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UNIDADE 1: PLANEJAMENTO ESTRÁTEGICO

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
UNIDADE 1: CONCEITOS E FUNDAMENTOS
	Atualmente ouve-se muito falar em Planejamento Estratégico, e de uma forma geral, esse conceito ainda gera muitas dúvidas e questionamentos dentro das organizações, onde ainda é possível encontrar diversas interpretações relacionadas a esta importante e necessária ferramenta da administração
Ansoff (1990): há um número reduzido de empresas que utiliza o verdadeiro
Planejamento Estratégico e a grande maioria das organizações continua empregando as antigas idéias e técnicas do Planejamento de Longo Prazo, baseadas na superação de situações passadas. Isso não é exatamente o mesmo que o planejamento estratégico, o que gera muita confusão.
	“Na metade dos anos 60 que a metodologia do Planejamento Estratégico foi introduzida através de proposições do prof. Igor Ansoff , dos pesquisadores do Stanford Research Institute e dos consultores da McKinsey Consulting Co. (TAYLOR, 1975)”. Desse ponto em diante, o Planejamento estratégico iniciou sua expansão dentro das organizações, causando grandes avanços para o desenvolvimento e evolução para a gestão empresarial e a administração como um todo, mas claro que isso se deu para aquelas que o compreendiam e que o aplicavam de forma correta.
	Empresas e organizações de todos os tipos estão chegando à conclusão de que essa atenção sistemática à estratégia é uma atividade muito importante e que gera ótimos resultados. Ou seja, todos os tipos de organizações precisam saber quais rumos desejam para seus negócios, e ainda, os que sejam mais adequados aos seus interesses e ao sucesso organizacional, pois o Planejamento Estratégico visa desenvolver medidas positivas para enfrentar as ameaças do mercado e aproveitar as melhores oportunidades encontradas nesse ambiente cada vez mais competitivo.
	O Planejamento Estratégico é um instrumento que estimula os gestores a pensar e agir em torno do que é realmente importante para a organização, focando em assuntos de maior relevância.
	
Nesta primeira etapa vamos começar com algumas perguntas importantes que certamente pairam sobre sua mente: O que é estratégia? O que é Planejamento? E, o que é Planejamento Estratégico? Esses questionamentos nos levam a pensar em formas de se chegar a algum lugar, atingir uma meta ou objetivo desejado, pois tanto a estratégia como o planejamento servem exatamente para isto, alcançar algo que se deseja, seus objetivos, metas e desejos, imagine então planejamento e estratégia juntos? Pois bem, isto é, Planejamento Estratégico.
	Sobre a estratégia, dentro das organizações, no mercado competitivo em que vivemos. A estratégia faz toda a diferença para aqueles que buscam conquistar mercado e alcançar o sucesso nos negócios. Tem alguma dúvida disso? E quanto ao Planejamento e o Planejamento Estratégico? De certa forma, são atividades ou conjunto de ações em que analisamos as condições presentes para determinar melhores maneiras ou formas para se chegar um futuro desejado o qual é definido por algum objetivo ou meta. Com isso, reduzimos incertezas, conflitos e erros, buscando evidenciar o melhor caminho a ser seguido para seu alcance.
1) COMREENDENDO A ESTRATÉGIA 
* OLHAR ANOTAÇÕES EXTRAS 
	Estratégia pode ser definida como um caminho a seguir, ou ação formulada e adequada para alcançar algo ou objetivo, de maneira diferenciada, os desafios e objetivos estabelecidos buscados, no melhor posicionamento possível dentro do ambiente em que encontra.
	A finalidade da estratégia é estabelecer quais serão os caminhos, cursos, programas de ação que devem ser seguidos para serem alcançados os objetivos e desafios estabelecidos.
	Em termos militares, podemos dizer que a estratégia é uma ciência referente aos movimentos dos guerreiros fora do campo de visão do general e a tática relaciona-se com a ciência dos movimentos guerreiros dentro do campo de visão de seu general. Ainda podemos dizer que a estratégia cuida de como serão dispostos os exércitos para a batalha e a tática trata de como deverão lutar. Mas não nos esqueçamos que no contexto empresarial, as batalhas e os inimigos nem sempre podem ser identificados e podem estar bem próximos a nós.
