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EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO Inovação e empreendedorismo Muito falamos até aqui na necessidade de fazermos as coisas de formas diferentes, por meio de pensamentos diferentes (ou “fora da caixa”), ações diferentes e, principalmente, atitudes diferentes. No mundo dos negócios, quem está disposto a enfrentar esses desafios está saindo na frente daqueles que sequer perceberam a importante evolução que tudo e todos estão sendo acometidos. Assim, empreendedores individuais, sociais e intraempreendedores precisam trabalhar a inovação em todas as suas decisões tornando-as assertivas e objetivas. Nos dias de hoje, por conta da competitividade de mercado, muito tem-se falado em inovação porque, normalmente, quanto mais inovadora for uma organização, uma ideia ou um projeto, maior será seu grau de competitividade e, consequentemente, os seus resultados. Essa alta capacidade de trabalhar a inovação é o que transforma as ideias em produtos (bens ou serviços) com métodos inovadores e eficientes. Mas afinal, como podemos contextualizar a inovação? Segundo Carvalho et al. (2009) a “Inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas” (CARVALHO et al., 2009, p.10). Teria como recortar o personagem apenas, de forma que ele aponte apenas para a citação em destaque? https://br.freepik.com/vetores-gratis/empresar io-apontando-para-graficos-e-diagramas-de-qu adro-de-apresentacao-dados-e-analises-estatist icas-e-crescimento_10600457.htm Ainda é muito comum que haja percepções semelhantes quanto a inovação e criação. Embora sejam características que se equivalem, tratam-se de conceitos distintos: ➔ A criação (ou invenção) aborda a geração de ideias, conceitos ou soluções que ainda não existem, os quais surgem através de um processo criativo, entretanto, sem um objetivo comercial muito definido. ➔ A inovação utiliza-se exatamente desta última característica para fazer a diferença. Ou seja, para ser considerada inovação, é preciso que primeiramente haja a sua devida implantação e o ganho de vantagem em relação aos concorrentes. Teria como refazer essa imagem do Processo Criativo? INOVAÇÃO IDEIAS AÇÕES RESULTADOS TIPOS DE INOVAÇÃO Tratando-se de uma empresa, a inovação pode acontecer em qualquer contexto e em dimensões diferentes umas das outras. Cada uma com características individuais que, quando somadas, fazendo com que a organização atinja seu objetivo o mais rápido e de forma mais assertiva. Segundo o Manual Oslo (OECD, 2005), “uma empresa pode realizar vários tipos de mudanças em seus métodos de trabalho, seu uso de fatores de produção e os tipos de resultados que aumentam sua produtividade e/ou seu desempenho comercial” (OECD, 2005, p.23). Na sequência, veremos quais são os tipos de inovação existentes. https://br.freepik.com/vetores-gratis/il ustracoes-criativas-com-lampadas_1189 809.htm Inovação de Produto: Sendo uma das mais praticadas, a inovação de produto trata, segundo Carvalho et al. Da “introdução de um bem novo ou significativamente melhorado no que concerne a suas características ou usos previstos” (CARVALHO et al., 2009, p.12). Exemplo: Se achar melhor refazer com outras imagens de melhor resolução é só manter a referência que o professor deixou. Inovação de Serviços: Um dos focos principais desse tipo de inovação é através da implantação de novos métodos, funções ou novos serviços no mercado, aumentar a receita de vendas da empresa tornando-a mais eficiente e ágil. Nas ideias de Carvalho et al. (2009) “é a introdução de um serviço novo ou significativamente melhorado no que concerne a suas características ou usos previstos” (CARVALHO et al., 2009, p.13). Fonte: https://www.apexofinnovation.com/is-drone-delivery-taking-flight/ Exemplo: Serviços de entregas estão adaptando-se às novas tendências do mercado e necessidades do consumidor. Algumas empresas vêm utilizando a tecnologia a seu favor, e adaptando seus serviços. Inovação de Processos: Este tipo de inovação é direcionado, exclusivamente, ao aumento de qualidade e maior agilidade na forma com que algumas coisas são realizadas. Seja na produção, na distribuição, no atendimento, ou em qualquer outro setor, a inovação de processos é uma aliada essencial para impulsionar o negócio e melhorar a sua marca. Segundo Carvalho et al. (2009) “é a implementação de um método de produção ou de distribuição novo ou significativamente melhorado’’ (CARVALHO et al., 2009, p.15). Fonte: PLANTIER (2013). Exemplo: Patenteado em 1952 por Joseph Woodland e Bernard Silver, o código de barras, formado por padrões numéricos, trouxe maior praticidade e agilidade em processos comerciais e de gerenciamento de estoques. Inovando em rastreamentos, distribuição e logística, o uso do código de barras tornou-se uma necessidade. (PLANTIER, 2013). Inovação de marketing: