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Ectoscopia e Sintomas dermatológicos

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Sintomas dermatológicos e 
ectoscopia 
PAPM 
Ectoscopia: 
• Definição: recolher informações médicas através da 
observação exterior 
• Diagnóstico de órgãos internos feito a partir da 
visualização do movimento das paredes abdominais e 
torácica 
• “Ensina o aluno a observar” -Sir William Osler 
 
• Estado geral: 
• Impressão colhida: bom/regular/ruim; serão 
caracterizados de acordo com o aspecto geral do 
paciente; faz-se avaliação de sinais vitais 
 
• Estado mental: 
➢ Nível de consciência/ orientação: 
• Escala de Glasgow (modificada) – avalia abertura 
ocular, resposta verbal e resposta motora; hoje em 
dia a abertura ocular não é testável – NT - quando 
não é possível avalia-la; por ex: paciente que esteja 
com tampão ocular, que sofreu lesão de pálpebras, 
deficiente visual; ex: paciente sequelado de AVC e 
entubado, são não testáveis para resposta verbal; 
NT na resposta motora – ex: paraplégicos; flexão 
anormal – sinal de decorticação, extensão anormal – 
decerebração; varia de 1-15; há a avaliação pupilar 
negativa (se nenhuma pupila reage ao estímulo 
brilhoso vale -2 pontos; se apenas uma pupila reage 
é -1 ponto; se as duas pupilas reagem é 0); 
 
• Lucido (alerta, vigil, acordado, conversando 
normalmente)/ sonolento (letárgico, parar de 
conversar ele volta a cochilar, mas se chama-lo ele 
acorda e conversa)/ obnubilado (paciente que é 
preciso que chame-o, sacuda um pouco para que 
ele acorde, e ele acorda e conversa)/ torporoso 
(mais difícil de se acordar, e não consegue manter 
uma conversa padrão, e acaba dormindo e não é 
possível despertá-lo)/ estuporoso (só faz alguns 
ruídos ou movimentação, mas não acorda)/ 
comatoso (nenhuma reação ao estímulo); 
• Orientação no tempo (perguntas corretas; 
começando do longe para o perto, ex: perguntar 
ano e depois meses... etc) e no espaço (começar do 
longe para o perto – ex: perguntar em qual país 
moramos, depois estado, cidade, e onde se encontra 
na cidade – se acertar estará lúcido e orientado no 
espaço); é comum pacientes com demência ficarem 
desorientados no tempo e no espaço 
• Evitar abreviações ao anotar essas informações 
 
• Estado nutricional, peso e altura: 
• Desnutrição (risco de morte 14 a 15); baixo peso; 
normal; sobrepeso; obeso 
• Índice de massa corporal – IMC = PESO 
(Kg)/ALTURA X ALTURA (M) 
• IMC – menor que 18,5 (abaixo do peso); peso normal 
(18,5 e 24,9); sobrepeso (25 e 29,9); (30 e 34,9) 
obesidade grau 1; (35 e 39,9) obesidade grau 2; 
(acima de 40) obesidade grau 3 
• Idosos tendem a ter o IMC diminuído, pois sua 
densidade óssea acaba diminuindo 
• Medida da circunferência abdominal: ponto médio 
entre o rebordo costal e o ponto mais alto da crista 
ilíaca; circunferência abdominal aumentada está 
relacionada com maior risco de desenvolver 
síndrome metabólica – risco cardiovascular 
aumentado, caracterizado pelo aumento da cintura 
abdominal, resistência periférica a insulina, hipertensão 
arterial; para medir = pegar dos dois lados o ponto 
médio entre o rebordo costal (abaixo) (borda das 
costelas) e o ponto mais alto da crista ilíaca dos dois 
lados = com essa medida avalia-se a cintura 
abdominal do paciente; importante pedir para que o 
paciente inspire e expire 
• Valores normais: para sul-americanos e américa 
central ( = sul-asiáticos) 
 