Ribeiro (2012): essa palavra é derivada do grego “strategos”, que se refere ao general no comando de suas tropas
Oliveira (2010): afirma que o significado literal seria “a arte do general” visto que “strategos” significa general. Ainda Oliveira (2010, p. 188) destaca que:
“Estratégia, na Grécia antiga, significava aquilo que o general fez. Antes de Napoleão, estratégia significava a arte e a ciência de conduzir forcas militares para derrotar o inimigo ou abrandar os resultados da derrota. Na época de Napoleão, a palavra estratégia estendeu-se aos movimentos políticos e econômicos visando a melhores mudanças para a vitória militar. [...] de forma genérica, estratégia e a ciência dos movimentos guerreiros fora do campo de visão do general; e a tática, a ciência dos movimentos guerreiros dentro do referido campo.
Menezes (2002):defi ne estratégia como uma palavra de origem militar, procedendo do termo grego strategia que traduzido seria “escritório do general”. Com o passar do tempo, a palavra recebeu outras conotações, como: a ciência do comando militar utilizada no planejamento de operações de combate e batalhas em larga escala ou manobra militar para surpreender e derrotar o inimigo, ou ainda, habilidades para usar estratagemas nos negócios.
Mintzberg (1991): o termo estratégia recebeu a função de habilidade administrativa na antiguidade, ou melhor, na época de Péricles (450 a.C.), quando passou a significar habilidades gerenciais (administrativas, de liderança, de oratória, poder). Mais adiante, no tempo de Alexandre (330 a.C.), estratégia recebeu o significado de habilidades usadas para superar e vencer um inimigo, criando ainda um sistema unificado de governabilidade. Podemos ainda dizer que estratégia significava inicialmente a ação de comandar ou de conduzir exércitos em tempo de guerra, ou um esforço de guerra.
	Portanto, estratégia seria como um meio de vencer o inimigo, um instrumento de vitória na guerra e mais tarde foi uma noção estendida a outros campos do relacionamento humano como o campo político, o econômico e, principalmente, no contexto empresarial, onde a estratégia mantém em todos os seus usos a raiz semântica de “estabelecer caminhos”.
	É difícil, de certa forma, conceber a estratégia no sentido bélico, ou seja, a estratégia de guerra, pois apesar de não lidarmos com armas, no dia a dia de nossas empresas para com outras, devemos sim conhecer o “inimigo”, ou melhor, o concorrente, que na verdade não é inimigo, mas alguém que disputa o mesmo espaço no mercado, não esquecendo que devemos, primeiramente, conhecer a nós mesmo no mundo empresarial e isso cabe em qualquer tipo de organização. Destacamos que, em uma empresa, a estratégia está relacionada à arte de utilizar, adequadamente, os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização dos problemas e a maximização das oportunidades.
Alfred DuPont Chandler: Em seu livro: ““Strategy and structure”, a estrutura da organização depende da estratégia e não o contrário, como era pensado até então. Por toda sua contribuição aos estudos de estratégia como disciplina, Chandler é considerado o “pai da estratégia”. 
	“Estratégia é a determinação dos objetivos e metas básicas a longo prazo de uma empresa; adoção de trajetórias de ação e alocação de recursos necessários para executar estas metas.” (Chandler, 1990 apud BESSA JR., 2001, p. 19).
	Estratégia é a arte de planejar e colocar o plano em ação, com o objetivo de alcançar ou manter posições relativas e potenciais favoráveis a futuras ações táticas sobre um objetivo e procurar condições favoráveis para alcançar objetivos específicos, ou seja, e o programa geral para a consecução dos objetivos de uma organização e, portanto, para o desempenho de sua missão. (RIBEIRO, 2012, p. 11).
Ansoff 1965 apud Nicolau, 2001: “Estratégia é um conjuntode regras de tomada de decisão em condições de desconhecimento parcial. As decisões estratégicas dizem respeito à relação entre a empresa e o seu ecossistema.”
Oliveira (2010): Numa empresa, a estratégia está correlacionada à arte de utilizar, adequadamente, os recursos físicos, tecnológicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização dos problemas internos e a maximização das oportunidades que estão no ambiente empresarial, o qual não é controlável.