Inovação de marketing pode ser caracterizada como sendo os esforços e a implementação de métodos de marketing novos ou que tragam mudanças significativas através de suas características. Elas podem ser no próprio produto, no posicionamento da marca, na embalagem, na promoção ou na comunicação. Esse tipo de inovação é capaz de estreitar relacionamentos com os clientes, criar novos mercados e aumentar a participação de mercado do negócio. Exemplo: o distanciamento social causado pela pandemia do Novo Coronavírus, em 2020, atingiu a todos, inclusive grandes corporações. O exemplo da empresa Mercado Livre que traz na identidade visual da marca um aperto de mãos, precisou adaptar-se mediante a este novo cenário. E, então, a empresa cria uma nova identidade visual que comunica, não apenas a sua responsabilidade social, mas, também, uma inovação de marketing muito inteligente. Fonte: [adaptado] FILIPPE (2020) Inovação Organizacional: A inovação organizacional é essencial no trato do empreendedorismo. A gestão empreendedora faz com que a empresa tenha resultados diferenciados justamente pelo fato de pensar a inovação em suas análises, modo de gerir, comportamentos, cultura etc. Todas as implementações de novos métodos organizacionais ou local de trabalho, potencializam o desempenho da empresa. Exemplo: Dar maior autonomia e responsabilidade aos colaboradores para a tomada de decisão. INOVAÇÃO INCREMENTAL X INOVAÇÃO RADICAL Depois de trabalharmos os principais tipos de inovações existentes e à disposição das empresas e ideias de negócio, agora veremos as diferenças entre a inovação incremental e a inovação radical. É possível que você, em algum momento, já tenha sido apresentado a esses termos (ou algumas possíveis variações). Elas tratam do impacto causado por essas ideias “fora da caixa” que acabam modificando produtos, serviços, forma de nos relacionarmos, atribuindo melhores condições ao todo, tecnologias, adaptações etc. Inovação Incremental: Trata-se daquelas inovações que melhoram, aos poucos, produtos, serviços, métodos, etc. É aquela que causa gradual e periodicamente, pequenas modificações significativas e, na maioria das vezes, agregam valor através de acréscimos ou substituições de novos materiais que tornam produtos mais fáceis de utilizar sem alterar o seu objetivo principal. Exemplo: O Windows, Sistema Operacional da Microsoft, sofreu algumas alterações e adaptações ao longo dos seus 35 anos de evolução. A cada nova versão, recursos adicionais eram incluídos, processamento melhorado, layout diferenciado, etc. Fonte: HARADA (2014). Inovação Radical (ou disruptiva): Este tipo de inovação é aquela que faz uma bagunça no mercado, alterando a base das coisas e dando novo sentido à produtos e serviços. Esse tipo de inovaçãotambém pode acometer métodos de gestão, processos, etc., e sempre será caracterizado como o rompimento das maneiras com que esses elementos eram tratados anteriormente. Chamamos de inovação disruptiva quando essa inovação radical, que ao mesmo tempo que desestabiliza uma determinada situação, acaba dando origem a uma nova possibilidade de mercado. Exemplo: Em março de 2009, quando um aplicativo para smartphone foi desenvolvido, o mercado, os clientes e os negócios do segmento sequer imaginavam quão significativo seria esse modelo de negócio pautado pela inovação. Ao consolidar-se no mercado como uma plataforma que permite solicitar viagens com um simples toque de botão, a Uber mostrou que o serviço de transporte poderia ofertar algo diferente e dinâmico aos seus clientes. Fonte: SOUZA (2018). MODELOS DE NEGÓCIOS INOVADORES A inovação muda tudo e a todos, e consequentemente quem está pensando de forma inovadora está conseguindo adquirir a maior fatia do mercado consumidor. Nos dias de hoje, vemos diversas empresas que adotaram essa metodologia e num espaço de curto, médio ou longo prazo, estão colhendo os frutos de trabalhar a inovação atrelada ao empreendedorismo. É imprescindível que, ao tomar a decisão de iniciar um novo negócio e percorrer todo o caminho que trilhamos até aqui, o empreendedor tenha a convicção de que caso opte por fazer mais do mesmo, seus resultados serão divididos com inúmeros concorrentes e demais variáveis. Elaborar um plano de negócio inovador não é tarefa fácil. Segundo Solange Machado (2019), consultora de inovação, em um artigo na Endeavor, o ambiente corporativo se apresenta de maneira acelerada e diariamente mais dinâmico, fazendo com que as empresas (e empreendedores) realizem uma análise quase que diária sobre o seu modelo de negócio. Ainda, segundo Machado (2019), há quatro dimensões principais para que a inovação esteja ligada diretamente ao modelo de negócio: A oferta: Observar as possibilidades antes mesmo delas existirem é um gatilho importante para criar um modelo de negócio inovador. Pensemos que oferta