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Sintomas dermatológicos e ectoscopia PAPM Ectoscopia: • Definição: recolher informações médicas através da observação exterior • Diagnóstico de órgãos internos feito a partir da visualização do movimento das paredes abdominais e torácica • “Ensina o aluno a observar” -Sir William Osler • Estado geral: • Impressão colhida: bom/regular/ruim; serão caracterizados de acordo com o aspecto geral do paciente; faz-se avaliação de sinais vitais • Estado mental: ➢ Nível de consciência/ orientação: • Escala de Glasgow (modificada) – avalia abertura ocular, resposta verbal e resposta motora; hoje em dia a abertura ocular não é testável – NT - quando não é possível avalia-la; por ex: paciente que esteja com tampão ocular, que sofreu lesão de pálpebras, deficiente visual; ex: paciente sequelado de AVC e entubado, são não testáveis para resposta verbal; NT na resposta motora – ex: paraplégicos; flexão anormal – sinal de decorticação, extensão anormal – decerebração; varia de 1-15; há a avaliação pupilar negativa (se nenhuma pupila reage ao estímulo brilhoso vale -2 pontos; se apenas uma pupila reage é -1 ponto; se as duas pupilas reagem é 0); • Lucido (alerta, vigil, acordado, conversando normalmente)/ sonolento (letárgico, parar de conversar ele volta a cochilar, mas se chama-lo ele acorda e conversa)/ obnubilado (paciente que é preciso que chame-o, sacuda um pouco para que ele acorde, e ele acorda e conversa)/ torporoso (mais difícil de se acordar, e não consegue manter uma conversa padrão, e acaba dormindo e não é possível despertá-lo)/ estuporoso (só faz alguns ruídos ou movimentação, mas não acorda)/ comatoso (nenhuma reação ao estímulo); • Orientação no tempo (perguntas corretas; começando do longe para o perto, ex: perguntar ano e depois meses... etc) e no espaço (começar do longe para o perto – ex: perguntar em qual país moramos, depois estado, cidade, e onde se encontra na cidade – se acertar estará lúcido e orientado no espaço); é comum pacientes com demência ficarem desorientados no tempo e no espaço • Evitar abreviações ao anotar essas informações • Estado nutricional, peso e altura: • Desnutrição (risco de morte 14 a 15); baixo peso; normal; sobrepeso; obeso • Índice de massa corporal – IMC = PESO (Kg)/ALTURA X ALTURA (M) • IMC – menor que 18,5 (abaixo do peso); peso normal (18,5 e 24,9); sobrepeso (25 e 29,9); (30 e 34,9) obesidade grau 1; (35 e 39,9) obesidade grau 2; (acima de 40) obesidade grau 3 • Idosos tendem a ter o IMC diminuído, pois sua densidade óssea acaba diminuindo • Medida da circunferência abdominal: ponto médio entre o rebordo costal e o ponto mais alto da crista ilíaca; circunferência abdominal aumentada está relacionada com maior risco de desenvolver síndrome metabólica – risco cardiovascular aumentado, caracterizado pelo aumento da cintura abdominal, resistência periférica a insulina, hipertensão arterial; para medir = pegar dos dois lados o ponto médio entre o rebordo costal (abaixo) (borda das costelas) e o ponto mais alto da crista ilíaca dos dois lados = com essa medida avalia-se a cintura abdominal do paciente; importante pedir para que o paciente inspire e expire • Valores normais: para sul-americanos e américa central ( = sul-asiáticos) • Biótipo: • Para avaliar utiliza-se o ângulo de Charpy – ângulo formado pelas duas bordas do rebordo costal no lado direito e esquerdo, na altura do apêndice tifóide; cada polegar é colocado em uma borda, e assim avalia-se o ângulo formado ➢ Classificação de viola: utiliza-se ângulo de Charpy; • Normolíneo = ângulo de Charpy próximo de 90 graus, com equilíbrio de tamanho entre membros e tronco; • Brevilíneo = ângulo maior que 90 graus, com pescoço curto e grosso, tórax alargado e volumoso, membros curtos em relação ao tronco, tendência para baixa estatura; • Longilíneo = ângulo menor que 90 graus, com paciente com pescoço longo e delgado, tórax afilado, chato e comprido, membros alongados, com tendência a estatura aumentada • Atitude: • Capacidade ou não do paciente de mudar sua posição no leito de acordo com seu conforto: atitude ativa – capacidade de se movimentar no leito; passiva – paciente não consegue se movimentar no leito, precisando de auxílio • Decúbitos fisiológicos: dorsal ou supino (barriga para cima); ventral ou prona (barriga para baixo); lateral direito ou esquerdo • Decúbito ativo – indica como o paciente