg) dividido sobre 
a altura (metros) ao quadrado. 
- IMC 25-29.9 é classificado como sobrepeso; 
- IMC > 30 é classificado como obesidade, esse item é 
subclassificado em: grau I (IMC 30-34,9), grau II (IMC: 35-39,9) e 
grau III > 40. 
- Após o cálculo do IMC, é importante que o profissional pense 
junto com a pessoa os reflexos desse problema para seu dia a dia, 
observe o grau de motivação para mudança de hábitos e, a partir 
daí, organize o plano de intervenção com aconselhamento sobre 
dieta, exercício físico e, se necessário, intervenções 
comportamentais individuais ou em grupo. 
IMPACTO DAS DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS NO BRASIL 
- A criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é uma das 
principais – se não a mais importante – ação de saúde pública já 
realizada no país. Graças a ele, foi possível eliminar do território 
nacional a poliomielite, o sarampo, a rubéola, a rubéola congênita, 
o tétano materno e o tétano neonatal, bem como preservar 
incontáveis vidas. Às conquistas, soma-se a eliminação da febre 
amarela urbana. 
 Hepatite A: A faixa etária mais atingida, com 80% das 
infecções, foi a de pessoas entre 18 e 39 anos e a forma de 
transmissão mais comum a relação sexual (44%) — a maioria 
em homens que fazem sexo com homens. 
 Hepatite B: A doença é a segunda que mais mata entre as 
hepatites virais – de 2000 a 2015 foram 5.901 óbitos (21,6% 
do total), atrás apenas da hepatite C, que não é 
imunoprevenível. A vacina hepatite B está disponível no PNI 
para todas as faixas etárias. 
 Influenza: Fora as hospitalizações e óbitos diretos, a infecção 
por influenza favorece pneumonias bacterianas secundárias, 
especialmente por Streptococcus pneumoniae. 
 Pneumonia: É muito difícil obter dados sobre o Streptococcus 
pneumoniae porque na maioria das vezes o agente etiológico 
dos casos de pneumonia não é estabelecido. No entanto, na 
medida em que diversas pesquisas apontam que a bactéria é 
a principal responsável por essa doença, os dados gerais sobre 
a enfermidade são um bom parâmetro da importância da 
vacinação. A pneumonia é particularmente preocupante nos 
dois extremos da vida, mas costuma se manifestar de forma 
mais grave entre idosos. Ao passo que crianças entre 0 e 1 ano 
lideram em incidência de internações, a letalidade aumenta 
com o envelhecimento, em especial a partir dos 70 anos. 
 Herpes Zóster: As complicações mais comuns do herpes zóster 
são a neuralgia pós-herpética (10% a 18% dos doentes) e a 
perda parcial/total da visão (6%), quando ocorre o tipo 
oftálmico. Novas evidências também indicam que o risco de 
 
5 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
acidente vascular cerebral aumenta 63% nas primeiras quatro 
semanas após quadros de zóster em qualquer região e 82% 
quando ocorre a forma oftálmica. 
 Doença meningocócica: Os números da doença 
meningocócica têm caído expressivamente no Brasil desde 
2010, quando a vacina meningocócica C foi incluída no 
calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações. A 
doença meningocócica se comporta de maneira semelhante à 
pneumonia: é mais frequente em crianças com até 1 ano, 
porém é mais mortal na população acima de 60 anos. Vale 
destacar que a vacinação pública não acarretou mudanças na 
taxa de letalidade em nenhum grupo. 
 Sarampo: Até o início de 2018, quando casos importados da 
Venezuela foram notificados em Roraima, o registro mais 
recente de sarampo no Brasil havia ocorrido em 6 de julho de 
2015. 
 Febre amarela: O Brasil vem enfrentando desde dezembro de 
2016 o maior surto de febre amarela silvestre de nossa série 
histórica, iniciada na década de 1980. 
