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Proteção do Complexo Dentinopulpar

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Hellen Martins 
 
 
O que é o complexo dentinopulpar? 
A dentina e a polpa estão ligadas. Quando eu quero 
proteger o complexo dentinopulpar, o que eu quero de 
fato fazer é proteger a polpa, que é a parte vital do 
dente. 
Quais as propriedades de um agente 
protetor ideal? 
• Estabelecer proteção contra estímulos térmicos e 
elétricos: 
- Os materiais protetores do complexo não 
poderiam conduzir eletricidade e assim, não 
poderia conduzir calor. 
• Atuar como bactericida ou inibir da atividade 
bacteriana: 
- Após a retirada da cárie não tem como garantir 
que retirou todas as bactérias, pois sempre fica 
uma bactéria remanescente no túbulo. 
• Ser adesivo aos substratos dentais 
- Colar no dente. Ex: CIV 
• Liberar fluoretos 
- CIV 
• Atuar como agente remineralizaste 
- A parte da cárie que desmineralizou é ideal que 
seja capaz de remineralizar. 
• Estimular a formação de dentina reparadora ou 
terciária. 
• Ser anódino e biocompátivel 
• Minimizar a penetração de íons metálicos nos 
tecidos remanescentes 
• Minimizar ou evitar a infiltração de constituintes 
tóxicos ou irritantes 
• Promover o selamento interno da cavidade 
minimizando os efeitos da microinfiltração. 
 
Existe o agente protetor ideal? 
Não, tenho que fazer combinações de materiais para 
chegar a ser um agente de protetor ideal. 
Uma camada de dentina esclerótica ou reparadora 
apresenta boa parte dessas características. Portanto, 
 
 
nenhum agente protetor é melhor que a própria 
dentina. 
Classificações 
• Seladores ou Vedadores 
• Forradores Cavitários 
• Bases 
• Capeadores 
Função do 
Material 
Espessura 
Formada 
Função 
Selamento 1-50um • Selar a embocadura dos 
túbulos dentinarios 
para reduzir a 
sensibilidade, 
penetração de fluidos e 
metabólicos 
bacterianos. 
• Reduzir a penetração 
dos íons metálicos na 
estrutura dental. 
Forramento 200-100 
um (0,2 – 1 
mm) 
• Estimular formação de 
ponte de dentina. 
• Proteger a região mais 
profunda da dentina 
contra a penetração de 
subprodutos dos 
materiais 
restauradores ou 
provisórios. 
Base >100 um 
(>1 mm) 
• Proteger o material 
para forramento. 
• Reduzir espessura do 
material restaurador, 
por exemplo, resina 
composta. 
• Proteger contra 
estímulos 
termoelétricos 
• Utilizar abaixo da 
região de esmalte sem 
suporte de dentina. 
 
 
 
Proteção do Complexo Dentinopulpar 
 
Agentes Protetores e Aplicações 
Hellen Martins 
Seladores ou Vedadores 
Usados para vedar a 
interface dente/restauração 
e o complexo dentinopulpar, 
ou seja, ele vai impedir que 
os íons metálicos 
(amalgama) penetre na 
dentina. 
O cavitine tem uma 
composição muito parecida 
com esmalte de unha. Passamos ele para vedar os 
túbulos dentinarios. Se passar esse material o dente 
não vai ficar escuro por conta do amalgama. 
Na dentina não é usado o cavitine, e sim o adesivo 
dentinario. 
→ Composição: 
o Resina natural (copal) ou sintética. 
o Solventes: acetona, clorofórmio, éter. 
→ Propriedades 
o Vantagens: 
- Aceitável compatibilidade biológica; 
- Bom isolante elétrico (composição resinosa); 
- Previne a descoloração da estrutura dentária 
pela incorporação de íons metálicos. 
o Desvantagens: 
- Ineficaz contra estímulos térmicos – película 
muito delgada. 
- Baixa resistência ao cisalhamento – 
removido durante a condensação do 
amálgama. 
 
