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LARISSA PAIVA 2017.2 Prótese: é uma restauração indireta, ou seja, ela é feita em cima de modelos e não do próprio paciente. São substitutos artificiais de partes ou de todo um órgão perdido ou não formado com atributos específicos. A prótese dentária procura restabelecer a normalidade do sistema estomatognático. As próteses são construídas em cima de replicas que são os modelos. Classificação: • Quanto à fixação 1. Prótese fixa (coroa cimentada na cav. bucal do paciente) 2. Prótese removível (PPR e Total) No mundo inteiro, essas replicas (modelos p/ confecção de próteses ou restaurações indiretas) são construídas em 90% em gesso, só em torno de 8% a 10% são imagens virtuais, o que não é uma realidade para nós, já que 90% dos modelos (replicas) são físicos (feitos de gesso). Nos modelos é que vamos construir as restaurações indiretas. As próteses devem ser o mais próximo possível da cavidade oral, para trazer ao paciente saúde e não doença, mas para isso devemos conhecer, valorizar e aplicar os princípios que regem os materiais dentários. Obs é em cima dos modelos que as facetas, cerâmicas e restaurações indiretas são realizadas depois levada a boca para serem laminadas. Conceitos Definições - molde: imagem negativa registrada da área que se quer registrar no material de moldagem. Desinfeta o molde e constrói as replicas da cav bucal que são os modelos. - modelos: é a reprodução positiva da área que foi moldada. Representa a realidade física da cav bucal dos pacientes montada nos articuladores. Que é confeccionado 90% em gesso. Para que se consiga fazer o planejamento e confecção de próteses dentárias, necessita-se moldar e construir modelos. Gessos: São usados não só clinicamente para construção de modelos que servem desde o estudo (planejamento) até a confecção da restauração final que vai ser instalada na boca, como também ele é usado a nível de laboratório de prótese dentária p/ dar prosseguimento a etapas que foram começadas no consultório. Dependendo do que se necessita, existem vários tipos de gesso, de baixa a maior resistência. Os gessos são usados para: • Construção de modelos das estruturas da cavidade bucal e maxilo-facial. • Nos procedimentos de laboratórios que envolvem a confecção de prótese dentária Obtenção de gesso: • Pode ser através da transformação da gipsita (muito encontrado na natureza) • Ou pela produção química, obtidos artificialmente, é muito caro. Atualmente, os grandes fabricantes ainda investem na transformação do produto natural (gipsita) em gesso odontológico. Pernambuco é um dos maiores produtores de gesso do mundo. A maioria dos gessos é obtido através do mineral gipsita (precisa ser trabalhado). Na sua forma natural as rochas apresentam o dihidrato sulfato de cálcio ou sulfato de cálcio dihidratado, através desse mineral, triturado e fazendo com que ele passe por alguns processos de aquecimento, nos vamos ter a desidratação parcial desse mineral o que dará origem ao gesso odontológico. Para que a gipsita se transforme em gesso odontológico ela passa pelo processo de CALCINAÇÃO: trituração do mineral e seu aquecimento p/ que o mineral perca ½ molécula de água p/ ser transformado em sulfato de cálcio hemihidratado. Calcinação: trituração + aquecimento controlado TIPOS DE GESSO ODONTOLÓGICOS Gesso comum ou Gesso Paris (Gesso tipo II) • É o gesso mais simples no mercado GIPSITA GESSO ODONTOLÓGICO • É o hemihidrato de sulfato de cálcio • A gipsita é triturada, aquecida a uma temperatura de 110°c a 120°c em caldeira aberta (o vapor sai) gesso comum (deixa de ser dihidrato de sulfato de cálcio e passa a ser hemihidrato de sulfato de cálcio, pois foi perdido ½ de molécula de água). • Ou seja, todo gesso odontológico é sulfato de cálcio hemihidratado. • Quando coloca agua no gesso vai haver o processo inverso, o hemihidrato vai se transformar em dihidrato. • O gesso aquece quando há a reação de transformação de ligações duplas de carbono em ligações simples, liberando calor em torno de 3900 cal/molécula (não sei se a unidade está correta), pois a mistura do sulfato de cálcio dihidratado é uma reação exotérmica. • Devemos colocar agua de forma controlada para não perder suas propriedades. • Apresenta partículas grandes e muito porosas, assim, a massa final quando ele for rehidratado vai ser de baixa resistência mecânica. É o gesso que mais precisa de água para sua manipulação. Forno, 110 a 120 º C CaSO4. 2H2O ------------------------------ (CaSO4)2 H2O Gesso tipo Pedra convencional hydrocal (tipo III) • Resistência moderada • Também é obtido através da trituração e aquecimento da gipsita a uma temperatura de 125°c constante em panela fechada (vapor de água sob pressão) irá dar origem ao sulfato de cálcio hemihidratado, só que agora é o hidrocal (gesso tipo III) 125ºC + vapor de água (sob pressão) CaSO4. 