são os produtos e serviços que serão ofertados aos clientes, e que quanto maior for a abrangência destes, melhores serão as possibilidades de criar novos produtos ou serviços dentro do mesmo modelo de negócio. Os consumidores: Na dimensão de consumidores, segundo Machado, “pode-se inovar achando novos segmentos de consumidores ou redefinir as interações existentes em cada ponto de contato para criar novas formas de receitas” (MACHADO, 2019). Os processos: Em processos é possível originar novos produtos ou serviços a partir da maneira de como a empresa conduz as suas atividades e sua capacidade eficiente. Os canais de entrega: Buscar novos canais de entrega que fogem ao tradicional, e desenvolvendo instrumentos que criem uma interação mais próxima com os consumidores possibilitando um relacionamento criativo e afinado são meios possíveis de alcançar a inovação através de um modelo de negócio (CARVALHO et al., 2009). EXEMPLOS DE NEGÓCIOS INOVADORES A todo instante somos bombardeados com uma quantidade imensurável de informações, dentre elas, novas formas de fazer coisas que há pouco tempo eram feitas de maneira tradicional. É provável que, se fizéssemos um levantamento com algumas pessoas no ano de 2020, boa parte delas entrariam para a estatística de consumidores que adquiriram produtos ou serviços através de plataformas virtuais, sites, aplicativo ou por outros meios digitais. Na atualidade o consumidor demanda produtos e serviços para o mercado em uma velocidade cada vez maior, seja pela praticidade, pela comodidade, ou até mesmo pela falta de tempo. O consumidor mudou e o mercado também. Hoje é possível realizar transações bancárias, por exemplo, de forma quase que instantânea, ou encontrar uma gama diversa de produtos ou serviços disponíveis na internet, e tudo isso através do nosso smartphone. Há ainda a possibilidade de montar um negócio sem a necessidade de ter uma estrutura física para atender clientes. Vamos conhecer algumas ideias de negócios inovadores? Coworking: Seguindo as tendências das startups que prezam por uma estrutura enxuta (reduzida) e nova ideia de trabalho colaborativo, o coworking surge como uma forma de repensar o ambiente de trabalho. Os coworkings são modelos de negócios que baseiam-se no compartilhamento de espaços físicos e também de recursos de escritório (energia, internet, materiais, etc.). Esses espaços reúnem pessoas que trabalham, não necessariamente na mesma empresa, mas de forma individual, ocasionando um grande número de profissionais autônomos adeptos à ideia. Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO (2018) Ao contrário de escritórios virtuais (que também estão surgindo), os coworkings prezam pela troca de experiência dividindo espaços físicos pensados e planejados para serem funcionais a qualquer atividade. Neste modelo de negócio inovador, os seus clientes empreendedores trabalham, compartilham e relacionam-se entre si, aumentando o network com pessoas de diversas áreas e estilos, e tudo isso de forma econômica e sustentável. Infoprodutos (ou produtos digitais): É possível afirmar que todos nós já consumidos produtos digitais em algum momento. O termo infoprodutos (ou produtos digitais) são todos os materiais comercializados na internet. Para caracterizar-se como um infoproduto, é preciso que o seu conteúdo agregue algum valor ao usuário que o adquirir, exemplo: cursos online, livros digitais, revistas digitais, vídeos ou conteúdos para internet. Os infoprodutos tornaram-se muito populares no empreendedorismo devido ao crescente número de usuários online na internet e ao alcance que eles atingem, não apenas em número de consumidores, mas também em margens de lucro. Enxergando como uma oportunidade de negócios, muitas empresas passaram a direcionar seus esforços e estratégias para esse modelo de negócio. A hotmart, por exemplo, é uma plataforma especializada na distribuição de produtos digitais e atualmente está presente em 200 países pelo mundo e possibilita que qualquer pessoa gere renda extra compartilhando conhecimento na internet. Fonte: MELO (2019) ECONOMIA COMPARTILHADA: A TENDÊNCIA DO MOMENTO Hoje, mais do que nunca, estamos vivendo constantes transformações na nossa sociedade e na forma como fazemos negócio. Se antigamente todos os aspectos econômicos eram caracterizados pela propriedade individual, na atualidade um termo que vem ganhando notoriedade é a economia compartilhada. Negócios de compartilhamento (a exemplo do Coworking) já são uma tendência no mundo todo e tornaram-se potencializadores do empreendedorismo, criando novos modelos de negócios inovadores. Segundo a Cartilha da Economia Compartilhada do SEBRAE (2017): São iniciativas com foco na atividade de partilha, troca, compra ou venda de qualquer produto ou serviço para atender às necessidades das pessoas, nem sempre em troca de dinheiro, mas