→ Técnica de Aplicação 
Pego o microbrush e passo por toda a cavidade, 
espero por 1 minuto, o solvente vai evaporar e o 
verniz vai endurecer. Pode jogar um jato de ar de 
leve para agilizar o processo. Sempre aplico 2 
camadas 
 
Esqueci de aplicar a segunda camada de verniz. 
Tem algum problema? Sim, por que o verniz 
contrai assim que o solvente evapora e fica umas 
fendas/ranhuras, e se o verniz tiver assim ele vai 
impedir a passagem de eletricidade do amalgama 
até a polpa? Não, se tiver uma falha a corrente 
elétrica irá desviar para essa falha e irá chegar até 
a polpa. 
 
Forradores Cavitários 
 
Objetivo de revestir e proteger o complexo 
dentinopulpar – espessuras delgadas (0,2 – 1 mm). 
 
 
 
 
 
Base 
• Espessura: 1-2 mm. 
• Finalidade: proteção do complexo dentino-pulpar 
e simultaneamente reconstrução das paredes de 
fundo da cavidade (axial ou pulpar). 
• Permite o isolamento térmico 
 
Capeadores 
• São utilizados nas proteções diretas da polpa. 
• Objetivo: revestir, cobrir ou capear áreas expostas 
da polpa dental ou mesmo áreas de dentina com 
indicações clinicas da presença de micro-
exposições pulpares. 
• Sobre a polpa pode ser usado o pó ou pasta de 
hidróxido de cálcio. 
 
Hidróxido de Cálcio 
→ Propriedades 
o Estimula a formação de dentina esclerosada e 
reparadora. 
o Possui pH alcalino (em torno de 12). 
o Protege a polpa contra estímulos térmicos e 
elétricos. 
o Apresenta ação antimicrobiana. 
 
→ Formas de apresentação 
o Pó (hidróxido de cálcio P.A) 
- Utilizado como capeador pulpar direto 
- Requer o emprego de um forrador e/ou base 
sobre o mesmo (base intermediaria) 
o Pasta (pó de Ca(OH)2 + água destilada 
Hellen Martins 
- Utilizado como capeador pulpar direto e 
indireto (restaurações provisórias). 
- Requer o uso de uma sobrebase. 
 
Todos os efeitos terapêuticos do hidróxido de cálcio 
são baseados fundamentalmente na aplicação direta 
sobre a dentina/polpa. 
Na prática, posso me deparar com 3 situações: 
1. Removendo a cárie e acabar atingindo a polpa. 
- Vai precisar de uma proteção direta; 
- Técnica do capeamento pulpar direto; 
- Irei fazer a restauração de amalgama; 
- O primeiro material que irei colocar é o Hidroxico 
de Calcio em pó sobre a polpa (vai estimular a 
formação de uma nova dentina). 
- Depois vou colocar uma base, pode ser de CIV ou 
OZE. 
- Preciso colocar o agente selador: Verniz Cavitário. 
- Por último o amalgama. 
 
2. Removendo a cárie e está bem perto da polpa. 
- Tem uma pequena espessura de dentina e o ideal 
é estimular uma nova produção de dentina. 
- Técnica do capeamento pulpar indireto. 
- Primeiro começo com o cimento de hidróxido de 
cálcio. 
- Coloco uma base que pode ser de CIV ou OZE. 
- Preciso colocar o agente selador: Verniz Cavitário. 
- Por último o amalgama. 
 
3. Tratamento Expectante. 
- Vou tirando a cárie e eu acho que se eu tirar mais 
vou atingir a polpa, então eu preciso remover 
tudo? Não, posso deixar um pouco de cárie no 
fundo. 
- Tenho que tirar bem a cárie nas paredes ao redor. 
- Coloco o cimento de hidróxido de cálcio. 
- Faço uma restauração provisória. 
- Daqui 45/60 dias o paciente retorna e retiro a 
restauração provisória e removo o resto da carie e 
restauro novamente. 
 
Deixei resto de cimento de hidróxido de cálcio nas 
margens da restauração. Tem algum problema? 
Sim, porque se o hidróxido de cálcio pegar nas 
paredes ao redor, vou ter que limpar, porque ele é 
frágil e solúvel e se deixar nas paredes vão 
aparecer buracos onde tinha o hidróxido de cálcio. 
 
