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Questionário 02 Química Inorgânica II – Prof. Eduardo Guilherme Cividini Neiva Acadêmica: Mayara Lais Sandri 1. O que é um anel quelato e qual é o tipo mais estável? Resposta: Anel quelato é o anel formado entre o metal e um ligante polidentado. O mais estável é o de 5 membros. 2. Dê os nomes dos seguintes complexos: Resposta: Tetracloroplatinato (II) / Tris-(etilenodiamina)cobalto (II) / Diclorobis-(etilenodiamina)cobalto (III) / Sulfato de tetraquomanganês (II) monohidratado / Pentaquosotiocianatoferro (III) / Tetramindicloroplatina (IV) / Tricarbonilpiridinaníquel (0) / Etilenodiaminatetraacetatocromato (III). 3. Dê a fórmula dos seguintes complexos: Cloreto de hexamincobalto (III), dicarbonildiiodoródio (III), sulfato de hexaquoferro (II) monohidratado, octaclorodireniato (III) e cloreto de tetramindicloroplatina (IV). Resposta: [Co(NH3)6]Cl3 / [Rh(CO)2I2]+ / [Fe(OH2)6]SO4.H2O / [Re2Cl8]2- / [PtCl2(NH3)4]Cl2 4. Que fatores que governam o número de coordenação de um complexo? Explique e de exemplos. Resposta: tamanho do átomo central, tamanho dos ligantes (menores tamanhos favorecem maiores números de coordenação), ligações duplas com ligantes levam a menores números de coordenação, íon metálicos com alta deficiência eletrônica possibilitam alto número de coordenação e ligantes aniônicos desfavorecem altos números de coordenação (repulsões eletrostáticas). Questionário 03 Química Inorgânica II – Prof. Eduardo Guilherme Cividini Neiva Acadêmica: Mayara Lais Sandri 1. O que são isômeros? Resposta: são compostos que possuem a mesma fórmula molecular, porém estruturas diferentes e propriedades diferentes. 2. Quais são os tipos de isomeria? Explique cada uma delas citando exemplos. Resposta: Isomeria de ligação – isômeros possuem ligantes ambidentados, onde em um isômero o ligante se liga por um átomo doador e no outro isômero pelo outro átomo doador. Ex: isômeros com ligantes SCN ou NO2. Isomeria de ionização – ocorre quando um ligante ocupa a posição de um contra-íon e vice e versa. Ex: [PtCl2(NH3)4]Br2. Isomeria de hidratação – neste caso um dos ligantes que permuta entre as esferas internas e externas é a água. Liberam diferentes quantidades de contra-íons quando solubilizados. Ex: [Cr(H2O)6]Cl3. Isomeria de coordenação – ocorre em compostos de coordenação constituídos de um íon complexo catiônico e um íon complexo aniônico e nos isômeros, os ligantes permutam entre as duas esferas internas. Ex: [Co(NH3)6][Cr(CN)6]. Isomeria do ligante – ocorre na presença de ligantes isoméricos (mesma formula molecular, mas estruturas diferentes). Ex: isômeros contendo os ligantes 1,2-diaminopropano e 1,3-diaminopropano. Isomeria geométrica – os isômeros possuem mesmos ligantes e átomos doadores coordenados ao metal, estando apenas rearranjados diferentemente. Podem ser cis e trans ou mer e fac. Isomeria óptica – isômeros ópticos são imagens refletidas um do outro (imagem especular), não sendo sobreponíveis. Dividem o plano da luz polarizada. Questionário 04 Química Inorgânica II – Prof. Eduardo Guilherme Cividini Neiva Acadêmica: Mayara Lais Sandri 1. O que é isomeria óptica? Cite exemplos. Resposta: A isomeria óptica estuda o comportamento das substâncias quando submetidas a um feixe de luz polarizada. Aspartame Por possuir dois carbonos assimétricos, será possível encontrar quatro isômeros ópticos ativos para a substância acima. 2. Qual é a diferença entre as isomerias de ligação, ionização, hidratação, coordenação e do ligante para as isomerias geométricas e ópticas? Resposta: Nas isomerias de ligação, ionização, hidratação, coordenação e do ligante, os isômeros não possuem os mesmos ligantes coordenados ao metal. Já nas isomerias geométricas e ópticas encontramos os mesmos ligantes, porém rearranjados diferentemente. 