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INTRODUÃ_Ã_O A ELETROTERAPIA

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ELETROTERAPIA
Prof. Marcelo Frigero
e-mail: frigero@uni9.pro.br
eletricidade x corpo humano
ELETROTERAPIA
Ferramenta que auxilia no tratamento de afecções 
músculo-esqueléticas
Não deve ser utilizada como tratamento isolado
Avaliação
há suspeita de lesão nervosa periférica) NãoSim
Eletrodiagnóstico
Testes de 
excitabilidade 
elétrica
EMG
Teste de 
Velocidade
de condução
Cronaximetria
Gráficos da 
Curva i/T
Pulsos isolados, retangulares e
exponenciais de várias durações
Tratamento
Contração
Muscular
Uso como
Ótese (FES)
Controle
da DOR
Interferencial
Estimulação de 
Músculos
Denervados
Introdução de
Íons medicamentosos
Reparação
Tecidual
Esclerolíticos
Aumento
Do fluxo
Sanguíneo
Manutenção
Do estado
trófico
TENS
Convencional
TENS
Acupuntura
TENS
Breve-Intenso
TENS
Burst
Cicatrização
Controle
Do
Edema
Anti-
inflamatórios
analgésicos
Estímulo
Proprioceptivo
Facilitação
Neuromuscular
Correntes Simétricas
Bifásicas e não convencionais
Corrente 
Contínua
Pulsos exponenciais
De longa duração
Controle de
espasticidade
Facilitação
Neuromuscular
Fortalecimento
Muscular
Resistência
Muscular
ELETROTERAPIA
CONCEITOS BÁSICOS
 Carga é a base da força eletromagnética
 Como em tudo na física, a carga pode ser
transferida de um objeto para outro, mas não pode
ser criada e nem destruída
 No nível mais simples a carga pode estar carregada
por elétrons negativamente ou por prótons
positivamente dos átomos.
Átomo tem um equilíbrio entre prótons e elétrons
Quanto o átomo ganha elétron, torna-se negativamente carregado 
(íons ânions - )
Quando o átomo perde elétrons, torna-se positivamente carregado 
(íons cátions + )
ÁTOMO
CONCEITOS BÁSICOS
 Os íons se deslocam devido a forças de atração e
repulsão
 Assim, na eletrólise ...
 Ânodo seria o eletrodo para qual se deslocam os ânions
 Cátodo seria o eletrodo para qual se deslocam os cátions
CONCEITOS BÁSICOS
A corrente tem que fluir dentro de determinado
material que forme seu circuito (caminho), e esse
material também influencia a intensidade da corrente
que vai circular
A CORRENTE SOFRE INFLUÊNCIA DE..
 Voltagem representa a força motriz que faz as
partículas carregadas se moverem
 Resistência é a força que se opõe ao fluxo de elétrons
 Condutância é a facilidade que os elétrons se movem
 Capacitância é a propriedade de um sistema de
condutores (tecido biológico) em armazenar carga.
A corrente elétrica escolhe onde existe menor resistência ao 
fluxo. Ex. Tecidos ricos em água e íons – melhores condutores.
O que oferece resistência a corrente?
Pele
Gordura
O
s
s
o
M
u
s
c
S
a
n
g
N
e
r
v
Definições
Vermelho (Polo positivo)
Preto (Polo negativo)
 Pulso: é uma variação de curta duração de uma grandeza física, com
o retorno ao seu estado inicial.
 Tempo de duração do pulso ou Largura de Pulso (t): intervalo
de tempo que separa o início e o fim de um pulso (micro ou miliseg)
 Período de pulso (T): é a soma dos tempos de duração e de
intervalo entre os pulsos
 Frequência do pulso: determina a quantidade de pulso por
segundo, e expressa em Hertz (Hz)
 Intensidade: relacionada a altura da onda e expressa em
miliAmpere (mA)
 Comprimento de onda : distância de uma crista para a outra
Classificação das Ondas 
 Quanto a Fase
 Quanto a Forma
 Quanto a Distribuição de Íons
 Quanto a Simetria
 Quanto a Frequência
Monofásica ou contínua (CC) 
Bifásica ou alternada (CA)
Pulsada (CP)
Correntes e ondas 
Correntes e ondas 
Monofásica ou CC: fluxo unidirecional, direto de
elétrons em uma única direção, em direção ao polo
positivo.