prefere ficar no leito, de forma espontânea; passivo – paciente não tem capacidade de escolher sua posição • Posição antálgica – posições assumidas pelo paciente de forma espontânea para reduzir desconforto ou dor • Decúbito lateral como posição antálgica: deita sobre o lado da dor. Ex: dor de origem pleurítica, reduzindo a movimentação dos folhetos pleurais do lado sobre o qual repousa, pois a dor pleurítica não piora com compressão local, movimentos respiratórios naquele pulmão ficam mais atenuados, o que reduz a dor • Posição típica – indica alguma patologia; posição atípica – normal; a posição pode ser atípica ou antálgica • Posição ventral antálgica: ex: comum nos portadores de cólica intestinal; o paciente deita-se de bruços e, às vezes, coloca um travesseiro debaixo do ventre; comum ser feito por mulheres com desmenorreia no período menstrual; crises de cólica menstrual • Decúbito dorsal com posição antálgica: paciente em decúbito dorsal com as pernas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia; ex: nos processos inflamatórios pelviperitoneais (ex – apendicite, doença inflamatória pélvica, peritonite) • Posição/atitude genupeitoral (prece maometana): paciente posiciona-se de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto apoia a cabeça, ou face anterior do tórax, sobre o travesseiro, solo ou colchão. O rosto pode estar descansando sobre as mãos, que também ficam apoiadas no solo ou colchão. Ex: pericardite, derrame pericárdico; ao jogar o corpo para a frente, há afastamento do coração da região posterior do tórax, deixando o coração mais suspenso, havendo menos atrito entre os folhetos pericárdicos, o que avalia um pouco a dor do paciente, reduzindo ação da gravidade • Posição ortopnéica: paciente permanece recostado ou sentado a beira do leito com os pés pendentes, podendo estarem apoiados no chão; mãos apoiadas no colchão ou sobre as coxas; na tentativa de aliviar a dispneia pela diminuição do retorno venoso, pois é uma tentativa de expandir a caixa torácica; ex: insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão, DPOC, crise asmática • Posição de gatilho: paciente não adote de maneira intencional, as alterações fisiopatológica fazem com que adote essa posição; caracteriza-se pela hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco com concavidade para diante; ex: irritação meníngea, é mais comum em crianças • Opistótono: tensão para trás, atitude decorrente de contratura da musculatura lombar, o corpo passa a se apoiar na cabeça e nos calcanhares, emborcando- se como um arco (+ comum); ex: casos de tétano (mais comum) e meningite • Emprostótono: tensão para diante, o corpo forma uma concavidade voltada para diante. É o contrário do opistótono. Ex: tétano, na meningite e na raiva • Ortótono: corpo reto em tensão, atitude em que todo o tronco e os membros estão rígidos, sem se curvarem para diante, para trás ou para um dos lados • Pleurotótono: indica um corpo com extensão para o lado por espasmo tetânico • Atitude parkinsoniana: paciente com doença de Parkinson ao assumir a posição de pé fica com o corpo um pouco inclinado para frente, faz semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores • Fácies: • Face é apenas a parte anterior da cabeça. Nada mais. Fácies é a expressão fisionômica, em cuja composição se incluem vários fatores, como a cor, secreção sudoral e sebácea,o tamanho e o desenvolvimento dos ossos das face e do tecido celular subcutâneo, a tonicidade e a mobilidade da musculatura (que lhe dão o aspecto de animação e de vida), a expressão dos olhos, e, em certos casos, a configuração da dor, da angústia, do sofrimento • Fácies hipocrática: situação em que o paciente esteja muito emagrecido; perda da bola gordurosa de Bichat (parte gordinha da bochecha); lábios entreabertos, delgados e afilados; olhos entreabertos com olhar vago para o horizonte; sinal de terminalidade, paciente em estado grave, muito debilitado, estado pré-agônico; rosto recoberto de suor; palidez da face; nariz afilado • Fácies renal: rosto pálido, edemaciado, especialmente nas pálpebras (em seguida se espalha para todo o rosto); casos menos intensos o edema se encontra apenas nas pálpebras, que ficam empapuçadas; inespecífica, pois várias doenças com redução da albumina podem reproduzi-la; ex: nefropatias, com síndrome nefrótica • Fácies hipertireoidiana: olhos brilhantes, protusos, por causa da compressão