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MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 2º PERÍODO ANATOMIA HUMANA II – PROFESSORA: MARIA INÊS BOECHAT SISTEMA DIGESTÓRIO O sistema digestório é formado pelo tubo digestivo e pelas glândulas anexas – salivares, fígado e pâncreas. O tubo digestivo segue da cavidade oral até o anus, dividindo se em: CAVIDADE ORAL, FARINGE, ESÔFAGO, ESTOMAGO, INTESTINO DELGADO, INTESTINO GROSSO, RETO e ÂNUS. REGIÃO ORAL A região oral é dividida em vestíbulo da boca e a cavidade oral. A cavidade oral é limitada anteriormente pela rima oral – espaço entre os dois lábios; posteriormente pelo istmo das fauces – delimitado pelas pregas, palatoglosso e palatofaríngeas, e a úvula; lateralmente pelas bochechas; superiormente pelo palato e inferiormente pelos músculos do assoalho da boca, ocupado pela língua. A língua, além de auxiliar a mastigação através dos músculos do assoalho da boca, é um órgão sensorial – presença de papilas gustativas – e ajuda na defesa contra microrganismos – tonsilas linguais. Posteriormente à cavidade oral, circundada anteriormente pela prega palatoglosso e posteriormente pela prega palatofaríngea, há a fossa tonsilar, onde se encontra a tonsila palatina (amigdala). Na parte terminal central da língua encontra-se o forame cego. As tonsila palatinas, tonsila lingual e tonsila faríngea (localizada na nasofaringe) formam o chamado ANEL linfático DE WALDEYER, que atua na defesa do organismo. A prega palatoglosso liga o palato mole à língua, formando o arco palatoglosso, e a prega palatofaríngea liga o palato mole à faringe formando o arco palatofaríngeo. Identificar: 1. Vestíbulo da boca (anteriormente aos dentes) 2. Frênulos dos lábios a. superior b. inferior 3. Palato duro (formado pelos ossos maxilas e palatino) 4. Palato mole, formado por: a. Úvula b. Arco e prega palatoglosso c. Arco e prega palatofaríngea d. Fossa tonsilar: Tonsila palatina 5. Músculos do assoalho da boca: a. Genioglosso b. Genio-hioídeo c. Milo-hioídeo 6. Língua: a. Raiz b. Corpo c. Ápice d. Tonsila lingual e. Forame cego f. Sulco terminal g. Frênulos A cavidade oral é uma região muito vascularizada tanto no ponto de vista arterial quanto venoso, pequenos cortes podem causar grande sangramento. Por outro lado, a drenagem venosa acentuada na região inferior da língua permite a utilização/absorção de alguns medicamentos via sublingual, fornecendo ações rápidas. 6g 2b 2a 3 4 4a 4b 4c 4d 6d 6a 6b 6c 6d 4d 6e 6f FARINGE A faringe se estende da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea – mais ou menos até vertebra C6 – se dividindo em NASOFARINGE, OROFARINGE E LARINGOFARINGE. A faringe faz parte tanto do sistema respiratório – ligando a cavidade nasal à laringe – quanto do sistema digestório – ligando a cavidade oral ao esôfago. A transição faringoesofágica – transição da laringe para o esôfago – acontecem mais ou menos na altura da vertebras cervical C6. Identificar: 7. Recesso Piriforme 8. Músculos da faringe: a. Constritor superior da faringe b. Constritor médio da faringe c. Constritor inferior da faringe 7 4c 4d 6a 4a 4 5a 5b 5c 9 10 11 ESÔFAGO A principal e única função do esôfago é conduzir o bolo alimentar até o estomago. É um órgão grande estende-se verticalmente entre a traqueia e a coluna, atravessando o diafragma pelo hiato esofágico, e é divido em três regiões: cervical, torácica e abdominal. O esôfago na região cervical (1/3) é predominantemente composto por musculatura esquelética e nas regiões torácica e abdominal (2/3) é composto por musculatura lisa, responsável por levar o bolo alimentar para o estomago através do peristaltismo. Além disso, o esôfago possui 4 regiões onde há o espessamento da musculatura com intuito de impedir o refluxo: na transição faringoesofágica, onde o espessamento é nomeado ESFÍNCTER ESOFÁGICO SUPERIOR; na transição do esôfago para o estomago, chamado ESFÍNCTER ESOFÁGICO INFERIOR; no cruzamento com o arco aórtico e com os brônquio principal esquerdo. É o terceiro órgão do sistema digestório acometido por câncer. ESTÔMAGO O estomago é um órgão responsável pela digestão através do suco gástrico liberado na cavidade gástrica, sendo caracterizado por suas curvaturas maior e menor, e pelas paredes anterior e posterior. Anatomicamente, o estomago se divide em