Mintzberg e Quinn (2001): estratégia “é um modelo ou plano que integra os ob jetivos, as políticas e as ações sequenciais de uma organização, em um todo coeso”. Ainda Mintzberg e Quinn (2000 apud SERTEK; GUINDANI; MARTINS, 2012, p. 104) colocam duas definições importantes:
	Estratégia- Padrão ou plano que integra as principais metas, políticas e sequência de ações em uma organização em um todo coerente. Uma estratégia bem formulada ajuda a ordenar e a alocar os recursos de uma organização para uma postura singular
 e viável, com base em suas competências e deficiências internas relativas, mudanças no ambiente antecipadas e providências contingentes realizadas por oponentes inteligentes.
	Estratégia empresarial - O padrão de decisões em uma empresa que determina e revela seus objetivos, propósitos ou metas, produz as principais politicas e planos para a obtenção dessas metas e define a escala de negócios em que a empresa deve se desenvolver, o tipo de organização econômica e humana que pretende ser e a natureza da contribuição econômica e não econômica que pretende proporcionar a seus acionistas, funcionários e comunidades.
Mintzberg (2004): sugere também que é possível classificar a estratégia como: uma que se trata de um plano sendo chamada de estratégia pretendida; e uma outra tratada como um padrão, chamada de estratégia realizada, em que cada empresa deve buscar ter como estratégia realizada sempre aquela que foi a estratégia pretendida em outrora, o que nem sempre ocorre, por ser algo um tanto complexo, mas que caso aconteça seria como uma previsão perfeita, ou, pelo menos brilhante.
Maximiano (2004): a estratégia é “a seleção dos meios para realizar objetivos“. Ele ainda fez um levantamento da definição de estratégia para diversos autores contemporâneos da administração, eis alguns deles:
– Hamel e Prahalad (1995): definem a estratégia como o processo de construção do futuro, aproveitando competências fundamentais da empresa;
– Bateman e Snell (1996): definem o termo como o padrão de alocação dos recursos para realizar os objetivos da organização.
Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000): também adotam essa idéia de busca por respostas em vários autores especialistas no tema estratégia e optam por listar áreas de concordância, no que diz respeito à natureza da estratégia e seus objetivos.
Maximiano (1995): conceitua estratégia como meios que cada parte utiliza para atingir o objetivo pretendido, envolvendo escolha de ação que será posta em prática, a partir dos recursos disponíveis da sua própria parte e dos recursos que julgam ter, a outra parte.
	É importante destacar também que os estudos sobre estratégias na administração, nas empresas e nos negócios contam com importantes contribuições e trabalhos relevantes que devem ser considerados, como os de Alfred Chandler (1962), H. Igor Ansoff (1965), Kenneth R. Andrews (1971), e Rumelt, Schendel e Teece (1994). Além disso, podemos citar outros importantes pesquisadores e instituições que contribuíram fortemente com conceitos e ferramentas estratégicas, destacando-se:
• Michael Porter – com seu trabalho sobre o Modelo de 5 forças;
• Consultoria Boston Consulting Group (BCG) – com a matriz Growthshare, que ficou conhecida como matriz BCG;
• Strategic Management Society (SMS) – organização sem fins lucrativos, fundada em 1981, que busca reunir acadêmicos, profissionais de empresa e consultores, com o objetivo de promover a pesquisa na área de gestão estratégica, reunindo mais de 1200 instituições em cerca de 80 países.]
	* De acordo com Maximiano (2004, p. 329), estratégia é “a seleção dos meios para
realizar objetivos“.
	É importante destacar, ainda, que as estratégias correspondem a procedimentos e dispositivos que as organizações devem utilizar da forma mais adequada possível, ou seja, de acordo com cada situação encontrada, sendo tais dispositivos: técnico-econômicos, políticos; tecnológicos e organizacionais.
	Estratégia – Evolução II Guerra Mundial: Impulsionou o pensamento estratégico. Enfatizou o problema da alocação dos recursos escassos. 
	Estratégia Empresarial (Pensadores modernos)
	
	 1965: Igor Ansoff
	1980: Michael E. Porter
	 1994: Mintzberg
		
2) AIMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Mintzberg (2004): cita que seu termo em latim “planum”, que significa, uma “superfície plana”, teve sua adoção no idioma moderno, e tem a ver com o fato de que mapas ou plantas eram desenhados em superfícies planas, remetendo ao fato de que planejamento se refere a documentos formais, conforme foi entendido nos idiomas modernos.