procurando sempre algum tipo de benefício para todos os atores. Esses negócios conectam compradores e vendedores, gerando uma transformação social que reforça o poder de coesão, promove a capacidade de compra dos consumidores e dá a eles um maior acesso aos produtos e serviços. (SEBRAE, 2017, p.6). Um dos principais objetivos da economia compartilhada é fazer com que as empresas possam manter a sua capacidade de produção através da interação, como vimos, com outras áreas, segmentos e também parceiros de negócios. Por tratar-se de uma questão ligada à inovação, o compartilhamento é visto como um potencial desenvolvedor de valor agregado para a empresa. A origem dessa metodologia, deu-se a partir da publicação do livro “What’s mine is yours” – o que é meu é teu, em tradução livre – dos autores Roo Rogers e Rachel Botsman. Os autores tratavam que a forma como a sociedade centralizava as questões econômicas,financeiras, sociais, etc., no “eu’’, isto é, através de uma pensamento individualista, e a necessidade de iniciar uma cultura transformada para o pensamento coletivo, o “nós’’, e fazer com que essa nova filosofia fosse implementada pela maior quantidade de ideias inovadoras possíveis. (SEBRAE, 2017). Alguns dos fatores que incentivaram e impulsionaram essa metodologia foram “a internet, as redes sociais e a crise econômica levaram à criação de muitas empresas que permitem a troca ou compartilhamento de tudo aquilo que as pessoas precisam” (SEBRAE, 2017, p.12). Assim, empreendedores que enxergam possibilidades frente a essas situações direcionaram suas ideias de negócio a um modelo que trata de uma realidade constante de transformação. Podemos definir que a economia compartilhada é composta pelas seguintes características: A economia compartilhada tem papel fundamental na transformação da nossa sociedade e, consequentemente à responsabilidade econômica, social e sustentável de cada empresa, empreendedor e consumidor. Como demais benefícios da economia compartilhada, podemos citar: ➔ Alternativas para enfrentamento de crises (econômicas, políticas etc.); ➔ Maior solidariedade entre integrantes da sociedade; ➔ Maior compartilhamento de informações, técnicas e conhecimento entre as pessoas; ➔ Maior responsabilidade ambiental; ➔ Otimização de recursos e capital intelectual; ➔ Maior inovação e criação de novos negócios; ➔ Aumento do número de postos de trabalho formal; As oportunidades encontradas através da economia compartilhada são muitas, vejamos alguns exemplos: Serviços: Voltado para o compartilhamento de serviços domésticos, a Cia das diaristas é uma plataforma online que faz a intermediação entre aqueles que buscam este serviço, com pessoas que o oferecem. Tudo isso de forma prática, rápida, segura e acessível colaborando para satisfazer uma necessidade do mercado consumidor, e também gerar renda para trabalhadores. (CIA DAS DIARISTAS). Fonte: CIA DAS DIARISTAS Mobilidade: A forma como as pessoas se deslocam vem sofrendo interferência constante da economia compartilhada. Você já ouviu falar na BlaBlaCar? Trata-se de uma plataforma que faz a intermediação entre pessoas que precisam viajar com outras que estão dispostas a oferecer caronas em troca de valores acessíveis. Uma das filosofias da empresa é conectar pessoas e experiências que não se conheceriam se não fosse pelas caronas. (BLABLACAR). Fonte: BLABLACAR Negócios: Vimos anteriormente que os processos burocráticos ainda são considerados fatores que desestimulam empreendedores. Abrir uma empresa, por exemplo, é custoso e muito complexo no quesito legal, a empresa Abertura Simples, através de portal online, conecta contadores de diferentes regiões do Brasil à empreendedores que querem abrir seu negócio. Assim, o processo de constituição de um CNPJ torna-se mais eficiente e produtivo. (ABERTURA SIMPLES). Fonte: ABERTURA SIMPLES GOLDEN CIRCLE E OPEN INNOVATION: FERRAMENTAS PARA INOVAÇÃO Como vimos, a inovação está em tudo. Ela modifica processos, pessoas e mercados de forma consistente e rápida. Embora as aplicações técnicas da inovação ainda sejam muito difusas, ou seja, sem um padrão comum de desenvolvimento, existem algumas técnicas que colaboram para o desenvolvimento e aprimoramento das práticas inovadoras. Como trabalhamos anteriormente, o ideal é que a inovação esteja atrelada diretamente a ideia do negócio, ainda na sua concepção, e lapidada através do plano de negócios. Para isso, veremos duas das mais recentes metodologias aplicadas no mundo dos negócios. GOLDEN CIRCLE: CONCEITO E OBJETIVOS O Golden Circle (Círculo Dourado em tradução livre) é uma estratégia que vem sendo aplicada a modelos de negócios recentemente criados e utilizada por grandes empresas. Criado e amplamente divulgado pelo especialista em liderança e escritor, Simon Sinek através da sua obra “Start The Why” (Comece pelo Porquê), o