2H2O --------------------------------- (CaSO4)2 H2O Gesso densite ou gesso pedra especial • Usado em modelos que precisem de alta resistência mecânica • Tbm usa a gipsita (sulfato de cálcio dihidratado) aquecido a uma temperatura de 100°c só que é incorporado 30% do peso da gipsita durante o aquecimento de cloreto de cálcio. Gipsita + 100 °c + cloreto de cálcio a 30% gesso pedra de alta resistência • É o gesso densite que é considerado o gesso de maior dureza do mundo, pode ser gesso tipo IV (possui baixo expansão de cristalização) e tipo V (possui alta expansão de cristalização). • Tipo IV (tem dureza superficial mais rápida do que o tipo V) – ligas de ouro ou áurea • Tipo V – ligas alternativas Dependendo da forma que é desidratado, terá gesso de partículas grandes, porosas, particulas mais densas, regulares e partículas muito densas e bastante refinadas. No gesso tipo IV e V as partículas tem uma densidade tão grande por conta da incorporação do cloreto que se pensa que se está pegando em um pó ou talco de tão fino, já o tipo II as partículas são mais grossas (é como se pegasse um quilo de chumbo e um quilo de algodão, no chumbo 100g é bem pouco) quando se coloca o gesso comum na cubeta quase não cabe, pois as partículas são grandes, mas o peso é igual. Quanto mais regular e densa for a partícula do gesso, menos agua é necessária para manter suas propriedades mecânicas. Indicações • Tipo I: não existe no Brasil, é gesso para moldagem. Apenas na Itália em máscaras mortuárias. • Tipo II: partículas irregulares e pouco densidade, então ele é usado para tudo aquilo que não precise de resistência mecânica, como: Base de modelos, modelos de estudo de prótese total (Não tem dente, retira o molde sem ter risco de quebrar o dente), para montar modelos nos articuladores, inclusão em prótese total e confecção de prótese total. • Tipo III: é de resistência moderada, confecção de modelo de estudo, modelo antagonista (é o modelo que vai ser antagônico, ou seja, que vai ocluir com o modelo que eu quero fazer a prótese e que será feito com gesso especial que é de alta resistência), modelos de estudo de ortodontia, modelos de estudo de prótese fixa. • Tipo IV e V: grande resistência. 98% é usado liga alternativa Formas comerciais • Embalagens: plásticas, metálicas ou aluminizadas (pois tem afinidade por água) Ter cuidado no armazenamento, não deixar em embalagem de papel e nem aberto, pois quando vai manipular depois ou a fica acelerada ou ele não reage. O Brasil apesar de ser um grande produtor de gesso, ele não segue as normas internacionais de produção de gesso. • Gesso comum: branco • Gesso pedra: cinza • Gessos especiais tipo IV e V: coloridos Dependendo do tipo de desidratação será preciso mais ou menos agua. • Gesso comum, paris ou para base Cada 100g precisa de 40 a 50ml de água (de início sempre colocar 40ml que é o mínimo e depoispode ir acrescentando se houver necessidade). • Gesso tipo III Cada 100g é preciso de 28 a 30ml de água. (AS PARTÍCULAS TÊM UM POUCO MAIS DE ↑DENSIDADE, ↓ POROSIDADE) • Gesso tipo IV Cada 100g é preciso de 19 a 24ml de água. Manipulação • A vácuo: ideal, não há formação de bolha. • Manual: pesar o gesso e medir a água, sempre colocar antes líquido e só depois que o pó é incorporado, depois você hidrata e vê se há necessidade ou não de acrescentar mais água, a manipulação deve ser vigorosa para formação dos cristais e a espátula que se deve usar é a metálica que induza tensão e carga ao material. • Deve levar ao encontro das paredes da cubeta Obs: depois de manipular deve pegar o gesso na espátula e ele não pode cair da espátula durante 10segundos. O processo de transformação o gesso em gipsita novamente denomina-se cristalização e para que aconteça a reidratação da gipsita ocorre a reação exotérmica, chegando a 40ºC ou 42ºC dependendo da quantidade de gesso que se tem. Hemidrato + água controlada --------> gipsita TER ATENÇÃO!!! NA PROPORÇÃO ÁGUA/PÓ CORRETA MANIPULAÇÃO VIGOROSA P/ QUE HAJA RUPTURA DAS CADEIAS E QUE TENHA UMA DISSOLUÇÃO DO HEMIHIDRATO E TRANSFORMAÇÃO EM DIHIDRATO No Brasil não é assim!!! Quando a água evapora ficam espaços vazios que são as bolhas, isso faz com que o gesso perda sua característica mecânica. Quanto maior a quantidade de H2O Menos núcleos de cristais são formados Maior é o tempo de trabalho e de presa Maior é a porosidade Menor é a resistência mecânica Se for preciso acelerar ou retardar a presa, nunca mexa na PROPORÇÃO! Normalmente, é feito o aquecimento da água (> 40°c) para acelerar a reação ou a refrigeração (< 20°c) da água para retardar a reação. Retardadores e Aceleradores: Se a substância química adicionada diminuem o tempo de presa, é chamada aceleradora se aumentada é chamada retardadora Os aceleradores da presa (por exemplo, cloreto de sódio até 5%, sulfato de potássio...) aumentam a reação e os retardadores (por exemplo, bórax, citrato de sódio...) a diminuem.
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