 
• Biótipo: 
• Para avaliar utiliza-se o ângulo de Charpy – ângulo 
formado pelas duas bordas do rebordo costal no lado 
direito e esquerdo, na altura do apêndice tifóide; cada 
polegar é colocado em uma borda, e assim avalia-se 
o ângulo formado 
➢ Classificação de viola: utiliza-se ângulo de 
Charpy; 
• Normolíneo = ângulo de Charpy próximo de 90 
graus, com equilíbrio de tamanho entre membros e 
tronco; 
• Brevilíneo = ângulo maior que 90 graus, com 
pescoço curto e grosso, tórax alargado e volumoso, 
membros curtos em relação ao tronco, tendência 
para baixa estatura; 
• Longilíneo = ângulo menor que 90 graus, com 
paciente com pescoço longo e delgado, tórax afilado, 
chato e comprido, membros alongados, com 
tendência a estatura aumentada 
 
• Atitude: 
• Capacidade ou não do paciente de mudar sua 
posição no leito de acordo com seu conforto: atitude 
ativa – capacidade de se movimentar no leito; 
passiva – paciente não consegue se movimentar no 
leito, precisando de auxílio 
 
• Decúbitos fisiológicos: dorsal ou supino (barriga para 
cima); ventral ou prona (barriga para baixo); lateral 
direito ou esquerdo 
• Decúbito ativo – indica como o paciente prefere 
ficar no leito, de forma espontânea; passivo – 
paciente não tem capacidade de escolher sua 
posição 
• Posição antálgica – posições assumidas pelo paciente 
de forma espontânea para reduzir desconforto ou 
dor 
• Decúbito lateral como posição antálgica: deita sobre 
o lado da dor. Ex: dor de origem pleurítica, reduzindo 
a movimentação dos folhetos pleurais do lado sobre 
o qual repousa, pois a dor pleurítica não piora com 
compressão local, movimentos respiratórios naquele 
pulmão ficam mais atenuados, o que reduz a dor 
• Posição típica – indica alguma patologia; posição 
atípica – normal; a posição pode ser atípica ou 
antálgica 
• Posição ventral antálgica: ex: comum nos portadores 
de cólica intestinal; o paciente deita-se de bruços e, 
às vezes, coloca um travesseiro debaixo do ventre; 
comum ser feito por mulheres com desmenorreia 
no período menstrual; crises de cólica menstrual 
• Decúbito dorsal com posição antálgica: paciente em 
decúbito dorsal com as pernas fletidas sobre as 
coxas e estas sobre a bacia; ex: nos processos 
inflamatórios pelviperitoneais (ex – apendicite, doença 
inflamatória pélvica, peritonite) 
• Posição/atitude genupeitoral (prece maometana): 
paciente posiciona-se de joelhos com o tronco 
fletido sobre as coxas, enquanto apoia a cabeça, ou 
face anterior do tórax, sobre o travesseiro, solo ou 
colchão. O rosto pode estar descansando sobre as 
mãos, que também ficam apoiadas no solo ou 
colchão. Ex: pericardite, derrame pericárdico; ao 
jogar o corpo para a frente, há afastamento do 
coração da região posterior do tórax, deixando o 
coração mais suspenso, havendo menos atrito entre 
os folhetos pericárdicos, o que avalia um pouco a 
dor do paciente, reduzindo ação da gravidade 
• Posição ortopnéica: paciente permanece recostado 
ou sentado a beira do leito com os pés pendentes, 
podendo estarem apoiados no chão; mãos apoiadas 
no colchão ou sobre as coxas; na tentativa de aliviar 
a dispneia pela diminuição do retorno venoso, pois é 
uma tentativa de expandir a caixa torácica; ex: 
insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão, 
DPOC, crise asmática 
• Posição de gatilho: paciente não adote de maneira 
intencional, as alterações fisiopatológica fazem com 
que adote essa posição; caracteriza-se pela 
hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as 
coxas e encurvamento do tronco com concavidade 
para diante; ex: irritação meníngea, é mais comum 
em crianças 
• Opistótono: tensão para trás, atitude decorrente de 
contratura da musculatura lombar, o corpo passa a 
se apoiar na cabeça e nos calcanhares, emborcando-
se como um arco (+ comum); ex: casos de tétano 
(mais comum) e meningite 
• Emprostótono: tensão para diante, o corpo forma 
uma concavidade voltada para diante. É o contrário 
do opistótono. Ex: tétano, na meningite e na raiva 
• Ortótono: corpo reto em tensão, atitude em que 
todo o tronco e os membros estão rígidos, sem se 
curvarem para diante, para trás ou para um dos 
lados 
• Pleurotótono: indica um corpo com extensão para o 
lado por espasmo tetânico 
• Atitude parkinsoniana: paciente com doença de 
Parkinson ao assumir a posição de pé fica com o 
corpo um pouco inclinado para frente, faz semiflexão 
da cabeça, tronco e membros inferiores 
 