Correntes e ondas 
Bifásica ou CA: fluxo de elétrons é bidirecional,
mudando-se constantemente de direção, ou
invertendo a polaridade. Se movem de um polo
negativo para um polo positivo, invertendo a direção
quando a polaridade é invertida.
Correntes e ondas 
Pulsada: geralmente com 3 ou mais pulsos, pode ser
uni ou bi direcional.
- Sinusoidal
- Retangular 
- Quadrada 
- Espiculada 
Indica uma representação gráfica da forma, da direção, 
da amplitude, da duração, da frequência de pulso da 
corrente elétrica.
Correntes e ondas 
- Sinusoidal
- Retangular 
- Quadrada 
- Espiculada 
Forma da onda
Características do pulso elétrico
- Amplitude ou intensidade de corrente
i = mA (miliampere) ou μA (microampere)
- Tempo de duração do pulso
T = LP = ms (microsegundos)
- Frequência do pulso
Hz (Hertz)
Correntes e ondas 
Correntes e ondas 
As amplitudes podem ser moduladas
1. Tempo de subida
2. Tempo de descida
3. Rampa de subida
4. Rampa de descida
Correntes e ondas 
Pode ainda ser por fases ON e OFF
FASE ON: libera um trem de pulso pré-fixado em amplitude,
duração e frequência. Determina em segundos o tempo
que a contração irá ser mantida
FASE OFF: garante um período de recuperação para os
nervos e músculos estimulados, diminuindo a fadiga
Limiares de estimulação
Eletrodos
 Sempre haverá pelo menos um 
par de cabos 
(1 canal). 
Tipos mais comuns de 
conectores:
'jacaré‘: para conecção com placas 
de alumínio;
'banana‘: para receptáculos padrão;
'telefone‘: para receptores agulha;
'snap‘: para conecções tipo botão 
(pressão).
Conexões
O tamanho dos eletrodos de superfície relaciona-se 
com:
A impedância da pele;
A densidade total de corrente;
A discriminação perceptual das respostas excitatórias;
A especificidade da estimulação.
Tamanho dos eletrodos
Quanto > o eletrodo < a impedância
Na prática clínica: 
o terapeuta deve primeiro decidir qual é a área alvo de 
pele que deve ser estimulada para depois decidir qual o 
tamanho do eletrodo que deve ser usado. 
Tamanho dos eletrodos
Quanto < o eletrodo > a densidade de corrente.
Implicações Clínicas:
- A densidade não deve exceder os limites do 
desconforto; não usar eletrodos pequenos se a 
corrente total for alta.
- Mesmo com eletrodos do mesmo tamanho o paciente 
pode referir EE mais sob um dos eletrodos: Aumente o 
tamanho de um dos eletrodos ou a amplitude. 
- Se a liberação de corrente do estimulador é limitada, 
reduzir o tamanho dos eletrodos
Tamanho dos eletrodos
 Eletrodos Grandes produzem uma forte
resposta motora sem dor:
- minimizam a estimulação dolorosa mas
dispersam o fluxo de corrente (estimulação
menos específica).
 Eletrodos Pequenos eliciam estimulação
dolorosa logo após a excitação motora:
- se necessária estimulação dolorosa de pontos
gatilhos, usar eletrodos pequenos para
minimizar estimulação motora.
Tamanho dos eletrodos
Nervo
Pele
Tamanho dos eletrodos
Eletrodos muito distantes promovem menor penetração da 
corrente
Tamanho dos eletrodos
Tamanho dos eletrodos
Tamanhos diferentes densidades diferentes 
eletrodos
Técnica Monopolar
Técnica Bipolar
Técnica Tetrapolar
Técnica Monopolar. 
Um eletrodo pequeno é 
colocado sobre a área alvo. 
(eletrodo ativo). 
Outro eletrodo grande é 
colocado sobre uma área 
não afetada pela 
estimulação (eletrodo
dispersivo). 
 Indicações de Uso: 
estimulação de pontos 
motores, gatilhos, de 
acupuntura;
eletrodiagnóstico
neuromuscular 
Técnica Bipolar. 
Ambos os eletrodos são 
colocados sobre a área alvo.
O fluxo de corrente fica 
confinado na área do 
problema. 
As respostas excitatórias 
devem ser percebidas sob 
todos os eletrodos.