Golden circle visa contribuir para que as empresas encontrem sua essência tornando-se mais inspiradoras. Segundo Sinek, o círculo dourado trata de “uma visão alternativa para as suposições existentes acerca do motivo de alguns líderes e algumas organizações terem atingido um grau tão desproporcional de influência” (SINEK, 2018, p.70). Fonte: [adaptado] SINEK (2018) O círculo dourado é uma ferramenta totalmente visual e didática. Dividido em três círculos que correspondem a características do planejamento estratégico do negócio, da ideia, ou do projeto, o Golden circle é de fácil interpretação: O quê? Segundo Sinek, todas as organizações espalhadas ao redor do mundo sabem o que fazem, sem distinção de tamanho, espaço físico ou atividade. Afinal, as empresas existem para atender necessidades que elas mesmas apontaram como oportunidades, trata-se de ressaltar o produto em si, o objeto que é adquirido pelos consumidores, sejam eles produtos ou serviços (SINEK, 2018). Como? A resposta para essa questão, assim como a anterior, é de fácil identificação pelas empresas, afinal trata-se exatamente da forma como as coisas são feitas, ou o processo pelo qual a empresa atingirá seus objetivos. De acordo com Sinek, é possível chamá-lo de proposta de valor diferenciada, proposição exclusiva de venda, mas um dos maiores erros é acreditar que esses são os fatores diferenciadores ou motivadores em uma decisão. “Seria equivocado supor que isso é tudo que é necessário. Falta um detalhe: POR QUÊ?” (SINEK, 2018, p.72). Por quê? É o grande diferencial da empresa, o propósito da sua existência. Segundo Sinek (2018) é muito baixo o número de empresas e empreendedores que conseguem tornar essa questão clara, objetiva e, consequentemente, ser a razão pela qual clientes e mercado percebem valor à ideia. Quando falo do porquê, não estou me referindo a ganhar dinheiro – isso é uma consequência. Com o porquê, refiro-me a qual é o seu propósito, sua causa ou sua crença. Por que sua companhia existe? Por que você sai da cama toda manhã? E por que alguém deveria se importar? Quando a maioria das organizações ou pessoas pensa, age ou se comunica, elas o fazem de fora para dentro, de o quê para por quê, e por um bom motivo – vão do que é mais claro para o que é mais obscuro. Nós dizemos O QUE fazemos, às vezes dizemos COMO o fazemos, mas raramente dizemos POR QUE [sic] fazemos o que fazemos (SINEK, 2018, p.72). Para contextualizar as características do Golden circle, utilizaremos o exemplo de uma empresa contábil: Tem como refazer essa imagem? Não é necessário fazer referência O quê? Como? Por quê? 1 2 3 Serviços contábeis Através da entrega de uma contabilidade consultiva e atendimento personalizado Contribuir para o crescimento sustentável das empresas e fomentar o empreendedorismo É provável que a grande maioria das empresas, quando necessário apresentar sua ideia de negócio, o fariam de acordo com a sequência: a) o quê b) como c) por quê. A filosofia do círculo dourado é justamente o oposto. É preciso fazer com que o propósito do negócio seja a evidência, afinal de contas, as pessoas não compram o que as empresas fazem e sim o motivo pelo qual elas o fazem (SINEK, 2009). O autor utiliza exemplos muito claros do quanto o círculo dourado responde questões que fazemos corriqueiramente. É possível que você já tenha se questionado o motivo de pessoas passar por longas horas nas filas à espera de adquirir o último lançamento de Iphone da Apple, certo? Se a Apple fosse como a maioria das outras empresas, uma mensagem de marketing dela iria se mover de fora para dentro do círculo dourado. Começaria com alguma declaração de O QUE a companhia faz ou fabrica, seguida de COMO eles acham que são diferentes ou melhores do que a concorrência e por fim concluiria com alguma chamada à ação: a) fazemos ótimos computadores b) são lindamente projetados, simples de usar e intuitivospara o usuário c) quer comprar um? (SINEK,2018, p.73). Podemos dizer que a Apple, por ser líder inspiradora de mercado, percebe que é necessário primeiramente comunicar o propósito real da organização. Assim, clientes compram a ideia do negócio, o produto ou serviço será uma consequência. Nas palavras de Sinek (2018), a Apple efetivamente se comunica iniciando pelo PORQUÊ: a) Em tudo o que fazemos, acreditamos em desafiar o status quo. Acreditamos em pensar de modo diferente. b) A maneira como desafiamos o status quo é criando produtos lindamente projetados, simples de usar e intuitivos para o usuário. c) E o resultado disso são ótimos computadores. Quer comprar um? (SINEK, 2018, p.75). OPEN INNOVATION: INOVAÇÃO ABERTA Assim como o círculo dourado, a inovação aberta é uma metodologia aplicada às estratégias de concepção de um novo negócio, ou aplicação a empresas em funcionamento. O que ambos possuem com comum é o trabalho excessivo em