• Fácies: 
• Face é apenas a parte anterior da cabeça. Nada mais. 
Fácies é a expressão fisionômica, em cuja 
composição se incluem vários fatores, como a cor, 
secreção sudoral e sebácea,o tamanho e o 
desenvolvimento dos ossos das face e do tecido 
celular subcutâneo, a tonicidade e a mobilidade da 
musculatura (que lhe dão o aspecto de animação e 
de vida), a expressão dos olhos, e, em certos casos, 
a configuração da dor, da angústia, do sofrimento 
• Fácies hipocrática: situação em que o paciente 
esteja muito emagrecido; perda da bola gordurosa 
de Bichat (parte gordinha da bochecha); lábios 
entreabertos, delgados e afilados; olhos entreabertos 
com olhar vago para o horizonte; sinal de 
terminalidade, paciente em estado grave, muito 
debilitado, estado pré-agônico; rosto recoberto de 
suor; palidez da face; nariz afilado 
• Fácies renal: rosto pálido, edemaciado, especialmente 
nas pálpebras (em seguida se espalha para todo o 
rosto); casos menos intensos o edema se encontra 
apenas nas pálpebras, que ficam empapuçadas; 
inespecífica, pois várias doenças com redução da 
albumina podem reproduzi-la; ex: nefropatias, com 
síndrome nefrótica 
• Fácies hipertireoidiana: olhos brilhantes, protusos, por 
causa da compressão retro-ocular, muito abertos e 
salientes; como se a pessoa tivesse tomado um 
susto; por conta do hipertireoidismo, há proliferação 
de tecido conjuntivo atrás do globo ocular, o que 
empurra os olhos para frente (exoftalmia); pescoço 
normalmente volumoso a palpação pela presença de 
bócio, pele úmida; ex: hipertireoidismo, na doença de 
Basedow-Graves (tipo de hipertireoidismo, com 
aumento do tamanho da tireoide por um bócio que 
produz grande quantidade de hormônios) 
• Fácies mixedematosa: ex: hipotireoidismo; rosto 
infiltrado por mixedema (edema infiltrado 
caracterizado pelo acumulo de liquido linfático), e 
torna-se arredondado; nariz e lábios volumosos; pele 
pálida, seca e amarelada; olhos pequenos, escondidos 
entre as pálpebras infiltradas; boca larga; supercílios 
escassos, com rarefação no terço externo (sinal da 
rainha Vitória); cabelos secos e expressão apática; 
encontrado no hipotireoidismo, podendo ser 
confundido com a fácies renal; a infiltração que 
alarga o rosto e engrossa as pálpebras, é elástica e 
não se deixando deprimir pela pressão do dedo 
• Fácies Cushingóide: rosto redondo (fácies de lua 
cheia), de aparência pletórica (avermelhado) e 
congestiva, algo cianótico; conjuntivas em regra 
congestionadas (edemaciadas – como as membranas 
dos olhos); ocorre na hiperplasia do córtex 
suprarrenal (doença de Cushing) primário (quando 
problema é na suprarrenal) ou secundário (quando 
problema é na hipófise), ou a origem é iatrogênica 
(pode ser provocada por excesso de corticoides); 
síndrome de Cushing – fácies cushingóide, 
distribuição característica da gordura, que torna a 
síndrome inconfundível, há obesidade no rosto, no 
pescoço, no tronco e no abdome, ao passo que 
braços e pernas permanecem finos e normais 
(obesidade centrípeta = androide), podendo formar 
giba (protuberância de tecido adiposo) atrás do 
pescoço; essa síndrome pode ser por conta de 
tumor na adrenal, tumor na hipófise que produza 
muito hormônio ou por conta de corticoides 
• Fácies da paralisia facial: assimetria entre 2 
hemifaces, onde a face fica desviada para o lado 
oposto ao paralítico; todos os músculos da face tem 
seus antagonistas, mas a paralisia de um lado faz 
com que os músculos da parte funcional puxem o 
rosto para o outro lado; no lado paralítico a 
comissura labial está mais baixa, a fenda palpebral é 
mais aberta e os sulcos naturais esmorecem; o 
apagamento do sulco nasolabial é outro sinal da 
paralisia facial; paralisia do tipo periférica – acomete 2 
andares da hemiface (parte superior e inferior; 
decorrente de compressão do nervo facial ou 
irritação desse nervo no lado paralisado; causa 
comum – herpes vírus, choque térmico súbito 
(paralisia de Bell)); central – só compromete o andar 
inferior da hemiface, ex: AVC 
• Fácies leonina: paciente lembra a expressão de leão; 
causa comum é a hanseníase; infiltração dos nódulos 
da hanseníase provcam tal fácie; lábios e nariz 
grossos; ausência ou redução das sobrancelhas e 
cílios; pode haver acometimento da região frontal da 
testa, com infiltrações; farmacodermias (reação 
alérgica a medicamentos) pode provocar esse fácies; 
síndrome de steve Johnson – reação alérgica grave, 
e com o tratamento o paciente volta a ter uma fácie 
normal 
• Fácie acromegálica: acromegalia – produção 
excessiva de hormônio do crescimento na idade 
adulta, principalmente relacionada a tumores da 
hipófise; a extremidade cefálica é hiperdesenvolvida e 
a mandíbula volumosa; partes cartilaginosas e moles 
aumentam de tamanho (nariz, orelhas, lábios, queixo 
protuso, testa proeminente, apófises dentárias 
desenvolvidas); faces com apófises orbitárias muito 
desenvolvidas, com protusão frontal, maçãs do rosto 
proeminentes; prognatismo (queixo para frente); os 
lábios, as orelhas e a língua (macroglossia) são 
volumosas e as extremidades aumentadas; o maxilar 
inferior (mandíbula) com grande desenvolvimento e 
largura, forma considerável prognatismo; pálpebras 
espessas, sobrancelhas grossas e hirsutas (com 
muito pelo), juntam-se na base do nariz; ex: 
adenoma hipofisário (tumor de hipófise), 
constitucional (o paciente já produz uma quantidade 
de hormônio do crescimento mais elevada e 
desenvolver tal quadro) 
 