quatro regiões: região cárdia, fundo, corpo e região pilórica. A região cárdia possui esse nome por se localizar anatomicamente próxima ao coração, sendo que nessa região há uma válvula chamada cárdia que impede o refluxo do alimento. Na região interna do corpo do estomago nota-se as pregas gástricas, que, quando o estomago se dilata, se esticam aumentando a área do estomago. A região pilórica corresponde ao final do estômago, onde a parte mais larga, chamada de antro pilórico, leva até o canal pilórico – parte mais estreita – onde encontrasse o piloro, um espessamento do músculo característico do esfíncter pilórico, que controla a saída do conteúdo gástrico e impede o refluxo gastroduodenal, através do óstio pilórico. Identificar: 9. Curvatura maior 10. Curvatura menor 11. Parede anterior 12. Parede posterior 13. Região cárdia a. Óstio cárdio 14. Regiões do fundo e corpo: a. pregas gástricas 15. Região pilórica a. Antro pilórico b. Canal pilórico c. Piloro d. Óstio pilórico É o segundo órgão do sistema digestório mais acometido por câncer. 8a 8b 8c Curvatura menor Curvatura maior Músculo constritor superior da faringe Músculo constritor médio da faringe Músculo constritor inferior da faringe Parede anterior É possível que o hiato esofágico fique alargado possibilitando a entrada e uma parte do estomago – geralmente o fundo – ocasionando a hernia de hiato. INTESTINO DELGADO O intestino delgado mede em torno de 7 a 9 metros, sendo responsável pela digestão e absorção, se dividindo em: duodeno – parte superior ligada ao estomago; Jejuno e Íleo, sendo esse último conectado ao intestino grosso. O duodeno é o principal responsável pela digestão através do suco pancreático e da bile. Ele se divide em porções superior, descendente, inferior ou horizontal e ascendente. Na parte descendente do duodeno desembocam os ductos colédoco – que sai da vesícula biliar transportando a bile – pancreático principal formando a ampola hepatopancreática (ou papila duodenal maior), e, em algumas pessoas, o ducto pancreático acessório também chega ao duodeno formando a papila duodenal menor. O jejuno e o íleo possuem diferenças anatômicas, mas a transição do jejuno para o íleo é lenta, gradativa e não ocorre em um ponto anatômico específico. A área de transição entre o íleo e o intestino grosso, é caracterizada pela junção ileocecal, com uma válvula responsável por impedir o refluxo do conteúdo levado para o intestino grosso. Identificar: 16. Duodeno a. Parte superior b. Parte descendente i. Ampola hepatopancreática ii. Papila duodenal menor c. Parte inferior/horizontal d. Parte ascendente 17. Jejuno 18. Íleo 13 13a 14 14a 15 15d 15c 15b Antro pilórico Canal pilórico 15a Parede anterior 17 18 INTESTINO GROSSO O intestino grosso é responsável por absorver agua e resíduos indigeríveis convertendo-os em fezes. O intestino grosso é caracterizado pela presença das tênias cólicas, das saculações e dos apêndices epiplóicos (pequenas estruturas aderidas superficialmente nas paredes do cólon, compostos por gordura e pequenos vasos). Além disso, ele se divide em ceco, colo e reto. A primeira região do intestino grosso é o ceco, caracterizado pela presença do esfíncter íleocecal e do apêndice vermiforme. O apêndice vermiforme é um divertículo intestinal composto por massa de tecido linfoide produtor de muco, que possui apenasuma abertura, que, quando obstruída provoca uma inflamação – apendicite. O colo é separado em cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente e cólon sigmoide seguido do reto e ânus. Identificar: 19. Tênias cólicas a. Livre b. Omental c. Mesocólica 20. Saculações/Haustrações 21. Apêndices epiplóicos 22. Ceco a. Esfíncter/óstio íleocecal 23. Apêndice vermiforme 24. Colo: a. Cólon ascendente b. Cólon transverso c. Cólon descendente d. Cólon sigmoide 25. Reto 26. Ânus É o órgão do sistema digestório mais acometido pelo câncer. 