3. Diferencie isômeros cis de trans e mer de fac. Resposta: Isômeros cis – ligantes iguais estão em posições adjacentes; Isômeros trans – os ligantes iguais estão em posições opostas; Isômeros mer – ligantes iguais encontram-se no plano que intersecciona o metal; Isômeros fac – os ligantes iguais encontram-se na face do octaedro. 4. A geometria tetraédrica pode apresentar as isomerias geométrica e óptica? Exemplifique quando isso ocorre. Resposta: Pode apresentar apenas a isomeria óptica quando todos os ligantes são diferentes ou na presença de ligantes bidentados (AB). 5. A geometria tetraédrica pode apresentar a isomeria geométrica? Resposta: Não exibem isomeria geométrica porque todas as posições são adjacentes. 6. Como Werner utilizou a ideia de isomeria para encontrar a geometria de compostos com número de coordenação iguais a 4 e 6? Resposta: Foi com base na quantidade de isômeros que poderiam ser gerados para cada geometria. 7. O que são enantiômeros e estereoisômeros? Resposta: enantiômeros são isômeros ópticos e estereoisômeros são isômeros geométricos. 8. Quais dos seguintes complexos octaédricos pode apresentar isômeros? Desenhe todos os isômeros possíveis. [FeCl(OH2 )5 ] 2+ , [Ir(Cl)3 (PEt3 )3 ], Co(Cl)2 (en)(NH3 )2 ] + . Resposta: 9. Como são denominados os isômeros ópticos? Resposta: Enantiômeros. 10. O que é uma mistura racêmica? Resposta: são misturas equimolares, com o mesmo número de mols, de pares enantioméricos e que não desviam o plano da luz polarizada. 11. Quais dos complexos são quirais: (a) Pt(dien)Cl]+ , (b) cis‐[CrCl2 (ox)2 ] 3– ; (c) trans‐[CrCl2 (ox)2 ] 3–? Resposta: 12. Quais são as teorias que explicam as ligações em complexos? Resposta: teoria de ligação de valência, teoria do campo cristalino (TCC) e a teoria do campo ligante (TCL). 13. O que são complexos de esfera interna e externa segundo Pauling e qual são comumente mais estáveis? Resposta: os complexos de esfera interna são os que o metal utiliza orbitais d que estavam inicialmente preenchidos para gerar orbitais híbridos. Já os de esfera externa são os orbitais mais externos que o metal utiliza, não estavam preenchidos inicialmente, para hibridização. Complexos de esfera interna são comumente mais estáveis, por utilizarem o maior número possível de orbitais de menor energia. 14. O que é o princípio da eletroneutralidade e por que ela foi proposta? Resposta: Essa teoria é baseada em que os elétrons em uma molécula devem estar distribuídos de forma que as cargas nos átomos fiquem o mais próximo possível de zero. A soma das cargas formais dos átomos sempre será igual à carga do íon. 15. No que se baseia a TCC? Resposta: a teoria do campo cristalino considera que as únicas interações que ocorrem entre o íon metálico e os ligantes são interações eletrostáticas, onde os elétrons dos ligantes repelem os elétrons dos orbitais d do metal. 16. Qual é o efeito secundário gerado pelo interação M-L? Resposta: o efeito secundário gerado é o desdobramento de energia dos orbitais d. 17. Como um campo elétrico esférico afetaria a energia dos orbitais d? Resposta: ele elevaria a energia de todos os orbitais de forma igual, gerando orbitais degenerados. 18. Qual é o desdobramento energético esperado para os orbitais d em um campo octaedro? Resposta: Orbitais eg sofrem maior repulsão devido à presença dos ligantes, pois encontram-se localizados nas posições dos ligantes. Logo, exibem maior energia. 19. Por que os orbitais eg assumem maior energia no desdobramento de campo octaédrico? Resposta: porque os lóbulos desses orbitais estão direcionados para os ligantes, sofrendo maior repulsão devido a presença dos ligantes. 20. Defina baricentro e parâmetro de desdobramento de campo Resposta: parâmetro de desdobramento de campo é igual a diferença de energia entre os orbitais que estabilizam e os que desestabilizam o complexo. E baricentro é igual a energia dos orbitais degenerados na presença de um campo elétrico esférico. O resultado da contabilização de energia dos orbitais deve ser igual a energia do baricentro. 