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Fármacos hipoglicemiantes • Mecanismo de ação: Estimulam as células Beta a produzirem mais insulina. Bloquearão canais de potássio (fará a mesma coisa que a glicose faria, estimulando a liberação de insulina) Efeitos adversos: Primeira geração- hipoglicemia com doses altas, hepatotoxicidade e icterícia colestática com Clorpropamida, reações hematológicas e alérgicas.Segunda geração: Hipoglicemia. Interações medicamentosas: Podem aumentar a biotransformação da digoxina (efeitos serão menores), betabloqueadores diminuem a liberação da insulina, na presença de bebidas alcoólicas existe risco de reações tipo dissulfiram (aumento do acetaldeído). AINEs, cimetidina, clofibrato, i-MAO, sulfonamidas- aumentam a hipoglicemia. Cetoconazol e miconazol diminuem a biotransformação das sulfoniluréias. Fenobarbital aumenta a biotransformação das sulfoniluréias. • Biguanidas Diminuem a gliconeogênese hepática, aumentam a utilização da glicose pelo metabolismo anaeróbico, diminuição da absorção intestinal da glicose. 1. Ações da metformina Ativação da AMPK (adenosina monofosfato proteína cinase), enzima normalmente ativada pela adenosina monofosfato, subproduto do ATP-> aumento da captação de glicose, aumento da síntese do glicogênio , redução da síntese de lipídeos, redução da gliconeogênese. É muito utilizada para redução de peso, devido a redução da síntese de lipídeos, ao contrário das sulfoniluréias não induzem ganho de peso. Contra-indicações: Insuficiência renal (são escretadas exclusivamente pelos rins), gravidez, doença hepática, alcoolismo, doença hipóxica pulmonar crônica (produzem acidose metabólica). 2. Inibidores da alfa-glicosidase Acarbose, voglibose, miglitol. Mecanismo de ação:Inibem competitivamente enzimas da borda em escova do intestino delgado, reponsáveis pela quebra de oligossacarídios e dissacarídios em monossacarídios, mais facilmente absorvíveis. No entanto, inibem as alfa-glicosidades na metade proximal do intestino delgado, dessa forma a absorção intestinal de carboidratos é retardada, ficando para as partes mais distais do intestino delgado e colon. Efeitos adversos: Desconforto abdominal, flatulência e diarreia. Não existem efeitos sistêmicos indesejáveis, melhor opção para idosos – não tem interações medicamentosas com outros fármacos. 3. Derivados do ácido benzoico Mecanismo de ação: Estimula as células beta a produzirem insulina. Aumenta a secreção de insuina em resposta á elevação da glicemia, regulando a sensibilidade dos canais de K+ em locais de ligação diferentes aos da sulfoniluréias. Meia-vida: menos de uma hora. Ação mais rápida e mais curta do que as sulfoniluréias (comparável á gliburida). É diferente das sulfoniluréias devido ao tempo de meia vida que é maior nas sulfonilureias, fazendo com que sejam mais propensos a hipoglicemia. 3.1 Repaglinida: Reduz a hemoglobina glicada em 1,4 a 1,9 pontos, menor risco de hipoglicemia, associação com metformina tem sido segura e melhora o controle glicêmico, perfil de efeitos colaterais semelhante ao das sulfoniluréias. 4. Glitazonas (Tiazolidinedionas) Rosiglitazona e Pioglitazona são as glitazonas atualmente em uso. Agem no fator de transcrição (PPARg). PPARs participam na transcrição dos genes de resposta á insulina e na regulação do metabolismo lipídico dos adipócitos. →Farmacodinâmica das glitazonas: Na presença de insulina endógena ou exógena as glitazonas irão: Reduzir a gliconeogênese, oferta de glicose, e produção hepática de triglicerídeos; aumentar a captação e utilização da glicose pelo músculo esquelético; aumentar a captação da glicose e reduzir a oferta de ácidos graxos no tecido adiposo. →Farmacocinética das glitazonas: Pioglitazona via oral com ou sem alimentos, pico plasmático ao redor da 3ª hora; meia-vida plasmática de 3-7h e metabólitos ativos (t1/=16- 24h). Metabolismo hepático pelo CYP2C8 e CYP3A4; excreção fecal (2/3) e urinária (1/3). Rosiglitazona é bem absorvida; com ou sem alimentos. Pico plasmático ao redor da 1ª hora, t1/2 de 3-4h, via CYP2C8. →Efeitos adversos e interações: Ambas glitazonas levam a retenção hídrica produzindo edema, anemia leve; Ganho de peso dose- dependente; ganho de peso dose-dependente; segurança na gravidez e lactação ainda não determinadas; não produzem acidose láctica mesmo em pacientes com insuficiência renal. Pioglitazona – sujeita a interações com metabolismo CYP3A4: Pode reduzir níveis plasmáticos de anticoncepcionais orais contendo etinil- estradiol e noretindrona. Pode interagir com muitas outras drogas metabolizadas pelo CYP3A4. • Novas opções terapêuticas Agonistas das incretinas – estimulam células beta a degradar insulina (GLP-1 e GIP): Exenatida e Liraglutida. Inibidores da DPP-4 (gliptinas): Reduzem a degradação de incretinas.