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Slides Sociologia Jurídica (1)

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UNIVERSIDADE ROVUMA
 FACULDADE DE DIREITO
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA JURÍDICA
DOCENTES: ARCÉNIO FRANCISCO CUCO E ALBERTO LANGA
 Doutor em Ciência Política pela UFRGS. Mestre em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Licenciado em Direito pela Universidade Eduardo Mondlane e Mestre em Direito Empresarial pela Universidade Católica de Moçambique, respectivamente. 
SOCIOLOGIA JURÍDICA COMO DISCIPLINA
1. É a Sociologia Jurídica (SJ) uma disciplina?
A SJ, a Filosofia do Direito e a História do Direito constituem parte fundante do Direito como disciplina. A particularidade destas disciplinas é de terem uma estreita relação com disciplinas fora do campo jurídico. 
Para o caso particular da SJ, ela tem uma relação directa com a Sociologia.
A Sociologia deve ser entendida nos termos de Emile Durkheim como uma ciência que estuda os fenómenos sociais como factos sociais.
Durkheim entende a Sociologia como uma ciência positivista. O positivismo implica duas coisas: primeiro, uma visão particular dos fenómenos sociais como dados objectivos e; segundo, como um valor neutro para examinar esses fenómenos.
Consequentemente, o objectivo principal da Sociologia é de observar os factos sociais como dados objectivos em forma de valor neutro. 
Esta metodologia contrasta com o Direito que é uma disciplina normativa operando de acordo com a percepção da sociedade sobre como as coisas devem ser. 
Uma coisa deve ficar clara: tanto o Direito, em geral, como a doutrina jurídica estão preocupados com a forma de lei. Quer dizer, estão preocupadas na relação sistemática entre vários princípios abstractos que podem ser usados para produzir decisões em casos concretos. A particularidade da linguagem jurídica é sua qualidade performativa.
Por exemplo, palavras num estatuto ou contrato não descrevem uma situação ou narram uma estória; elas devem ter efeitos práticos na vida dos indivíduos e na sociedade.
A SJ não pertence ao domínio formalmente fechado da doutrina jurídica, também não descreve os factos jurídicos de maneira objectiva.
A localização paradoxal da SJ que se situa entre as disciplinas de direito e Sociologia reflete os vários nomes diferentes que são usados para descrever o seu campo; Para além de Sociologia Jurídica, os termos Sociologia do Direito, Jurisprudência Sociológica, Sociologia Jurisprudencial, Direito e Sociedade, Estudos Sócio-Legais e Realismo Jurídico também são frequentemente encontrados na literatura académica.
A “Sociologia Jurídica” é usada para enfatizar que o assunto com o qual estamos lidando é um subcampo do Direito em oposição ao subcampo da Sociologia.
Os Sociólogos jurídicos podem ser definidos como juristas interessados em estudar, particularmente, o Direito numa perspectiva interdisciplinar.
Em vez de encararem o Direito como um sistema formalmente fechado e cientificamente auto-suficiente, eles observam-no como um campo incorporado em uma dinâmica social mais ampla.
Diante desta metodologia, os sociólogos jurídicos devem exteriorizar as sua perspectiva de observação; eles devem examinar a lei a partir de uma posição independente da própria disciplina, isto por um lado. Por outro lado, os sociólogos jurídicos não se devem contentar em simplesmente observar e descrever a lei a partir de uma perspectiva sociológica externa; em vez disso, eles devem procurar reimportar o que aprenderam de volta à lei, a fim de melhorar o funcionamento da mesma.
2. Origem da Sociologia
Três grandes transformações sociais influenciaram no surgimento da Sociologia, a saber: 
A generalização do processo de produção de mercadorias (Revolução Industrial);
A formação do Estado moderno (Revolução Francesa de 1789) e
Da nova cultura a partir dos valores da liberdade, da racionalidade e da ciência (Idealismo Alemão).
3. Noções de Direito e Sociologia do Direito
Noções do Direito: 
Para Galvão Telles, direito é um conjunto de normas de conduta social, estabelecidas tendo em vista a justiça, paz e o bem comum dotadas de generalidade impostas pela força quando necessário.
Enquanto que para Emmanuel Kant, o direito é um conjunto das condições segundo as quais o arbítrio de um pode coexistir com o arbítrio de outros de acordo com uma lei geral.
Noção Sociológica do Direito:
Para Cavalieri Filho, a Sociologia Jurídica deve ser entendida como sendo a ciência que estuda o direito como fenômeno social (ser), a fim de observar a adequação da ordem jurídica aos factos sociais, o cumprimento pelo povo das leis vigentes, aplicação destas pelas autoridades e os efeitos sociais por elas (leis) produzidos (eficácia). 
Noções de Direito e Sociologia do Direito
Sociologia do Direito pode ainda ser entendida como sendo o conjunto de normas de conduta universais, abstratas, obrigatórias e mutáveis, impostas pelo grupo social, destinadas a disciplinar as relações externas do indivíduo, objetivando prevenir e compor conflitos. 
O jurista-sociólogo analisa o processo de criação do direito (normas jurídicas de conduta) e sua aplicação na sociedade.
4. Objecto
Constitui objecto da SJ a análise científica os actos praticados pelos instrumentos humanos de realização do Direito (magistrados, advogados, procuradores, Conservadores, Agentes da PRM, do SERNIC, etc), como por exemplo o acto de julgar dos magistrados, buscando superar a visão do senso comum que vê na figura do Juiz um mero agente passivo, o "aplicador da lei”. 
Ou por outras, objecto da SJ é o estudo dos fenóminos jurídicos na perspectiva sociológica, não limitando-se em descobrir as causas dos problemas do mundo jurídico, mas sim buscando e propondo soluções aos mesmos.