21. Quais são os fatores que afetam o valor de Δ e como? Resposta: o ligante (cada ligante gera um Δ diferente de acordo com a sérieespectroquímica), o período em que se encontra o metal (orbitais 4d e 5d são maiores que os 3d, levando a interações de repulsão mais fortes com os ligantes) e o estado de oxidação do metal (quanto maior o estado de oxidação, menor é o íon e menor é a distância M-L). 22. Defina série espectroquímica, ligante de campo forte e ligante de campo fraco. Resposta: série espectroquímica consiste no ordenamento dos ligantes em ordem crescente de Δ. Ligante de campo fraco leva a um pequeno valor de Δ, localizado no início da série. E ligantes de campo forte levam a um grande valor de Δ, localizado no final da série. Questionário 05 Química Inorgânica II – Prof. Eduardo Guilherme Cividini Neiva Acadêmica: Mayara Lais Sandri 1. Defina EECL. Resposta: EECL significa energia de estabilização de campo ligante, sendo um efeito secundário gerado pela presença dos ligantes no complexo e importante em suas propriedades. 2. O que é o estado de spin de um complexo, quais são as possibilidades, quais são as configurações que podem gerar diferentes estados de spin e quando um complexo assume um ou outro estado de spin? Resposta: o estado de spin é a distribuição dos elétrons nos orbitais d do metal quando este pode assumir mais de uma possibilidade. Essas possibilidades podem ser de spin baixo (quando Δ > P), onde os elétrons preenchem os orbitais de menor energia primeiro e spin alto (quando Δ < P), onde os elétrons preenchem todos os orbitais antes de se emparelhar. 3. O que é energia de pareamento? Resposta: é a energia de repulsão intereletrônica causada pelo emparelhamento dos elétrons. 4. Qual é o estado de spin geralmente adotado por metais da segunda e terceira série de transição e por que? Resposta: os metais da segunda e terceira série de transição tendem a assumir configuração spin baixo, pois os orbitais 4d e 5d são maiores que os 3d, levando a interações de repulsão mais fortes com os ligantes. 5. Por que para complexos spin alto não é necessário contabilizar P e para complexos spin baixo nem sempre se contabiliza todas energias de pareamento? Resposta: porque P só é considerado na energia de estabilização de campo ligante para emparelhamento de elétrons adicionais em relação a um campo. 6. Qual é desdobramento de energia dos orbitais d esperado para complexos tetraédricos e por que? Resposta: O desdobramento é o oposto que ocorre em complexos octaédricos, pois os orbitais t2 encontram-se mais próximos dos ligantes que os orbitais com simetria e. 7. Por que ΔT é menor que o ΔO e qual é o estado de spin esperado para essa geometria? Resposta: porque em complexos tetraédricos existe um menor número de ligantes e os orbitais t2 não estão voltados diretamente para os ligantes, fazendo com que o estado de spin seja alto. 8. Por que o desdobramento de complexos quadrado planares pode ser visualizado a partir do desdobramento de complexos octaédricos e quais e por que alguns orbitais são estabilizados? Que geometria possui o maior parâmetro de desdobramento de campo? Resposta: a geometria quadrado planar se diferencia da geometria octaédrica devido à ausência de ligantes no eixo z. 9. Sabendo-se que a geometria tetraédrica é favorecida devido à menor repulsão entre ligantes, em que circunstâncias a geometria quadrado planar é adotada? Explique. Resposta: a geometria quadrado planar é favorável em complexos d8 spin baixo, pois os centros metálicos são maiores, força de campo é maior e a energia de pareamento é menor resultando em uma maior EECL. Questionário 08 Química Inorgânica II – Prof. Eduardo Guilherme Cividini Neiva Acadêmica: Mayara Lais Sandri 1. Explique como o comportamento magnético pode auxiliar na determinação do estado de spin do complexo. Resposta: o comportamento magnético de um complexo é influenciado pelo numero de elétrons desemparelhados. Assim, dependendo do estado de spin do complexo, o tipo de comportamento magnético ou a intensidade de magnetização de um complexo é alterada. 