Proteção Pulpar Indiretas 
Indicações: 
1. Imediatamente após o termino do preparo 
cavitário (cavidades raras, médias e profundas). 
2. Proteção adicional em cavidades profundas 
(dentina esclerótica ou reacional). 
3. Tratamento expectante. 
- Ocorre tipicamente em paciente jovens, com 
lesões de cárie aguda, de rápida evolução. 
- Indicado em lesões profundas com risco de 
exposição pulpar. 
- Bloquear as agressões à polpa. 
- Interromper o circuito metabólico 
proporcionando pelos fluidos bucais as 
bactérias remanescentes no assoalho da 
cavidade. 
- Inativar tais bactérias pela ação bactericida a 
bacteriostática dos materiais odontológicos. 
 
Passos Clínicos: 
1. Sessão: 
- Avaliar o estado de reversibilidade da 
polpa (exame clinico; testes de vitalidade; 
e exame radiográfico) 
- Isolamento do campo operatório 
- Não anestesiar 
- Obter acesso adequado para remoção da 
lesão. 
- Remover a dentina comprometidaatravés de brocas e escavadores, 
utilizando a sensibilidade a dor como guia. 
- Lavar a cavidade com solução de 
hidróxido de cálcio (água de cal) e secar 
suavemente. 
- Aplicar uma camada espessa de pasta de 
hidróxido de cálcio. 
- Realizar o vedamento da cavidade com 
um cimento temporário (OZE ou CIV). 
- Verificar os contatos exagerados e obter 
uma radiografia com tomada periapical. 
 
2. Sessão: 
- 45 a 60 dias após a primeira sessão 
- Comprovar a ausência de sintomatologia 
dolorosa durante o período de espera e 
reavaliar o estado de vitalidade pulpar. 
- Tentar verificar o aumento da espessura 
da dentina no assoalho cavitário e o grau 
Hellen Martins 
de mineralização através de exame 
radiográfico. 
- Realizar novo isolamento absoluto 
- Remover a restauração provisória até 
expor a sobre base utilizada em cima da 
pasta de Ca(OH)2 
- Remover a sobrebase 
- Remover o remanescente de pasta de 
hidróxido de cálcio. 
- Remover alguma dentina afetada 
remanescente e depois lavar/limpar a 
cavidade. 
- Aplicar um forramento de hidróxido de 
cálcio. 
- Aplicar uma base protetora e/ou cavitaria 
- Restaurar com o material selecionado. 
 
 
Proteção Pulpares Diretas 
Objetivos: 
• Preservar as funções biológicas da polpa 
• Anular a atividade bacteriana local 
• Estimular a formação de ponte dentinária 
• Proteger a polpa de irritações subsequentes. 
Indicação: Exposição pulpar acidental ou por fratura 
dental. 
Tipos: 
1. Capeamento pulpar 
2. Curetagem pulpar 
3. Pulpotomia 
Fatores a serem observados: 
• Grau de comprometimento pulpar 
• Extensão da lesão 
• Tempo de exposição 
• Idade do paciente 
• Sangramento da polpa 
Tratamento indicado x Tempo de exposição 
• Exposição pulpar até seis horas: capeamento 
pulpar. 
• Exposição pulpar até uma semana: curetagem 
pulpar. 
• Exposição pulpar ampla após uma semana: 
pulpotomia. 
Diretrizes e requisitos básicos (capeamento pulpar 
direto) 
1. Campo operatório 
2. Presença de bactérias 
3. Idade do paciente 
4. Tamanho da exposição (menor 1mm) 
5. Tempo: imediato ou 6 horas após a injuria 
6. Hemostasia prévia ao agente protetor 
7. Vedamento adequado com restauração. 
 
Restauração 
Profundidade 
Amálgama Resina Ionômero 
Rasa/Média Verniz / CIV 
+ V 
Sistema 
adesivo 
- 
Profunda Cim 
Ca(OH)2 
e/ou CIV + 
Verniz 
CIV + SA - 
Muito 
profunda 
Cim 
Ca(OH)2 + 
CIV + Verniz 
Cim 
Ca(OH)2 + 
CIV + SA 
Cim 
Ca(OH)2 
Exposição Ca(OH)2 pó 
ou pasta + 
Cim. 
Ca(OH)2 
e/ou CIV + 
Verniz 
Ca(OH)2 
pó ou 
pasta + 
Cim. 
Ca(OH)2 + 
CIV+ SA 
Ca(OH)2 pó 
ou pasta + 
Cim 
Ca(OH)2

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