Podemos ainda dizer que a SJ estuda o facto social em sua estrutura e funcionalidade, procurando saber como os grupos humanos se organizam, se relacionam e desenvolvem, em razão dos inúmeros factores que actuam sobre as formas de convivência.
Objecto
Em síntese: pode-se afirmar que o objecto da Sociologia Jurídica busca estabelecer uma relação funcional entre a realidade social e as diferentes manifestações jurídicas, sob forma de regulamentação da vida social, fornecendo subsídios para suas transformações no tempo e no espaço. 
5. Método
A Sociologia criou sua autonomia ao fundamentar sua abordagem em metodologia clara, que consistem na construção de conceitos específicos, em fazer demonstrações de suas descobertas e criação de teorias sociais. 
Estas descobertas, fundamentadas no rigor reflexivo, auxiliaram na criação de muitas instituições sociais e assessoram muitos procedimentos de indivíduos que procuram atender os interesses das populações, pois além de estudar e sistematizar estes interesses (organizá-los e expressá-los) a Sociologia também orientou acções de grupos que buscavam autonomia e direitos sociais.
Conforme temos estado a referir, a SJ tem por fim último analisar os fenômenos jurídicos como factos sociais e uma vez descobertos os problemas, propor soluções.
Este exercício só é possível quando se tenha como método o Dialéctico, entendido por Lakatos como sendo aquele que penetra o mundo dos fenómenos através de sua acção recíproca, da contradição inerente ao fenómeno e da mudança dialéctica que ocorre na natureza e na sociedade.
6. Função Social do Direito 
A função social do Direito prende-se com o facto de procurar saber até que ponto as normas jurídicas se tornam realmente válidas, se na prática correspondem aos objectivos dos legisladores e seus destinatários.
Vejam que muitas vezes os juristas não fazem este exercício, fazendo valer a máxima “dura lex sed lex”.
Função Social do Direito 
Podemos destacar quatro principais funções do Direito na Sociedade, a saber:
Prevenir conflitos: as normas visam em primeira instância evitar a eclusão de conflitos na sociedade (Preventiva);
Solucionar conflitos: indenticar, arranjar e solucionar conflitos (Compositiva);
Controle social: após a violação da norma, o Direito garante a resocialização do infractor que tenha já cumprido pena, por exemplo.
Regulação social:as normas jurídicas visam difinir o comportamento padrão na sociedade e assim evitar conflitos.
7. Facto Social
Noção de Facto Social:
Segundo Durkheim, facto social é “toda maneira de agir ou pensar fixa ou não, capaz de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda que, é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria independente das manifestações individuais que possa ter.” 
8. Importância da SJ
Para o legislador: dota-lo de elementos sociais actuais da sociedade a que se destina a norma a ser aprovada, de modo a evitar com a mesma rapidamente esteja ultrapassada e se torne obsoleta;
Para o Advogado: fornece-lo uma visão mais real do fenómeno jurídico, pois as normas devem atender a realidade social que está em constante evolução;
Para o Juiz: possibilita-lhe a aplicação mais compactível do direito ás necessidades sociais, permitindo uma melhor interpretação e integração de lacunas.
Para o cidadão: ajuda no conhecimento da máquina da Administração da Justiça e da a conhecer os seus limites impostos pelo direito.
9. Relação com ciências afins
	Sociologia Jurídica 	Direito	Filosofia do Direito
	Estuda o Direito como fenómeno social (facto social)	Estuda a norma e sua aplicação tal como é concebida pelo legislador.	Investiga os princípios fundamentais do Direito (norma, poder, relaidade, valor ou conheciemento).
	Sociólogo: analisa os vários aspectos do facto jur. e sua relação com outros factores sociais.	Jurista: interpreta e aplica a norma, abstaindo se dos elementos externos a ela.	Filósofo: preocupado com os valores jur.´s da sociedade (Justiça/bem comum/Liberdade, etc).
	A SJ se preocupa com o que é (SER).	Direito se preocupa com o que dispõe a norma (DEVER SER)	Identifica a essência do Direito para difini-lo visando a sua aplicação (PODER SER). 
	Interessa lhe a eficácia da norma.	Interessa lhe a vigência da norma.	Interessam lhe os fundamentos, a razão de ser da norma.
10. O Direito na Sociedade
Validade da norma:
Válido: é o que é feito com todos os seus elementos essenciais. 
Elementos essenciais: são os requisitos que constituem a própria substância da coisa, sem os quais não existiria. 
Em direito para que um acto ou negócio seja considerado válido, terá que revestir-se de todos os elementos essenciais que a lei prevê, pois faltando um deles o negócio será inválido, nulo ou inexistente.
10. O Direito na Sociedade
Validade da norma jurídica, é a existência específica da norma.
Para Hans Kelsen, esta tem haver com a sua capacidade de legalmente obrigar a conduta de seus destinatários, representando um conjunto de requisitos que comporta três aspectos, nomeadamente, validade formal, fática e ética. 
10. O Direito na Sociedade
Eficácia: numa visão positivista, é uma consequência da validade, consistente na força do acto para produzir os efeitos desejados. Só o acto válido, revestido de todos os seus elementos essenciais, tem força para alcançar seus objectivos. Eficácia é, pois, a força do acto para produzir seus efeitos.
A eficácia é o nível de cumprimento da norma tendo em conta as relações sociais a elas referentes. Uma norma é considerada socialmente eficaz quando é observada por seus destinatários, apresentando os efeitos esperados quando da sua aplicação, seja porque impediu a instalação do conflito ou quando a sua violação é efectivamente punida pelo Estado.
10. O Direito na Sociedade
Repercussões sociais da norma jurídica:
Conteúdo em elaboração.

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