2. O que é momento magnético e como ele é calculado para átomo leves? Apresente sua fórmula. Resposta: momento magnético é a magnitude do paramagnetismo de complexos e para átomos leves ele pode ser encontrado com base na quantidade de elétrons desemparelhados pela seguinte fórmula: S = 1/2N Onde S é o número quântico de spin TOTAL e N o número de elétrons desemparelhados 3. Qual é o nome do comportamento onde apenas a presença de ē desemparelhados contribui para µ? Resposta: o nome do comportamento é spin-only e é exibido por metais da primeira série de transição. 4. Calcule o valor de µ/µb de complexos octaédricos de Cr, Mn e Fe bivalentes tanto spin baixo, com spin alto. Resposta: Cr2+ = d4 / Mn2+ = d5 / Fe2+ = d6 Spin baixo: Cr = 2,83 / Mn = 1,73 / Fe = 0 Spin alto: Cr = 4,90 / Mn = 5,92 / Fe 4,9 5. O que é spin-crossover? Resposta: é o fenômeno onde o estado de spin pode mudar devido à influências externas como variação de temperatura. 6. O que é susceptibilidade magnética e como ela pode ser encontrada? Resposta: a susceptibilidade magnética é a constante de proporcionalidade entre o momento magnético aplicado e o momento magnético induzido no material, sendo encontrado através de medidas de magnetização. 7. Explique os comportamentos magnéticos e as magnitudes e sinais de suas susceptibilidades magnéticas: diamagnetismo, paramagnetismo, ferromagnetismo e antiferromagnetismo. Resposta: diamagnetismo: não possui elétrons desemparelhados, sendo repelido pelo campo magnético. A susceptibilidade exibe valor negativo. Paramagnetismo: exibe elétrons desemparelhados, sendo atraído por um campo magnético. A susceptibilidade exibe valor positivo. Ferromagnetismo: é um fenômeno cooperativo, onde ocorre um acoplamento paralelo dos spins dos átomos metálicos, gerando um domínio magnético. O material é atraído pelo campo magnético. Logo, sua susceptibilidade exibe valor positivo, porém muito maior que a de materiais paramagnéticos. Antiferromagnetismo: também é um fenômeno cooperativo, mas, há um acoplamento antiparalelo dos spins, fazendo com que a susceptibilidade magnética do material tenda a zero, não sendo atraído pelo campo magnético. 8. O que é um domínio magnético? Resposta: é uma região onde há o acoplamento dos spins dos átomos. Questionário 09 Química Inorgânica II – Prof. Eduardo Guilherme Cividini Neiva Acadêmica: Mayara Lais Sandri 1. Explique o gráfico abaixo e o que são os parâmetros Tc e Tn. Resposta: o gráfico apresenta a variação de susceptibilidade magnética em função da temperatura para materiais com comportamento paramagnético, ferromagnético e antiferromagnético. Tc é a temperatura de Curie, na qual um material ferromagnético exibe comportamento de paramagnético. Tn é a temperatura de Néel, na qual um material antiferromagnético exibe comportamento paramagnético. Essa mudança de comportamento se dá devido à perda de acoplamento dos spins dos átomos nessas temperaturas. Com o aumento da temperatura, materiais paramagnéticos e ferromagnéticos tendem a exibir uma perda de magnetização. Já materiais antiferromagnético exibem aumento de magnetização com o aumento de temperatura até o valor de Tn. 2. O que são microestados e termos espectroscópicos atômicos? Resposta: microestado é uma possibilidade de configuração dos elétrons com determinados orbitais. Eles apresentam diferentes energias, onde microestados de mesma energia são agrupados em termos espectroscópicos. Quando se refere ao átomo, o temo espectroscópico é atômico. 3. Qual é o acoplamento que define os termos espectroscópicos atômicos para átomos leves e com base em que parâmetros estes termos podem ser encontrados? E qual o acoplamento existente em átomos pesados? Resposta: acoplamento Russell-Saunders e os termos espectroscópicos atômicos podem ser encontrados nos números quânticos de spin total e de momento angular orbital total. 