	Desde o início do desenvolvimento da administração contemporânea, com os estudos propostos por Taylor e Fayol, por exemplo, o planejamento aparece como uma atividade relacionada à administração, mas que, ainda nessa época, era ligado principalmente à escolha de como os recursos financeiros e de produção seriam utilizados de forma mais eficiente para o alcance de melhores resultados. Com o aumento e disseminação da produção em massa no início do século XX, especialmente relacionados aos métodos de produção mecanizados e que surgiram como consequência da Revolução Industrial, causaram um certo incremento da capacidade produtiva das fábricas, e ainda mais com as teorias desenvolvidas por Frederick W. Taylor. Nessa mesma época, com seus estudos de tempos e movimentos, de padrões de trabalho, seguidos também pelos conceitos da linha montagem, introduzidos por Henry Ford, as fábricas passaram a produzir em quantidades muito maiores que em qualquer outra época já vivida. Entra-se, assim, na chamada Era industrial quando se evidenciou mais ainda a importância do planejamento.
Sertek, Guindani e
Martins (2012): Nas décadas de 1950 e 1960, o planejamento se restringia ao PLANEJAMENTO FINANCEIRO, no qual o controle era representado por meio de orçamentos anuais. Tais atitudes eram assim realizadas porque permitiam um controle em relação ao orçamento definido pela empresa. A prática era justificada porque representava o dinheiro de que a empresa dispunha em caixa e o quanto ela poderia dispor para investir durante o ano. Era um modelo aceitável, em razão de
que, até então, não havia diversificação de negócios.
	Planejamento é fundamental para qualquer tipo de organização, visto que as várias mudanças tecnológicas, sociais, nos mercados, na competitividade das empresas, na atuação dos países e globalização, entre outras mais, fizeram com que o planejamento fosse incorporado naturalmente aos processos, ou seja, sem planejamento não se chega a lugar algum.
	Com a competição entre as empresas cada vez maior, é impossível conduzir qualquer tipo de negócio sem um bom planejamento, algo que realmente permita conhecer melhor a organização, suas forças e pontos positivos, assim como também as suas fraquezas e deficiências, as oportunidades de mercado e também as ameaças desse mesmo mercado e da sociedade em que está inserida. É preciso estudar os concorrentes e como estes atuam no mercado em questão, bem como as expectativas dos envolvidos como proprietários, sócios e acionistas, gestores, diretores, colaboradores, parceiros e, principalmente, os clientes, pois é bem isso que o planejamento estratégico busca atender como objetivo.
	É importante destacar que o planejamento é por muitos considerado como a principal função do processo administrativo, se não a principal, a primeira, sendo conhecido também como o primeiro princípio básico do processo administrativo. É função básica e essencial para a gestão de qualquer tipo de organização,sendo umas das quatro funções básicas da Administração definidas por Peter Drucker (1997), considerado o pai da Administração moderna e quem instituído o chamado “PODC” (Planejamento, Organização, Direção e Controle), em que o Planejamento é justamente a primeira dentre essas funções básicas. Vejamos essa representação na figura a seguir:
	Drucker (1997): “quando a empresa traça objetivos e metas, e busca alcançá-los, ela tem claramente definido o porquê ela existe, o que e como faz, e onde quer chegar”. Por isso o planejamento, é o que inicia este ciclo de gestão, pois não se pode chegar a lugar algum sem planejamento. Às vezes, com muita sorte, isso pode até acontecer, mas chegar a algum lugar ou objetivo sem um bom planejamento é um grande desafio e muitas vezes até algo quase impossível.
	O Planejamento pode ser definido como uma atividade em que os administradores analisam as condições presentes de uma organização para determinar melhores maneiras ou formas de atingir um futuro desejado, definido por algum objetivo ou meta. O planejamento pode ser medido quando reduz incertezas nos processos, algumas vezes até conflitos e muitos equívocos na organização, mostrando sempre o melhor caminho a ser seguido.
	Para que o planejamento possa realmente acontecer como deve, é primordial o apoio irrestrito e incondicional da alta gerência, gestores e diretores da organização, pois quem realmente planeja é quem decide.
Barbosa e Brondani (2005):Planejar significa a formulação sistemática de objetivos e ações alternativas, que ao final, a escolha se dará sobre a melhor ação. Também diz respeito a implicações futuras de decisões presentes, pois é um processo de decisões recíprocas e independentes que visam alcançar objetivos anteriormente estabelecidos.