• Marcha: 
• Atípica ou típica 
• Parética/escarvante – paresia na musculatura, 
principalmente do quadril e do membro inferior, e 
para movimentar precisa elevar muito a perna, e 
não consegue levantar de maneira adequada, e 
acaba arrastando a ponta do pé no chão 
• Atáxica/tabética – ocorre no paciente com sífilis no 
estágio avançado, que desenvolve a sífilis 
terciária/neurológica, desenvolvendo tabis-dorsalis - 
lesão do cordão posterior da medula espinal, e o 
paciente não tem controle adequado sobre 
musculatura do membro inferior, por isso eleva pés 
de maneira intensa e precisa ollhar por onde anda 
• Espática/ em tesoura: por conta de síndrome 
piramidal ou AVC; musculatura fica tão contraída 
(hipertonicidade) que o paciente começa a marchar 
em tesoura; comum em pacientes com paralisia 
cerebral 
• Hemiplégica: por conta de AVC; paciente perde 
movimentos de um lado do corpo; na marcha com o 
tronco joga o membro para o lado, onde ele vai 
rodando o membro para realizar a marcha 
• Cerebelosa/ taxia cerebelar ou do Ébrio: lembra o 
bêbado; pernas longe uma da outra, e a pessoa anda 
como se estivesse bêbada 
• Parkinsoniana/ simiesca: paciente tem dificuldade para 
virar; parece macaquinho andando 
 