4. Quais são as letras atribuídas à L quando ele é igual a: 0, 1, 2, 3, 4 e 5? Resposta: S, P, D, F, G e H. 5. Como é calculada a multiplicidade deum termo espectroscópico? Resposta: multiplicidade é igual a 2S + 1. 6. Para a configuração d 2 são gerados os seguintes termos espectroscópicos atômicos: 1G, 3F, 1D, 3P e 1S. Qual é o termo fundamental? Encontre um microestado pertencente a cada termo. Resposta: 7. Qual é o termo espectroscópico atômico fundamental das configurações d 4 , d 6 e d 7? Resposta: d4 = 5D / d6 = 5D / d7 = 4F 8. Para que são utilizadas as regras de Hund e quais são elas? É possível ordenar os termos espectroscópicos em ordem energética seguindo as regras de Hund ? Resposta: são utilizadas para encontrar o termo espectroscópico atômico fundamental. As duas regras são: o termo de menor energia é o que possui maior multiplicidade; para dois termos com mesma multiplicidade, o de menor energia é o que exibe maior valor de L. 9. O que são e quais são os parâmetros de Racah? Resposta: descrevem as energias de repulsões entre os elétrons, onde A corresponde a uma média total das repulsões intereletronicas e os parâmetros B e C às repulsões entre elétrons nos orbitais d. Logo, variam de metal para metal e também com o estado de oxidação. 10. Por que o valor do parâmetro B aumenta ao longo do período e também com o estado de oxidação do metal? Resposta: ambos levam a uma diminuição do raio, fazendo com que haja uma intensificação das repulsões intereletronicas, aumentando o valor de B. 11. Qual a relação aproximada entre B e C? Resposta: C = 4B. Questionário 10 Química Inorgânica II – Prof. Eduardo Guilherme Cividini Neiva Acadêmica: Mayara Lais Sandri 1. O que é número de onda? Resposta: O número de onda é uma grandeza física inversamente proporcional ao comprimento de onda e pode ser definido como o número de comprimentos de onda por unidade de distância, isto é, 1 / λ onde λ é o comprimento de onda. 2. Calcule a energia de transição do termo espectroscópico fundamental para um átomo livre de configuração d 2 para os 4 termos espectroscópicos atômicos existentes para essa configuração. Resposta: ³F -> ¹D = 5B + 2C ³F -> ³P = 15B ³F -> ¹G = 12B+2C ³F -> ¹S = 22B+7C 3. O V 3+ em estado gasoso exibe os termos 1D e 3P com energia 10 642 e 12 920 cm−1 acima do termo espectroscópico atômico fundamental, respectivamente. Calcule os valores de B e C para esse íon. Resposta: ³F -> ³P = 12920 cm-¹ = 15B, então B = 861,3 cm-¹ ³F -> ¹D = 10642 cm-¹ = 5B + 2C, então C = 3168 cm-¹ 4. Diferencie termo espectroscópico atômico de molecular Resposta: o termo espectroscópico atômico refere-se aos microestados de configuração de átomos e o termo espectroscópico molecular é devido ao surgimento de um campo ligante de um complexo. 5. Qual é a diferença entre os diagramas de Orgel e de Tanabe-Sugano? Resposta: o diagrama de Orgel é qualitativo e o de Tanabe-Sugano é quantitativo, e são utilizados para encontrar o valor de B e Δ do complexo. 6. 7. O que é número de onda e sua relação com comprimento de onda? Resposta: o número de onda é o inverso do comprimento de onda e ele é diretamente proporcional a energia. 8. Por que nos diagramas de Tanabe-Sugano, a energia da transição e o parâmetro de desdobramento de campo são normalizados pelo parâmetro de Racah? Resposta: já que a energia dos termos é influenciada por B e esse parâmetro varia de metal para metal, obtém-se um diagrama universal para tal configuração. 