 Caxumba: A caxumba não é uma doença de notificação 
compulsória no Brasil, portanto não há dados epidemiológicos 
precisos. Contudo, foram verificados ao longo de 2016 e 2017 
surtos em diversas unidades da federação, entre as quais 
Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de 
Janeiro, Santa Catarina e, principalmente, Distrito Federal 
(2.153 casos) e São Paulo (1.584). 
IMUNOCOMPROMETIDOS: VALE A PENA VACINAR? 
- O avançar da idade afeta o sistema imunológico e favorece o 
desenvolvimento de enfermidades. A vacinação, embora 
inegavelmente benéfica para imunocomprometidos, ainda é um 
assunto profundo e difícil de ser estudado visto que o universo de 
atingidos é relativamente pequeno e que cada doença tem suas 
particularidades. 
- Assim como no caso de outras condições imunossupressoras, 
pessoas com câncer não devem receber vacinas de vírus atenuados 
durante a quimioterapia, radioterapia e corticoterapia, salvo 
situações epidemiológicas excepcionais. Com relação às inativadas, 
apesar de algumas poderem ser usadas ao longo do tratamento, a 
possibilidade de resposta subótima faz com que o ideal seja 
atualizar o calendário até 14 dias antes do início da terapia. 
- Após término, caso o sistema imunológico tenha se restabelecido, 
o paciente deve ser revacinado e também receber as vacinas 
atenuadas. O intervalo entre o fim do tratamento e a vacinação 
depende da droga utilizada e da vacina. 
- Vale destacar, ainda, que a imunização dos contactantes é 
fundamental. As principais indicações são: influenza, varicela, 
hepatites A e B, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e dTpa 
(difteria, tétano e coqueluche acelular. 
PAPEL DAS VACINAS NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDÍACAS E 
RESPIRATÓRIAS 
- As enfermidades cardíacas e respiratórias crônicas são 
importantes agravadores de doenças imunopreveníveis, 
especialmente influenza e doença pneumocócica. 
- Com relação à doença pneumocócica, quadros invasivos são 7,1 
vezes mais comuns em pessoas com doença pulmonar obstrutiva 
crônica (DPOC)e 10,6 mais incidentes em cardiopatas crônicos. 
- É interessante observar que, além da proteção direta, a 
imunização anual contra influenza pode levar a diminuição na 
incidência, morbidade e mortalidade por infarto agudo do 
miocárdio em pacientes com doença coronariana e também reduzir 
o risco de hospitalização em idosos com DPOC. Portanto, médicos 
que lidam com esses públicos têm o dever de conhecer e prescrever 
os imunizantes. 
DIABETES E DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS 
- O envelhecimento populacional, o sedentarismo e a dieta 
inadequada têm contribuído para o aumento da incidência de 
diabetes, especialmente em países menos desenvolvidos. 
- A diabetes é fator de risco para o desenvolvimento de inúmeras 
infecções. No que diz respeito às imunopreveníveis, as mais 
relevantes são: influenza, pneumonia e hepatite B. 
- A doença não está relacionada ao aumento de eventos adversos 
vacinais, portanto deve-se seguir o calendário da própria faixa 
etária sem restrições, a não ser na presença de contraindicações. 
COBERTURAS VACINAIS 
- O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece nas unidades 
básicas de saúde seis vacinas para adultos: hepatite B, febre 
amarela, dT (difteria e tétano do tipo adulto), tríplice viral 
(sarampo, caxumba e rubéola), dTpa (difteria, tétano e coqueluche 
acelular) para gestantes, e HPV, para pessoas com HIV/Aids, 
pacientes transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou 
oncológicos até 26 anos. 
- A procura, contudo, é insatisfatória, exceto para a vacina 
influenza, em períodos de sazonalidade elevada. 
- As consequências da baixa adesão, puderam ser vivenciadas na 
prática pela população na recente epidemia de febre amarela 
silvestre, que em 2017 afetou principalmente o estado de Minas 
Gerais. Dos 792 casos confirmados naquele ano, 493 (63,4%) 
ocorreram em pessoas de 25 a 60 anos, todas não vacinadas, sendo 
a maioria homens adultos. 