retro-ocular, muito abertos e salientes; como se a pessoa tivesse tomado um susto; por conta do hipertireoidismo, há proliferação de tecido conjuntivo atrás do globo ocular, o que empurra os olhos para frente (exoftalmia); pescoço normalmente volumoso a palpação pela presença de bócio, pele úmida; ex: hipertireoidismo, na doença de Basedow-Graves (tipo de hipertireoidismo, com aumento do tamanho da tireoide por um bócio que produz grande quantidade de hormônios) • Fácies mixedematosa: ex: hipotireoidismo; rosto infiltrado por mixedema (edema infiltrado caracterizado pelo acumulo de liquido linfático), e torna-se arredondado; nariz e lábios volumosos; pele pálida, seca e amarelada; olhos pequenos, escondidos entre as pálpebras infiltradas; boca larga; supercílios escassos, com rarefação no terço externo (sinal da rainha Vitória); cabelos secos e expressão apática; encontrado no hipotireoidismo, podendo ser confundido com a fácies renal; a infiltração que alarga o rosto e engrossa as pálpebras, é elástica e não se deixando deprimir pela pressão do dedo • Fácies Cushingóide: rosto redondo (fácies de lua cheia), de aparência pletórica (avermelhado) e congestiva, algo cianótico; conjuntivas em regra congestionadas (edemaciadas – como as membranas dos olhos); ocorre na hiperplasia do córtex suprarrenal (doença de Cushing) primário (quando problema é na suprarrenal) ou secundário (quando problema é na hipófise), ou a origem é iatrogênica (pode ser provocada por excesso de corticoides); síndrome de Cushing – fácies cushingóide, distribuição característica da gordura, que torna a síndrome inconfundível, há obesidade no rosto, no pescoço, no tronco e no abdome, ao passo que braços e pernas permanecem finos e normais (obesidade centrípeta = androide), podendo formar giba (protuberância de tecido adiposo) atrás do pescoço; essa síndrome pode ser por conta de tumor na adrenal, tumor na hipófise que produza muito hormônio ou por conta de corticoides • Fácies da paralisia facial: assimetria entre 2 hemifaces, onde a face fica desviada para o lado oposto ao paralítico; todos os músculos da face tem seus antagonistas, mas a paralisia de um lado faz com que os músculos da parte funcional puxem o rosto para o outro lado; no lado paralítico a comissura labial está mais baixa, a fenda palpebral é mais aberta e os sulcos naturais esmorecem; o apagamento do sulco nasolabial é outro sinal da paralisia facial; paralisia do tipo periférica – acomete 2 andares da hemiface (parte superior e inferior; decorrente de compressão do nervo facial ou irritação desse nervo no lado paralisado; causa comum – herpes vírus, choque térmico súbito (paralisia de Bell)); central – só compromete o andar inferior da hemiface, ex: AVC • Fácies leonina: paciente lembra a expressão de leão; causa comum é a hanseníase; infiltração dos nódulos da hanseníase provcam tal fácie; lábios e nariz grossos; ausência ou redução das sobrancelhas e cílios; pode haver acometimento da região frontal da testa, com infiltrações; farmacodermias (reação alérgica a medicamentos) pode provocar esse fácies; síndrome de steve Johnson – reação alérgica grave, e com o tratamento o paciente volta a ter uma fácie normal • Fácie acromegálica: acromegalia – produção excessiva de hormônio do crescimento na idade adulta, principalmente relacionada a tumores da hipófise; a extremidade cefálica é hiperdesenvolvida e a mandíbula volumosa; partes cartilaginosas e moles aumentam de tamanho (nariz, orelhas, lábios, queixo protuso, testa proeminente, apófises dentárias desenvolvidas); faces com apófises orbitárias muito desenvolvidas, com protusão frontal, maçãs do rosto proeminentes; prognatismo (queixo para frente); os lábios, as orelhas e a língua (macroglossia) são volumosas e as extremidades aumentadas; o maxilar inferior (mandíbula) com grande desenvolvimento e largura, forma considerável prognatismo; pálpebras espessas, sobrancelhas grossas e hirsutas (com muito pelo), juntam-se na base do nariz; ex: adenoma hipofisário (tumor de hipófise), constitucional (o paciente já produz uma quantidade de hormônio do crescimento mais elevada e desenvolver tal quadro) • Marcha: • Atípica ou típica • Parética/escarvante – paresia na musculatura, principalmente do quadril e do membro inferior, e para movimentar precisa elevar muito a perna, e não consegue levantar de maneira adequada, e acaba arrastando a ponta do pé no