9. Utilizando os diagramas de Tanabe-Sugano, encontre o termo espectroscópico molecular fundamental para os seguintes complexos: (a) [Rh(NH3 )6 ] 3+ spin-baixo, (b) [Ti(OH2 )6 ] 3+ , (c) [Fe(OH2 )6 ] 3+ spin-alto. 10. Por que alguns dos diagramas de Tanabe-Sugano apresentam uma linha vertical no meio do diagrama e o que ela indica? Resposta: esta linha existe para indicar que os complexos podem exibir mais de um estado de spin, indicando que a partir dela o complexo pode ser spin baixo ou alto. 11. O que são regras de seleção e quais são elas? Resposta: Regra de spin: transições que envolvem mudança de multiplicidade são proibidas. Regra de Laporte: moléculas que apresentam centro de simetria, transições permitidas são aquelas que levam a mudança de paridade de termo espectroscópico. Elas são utilizadas para determinar a intensidade das transições. Questionário 11 Química Inorgânica II – Prof. Eduardo Guilherme Cividini Neiva Acadêmica: Mayara Lais Sandri 1. Encontre as transições envolvidas, as energias das transições, as suas restrições com relação as regras de seleções, o valor do parâmetro de desdobramento de campo e o valor de parâmetro de Racah B em termos de cm-1. Resposta: as transições são permitidas por spin, mas proibidas por Laporte. v¹ = 17500 cm-1 / v² = 25700 cm-1 v²/v¹ = 1,46 posição eixo x ~ 30 / posição eixo y: v¹ = 28, v² = 42 B = 625 cm-1 ∆0= 18750 cm-1 2. O que são transições de transferência de carga, quais os tipos e o caráter dos orbitais moleculares envolvidos? Resposta: transições de transferência de carga são transições que envolvem orbitais de diferentes caráteres. Podem ser do tipo TCML (transferência de carga metal-ligantes) ou TCLM (transferência de carga ligante-metal). 3. Por que as transições de transferência de carga são muito mais intensas que as transições d-d e de que modo as transições de transferência de carga afetam a coloração de um complexo quando estas ocorrem na região do espectro visível? Resposta: essas transições são mais intensas pois são permitidas por spin e por Laporte e quando ocorrem na região visível, é possível verificar que o complexo exibe uma coloração intensa. 4. Como os diferentes tipos de transições de transferência de carga podem ser interpretadas com relação à conceitos redox? Resposta: TCML corresponde à oxidação do metal e TCLM corresponde à redução do metal. 5. Classifique as seguintes transições e encontre a transição que envolve os orbitais de fronteira do complexo: Resposta: Transição vermelha – TCLM Transição verde – TCML Transição azul – d-d A transição d-d é a que envolve os orbitais HOMO (t2g) e LUMO (e*g). Questionário 12 Química Inorgânica II – Prof. Eduardo Guilherme Cividini Neiva Acadêmica: Mayara Lais Sandri 1. O que são organometálicos? Por que ligantes CN- não geram organometálicos? Resposta: organometálicos são complexos onde há pelo menos um ligante se ligando ao metal por um átomo de carbono. Complexos com ligantes CN- não são considerados organometálicos, pois apresentam propriedades de complexos convencionais, ou seja, são carregados, geram sais e são solúveis em água. 2. Quais são as configurações mais estáveis de organometálicos e por que? Resposta: As duas configurações mais estáveis são com 16 e 18 elétrons na camada de valência, número de coordenação 4 e 4/6, respectivamente. 3. 4. Por que a configuração eletrônica de um organometálico permite aferir sobre sua reatividade? Exemplifique. Resposta: O conhecimento do número de elétrons de valência, em um átomo metálico central em um composto organometálico, permite prever a estabilidade do composto e sugerir padrões de reatividade. 5. Por que organometálicos geralmente nem exibem coloração? Resposta: Como os ligantes são frequentemente receptores π, as transições d-d são de alta energia. Logo, os complexos não apresentam coloração, pois absorvem na região do UV. 6. Diferencie complexos homolépticos de heterolépticos. Resposta: complexos homolépticos apresentam o mesmo ligante e complexos heterolépticos apresentam ligantes diferentes. 