CALENDÁRIOS DE VACINAÇÃO 
- A prescrição de imunobiológicos é uma atividade que requer dos 
médicos conhecimento sobre os diferentes tipos de vacina, 
intervalos, possibilidade ou não de aplicação simultânea, 
intercambialidade, manejo de doses, bem como segurança para 
esclarecer de forma objetiva todas as dúvidas dos pacientes, 
incluindo sobre eventos adversos. 
- São três as diretrizes levadas em conta na elaboração do material: 
epidemiologia local e global, carga das doenças na faixa etária e o 
papel do indivíduo como transmissor de patógenos. 
- O principal desafio com os idosos é adequar as recomendações à 
mudança de perfil desses indivíduos, que têm a vida sexual ativa 
prolongada e cada vez mais trabalham ou adotam o papel de 
cuidadores de crianças, situações perigosas para ambos. Tudo isso 
em meio à imunossenescência e ao aumento de comorbidades, 
como doenças crônicas e/ou degenerativas. 
- A razão para haver diferenças entre os calendários das sociedades 
médicas e o do PNI é simples: o primeiro é voltado para a saúde 
individual, enquanto o segundo para a saúde pública. 
- As entidades científicas podem recomendar, sem restrições, 
qualquer vacina licenciada no país, o que inclui imunobiológicos 
 
6 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
mais abrangentes e fáceis de administrar, assim como esquemas 
considerados mais seguros e/ou eficazes. 
- O PNI, por outro lado, também precisa levar em conta dificuldades 
logísticas — como recursos para armazenamento, distribuição, 
capacitação de pessoal —, disponibilidade de compra ou produção 
nacional em quantidades suficientes, e análise de custo-
efetividade. Portanto, é necessário que se determine quais são os 
grupos de maior risco a serem contemplados para cada 
imunobiológico disponibilizado pelo programa. 
- Apesar das limitações, o número de vacinas oferecidas não só é 
extremamente satisfatório como vem crescendo significativamente 
na última década, razão pela qual o país é considerado referência 
internacional em imunização. 
O QUE É NECESSÁRIO SABER? 
• Custos da vacinação. 
• Custos da não vacinação: diretos (preço de tratamento) e 
indiretos (perda de produtividade de doentes e cuidadores). 
 • Resultados com a vacinação: casos, mortes e hospitalizações 
prevenidas, bem como qualidade de vida ganha. 
• Resultados sem a vacinação: casos, mortes e hospitalizações, 
impacto na qualidade de vida. 
CENÁRIOS POSSÍVEIS 
• Mais barata e mais efetiva: trará benefícios econômicos e em 
saúde pública. É o caso das vacinas antigas, como difteria, tétano, 
coqueluche, pólio oral e sarampo. 
• Mais cara e mais efetiva: não será vantajosa financeiramente, 
mas o retorno em saúde pública é importante. É o caso das novas 
vacinas. 
• Mais barata e menos efetiva: situação pouco frequente. Embora 
os resultados não sejam os melhores, pode valer a pena por 
permitir realocar recursos para outras intervenções. 
- Uma vez estabelecida a razão custo-efetividade, os gestores 
verificam o impacto da inclusão do imunobiológico no orçamento, 
outras prioridades em saúde pública e a percepção do público. Se a 
conclusão for favorável e houver capacidade produtiva e logística 
para garantir o abastecimento no país, a vacina está apta entrar 
para o PNI. 
A FALTA DE CONSCIENTIZAÇÃO 
- As vacinas são vítimas do próprio sucesso. No momento em que 
doenças antes devastadoras deixam de fazer parte do dia a dia, os 
adultos, alimentados pelo mito de que vacina é “coisa de criança”, 
sentem-se seguros e imaginam que não é mais necessário se 
imunizar. 
- O comportamento só muda em período de surtos e epidemias, 
como a de febre amarela em 2017, que gerou filas intermináveis 
em localidades onde há décadas havia recomendação de vacinação. 
