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Doenças ortopédicas em pediatria

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ESTUDO DIRIGIDO EM FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA – ANÁLISE DE TEXTO CIENTÍFICO 
Fisioterapia Pediátrica
São Paulo
2019 
Doenças ortopédicas em Pediatria
Deformidades da coluna vertebral
· Escoliose Idiopática
A coluna vertebral possui desvios que são parte da anatomia natural desta e são representados por lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar e nova lordose sacro-coccígena. A coluna vertebral é uma das primeiras estruturas a se formar no embrião e dela brotam os apêndices, que dão origem aos membros e demais segmentos corporais. Sendo assim, as modificações que comprometem a coluna vertebral estrutural e funcionalmente trazem consequências em todo o corpo humano. 
Segundo a biomecânica, a coluna é influenciada pelos movimentos das cinturas pélvicas e escapular e pelos MMSS E MMII, respectivamente. Portanto, as alterações posturais devem ser avaliadas não apenas pela estrutura óssea, mas por todo o conjunto funcional e os impactos que traz ao organismo. 
O termo Escoliose diz respeito a uma curvatura lateral da coluna vertebral representada por um desvio do eixo no plano coronal, podendo também apresentar deformidades nos planos horizontal e sagital. Os segmentos comumente acometidos são torácico e lombar, isoladamente ou em conjunto, formando curvaturas para compensar e manter os esforços. 
Em suma, dividem-se em escoliose primária, decorrente de posicionamentos ou distúrbios externos à coluna e podem ser congênitas ou adquiridas ou secundária, referente a uma curva oposta à primeira. 
As escolioses primárias adquiridas idiopáticas possuem bom prognóstico na maior parte dos casos. As curvas em crianças menores de 5 anos possuem 90% de chance de regressão espontânea. Porém, os 10% restantes podem levar a graves deformidades com o crescimento na adolescência. 
Para realizar o tratamento adequado, é necessário avaliar qual a intensidade e o padrão da curva, a idade do paciente, levando em consideração a expectativa de crescimento, o grau de flexibilidade da curva e se realmente trata-se de uma escoliose idiopática.
· Dor de crescimento 
As dores do crescimento acometem crianças entre 4 e 10 anos de idade e caracteriza-se por surgimento súbito no período noturno, comumente associadas à realização de esforços físicos e são totalmente resolvidas após o sono e o repouso. Considera-se que as dores de crescimento sejam causadas por fadiga muscular após atividades físicas acentuadas e é mais comum em crianças sedentárias. 
Deve-se estimular a prática de atividades físicas, no sentido de promover melhor condicionamento e prevenir novas crises.
· Dor na coluna em crianças e adolescentes 
A dor na coluna e dorso de pacientes em crescimento é uma condição rara e portanto, necessita de uma investigação minuciosa, já que pode ser associada a condições de relativa gravidade. É necessário coleta rinformações referentes ao caráter e progressão da dor e a frequência em que ocorre as crises. No exame físico deve ser avaliado a palpação de toda a coluna vertebral, além de procurar por curvaturas anormais. Um exame neurológico deve ser realizado para observar marcha, funções motoras e sensitivas, testes de tensão radicular (Lasegue, Bragard), avaliação de reflexos normais e patológicos (Ex: Babisnki)
Diagnósticos
· Espondilólise e espondilolistese: São caracterizadas por rupturas do arco vertebral posterior. A espondilólise se refere apenas a ruptura do arco e a espondilolistese refere-se ao deslizamento sobre a vértebra inferior após a ruptura.
· Doença de Schauermann: Mais comum na coluna torácica, mas também pode ocorrer na região lombar. Está associada com a deformidade “dorso curvo”, tratável com a correção postural. 
· Hérnia discal: Trata-se de uma condição rara, associada a eventos traumáticos, principalmente em histórias de queda de altura. Deve ser avaliada através de tomografia computadorizada e ressonância magnética. 
· Tumores ósseos: Estão frequentemente presentes em escolioses dolorosas. A dor aparece com a realização de esforços físicos, mas também pdoe estar presente durante o repouso. Os tumores mais frequentes são o osteoblastoma, osteoma osteóide e cisto ósseo aneurismático. 
· Tumores do tecido medular: A presença de dor com contraturas musculares contínuas e alterações neurológicas progressivas requerem investigação do tecido medular. Devido à progressão lenta dessas lesões, comumente há uma acomodação do tecido medular, de forma que grandes massas tumorais possam manifestar um exame neurológico discreto. 
Osteocondrites comuns na adolescência 
· Doença de Osgood-Schlatter
Consiste numa inflamação (apofisite) da tuberosidade da tíbia, no local de inserção do ligamento patelar. A sobrecarga de tração sobre o ligamento patelar gera microfraturas e fragmentação da cartilagem de crescimento. A dor não costuma causar limitação funcional e apresenta melhora no repouso. 
É mais comum no sexo masculino, entre 12 e 14 anos que praticam atividades físicas intensas e/ou esportivas. Os sintomas desaparecem ao término do crescimento e não deixa sequelas. 
· Doença de Sever
Caracterizada pela inflamação da tuberosidade posterior do calcâneo. É mais comum no sexo masculino, entre os 5 e 12 anos de idade. Manifesta-se com a realização de esforços, com limitação funcional. Pode ser associada a obesidade e ao início da prática esportiva. Acredita-se que a causa seja a baixa estimulação pelo uso contínuo de calçados e sedentarismo, com encurtamento muscular tricipital. Utilizam-se palmilhas de amortecimento para o calcâneo e crioterapia local. A condição resolve-se espontaneamente após a ossificação da epífise. 
· Síndrome de Kohler
Caracterizada por necrose avascular do navicular do pé. É mais comum no sexo masculino, entre os 4 e 6 anos de idade, sendo mais tardio no sexo feminino e é bilateral em 20% dos casos. O paciente apresenta claudicação e comprometimento funcional. O tratamento é feito por imobilização de bota gessada até a ausência de sintomas e apresenta resolução completa, sem sequelas na fase adulta. 
· Doença de Freiberg 
Trata-se de uma lesão que acomete o segundo metatarsiano, podendo ser também o terceiro e o quarto. Mais comum no sexo feminino e raramente é bilateral.
· Doença de Legg-Calvè-Perthes 
É uma afecção patológica do quadril imaturo, causada por necrose da epífise da cabeça femoral. Se manifesta entre 2 e 12 anos e é mais comum no sexo masculino. As causas possíveis propostas incluem distúrbios endócrinos, trauma, inflamação, nutrição inadequada e fatores genéticos. A teoria mais popular é a oclusão da irrigação arterial para a epífise, com múltiplos episódios de infarto.
Referências bibliográficas
· Problemas ortopédicos comum na adolescência. Jornal de Pediatria. Disponível em: <https://nutrifisio.com.br/site/wp-content/uploads/2018/12/problemasortopedicoscomunsnaadolescencia97869.pdf>. Acesso em: 25 abr.2019.

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