Mintzberg (2004): adverte para a necessidade de que “precisamos de uma definição de planejamento que não nos diga que temos de pensar no futuro, nem mesmo que devemos tentar controlá-lo, mas como fazê-lo”. Em uma linha de pensamento de algo mais concreto e formal, Mintzberg (2004) faz a definição a seguir:
“Planejamento é um procedimento formal para produzir um resultado articulado, na forma de um sistema integrado de decisões. Para nós, o que capta a ideia de planejamento acima de tudo – distinguindo sua literatura mais claramente e diferenciando sua prática dos outros processos - é sua ênfase na formalização, a sistematização do fenômeno ao qual se pretende aplicar o planejamento (MINTZBERG, 2004, p. 26).
	Chiavenato (2004): “o planejamento se constitui na primeira função do processo administrativo, permitindo o estabelecimento dos objetivos organizacionais em função dos recursos necessários para atingi-los de maneira eficaz”.
	Oliveira (1996): O planejamento pode ser definido como: Um processo que considera os aspectos destacados pelas dimensões anteriormente demonstradas, no sentido de alcançar uma situação desejada de maneira mais eficiente e efetiva, com a melhor concentração de esforços e recursos pela organização.
	Desta forma, o planejamento guia a organização para a direção já estabelecida, em busca da situação desejada, diferente da que se encontra, aplicando todos os seus recursos e potencial disponível.
	Oliveira (1996): os tipos de planejamento existentes são três, se
considerarmos os níveis hierárquicos de uma organização:
• Planejamento estratégico;
• Planejamento tático;
• Planejamento operacional.
Estes tipos de planejamento podem-se relacionar aos aos níveis de decisão numa Pirâmide organizacional:
• Planejamento Estratégico relaciona-se com objetivos de longo prazo, com maneiras e ações que afetam toda a empresa;
• Planejamento Tático relaciona-se com objetivos de mais curto prazo e com maneiras e ações que, geralmente, afetam somente parte da empresa;
• Planejamento Operacional relaciona-se com as rotinas operacionais da empresa e afetam somente as unidades setoriais.
	Planejamento Estratégico é um processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando um otimizado grau de interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada.
	Planejamento Estratégico: normalmente, de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua execução, levando em conta as condições externas à empresa e sua evolução esperada.
	Planejamento Tático: tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com decomposição dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico. O planejamento tático é desenvolvido em níveis organizacionais inferiores, tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a execução de objetivos previamente fixados.
	Planejamento Operacional: pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nesta situação, tem-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais. Os planejamentos operacionais correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planejamento tático. Cada um dos planejamentos operacionais deve conter com detalhes:
• Os recursos necessários para seu desenvolvimento e implantação;
• Os procedimentos básicos a serem adotados;
• Os resultados fi nais esperados;
• Os prazos estabelecidos; e
• Os responsáveis por sua execução
 e implantação.
3) RETROALIMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO
	O planejamento estratégico está relacionado com as decisões e objetivos de longo prazo que, para serem atingidos, devem envolver esforços de todo o sistema organizacional em que toda a organização deve se tornar parte desse processo. No planejamento tático, os objetivos são de médio prazo e, geralmente, envolvem estratégias que afetam algumas partes da empresa, focando algumas vezes unidades de negócios de uma grande empresa, fi liais, setores ou departamentos, por exemplo, onde vão traçar estratégias que envolverão somente essas unidades.
	Embora estejamos mais focarmos no nivel do planejamento estratégico, é importante lembrar que esse planejamento estratégico é desdobrado em alguns objetivos, políticas e estratégias que ocorrerão em níveis inferiores, sendo o nível tático, portanto, imediatamente inferior ao estratégico. Por isso, a importância de abordagem do planejamento tático, pois apresenta processos que lidam com aspectos mais concretos, como os planejamentos em áreas específicas como o financeiro, recursos humanos, mercadológico, produção e da estrutura organizacional.