Alterações dermatológicas: 
• Fâneros: 
• Todos os acessórios/ anexos da pele (cílios, cabelo, 
sobrancelha, unhas, pelos) 
• Alterações dos pelos: qualidade (brilhoso, quebradiço, 
sedoso), número, distribuição, cor 
• Hipertricose – aumento do número de pelos ou 
mudança de fino para grosso. Não há influência 
androgênico 
• Hirsutismo – aumento de hormônios androgênicos, 
onde pelos finos das mulheres assumem 
característica de pelos masculinos, havendo mudança 
na distribuição dos pelos; crescem pelos onde não 
deveriam nascer; ex: tumores de glândula adrenal 
podem 
• Atricose – ausência de pelos; calvície ou alopecia 
androgênica 
• Alopecia iatrogênica – tratamento inadequado que 
provoca perda de pelos 
• Alopecia areata – forma clareira tanto no cabelo 
quanto na barba 
• Alopecia cicatricial – região de cicatriz, e não nasce 
mais pelo naquele local 
• Alopecia difusa – queda difusa dos cabelos; ex: 
câncer 
• Alteração da cor dos pelos: 
• Canície – cabelos brancos; 
• Tricodiscromia – modificação da cor do cabelo; caso 
de desnutrição grave – cabelo inicialmente preto ou 
castanho pode ficar avermelhado, alaranjado, 
amarelado, quebradiço, nas pontas = sinal da bandeira 
• Alteração da cor das unhas: 
• O leito ungueal das unhas normalmente é rosado 
• Palidez – anemia – leito ungueal pálido 
• Unha branca – leuconiquia total; 
• Azul enegrecida – hematoma subungueal; ex: batermartelo na unha 
• Manchas esbranquiçadas – anemia, carência de zinco 
e proteínas; 
• Unhas amareladas – amarelos dispostos de maneira 
aletória – causa mais comum é o tabagismo; 
excesso de beta-carotenos – unha inteira amarelada; 
micoses – o local amarelado fica descamando e 
enfraquecido 
• Alterações nas lâmina ungueal: 
• Microniquia - leito ungueal menor que o normal 
• Macroniquia - leito ungueal maior que o usual 
• Coiloniquia – unha concava, lembrando uma colher 
(principal causa – anemia ferropriva) 
• Unha hipocrática ou unha em vidro de relógio – 
exagero da convexidade normal, lembra o vidro de 
relógio (encontrada no baqueteamento digital – 
hipocratismo digital – dedo lembrando uma baqueta 
de tambor – ocorre em cardiopatias congênitas, 
câncer de pulmão e cirrose) 
• Unha espessada – paroníquia ou paquioníquia 
congênita 
• Onicogrifose - espessamento com desvios laterais, 
muito espessada; encontrado em pacientes mais 
idosos, mais debiltados 
 
