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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA NÚMERO
Pracedino de Oliveira já qualificado nos autos da Ação trabalhista que promove contra Padaria Doce de Leite, por seus procuradores, inconformado com o r. Acórdão, vem, tempestivamente, interpor RECURSO DE REVISTA, com base no artigo 896, alíneas “a”, “b” e "c" da CLT, pelas razões em anexo, requerendo seja o mesmo, após as providências de estilo, encaminhado ao Tribunal Superior do Trabalho.
Requer seja recebido o recurso, com a intimação da parte contrária para contrarrazões. Para efeito de interposição do recurso, informa ser o recorrente beneficiário da AJG, razão pela qual deixa de juntar as guias de custas, bem como as guias referentes ao depósito recursal.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Porto Alegre/RS; 05 de novembro de 2020
Advogado
OAB/RS XX. XXX
Reclamatória trabalhista número:
RECORRENTE: Pracedino de Souza
RECORRIDO: Padaria Doce de Leite
TRIBUNAL DE ORIGEM TRT 4ª REGIÃO
EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Em Acórdão os Magistrados integrantes da turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região entenderam por negar provimento ao recurso do recorrente. Todavia, com a máxima vênia, não conforma-se o Recorrente e busca a reforma do julgado.
As matérias que constam no presente recurso encontram-se devidamente prequestionadas, segundo estabelece o enunciado da Súmula nº 297 do Tribunal Superior do Trabalho. De tal modo, seguem as razões para modificar o teor do r. Acórdão, conforme passa a ser demonstrado.
RAZÕES DO RECORRENTE:
DA TRANSCENDÊNCIA – ART. 896-A DA CLT:
De modo a preencher o novo requisito de admissibilidade dos Recursos de Revista inserido na CLT por meio da Lei nº 13.467/2017 o Recorrente ratifica o exposto naquele instrumento recursal, de modo que passa a demonstrar o preenchimento dos indicadores de transcendência prescritos no § 1º do artigo 896-A da CLT.
Dispõe o referido artigo que na verificação da ocorrência da transcendência, será verificado se, no caso, estão envolvidas questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses individuais da causa.
De acordo com o disposto no § 1º do artigo 896-A da CLT, o Recorrente salienta que a presente demanda se trata de questão de grande repercussão, porque o tema discutido tem uma relevância que transcende ao caso em análise, sendo de interesse de todos os jurisdicionados, e não somente da presente relação processual. Assim, resta atendido o requisito constante no § 1º do artigo 896-A da CLT.
O Recorrente destaca a transcendência no caso em análise:
Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 
§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros: 
[...]
II - política, o desrespeito da instância Agravada à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; 
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; 
[...]
Conforme constante no Art.896-A, § 1º, inciso II, há indicador de transcendência política quando há o “desrespeito da instância Agravada à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho”, situação presente neste recurso à medida que o Recorrente expôs contrariedade à Súmula do TST (Súmula nº 428). O Recorrente alegou, outrossim violação ao art. 137 da CLT, bem como divergência jurisprudencial entre os Tribunais Regionais do Trabalho.
Deve ser destacado que o acórdão recorrido é contrário à Súmula do TST, bem como em relação ao que dispõe outros Tribunais Regionais, e pode refletir no desalento de outros trabalhadores buscarem o seu Direito na Justiça. Resta demonstrado, desse modo, que a decisão que se busca com o presente recurso transcende ao Direito do Recorrente, sendo importante também para a sociedade, de modo a garantir a segurança jurídica a todos os trabalhadores, como restará esmiuçado nos tópicos específicos da presente peça recursal. 
No presente caso verifica-se que a decisão do E. Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região não está de acordo com o entendimento sumulado do TST, bem como, de outros Tribunais Regionais. Assim, demonstrada transcendência nos aspectos social e político, REQUER o Recorrente que o presente Recurso de Revista seja conhecido e, ao final provido, após análise de cada pedido em tópico próprio.
1 – SÍNTESE DO ACÓRDÃO A SER REFORMADO:
A decisão de Segundo Grau foi no sentido de confirmar a sentença proferida pelo juízo de primeiro grau
A reclamante laborava como atendente em uma loja de conveniência em um posto de gasolina, sempre de segunda à sexta-feira, sempre das 7 às 16 horas.
Por anos de labor, a reclamada sempre efetuou o pagamento correto do adicional de periculosidade. Entretanto a partir do mês de janeiro de 2015 deixou de efetuar os pagamentos do adicional.