16a 16b 16bi 16bii 16c 16d 17 Junção ileocecal GLÂNDULAS ANEXAS AO SISTEMA DIGESTÓRIO GLÂNDULAS SALIVARES São responsáveis pela produção de saliva que, além de auxiliar na digestão, lubrifica e protege os dentes. GLÂNDULA PARÓTIDA É a maior glândula salivar e seus ductos desembocam nas bochechas atras do segundo molar. Quando o vírus da caxumba chega na glândula parótida causando uma inflamação é chamada de parotidite. Essa glândula fica apoiada sobre estruturas nervosas, venosas e artérias importante, por exemplo o nervo facial e seus ramos e ramos da artéria carótida externa, etc. GLÂNDULA SUBMANDIBULAR Possui um único ducto que desemboca no assoalho da cavidade oral, nas carúnculas do frênulo da língua. GLÂNDULA SUBLINGUAL Seus ductos desembocam no assoalho da cavidade oral, nas pregas linguais (por baixo da língua). Identificar: 27. Glândula Parótida: a. Óstio do ducto parotídeo 28. Glândula Submandibular: a. Óstio do ducto submandibular 29. Glândula Sublingual: a. Óstio do ducto sublingual 27a 25 24a 24b 24c 24d 23 22 22a 21 20 19b 19a 19c 18 28a 29a FÍGADO Anatomicamente, o fígado está situado principalmente no quadrante superior direito do abdome, onde é protegido pela caixa torácica e o diafragma, ocupando a maior parte do hipocôndrio direito e do epigástrio superior, estendendo-se até o hipocôndrio esquerdo. O fígado possui duas faces, a diafragmática, que está em contato com o diafragma, e a face visceral, aquela que está em contato com a vesícula biliar e os vasos (fossa da vesícula biliar, porta do fígado e tríade portal – artéria hepática própria, veia porta e ducto colédoco). O órgão é coberto por um peritônio visceral exceto nas partes em contato com outras estruturas, chamada de área nua. Externamente, o fígado é dividido em lobos: dois anatômicos, direito e esquerdo, e dois acessórios, quadrado e caudado. Os lobos anatômicos são separados pelo ligamento falciforme (que segue formando o ligamento redondo), e os lobos acessórios fazem parte do lobo direito. Além disso, o fígado possui 8 subdivisões, segmentadas pelas veias hepáticas e os ramos direito e esquerdo da veia porta, sendo cada um deles servido independentemente por um ramo da tríade portal. A irrigação do fígado é dupla, feita pela veia porta e a artéria hepática. O sangue da porta, veia formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica, conduz praticamente todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório para os sinusoides hepáticos. A artéria hepática é um ramo do tronco celíaco, que, próxima a porta do fígado (fissura transversal por onde entram e saem os vasos), se divide formando os ramos direito e esquerdo, assim como a veia porta. Identificar: 30. Área nua 31. Face diafragmática 32. Face visceral a. Vesícula biliar b. Porta do fígado 33. Lobos hepáticos: a. Lobo hepático direito b. Lobo quadrado c. Lobo caudado d. Lobo hepático esquerdo 34. Ligamento redondo 35. Veias do fígado: a. Veias hepáticas direita e esquerda b. Veia cística c. Veia porta 36. Artérias do fígado: a. Artéria hepática comum b. Artéria hepática própria c. Artéria hepática direita d. Artéria hepática esquerda e. Artéria cística Glândula sublingual Glândula submandibular Glândula parótida 29 28 27 FACE DIAFRAGMÁTICA 33a 33d 34 37 30 FACE VISCERAL 32a 32b 33b 33c 35a 35c 36b 34 40 41 42 36a 36b 35c 36e 32a 36c 36d VESÍCULA BILIAR A bile produzida no fígado sai pelo ducto hepático direito e esquerdo, que se juntam formando o ducto hepático comum seguindo para a vesícula biliar, onde é armazenada. A sai da vesícula biliar através do ducto cístico, que se junta ao ducto hepático comum formando o ducto colédoco. O ducto colédoco chega ao duodeno junto com o ducto pancreático principal desembocando a ampola pancreática (papila duodenal maior). Identificar: 37. Fundo 38. Corpo 39. Colo 40. Ducto cístico 41. Ducto hepático comum 42. Ducto colédoco PÂNCREAS O pâncreas é uma glândula acessória da digestão pois é responsável por produzir e secretar o suco pancreático essencial para a digestão no duodeno. Além disso, o pâncreas faz parte do sistema endócrino produzir e secretar glucagon e insulina, liberando-os no sangue. O suco pancreático é chega ao duodeno através dos ductos pancreático principal e acessório, que desembocam no duodeno. O ducto pancreático principal se junta ao ducto colédoco formando a ampola hepatopancreática (ou papila duodenal maior) ao chegar no duodeno, e o ducto pancreático acessório chega ao duodeno formando a papila duodenal menor. Identificar: 43. Cabeça do pâncreas 44. Corpo do pâncreas 45. Cauda do pâncreas 46. Ducto pancreático principal 47. Ducto pancreático acessório 37 38 39 41 42 Cabeça Corpo Cauda 43 44 45 46 47 46
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