chão • Atáxica/tabética – ocorre no paciente com sífilis no estágio avançado, que desenvolve a sífilis terciária/neurológica, desenvolvendo tabis-dorsalis - lesão do cordão posterior da medula espinal, e o paciente não tem controle adequado sobre musculatura do membro inferior, por isso eleva pés de maneira intensa e precisa ollhar por onde anda • Espática/ em tesoura: por conta de síndrome piramidal ou AVC; musculatura fica tão contraída (hipertonicidade) que o paciente começa a marchar em tesoura; comum em pacientes com paralisia cerebral • Hemiplégica: por conta de AVC; paciente perde movimentos de um lado do corpo; na marcha com o tronco joga o membro para o lado, onde ele vai rodando o membro para realizar a marcha • Cerebelosa/ taxia cerebelar ou do Ébrio: lembra o bêbado; pernas longe uma da outra, e a pessoa anda como se estivesse bêbada • Parkinsoniana/ simiesca: paciente tem dificuldade para virar; parece macaquinho andando Alterações dermatológicas: • Fâneros: • Todos os acessórios/ anexos da pele (cílios, cabelo, sobrancelha, unhas, pelos) • Alterações dos pelos: qualidade (brilhoso, quebradiço, sedoso), número, distribuição, cor • Hipertricose – aumento do número de pelos ou mudança de fino para grosso. Não há influência androgênico • Hirsutismo – aumento de hormônios androgênicos, onde pelos finos das mulheres assumem característica de pelos masculinos, havendo mudança na distribuição dos pelos; crescem pelos onde não deveriam nascer; ex: tumores de glândula adrenal podem • Atricose – ausência de pelos; calvície ou alopecia androgênica • Alopecia iatrogênica – tratamento inadequado que provoca perda de pelos • Alopecia areata – forma clareira tanto no cabelo quanto na barba • Alopecia cicatricial – região de cicatriz, e não nasce mais pelo naquele local • Alopecia difusa – queda difusa dos cabelos; ex: câncer • Alteração da cor dos pelos: • Canície – cabelos brancos; • Tricodiscromia – modificação da cor do cabelo; caso de desnutrição grave – cabelo inicialmente preto ou castanho pode ficar avermelhado, alaranjado, amarelado, quebradiço, nas pontas = sinal da bandeira • Alteração da cor das unhas: • O leito ungueal das unhas normalmente é rosado • Palidez – anemia – leito ungueal pálido • Unha branca – leuconiquia total; • Azul enegrecida – hematoma subungueal; ex: batermartelo na unha • Manchas esbranquiçadas – anemia, carência de zinco e proteínas; • Unhas amareladas – amarelos dispostos de maneira aletória – causa mais comum é o tabagismo; excesso de beta-carotenos – unha inteira amarelada; micoses – o local amarelado fica descamando e enfraquecido • Alterações nas lâmina ungueal: • Microniquia - leito ungueal menor que o normal • Macroniquia - leito ungueal maior que o usual • Coiloniquia – unha concava, lembrando uma colher (principal causa – anemia ferropriva) • Unha hipocrática ou unha em vidro de relógio – exagero da convexidade normal, lembra o vidro de relógio (encontrada no baqueteamento digital – hipocratismo digital – dedo lembrando uma baqueta de tambor – ocorre em cardiopatias congênitas, câncer de pulmão e cirrose) • Unha espessada – paroníquia ou paquioníquia congênita • Onicogrifose - espessamento com desvios laterais, muito espessada; encontrado em pacientes mais idosos, mais debiltados • Alterações na pele: • Petéquias – pinta de sangue; sufusões hemorrágicas (hemorragia puntiforme); manchas avermelhadas puntiformes causadas pelo extravasamento de hemácias na derme; se pressionar algo de vidro (vitro-compressão) ela não desaparece, e elas podem ocorrer por conta de dengue, zika, meningococcemia (sepse pela bactéria que provoca a meningite meningocócica, o meningococo, podendo provocar choque séptico) • Equimoses –grandes manchas avermelhadas causadas pelo extravasamento de hemácias na derme (não confundir com hematoma; hematoma é uma coleção de sangue no tecido), incialmente fica roxo, depois amarelada/esverdeada e desaparece; tem apenas hemácias que foram extravasadas; pode ocorrer em pessoas com vasos/pele sensíveis; pode ter relação com anemias, sangramentos, distúrbio de coagulação, hipermenorréia • Mancha acrômica – ausência completa de melanina (vitiligo – acomete pele e fâneros; mãos são habitualmente acometidas), máculas (lesão elementar sem relevo) • Mancha hipercrômica – aumento da quantidade de melanina (melanoma – tumor de melanócitos; relacionado a exposição excessiva a luz solar; protetor