cima do diferencial competitivo que o mercado atual demanda: a capacidade de inovar. A open innovation foi originada em 2003 pelo professor e executivo no Centro de Inovação Aberta da Universidade de Berkeley, Henry Chesbrough. Em um artigo publicado pela revista norte-americana Forbes, Chesbrough (2011) contextualiza que antes de ser professor da Universidade de Berkeley, foi executivo de uma empresa no Vale do Silício, e durante seu período nessa organização, percebeu que o ambiente acadêmico não estava retratando a realidade do mundo dos negócios. Foi então que criou o conceito de open innovation justamente para tentar minimizar essa lacuna. Podemos dizer que por maior que seja a empresa, ou a ideia do negócio, reunir as melhores condições para inovar isoladamente é arriscado. No entanto, o conceito tradicional que conhecemos de inovação trata da origem interna, ou seja, apenas pelos integrantes da empresa. A inovação aberta preza pela abertura desse cenário para que haja a colaboração entre as empresas, indivíduos e órgãos públicos na criação de novos serviços e produtos. Ela é a combinação de ideias internas e externas, como também, caminhos internos e externos para o mercado de modo a alcançar e desenvolver novas tecnologias para criação de produtos e serviços. De acordo com um artigo de Rikus Grobler (2020), recentemente publicado no jornal inglês The Economist: Um exemplo prático de OI (open inovation) é da NASA, que adotou a OI para construir um algoritmo matemático que pode determinar o conteúdo ideal de kits médicos para futuras missões tripuladas da NASA. Para alcançar um software inovador que possa resolver esse problema, a NASA colaborou com TopCoder, Harvard Business School e London Business School. Nesta colaboração, os membros do TopCoder forneceram 2.833 envios de código para ajudar a NASA a construir o algoritmo pretendido. Os vencedores receberam US $ 24.000 em prêmios em dinheiro, além de ter assentos para assistir aos lançamentos restantes da missão de transporte. A aplicação da inovação aberta criou uma solução econômica e econômica que não podia ser alcançada usando a equipe interna sozinha (GROBLER, 2020). Muito atrelada ao que chamamos de economia compartilhada, a inovação aberta é uma tendência em grandes centros empreendedores e vem sendo aplicada diretamente aos modelos de negócios inovadores como as startups, por exemplo. Para entender um pouco mais sobre as características dessa metodologia, é importante fazermos um comparativo da inovação aberta x inovação fechada. A principal diferença entre inovação aberta e fechada está na forma como ela é criada. Tratando-se da inovação fechada, e tradicionalmente mais conhecida, as ideias, pesquisas, invenções e desenvolvimentos em tecnologia para colocar um produto ou serviço à disposição do mercado são criados dentro da própria empresa e sem a participação de agentes externos. No entanto, a inovação fechada encontra alguns fatores limitantes, como por exemplo a necessidade de um grande número de colaboradores altamente qualificados e preparados. A open inovation preza pelo compartilhamento de recursos e capital intelectual interno e externo. Segundo Chesbrough (2011), é como uma via de mão dupla, caso a empresa necessite de uma determinada tecnologia para o desenvolvimento do seu produto ou serviço, ela o terá disponível através de uma empresa, ou empreendedor externo. Ao mesmo tempo, ela também poderá disponibilizar suas próprias inovações para outras organizações. RECURSOS TECNOLÓGICOS PARA O EMPREENDEDORISMO Sistemas burocráticos e não eficientes sempre foram uma das características que influenciam a tomada de decisão tardia ou pouco assertiva. A era digital e os avanços tecnológicos contribuem diariamente para otimizar processos, alavancar resultados e atingir objetivos e assim, fazer com que a empresa possa evoluir com segurança. Hoje as empresas procuram por ferramentas simples, rápidas e eficientes para facilitar os processos do dia a dia, e em virtude disso, os empreendedores encontram alguns recursos tecnológicos que favorecem a sua empresa. Sistemas Integrados de Gestão Empresarial: Independente do segmento, pequenas, médias e grandes empresas visam racionalizar recursos e maximizar os lucros. Para isso, a utilização de um sistema integrado, como o próprio nome já traz, é a integração de todas as áreas empresariais. Segundo Fernanda Dias (2018), podemos caracterizar o Sistema Integrado como sendo um software, ou um conjunto de softwares de gestão cujas funções são promover a integração de todas as áreas organizacionais e os processos independentes de cada uma delas. Além de facilitar o processo de gestão do empreendedor, um sistema integrado tem como fundamento: ➔ Facilitar a comunicação entre os setores: áreas como a produção e vendas precisam ter uma comunicação rápida, clara e