- A tudo isso soma-se a desinformação. O Instituto Ipso MORI, a 
pedido da GSK, entrevistou 1.000 brasileiros com mais de 18 anos 
para mapear o nível de instrução dos adultos sobre vacinação. 
Apesar de 89% terem reconhecido que as vacinas são uma forma 
eficaz de prevenir doenças graves, apenas 31% estavam com a 
caderneta atualizada. E mais: um terço dos entrevistados se 
considerou “não muito” ou “não conhecedor” das vacinas 
disponíveis para a faixa etária, proporção que cresce para 45% se 
considerados apenas os que não têm filhos. 
O PAPEL DO MÉDICO 
- Inúmeros estudos já demonstraram que os médicos são 
considerados pela população a fonte de informação mais confiável 
sobre saúde, e que influenciam fortemente na vacinação de 
adultos, mas prescrição é insuficiente. 
- As imunizações, apesar de constituírem uma das principais 
ferramentas de promoção de Saúde Pública, são pouco abordadas 
na graduação e até mesmo na residência médica. E, mais grave: as 
universidades muitas vezes transmitem aos estudantes conceitos 
completamente equivocados ou desatualizados, que confundem, 
reforçam falsas contraindicações e, consequentemente, impactam 
nos futuros pacientes. 
- A melhora do cenário só será possível com a participação de todos 
os envolvidos no processo. 
MÉDICOS 
• Aprimorar os conhecimentos sobre vacinação por meio da leitura 
de artigos e participação em eventos. 
• Disponibilizar informações básicas sobre vacinas na sala de 
espera. 
• Incluir na anamnese a revisão do calendário vacinal. 
• Informar sobre as vacinas disponíveis nas redes pública e privada, 
independentemente das condições financeiras do paciente. A 
omissão, além dos possíveis danos à saúde, pode acarretar 
processos civis e ético-disciplinares. 
• Informar sobre locais onde se vacinar. 
SOCIEDADES MÉDICAS 
• Atuar para o fortalecimento do ensino sobre imunizações na 
graduação médica e de enfermagem. 
• Incluir o tema nos congressos de todas as especialidades. As 
imunizações devem ser abordadas de forma transversal, ou seja, 
como parte das discussões sobre as enfermidades. Modelo de 
mesas dedicadas exclusivamente à vacinação, embora positivo, não 
têm atraído interesse suficiente. 
• Unificar protocolosde vacinação das sociedades. Diferenças 
confundem os prescritores 
CALEDÁRIO VACINAÇÃO IDOSO 
- Influenza (gripe): Rotina. Dose única anual. Os maiores de 55 anos 
fazem parte do grupo de risco aumentado para as complicações e 
óbitos por influenza. Desde que disponível, a vacina influenza 4V é 
preferível à vacina influenza 3V, por conferir maior cobertura das 
cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a 
vacina 3V. Gratuitas nas UBS para maiores de 55 anos. 
- Pneumocócicas (VPC13) e (VPP23): Rotina. Iniciar com uma dose 
da VPC13 seguida de uma dose de VPP23 seis a 12 meses depois, e 
uma segunda dose de VPP23 cinco anos após a primeira. Para 
aqueles que já receberam uma dose de VPP23, recomenda-se o 
intervalo de um ano para a aplicação de VPC13. A segunda dose de 
VPP23 deve ser feita cinco anos após a primeira, mantendo 
intervalo de seis a 12 meses com a VPC13. Para os que já receberam 
duas doses de VPP23, recomenda-se uma dose de VPC13, com 
 
7 SANNDY EMANNUELLY – 6º PERÍODO 2021.1 
intervalo mínimo de um ano após a última dose de VPP23. Se a 
segunda dose de VPP23 foi aplicada antes dos 60 anos, está 
recomendada uma terceira dose depois dessa idade, com intervalo 
mínimo de cinco anos da última dose. Gratuitas nas UBS não. 