 Indicações de Uso:
Estimulação neuromuscular
Eletroanalgesia
Reparação de Tecidos.
eletrodos
eletrodos
eletrodos
Qual eletrodo escolher 
DespolarizadasPolarizada
ELETROTERAPIA
alta frequência - MHz
ONDAS CURTAS
MICROONDAS
baixa frequência - Hz
TENS - FES
média frequência - KHz
INTERFERÊNCIAIS
CORRENTE RUSSA
ELETROTERAPIA DE
BAIXA FREQUÊNCIA
CORRENTES
UNIDIRECIONAIS
CORRENTES
BIDIRECIONAIS
DIRETA
(GALVÂNICA)
DIADINÂMICA
Eletroanalgesia
(T.E.N.S/V.I.F)
E.E.N.M
(F.E.S/ECOR)
FARÁDICA
EFEITOS BIOTÉRMICOS
EFEITOS BIOQUÍMICOS
EFEITOS BIOFÍSICOS
Princípios Biotérmicos
 Enquanto a indução eletromagnética causa
uma agitação dos elétrons das últimascamadas do
átomo, provocando “choque de maneira
aleatória e produzindo calor como resultado
desta agitação, a indução elétrica de força
eletromotriz (Volt) orienta essa agitação de
maneira uniforme, produzindo movimento
elétrico em direção da força aplicada
(corrente elétrica).
Na Galvanoterapia a
temperatura se eleva
geralmente de 2o a 3oC
durante a aplicação
Princípios Biotérmicos
Dentro da Fisioterapia o conhecimento deste 
principio se resume em saber que haverá liberação 
de calor nas correntes unidirecionais, promovendo 
efeitos fisiológicos importantes
Princípios Bioquímicos
Ânodo
+ + + + + +
Cátodo
- - - - - - - -
PELE
ANAFORESE
pH
COAGULAÇÃO
CATAFORESE
pH
LIQUEFAÇÃO
OH - H+I
ACIDOSE LOCAL ALCALOSE LOCAL
ÂNIONS ( - ) CÁTIONS ( + ) 
Eletroendesmose desenvolvida pela aplicação da 
voltagem(V) contínua
V
~
[OH -][ H+]
Princípios Bioquímicos
 É a partir da investigação das reações
químicas, ocasionadas pela passagem de
corrente contínua no tecido biológico que
poderemos extrapolar os conceitos com
outros tipos de correntes, seja no seu efeito
terapêutico, seja na queimadura eletrolítica.
Princípios Biofísicos
 Limiar sensitivo
 Limiar motor
 Limiar nócico
 Princípio de Acomodação
 Contração muscular = despolarização da Fibra 
Nervosa Motora
 Tetanização
Cuidados Gerais na aplicação da E.B.F
 Verificar o fusível comutador de voltagem 110/220
adequado à rede elétrica
 Controle de dosagem elétrica zerados
 Paciente não tocar no aparelho, na parede, no solo ou
qualquer parte metálica da maca durante a aplicação
devido ao perigo de choque elétrico
 Informar ao paciente sobre o que será feito e a sensação
durante a aplicação
 Examinar e limpar a pele
Cuidados Gerais na aplicação da E.B.F
 Molhar as esponjas (correntes unidirecionais) e aplicar
gel nas placas de silicone (correntes bidirecionais)
 Não estabelecer nenhum ponto de contato direto do
eletrodo placa (correntes unidirecionais) com a pele do
paciente – pode cauterizar
 Não estabelecer nenhum contato entre os eletrodos
durante a sessão
 Aumentar a dose de corrente elétrica paulatinamente e
observar a reação do paciente na aplicação
Cuidados Gerais na aplicação da E.B.F
 Não exceder a tolerância sensitiva do paciente. Este
deve manter o paciente informado sobre as sensações
desagradáveis
 Evitar interrupção de contato eletrodo-pele durante a
sessão
 Nunca desligar o aparelho sem antes voltar a dose
zero
 Reexaminar a pele do paciente
 Limpar as esponjas em água corrente para eliminar
os eletrólitos acumulados
Contra-Indicações
 Paciente com implante de marca-passo sem avaliação
médica
 Endopróteses: absoluta para correntes unidirecionais e
relativas para bidirecionais simétricas
 Estimulação especifica para seguintes regiões: carótida,
glossofaríngea e sobre pálpebras
 Lesões de pele
 Útero gravídico
 Regiões com parestesia e anestesia
 Dores não diagnosticadas, pois a analgesia pode mascarar o
valor diagnóstico

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