7. O que é hapticidade e como ela afeta o número de elétrons de valência do organometálico? Resposta: hapticidade é um termo usado para indicar o número de átomos de carbono ligados ao átomo metálico. Ela afeta 8. Nomeie os seguintes organometálicos: a) [IrBr2 (CH3 )(CO)(PPh3 )2 ], b) [Cr(η 5 -C5H5 )(η 6 - C6H6 )], c) [Mn(CO)5 ] − e d) Na[W(η 5 -C5H5 )(CO)3 ], PPh3 = trifenilfosfina. Resposta: a) (η1 -metil) dibromocarbonilditrifenilfosfina. b) c) Pentacarbonilhidridomanganes d) 9. Explique a ligação covalente coordenada do CO com metais em organometálicos e por que ele tem a capacidade de estabilizarmetais com baixos estados de oxidação. Resposta: Ele é uma base de Lewis σ e se liga ao metal através do átomo de carbono. Porém, ele é uma base de Lewis σ fraca; O que torna o composto estável é a sua característica de forte ácido de Lewis π. 10. Quais são os orbitais utilizados do CO na interação com o metal em um organometálico? Resposta: Os orbitais d semipreenchidos, assim como os s e p das camadas superiores, são utilizados para a formação de ligações metal-ligante. 11. Por que a banda de absorção da ligação CO varia de energia para esse ligante quando livre e quando complexado? Explique os comportamentos a baixo. Resposta: Quando a molécula de CO doa densidade eletrônica para o metal, a densidade eletrônica no metal aumenta, diminuindo sobre o CO. Esse deslocamento da densidade eletrônica reduz a eletronegatividade sobre o metal e a aumenta no CO, facilitando a retrodoação. Entretanto, a retrodoação aumenta a densidade eletrônica no CO, aumentando, assim, a σ-doação para o metal. Esse efeito sinérgico explica, por exemplo, porque o CO atua como uma base de Lewis, em relação aos metais, mais forte do que seria esperado, e também porque o CO se coordena preferencialmente a metais em baixo estado de oxidação. 12. De que forma ligantes fosfinas substituídas podem afetar a reatividade de organometálicos? Resposta: Para uma série de ligantes fosfinas, quando o substituinte R se torna mais eletronegativo, o par de elétrons fica menos disponível, diminuindo a capacidade σ-doadora da fosfina. 13. Explique a ligação de fosfinas com metais e de que forma seus substituintes afetam cada tipo de ligação. Apresente as tendências esperadas de interação entre fosfinas e metais. Resposta: De PPh3 para PF3, a σ-doação para o íon metálico diminui substancialmente e, para uma série de complexos fac-M(CO)3 (PR3 ) 3 , νCO deveria aumentar em energia, o que é efetivamente observado. Uma segunda explicação (e mais popular) é baseada na retrodoação. Assumindo que para uma série de ligantes PR3 a doação σ seja constante, quando aumenta a eletronegatividade de R o orbital σ* da fosfina é estabilizado (diminui em energia) e a retrodoação M → L é favorecida. Como a retrodoação remove densidade eletrônica do átomo metálico, as frequências νCO das carbonilas ligadas ao metal devem se deslocar para maiores energias quando aumenta a eletronegatividade de R, pois diminui a capacidade de retrodoação M → CO. Questionário 13 Química Inorgânica II – Prof. Eduardo Guilherme Cividini Neiva Acadêmica: Mayara Lais Sandri 1. Cite dois exemplos de aplicações de organometálicos diferentes das apresentadas em aula. Resposta: · Síntese direta para preparação de precursores de silicone: 2CH3Cl + Si → (CH3 )2SiCl2 (300 °C; cat: Cu) A liga Cu-Si usada deve ser preparada de certo modo e as condições reacionais cuidadosamente controladas. 41 produtos adicionais podem ser formados, mas (CH3)2SiCl2 pode ser obtido com rendimento de até 80%. · Síntese de tetraetil- e tetrametilchumbo: Utilização como aditivos antidetonantes para gasolina. 2. Quais são as modificações que ocorrem com o organometálico durante o ciclo catalítico? Resposta: · Hidrogenação de alquenos: Adição oxidativa de H2 (Complexo diidreto de 18e-); Dissociação do ligante fosfina; Associação do alqueno no complexo coordenativamente insaturado; Migração de H (Alquil-complexo de 16e-); Associação da fosfina e migração do H; Eliminação redutiva do alcano. · Hidroformilação: Dissociação de CO e formação do complexo insaturado; Associação do alceno; Reação de inserção com o ligante hidreto coordenado; Pressão de CO elevada, inserção migratória do CO – Formação do acil-complexo; Ataque de H2 e formação de produto. · Processo Wacker: Inserção do C2H4; Ataque nucleofílico; Eliminação -hidrogênio; Inserção migratória do H; Eliminação redutiva.
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