Dessa forma, a recorrente ajuizou a presente reclamatória trabalhista requerendo o pagamento do adicional de insalubridade e seus reflexos.
Insta ressaltar, que a presente reclamatória trabalhista houve perícia. Contudo, segundo se denota na sentença atacada, o juízo julgou improcedente os pedidos da reclamante, acolhendo o argumento do recorrido de que os funcionários não estavam expostos a condições de risco.
Com toda vênia, entende o Recorrente que a reforma do Acórdão é a medida que se impõe razoável, conforme passa a expor:
1.1 –CONTRARIEDADE AO DISPOSTO AO ARTIGO 193 DA CLT; NR 15 DA LEI FEDERAL 3214/78
O Acordão recorrido, conforme já mencionado, traz um contrariedade direta a Lei Federal, como visto, o adicional de periculosidade é devido ao trabalhador que é exposto ao risco, cumpre transcrever o texto da lei:
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
Conforme se deprende os autos, o recorrente laborava em um aloja de conveniência em um posto de combustível localizada em um posto de combustível, sujeito a exposição permanente de produtos inflamáveis.
Fato este que o empregador reconheceu no momento que efetuava todo mês o seu pagamento, deixando de efetuar o pagamento em janeiro de 2015 sem nenhum motivo aparente.
As decisões das instâncias superiores levaram em consideração a perícia realizado no posto, ocorre que a súmula 453 do TST é clara ao expressar a dispensabilidade de prova técnica, exigida pelo artigo 195 da CLT, nos casos em que o pagamento do adicional de periculosidade seja feito espontaneamente pela empresa.
1.2 – DECISÃO PARADÍGMA:
No que se refere à incidência do adicional de periculosidade em recente decisão do Egrégio Tribunal do Trabalho da 4ª Região entendeu da seguinte forma:
EMENTA ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. Comprovado o labor, pela reclamante, em área considerada de risco por inflamáveis, é devido o pagamento do adicional de periculosidade e reflexos, na forma como decidido na origem. Inteligência do art. 193, I, da CLT. (TRT da 4ª Região, 1ª Turma, 0021675-69.2017.5.04.0007 ROT, em 14/02/2020, Desembargadora Rosane Serafini Casa Nova)
Na esteira de diversos precedentes do Tribunal Superior do Trabalho em que entende que é devido o pagamento do adicional de insalubridade. Trancrevemos:
PERICULOSIDADE. TRABALHO EM LOJA DE POSTO DE ABASTECIMENTO.ADICIONAL DEVIDO. Provado através de perícia o trabalho em loja instalada em área de risco (ANEXO 02- NR 16, da Portaria 3.214/78), dentro de um posto de abastecimento de combustíveis, faz jus o empregado, ao adicional de periculosidade.Ao definir como perigosa a atividade que implique contato permanente com inflamáveis, o legislador utilizoua expressão contato não no sentido literal de tato ou toque fisico com o inflamável, mas sim, de proximidade,tanto que expressamente ressalvou, na parte final do artigo 193 da CLT: "...ainda assim, em condições de risco....".Logo, a hipótese de incidência do adicional de periculosidade,decorre muito mais da proximidade do local ou agente dito perigoso, em função do seu risco, mesmo porque o tato ou toque com inflamáveis, em si, não causam necessariamente risco, e quanto muito, agridem a saúde do trabalhador. (TRT-2 - RO: 1104200644502008 SP 01104-2006-445-02-00-8, Relator: RICARDO ARTUR COSTA E TRIGUEIROS, Data de Julgamento: 11/12/2007, 4ª TURMA, Data de Publicação: 18/01/2008)
PERICULOSIDADE. LOJA EM POSTO DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS. ADICIONAL DEVIDO. Provado através de perícia o trabalho em loja de posto de abastecimento de combustíveis,instalada em área de risco (ANEXO 02- NR 16, da Portaria 3.214/78), faz jus o empregado, ao adicional de periculosidade.Ao definir como perigosa a atividade que implique contato permanente com inflamáveis, o legislador utilizou a expressão contato não no sentido literal de tato ou toque físico com o inflamável, mas sim, de proximidade,tanto que expressamente ressalvou, na parte final do artigo 193 da CLT: "...ainda assim, em condições de risco....".Logo, a hipótese de incidência do adicional de periculosidade, decorre muito mais da proximidade do local ou agente dito perigoso, em função do seu risco, mesmo porque o tato ou toque com inflamáveis, em si, não causam necessariamente risco, e quanto muito, agridem a saúde do trabalhador. (TRT-2 - RO: 1500200200502000 SP 01500-2002-005-02-00-0, Relator: RICARDO ARTUR COSTA E TRIGUEIROS, Data de Julgamento: 27/11/2007, 4ª TURMA, Data de Publicação: 14/12/2007). 