objetiva, sem que haja perdas ou inconsistências que interfiram na experiência do cliente. ➔ Redução de custos: através de um sistema integrado de gestão empresarial, o empreendedor pode realizar um controle de estoque que possibilite uma redução significativa na perda de mercadorias ou demora para despachá-las, por exemplo. ➔ Maior eficiência de produção: quando trata-se de mecanismos tecnológicos, o serviço manual acaba se mostrando menos eficiente se comparado aos processos automatizados. ➔ Acompanhamento financeiro: assim como a área da produção e vendas estão interligadas através de um sistema integrado, o financeiro também recebe e repassa as informações, agilizando processos e desburocratizando o giro de caixa da empresa. Compartilhamento em nuvem: O processamento de dados e informações também está seguindo um fluxo intenso nos últimos tempos, e a tendência é de que essa análise aumente consideravelmente. Como vimos anteriormente em capital intelectual, as informações inerentes ao negócio somam-se ao valor monetário que ela possui. Logo, quanto mais sensível for as informações de uma determinada empresa, mais ela terá que dispor de segurança e proteção para com seus dados. O compartilhamento em nuvem tem sido muito utilizado pelos empreendedores para armazenar dados, arquivos e demais informações do negócio. Trata-se do armazenamento de arquivos na nuvem que permite que servidores e aplicativos acessem tais dados por meio de sistemas de arquivos compartilhados. A segurança do compartilhamento de arquivos na nuvem é gerenciada com permissões de usuários e grupos, o que permite que os administradores controlem rigorosamente o acesso dos demais. Fonte: https://www.pond5.com/pt/ MÍDIAS DIGITAIS E A INFLUÊNCIA PARA O EMPREENDEDORISMO O desenvolvimento da tecnologia e do comportamento do consumidor influenciou diretamente na forma como as relações empresariais acontecem. Na chamada “era virtual” o empreendedor identifica a necessidade de estar presente,não apenas presencialmente, mas também virtualmente, e assim, proporcionando resultados significativos na satisfação do cliente e na participação de mercado. A importância das mídias sociais para o empreendedorismo está ligada a sustentabilidade da empresa uma vez que na atualidade negócios que estão fora do meio virtual, muitas vezes, perdem espaço e deixam de ser opção para grande parte dos clientes. Certamente você deve estar conectado através de alguma rede social, não é mesmo? De acordo com uma pesquisa realizada pelo Global Web Index (apud DUARTE, 2019) mostrou que o Brasil é o segundo colocado no quesito de tempo gasto em redes sociais. https://br.freepik.com/vetores-gratis/ ilustracao-do-novo-conceito-de-notifi cacoes_11608214.htm Segundo Duarte (2019), a pesquisa analisou as informações de 45 dos maiores mercados de internet e realizou uma estimativa do tempo médio diário (em minutos) destinados às redes sociais Esses resultados mostram que o brasileiro está cada vez mais conectado às redes sociais e, consequentemente, exposto a todas as informações que nelas são dispostas. Do ponto de vista das empresas, o ambiente virtual, como já estudamos no e-commerce, tornou-se um cenário propício ao desenvolvimento de mercado, de relacionamento com clientes e potenciais clientes e estar visível para muitos a todo instante. Talvez você já deva ter ouvido falar que empresas que não estão no meio online automaticamente perdem espaço de mercado para àquelas que estão ativas e relacionando-se com clientes através de uma conta oficial no Facebook, no Instagram ou Linkedin, por exemplo. Fonte: Global Web Index apud Duarte (2019) Considerando empresas brasileiras, de acordo com o levantamento Social Media Trends 2019, da Rockcontent, considerando uma amostra de 1.293 participantes da pesquisa, a presença das empresas nas redes sociais era de 96,2%, um aumento de 1,8% em relação à edição anterior da pesquisa. Apenas 3,8% das empresas consideradas no levantamento não estavam presentes nas redes sociais. Esses dados reforçam a transformação causada pelas redes sociais às estratégias de marketing e para tomada de decisões. Fonte: ROCKCONTENT (2019) Quando analisamos a percepção dos benefícios que a presença online traz para as organizações, de acordo com a Rockcontent (2019) a divulgação da marca da empresa é a mais apontada, haja visto a proporção do alcance que as redes sociais permitem. Essa característica faz com que as empresas direcionem esforços para criar uma marca responsável socialmente, que se posicione quando necessário e que esteja entregando valor agregado ao seu cliente, cumprindo os requisitos exigidos por consumidores tão exigentes como os de hoje em dia. Fonte: ROCKCONTENT (2019) Outros benefícios que a participação nas redes sociais traz para as empresas, ainda de acordo com a Rockcontent (2019), são: Engajamento