• Alterações na pele: 
• Petéquias – pinta de sangue; sufusões hemorrágicas 
(hemorragia puntiforme); manchas avermelhadas 
puntiformes causadas pelo extravasamento de 
hemácias na derme; se pressionar algo de vidro 
(vitro-compressão) ela não desaparece, e elas 
podem ocorrer por conta de dengue, zika, 
meningococcemia (sepse pela bactéria que provoca 
a meningite meningocócica, o meningococo, 
podendo provocar choque séptico) 
• Equimoses –grandes manchas avermelhadas 
causadas pelo extravasamento de hemácias na 
derme (não confundir com hematoma; hematoma é 
uma coleção de sangue no tecido), incialmente fica 
roxo, depois amarelada/esverdeada e desaparece; 
tem apenas hemácias que foram extravasadas; pode 
ocorrer em pessoas com vasos/pele sensíveis; pode 
ter relação com anemias, sangramentos, distúrbio de 
coagulação, hipermenorréia 
• Mancha acrômica – ausência completa de melanina 
(vitiligo – acomete pele e fâneros; mãos são 
habitualmente acometidas), máculas (lesão elementar 
sem relevo) 
• Mancha hipercrômica – aumento da quantidade de 
melanina (melanoma – tumor de melanócitos; 
relacionado a exposição excessiva a luz solar; 
protetor solar previne; mais comum em negros) 
• Pápula – pinta; lesão sólida, elevada, com 0,5 
diâmetro; única ou múltipla, isolada ou confluente; 
pinta sem relevo – mácula hipercrômica; com relevo 
– pápula hipercrômica, que pode ser um nevo, um 
tipo de lesão elementar da pele; 
• Placa papulosa – lesão sólida, elevada, circunscrita, 
maior que 1 cm, geralmente por confluência de 
pápulas (ex: doença de pele – molusco contagioso) 
• Nódulos – maiores e mais profundos que pápulas, é 
uma lesão sólida e palpável, abaixo da pele ou acima, 
circunscrita, maior que 0,5 – 1 cm de diâmetro (ex: 
hanseníase) 
• Vegetação – formação solida, aspecto de “couve-
flor”, geralmente com superfície sangrenta ou 
crostosa (carcinoma espinocelular – tipo de câncer 
de pele); HPV pode provocar verrugas genitais que 
formam vegetações nessa região 
• Verrucosidade – pápula ou placa papulosa com 
superfície áspera, porosa, dura, inelástica e amarelada 
(ex: verruga vulgar, esporotricose); 
• Urtica – formação solida, edematosa, dura, rósea ou 
avermelhada, pruriginosa, resultante de edema na 
derme e subcutâneo; transitoria (ex: urticária, em 
pacientes com alergia) 
• Vesícula – coleção líquida com até 1 cm de diâmetro 
(herpes simples; varicela) 
• Bolha – coleção líquida maior que 1 cm de diâmetro 
(queimaduras) 
• Pústula – coleção liquida com pus no se interior, até 1 
cm de diâmetro (infecção cutânea bacteriana – mais 
clássica é a foliculite – inflamação do folículo 
cutâneo) 
• Hematoma – coleção de sangue na pele, 
circunscrita, proeminentes ou não; 
• Ceratose – espessamento da pele por aumento da 
camada córnea (calo); atividades aumentam essa 
camada de pele com tecido queratinizado; dura, 
inelástica, amarelada ou branca, superfície lisa ou 
áspera; 
• Infiltração – aumento da espessura e consistência da 
pele, acompanhado geralmente de eritema discreto 
e edema; pode ser por células inflamatórias – celulite 
(doença) (infecção bacteriana que causa inflamação 
da pele e tecido celular subcutâneo; antibiótico 
venoso; celulite); infiltração pode ser por célula 
neoplásica – câncer de mama por ex 
• Atrofia – adelgaçamento localizado ou difuso da pele, 
com perdas de sulcos e elevações normais (estrias); 
• Escamas – perda da queratina proveniente da 
camada córnea (desnutrição, desidratação); 
• Cicatriz hipertrófica (queloide) – aumento da 
espessura da pele, permanente, causada por 
aumento do tecido conjuntivo dérmico; característica 
genética (há mais pessoas que tem predisposição a 
desenvolver isso) 
• Cicatriz atrófica – lesão cicatricial deprimida, mais 
baixas que a pele 
• Exulceração ou erosão da pele – perda superficial 
que atinge apenas a epiderme 
• Ulceração – perda da pele que atinge epiderme e 
derme; ex: trauma ou necrose tecidual; na perna é 
comum ocorrer ulceração causada por má 
circulação (ulcera venosa) – congestão venosa por 
conta de drenagem inadequada desse membro por 
conta de insuficiência venosa (varizes), havendo 
dificuldade de circulação, logo, predispõe a ulcera 
numa lesão 
• Crosta – ressecamento de serosidade, pus ou 
sangue na pele (encontradas no paciente com 
varicela, começa fazendo lesões em vesícula, depois 
forma pústula e em seguida a crosta) (impetigo – 
lesão de pele por estafilococo, comum em crianças; 
que formam pústulas que podem se confluir, 
ressecar e formar a crosta) 
• Úlceras por pressão (escara) – perda de tecido que 
atinge estruturas mais profundas, como músculos e 
ossos; progressiva, se nada for feito para 
descomprimir região que está sendo comprimida, 
essa escara vai se aprofundar cada vez mais fazendo 
isquemia; a pressão da estrutura óssea contra a pele 
e contra o local que a pessoa está apoiada provoca 
a isquemia, e a região da pele acaba necrosando, 
provocando hiperemia, e em seguida úlcera, que 
pode chegar ao osso da pessoa (úlcera difícil de 
tratar) 
 
• Ectoscopia: paciente normal: 
• Paciente em bom estado geral, lúcido e orientado no 
tempo e no espaço, colaborativo, postura indiferente 
(atípica) e em adequado estado de higiene 
• Fácies atípica e estado de nutrição adequado 
• Mucosas normocoradas, normohidratadas. Acianótico, 
anictérico e com bom enchimento capilar 
subungueal. Turgor e elasticidade da pele 
preservados 
• Eupneico sem esforço respiratório 
• Ausência de lesões na pele ou edema. Não 
observam-se alterações em fâneros. Musculatura 
normotrófica 
• Biotipo normolíneo 
• Idade biológica compatível com a idade cronológica 
• Sem alteração na marcha

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