Nesse sentido verifica-se igual entendimento em demais julgados oriundos do Tribunal Superior do Trabalho, o risco do reclamante esta evidenciado, uma vez que este circulava nos locais perigosos, ficando exposto a material perigoso, dessa forma devendo ser concedido o adicional de periculosidade.
"RECURSO DE REVISTA. INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. TRANSCENDÊNCIA. Considerando a possibilidade de a decisão recorrida contrariar entendimento consubstanciado na Súmula nº 219, I, verifica-se a transcendência política, nos termos do artigo 896-A, § 1º, II, da CLT. 1. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AUSÊNCIA DA CREDENCIAL SINDICAL. PROVIMENTO. Na Justiça do Trabalho, o direito à percepção dos honorários advocatícios requer o atendimento, de forma conjunta, de ambos os requisitos estabelecidos na Súmula nº 219, quais sejam: a) estar a parte assistida por sindicato da categoria profissional e b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. Ausente um dos requisitos, qual seja, a credencial sindical, não há como se deferir a referida parcela. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. 2. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SÚMULA Nº 364. TRANSCENDÊNCIA. NÃO RECONHECIDA. NÃO CONHECIMENTO. Consoante o entendimento pacífico deste Tribunal, em interpretação às disposições do artigo 193 da CLT, faz jus ao adicional de periculosidade não só o empregado exposto permanentemente, mas também aquele que, de forma intermitente, se sujeita a condições de risco em contato com inflamáveis e/ou explosivos, sendo indevido apenas quando o contato se dá de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, ocorre em tempo extremamente reduzido. Na hipótese , a egrégia Corte Regional, com base na prova técnica, registrou que o reclamante, enquanto vendedor, comparecia, semanalmente ou quinzenalmente, a lojas de conveniência situadas em postos de combustíveis e que também realizava a exposição de produtos em dois postos diariamente, permanecendo pelo tempo de uma hora a uma hora e trinta minutos nesses locais. Consignou que o reclamante circulava pelas áreas de risco dos postos, considerando, para tanto, a conceituação estabelecida no Anexo nº 2 da NR 16 da Portaria nº 3.214/1978 do Ministério do Trabalho. Concluiu, assim, que o empregado estava exposto ao risco, de forma permanente e contínua, ao longo da vigência de seu contrato de trabalho, razão pela qual manteve a sentença quanto à condenação ao pagamento do adicional de periculosidade. Saliente-se que as premissas fáticas são incontestes, à luz da Súmula nº 126. Dessa forma, tem-se que o v. acórdão regional foi proferido em harmonia com a jurisprudência desse Tribunal Superior, cristalizada na Súmula nº 364, I. Nesse aspecto, o conhecimento do recurso de revista também esbarra nos óbices da Súmula nº 333 e do artigo 896, § 7º, da CLT. A incidência dos citados óbices processuais (Súmulas nos 126, 333 e artigo 896, § 7º, da CLT), a meu juízo, é suficiente para afastar a transcendência da causa, uma vez que o não processamento do recurso de revista inviabilizará a análise das questões controvertidas e, por conseguinte, não serão produzidos os reflexos gerais, nos termos previstos no § 1º do artigo 896-A da CLT. Recurso de revista de que não se conhece" (RR-20148-57.2014.5.04.0017, 4ª Turma, Relator Ministro Guilherme Augusto Caputo Bastos, DEJT 19/06/2020).
Conforme vislumbra nas decisões acima colacionadas, encontra-se fartamente evidenciada a necessidade de reformar o acordão recorrido concedendo o adicional de periculosidade ao recorrente, vez que laborou em funções que trazem risco.
2 - DOS PEDIDOS
ANTE O EXPOSTO, o recorrente respeitosamente postula à Vossa Excelência o recebimento e conhecimento do presente Recurso de Revista, com o seu processamento e o envio à Superior Instância para posterior provimento, no sentido de REFORMAR O ACÓRDÃO, nos moldes das razões recursais aqui demonstradas
Nestes termos pede deferimento
Porto Alegre/RS; 05 de novembro de 2020
Advogado
OAB/RS xx xxx

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