com a audiência: A interação que as redes sociais proporcionam é grandiosa e, quando realizada assertivamente, pode tornar-se um fator favorável às empresas. Para que isso possa acontecer, as organizações precisam entender que não basta simplesmente criar um perfil no Facebook e acreditar que a mágica vai acontecer. É preciso esforços no trato do atendimento ao cliente, solucionar dúvidas, estar disposto a atendê-lo mesmo que virtualmente e, o principal, saber lidar com críticas e trabalhar o mais rápido possível para sanar quaisquer problemas de atendimento ou satisfação com o cliente. Aumento de vendas e número de clientes: Quando a empresa adota as redes sociais como uma estratégia de comunicação, marketing e relacionamento, os resultados obtidos são o aumento do número de clientes e vendas. No entanto, para atingir esse objetivo a empresa terá que criar condições para que os potenciais clientes percebam o valor e comprem a ideia do negócio. É errado o empreendedor imaginar que no ambiente virtual não há tanta concorrência – muito pelo contrário – e não precisa mostrar o diferencial da sua empresa. Quanto maior for o potencial de inovação e valor agregado, melhores serão os resultados. Aumento de tráfego em blog e site: As redes sociais mais utilizadas pelas empresas segundo o levantamento da Rockcontent (2019) são o Facebook, Instagram, Linkedin e o Twitter. No entanto, ainda há outros recursos que as empresas continuam fazendo uso: o blog e o site. Geralmente utilizados para promover conteúdos mais técnicos, essas duas ferramentas podem ser divulgadas através das redes sociais da empresa e assim atingindo um maior número de usuários que podem despertar interesse em conhecer as demais formas de comunicação que a empresa dispõe. E aqui vale o reforço: o fazer simplesmente porque todos estão fazendo é um risco muito grande. APLICATIVOS COMO FERRAMENTA Assim como as demais formas de relacionar-se com clientes e mercados, o avanço tecnológico trouxe outras possibilidades para que as empresas pudessem estreitar esse laço. Vimos que a participação nas redes sociais é fundamental para criar uma marca sólida no mercado, mas também é possível aprimorar-se ainda mais através da criação de aplicativos próprios, ou até mesmo, a utilização de aplicativos já existentes no mercado. Fonte: ADJUST apud MEIO & MENSAGEM (2019) Velocidade no crescimento do mercado de aplicativos De acordo com o gráfico a seguir, o qual apresenta os dados de uma pesquisa realizada pela Adjust (apud MEIO & MENSAGEM, 2019), empresa norte-americana de dados do mercado de aplicativos, o Brasil aparece em segundo lugar entre os países quando comparado ao número de aplicativos baixados através da loja Google Play. Com esse novo comportamento do consumidor, muitas empresas investem em tecnologia e desenvolvimento dos seus próprios aplicativos para ofertar produtos e serviços. Com uma presença em todo o território do Rio Grande do Sul, o Zero Hora, também conhecido como ZH, é o maior jornal do estado. Editado em Porto Alegre, possui sucursal em Brasília-DF, conta com 11 cadernos e mais de 70 colunistas e equipes segmentadas buscando fatos e notícias do estado do Rio Grande do Sul, do Brasil e do mundo. O Zero Hora entrou para o meio online em 1995, ingressando na internet e, em pouco tempo, passou a fazer uma reprodução online de 80% da versão impressa e a produzir conteúdo exclusivo para a plataforma digital. E, finalmente, em 2011 o jornal lançou um aplicativo exclusivo para leitura do periódico e para o acesso a conteúdos multimídia. (GLEICH; VARGAS) Fonte: GOOGLE PLAY (2020) Na mesma linha de enxergar tais oportunidades, grandes empresas do varejo também apostaram e se deram muito bem com a criação de aplicativos próprios para fomentar as vendas e a sua participação de mercado. A Riachuelo, por exemplo, é uma loja de departamentos que em 2013 atingiu o topo do ranking das marcas mais valiosas da moda, segundo a consultoria Brand Finance Brasil (apud EXAME, 2013), atuante em todo o território nacional. A empresa está presente no meio digital através de canais tradicionais, como site e blog. Porém, com objetivo de se fazer presente cada vez mais, e também prezar pela praticidade e agilidade nas compras de seus clientes, a Riachuelo também desenvolveu um aplicativo próprio e nele é possível realizar compras, efetuar pagamentos, ficar por dentro de informações e promoções da empresa, etc. (RIACHUELO) Fonte: RIACHUELO Produzido por: Professor Autor Jacson Dias Revisão Luciano Oliveira de Oliveira Designer Instrucional Ricardo Andrade Lopes Design Bárbara Obinger Vanessa de Almeida Weber Ilustrações Freepik stories macrovector dooder pikisuperstar vectorjuice jcomp AGÊNCIA O GLOBO. Fórmula secreta da Coca-Cola é retirada de cofre e levada para museu. 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