solar previne; mais comum em negros) • Pápula – pinta; lesão sólida, elevada, com 0,5 diâmetro; única ou múltipla, isolada ou confluente; pinta sem relevo – mácula hipercrômica; com relevo – pápula hipercrômica, que pode ser um nevo, um tipo de lesão elementar da pele; • Placa papulosa – lesão sólida, elevada, circunscrita, maior que 1 cm, geralmente por confluência de pápulas (ex: doença de pele – molusco contagioso) • Nódulos – maiores e mais profundos que pápulas, é uma lesão sólida e palpável, abaixo da pele ou acima, circunscrita, maior que 0,5 – 1 cm de diâmetro (ex: hanseníase) • Vegetação – formação solida, aspecto de “couve- flor”, geralmente com superfície sangrenta ou crostosa (carcinoma espinocelular – tipo de câncer de pele); HPV pode provocar verrugas genitais que formam vegetações nessa região • Verrucosidade – pápula ou placa papulosa com superfície áspera, porosa, dura, inelástica e amarelada (ex: verruga vulgar, esporotricose); • Urtica – formação solida, edematosa, dura, rósea ou avermelhada, pruriginosa, resultante de edema na derme e subcutâneo; transitoria (ex: urticária, em pacientes com alergia) • Vesícula – coleção líquida com até 1 cm de diâmetro (herpes simples; varicela) • Bolha – coleção líquida maior que 1 cm de diâmetro (queimaduras) • Pústula – coleção liquida com pus no se interior, até 1 cm de diâmetro (infecção cutânea bacteriana – mais clássica é a foliculite – inflamação do folículo cutâneo) • Hematoma – coleção de sangue na pele, circunscrita, proeminentes ou não; • Ceratose – espessamento da pele por aumento da camada córnea (calo); atividades aumentam essa camada de pele com tecido queratinizado; dura, inelástica, amarelada ou branca, superfície lisa ou áspera; • Infiltração – aumento da espessura e consistência da pele, acompanhado geralmente de eritema discreto e edema; pode ser por células inflamatórias – celulite (doença) (infecção bacteriana que causa inflamação da pele e tecido celular subcutâneo; antibiótico venoso; celulite); infiltração pode ser por célula neoplásica – câncer de mama por ex • Atrofia – adelgaçamento localizado ou difuso da pele, com perdas de sulcos e elevações normais (estrias); • Escamas – perda da queratina proveniente da camada córnea (desnutrição, desidratação); • Cicatriz hipertrófica (queloide) – aumento da espessura da pele, permanente, causada por aumento do tecido conjuntivo dérmico; característica genética (há mais pessoas que tem predisposição a desenvolver isso) • Cicatriz atrófica – lesão cicatricial deprimida, mais baixas que a pele • Exulceração ou erosão da pele – perda superficial que atinge apenas a epiderme • Ulceração – perda da pele que atinge epiderme e derme; ex: trauma ou necrose tecidual; na perna é comum ocorrer ulceração causada por má circulação (ulcera venosa) – congestão venosa por conta de drenagem inadequada desse membro por conta de insuficiência venosa (varizes), havendo dificuldade de circulação, logo, predispõe a ulcera numa lesão • Crosta – ressecamento de serosidade, pus ou sangue na pele (encontradas no paciente com varicela, começa fazendo lesões em vesícula, depois forma pústula e em seguida a crosta) (impetigo – lesão de pele por estafilococo, comum em crianças; que formam pústulas que podem se confluir, ressecar e formar a crosta) • Úlceras por pressão (escara) – perda de tecido que atinge estruturas mais profundas, como músculos e ossos; progressiva, se nada for feito para descomprimir região que está sendo comprimida, essa escara vai se aprofundar cada vez mais fazendo isquemia; a pressão da estrutura óssea contra a pele e contra o local que a pessoa está apoiada provoca a isquemia, e a região da pele acaba necrosando, provocando hiperemia, e em seguida úlcera, que pode chegar ao osso da pessoa (úlcera difícil de tratar) • Ectoscopia: paciente normal: • Paciente em bom estado geral, lúcido e orientado no tempo e no espaço, colaborativo, postura indiferente (atípica) e em adequado estado de higiene • Fácies atípica e estado de nutrição adequado • Mucosas normocoradas, normohidratadas. Acianótico, anictérico e com bom enchimento capilar subungueal. Turgor e elasticidade da pele preservados • Eupneico sem esforço respiratório • Ausência de lesões na pele ou edema. Não observam-se alterações em fâneros. Musculatura normotrófica • Biotipo normolíneo • Idade biológica compatível com a idade cronológica • Sem alteração na marcha