	OLIVEIRA (2010): Logo após o desdobramento no nível tático ou gerencial, passamos para a fase do planejamento operacional, que como o próprio nome já diz, refere-se às operações organizacionais baseadas em formalização das ações e operações. Essa formalização ocorre através de “documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implementação de resultados específicos a serem alcançados pelas áreas funcionais da empresa”
	Destacamos que é no planejamento operacional que se desenvolvem os chamados planos de ação e também são definidos os recursos a serem utilizados para o desenvolvimento e execução desses planos, bem como quais os procedimentos a serem adotados, os resultados finais almejados, cronogramas de execução e controles, os responsáveis pela execução. Destacamos que deve haver uma preocupação com o controle desses planos, entre outras atividades que mantenham o bom funcionamento da parte operacional. Dentro desse emaranhado de planos e estratégias, uma questão que pode ser levantada, considerando esses três níveis de planejamento organizacional, é: Como o planejamento estratégico é executado na prática? Quando falamos em pensar no longo prazo, falamos em pensar no futuro, o que não é algo tão simples, sendo a previsão do futuro algo tão incerto.
	Lembremos que o planejamento é um processocontínuo que envolve um conjunto complexo de decisões inter-relacionadas e que podem ser separadas de diversas formas.
	Ackoff (1976): o planejamento apresenta ainda cinco partes fundamentais adaptadas para os principais conceitos utilizados:
• Planejamento dos fins - estado futuro desejado (Missão, propósitos, objetivos, desafios e metas);
• Planejamento de meios - proposição de caminhos para empresa chegar ao futuro desejado (macroestratégias, macropolíticas, estratégias, políticas, procedimentos e práticas);
• Planejamento organizacional - esquematização dos requisitos para poder realizar os meios propostos (estruturação da empresa em unidades estratégias de negócios);
• Planejamento dos recursos – dimensionamento de recursos humanos e materiais, determinação da origem e aplicação de recursos financeiros (programas, projetos e planos de ação necessários ao alcance do futuro desejado);
• Planejamento de implantação e controle – corresponde à atividade de planejar o gerenciamento da implantação do empreendimento.
	Deve-se ressaltar alguns aspectos, a saber: o próprio processo de planejamento deve ser planejado; o processo é interativo, ou seja, sua ação se exerce mutuamente, entre duas ou mais partes do todo e, assim, repete-se ao longo do tempo. Podemos também considerar alguns princípios gerais do Planejamento, que são divididos em quatro, para os quais o executivo deve estar atento:
I. Contribuição aos objetivos da empresa em sua totalidade: deve, sempre, visar aos objetivos máximos da empresa, hierarquizar e procurar alcançá-los em sua totalidade, tendo em vista a interligação entre eles;
	II. Precedência do planejamento: sobre 	as demais funções administrativas, vem 	antes das outras (organização, direção e 	controle);
III. Penetração e abrangência: considerando que poderão ocorrer grandes modificações nas caracerísticas e atividades da empresa. Algumas dessas modificações são nas pessoas, na tecnologia, e nos sistemas;
IV. O princípio da maior efi ciência, eficácia e efetividade (medidas de avaliação da boa administração): visa maximizar os resultados e minimizar as deficiências.
	Eficiência é fazer as coisas da maneira adequada, resolver problemas salvaguardar os recursos aplicados, cumprir o dever e reduzir custos. Já Eficácia nada mais é que fazer as coisas certas, produzir alternativas criativas, maximizar a utilização de recursos, obter resultados e aumentar o lucro. O Planejamento é a base para definir a missão, a visão, os propósitos e a postura estratégica de uma organização. Dessa forma, é um ponto de partida para estabelecer o melhor caminho para o futuro, propor e analisar os objetivos e os principais desafios para organização e seu sucesso.
Chiavenato (2004): “o planejamento se constitui na primeira função do processo administrativo, permitindo o estabelecimento dos objetivos organizacionais em função dos recursos necessários para atingi-los de maneira eficaz”.
4) CONCLUSÃO: planejamento como premissa básica para o sucesso organizacional, sendo a primeira, senão a mais importante, das funções básicas do processo administrativo.
planejar é a base para qualquer tipo de ação, pois com planejamento podemos reduzir incertezas e estruturar melhor nossos passos ao encontro do que queremos como objetivo. Se o planejamento for feito em conjunto com estratégias, as chances de vitórias e conquistas serão sempre maiores, como nos ensina Sun Tzu da Arte da Guerra. Como guerreiros em busca de novos saberes, vamos continuar nossa cruzada pelas páginas do conhecimento, entendendo o planejamento estratégico e sua grande importância para as organizações e para o dia a dia de cada um de nós, pois planejamento estratégico cabe tanto nos negócios como na vida cotidiana.

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