- Herpes zoster: Rotina. Uma dose. Vacina recomendada mesmo 
para aqueles que já desenvolveram a doença. Nesses casos, 
aguardar intervalo mínimo de um ano, entre o quadro agudo e a 
aplicação da vacina. Em caso de pacientes com história de herpes 
zóster oftálmico, não existem ainda dados suficientes para indicar 
ou contraindicar a vacina. O uso em imunodeprimidos deve ser 
avaliado pelo médico (consulte os Calendários de vacinação SBIm 
pacientes especiais). Gratuitas nas UBS não. 
- Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e 
coqueluche) – dTpa ou dTpa-VIP Dupla adulto (difteria e tétano) – 
dT: Rotina. Atualizar dTpa independente de intervalo prévio com dT 
ou TT. 
 Com esquema de vacinação básico completo: reforço com 
dTpa a cada dez anos. 
 Com esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de 
dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica 
com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo 
adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o 
componente tetânico. 
 Não vacinados e/ou histórico vacinal desconhecido: uma dose 
de dTpa e duas doses de dT no esquema 0 - 2 - 4 a 8 meses 
 • A vacina está recomendada mesmo para aqueles que 
tiveram a coqueluche, já que a proteção conferida pela 
infecção não é permanente. 
 Considerar antecipar reforço com dTpa para cinco anos após 
a última dose de vacina contendo o componente pertussis 
para idosos contactantes de lactentes. 
 Para idosos que pretendem viajar para países nos quais a 
poliomielite é endêmica recomenda-se a vacina dTpa 
combinada à pólio inativada (dTpa-VIP). 
 A dTpa-VIP pode substituir a dTpa, se necessário. 
 Gratuitas nas UBS SIM, dT e dTpa para profissionais da saúde. 
- Hepatite A: após avaliação sorológica ou em situações de 
exposição ou surtos. Duas doses, no esquema 0 - 6 meses. Na 
população com mais de 60 anos é incomum encontrar indivíduos 
suscetíveis. Para esse grupo, portanto, a vacinação não é prioritária. 
A sorologia pode ser solicitada para definição da necessidade ou 
não de vacinar. Em contactantes de doentes com hepatite A, ou 
durante surto da doença, a vacinação deve ser recomendada. 
Gratuitas nas UBS NÃO. 
- Hepatite B: rotina. Três doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses. 
Gratuitas nas UBS sim. 
- Hepatite A e B: quando recomendadas as duas vacinas. Três 
doses, no esquema 0 - 1 - 6 meses. A vacina combinada para as 
hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada 
para as hepatites A e B. Não gratuita na UBS. 
- Febre amarela: Para idosos não previamente vacinados e 
residentes em áreas de vacinação, após avaliação de risco/ 
benefício. Dose única. 
 Não há consenso sobre a duração da proteção conferida pela 
vacina. De acordo com o risco epidemiológico, uma segunda 
dose pode ser considerada pelo risco de falha vacinal. 
 Embora raro, está descrito risco aumentado de eventos 
adversos graves na primovacinação de indivíduos maiores de 
60 anos. Nessa situação, avaliar risco/benefício. 
 O uso em imunodeprimidos deve ser avaliado pelo médico 
(consulte os Calendários de vacinação SBIm pacientes 
especiais). 
 Gratuita na UBS. 
- Meningocócicas conjugadas ACWY/C: Surtos e viagens para 
áreas de risco. Uma dose. A indicação da vacina, assim como a 
necessidade de reforços, dependerão da situação epidemiológica. 
Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, 
substituir pela vacina meningocócica C conjugada. Não gratuita na 
UBS. 
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola): Situações de risco 
aumentado. Uma dose. A indicação da vacina dependerá de risco 
epidemiológico e da situação individual de suscetibilidade. Na 
população com mais de 60 anos é incomum encontrar indivíduos 
suscetíveis ao sarampo, caxumba e rubéola. Para esse grupo, 
portanto, a vacinação não é rotineira. Porém, a critério médico (em 
situações de surtos, viagens, entre outros), pode ser recomendada. 
Contraindicada para imunodeprimidos.Não gratuita na UBS.

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