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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS Por Maria Laura Rosado Espero que tenham gostado! Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; Pelo princípio, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça A lei instituidora do tributo obrigatoriamente deve explicitar: o fato tributável; a base de cálculo; a alíquota, ou outro critério a ser utilizado para o estabelecimento do valor devido; os critérios para a identificação do sujeito passivo da obrigação tributária; e o sujeito ativo, se diverso da pessoa pública da qual emanou a lei 1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE PRATICANDO: Por meio da Lei Ordinária nº 123, a União instituiu contribuição não cumulativa destinada a garantir a expansão da seguridade social, utilizando, para tanto, fato gerador e base de cálculo distintos dos discriminados na Constituição da República. A referida lei foi publicada em 1º de setembro de 2015, com entrada em vigor em 2 de janeiro de 2016, determinando o dia 1º de fevereiro do mesmo ano como data de pagamento. Por considerar indevida a contribuição criada pela União, a pessoa jurídica A, atuante no ramo de supermercados, não realizou o seu pagamento, razão pela qual, em 5 de julho de 2016, foi lavrado auto de infração para a sua cobrança. Considerando a situação em comento, assinale a opção que indica o argumento que poderá ser alegado pela contribuinte para impugnar a referida cobrança. a) A nova contribuição viola o princípio da anterioridade nonagesimal. b) A nova contribuição viola o princípio da anterioridade anual. c) A nova contribuição somente poderia ser instituída por meio de lei complementar. d) A Constituição da República veda a instituição de contribuições não cumulativas. 2. PRINCÍPIO DA ISONOMIA Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA Art. 145. (…) § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. STF (RE 406.955-AgR): Todos os tributos submetem-se ao princípio da capacidade contributiva (precedentes), ao menos em relação a um de seus três aspectos (objetivo, subjetivo e proporcional), independentemente de classificação extraída de critérios puramente econômicos. ATENÇÃO! 3. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III – cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; -> Anterioridade anual (do exercício financeiro) c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b -> Anterioridade Nonagesimal (noventena) OBS: marco temporal é a publicação da lei! Ex: Se um município for instituir o ITBI, só poderá cobrá-lo no exercício seguinte, desde que também tenha passado 90 dias da publicação da lei que o instituiu. SÚMULA IMPORTANTE Súmula Vinculante 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. ATENÇÃO! ANTERIO- RIDADE NOVENTENA OBS: EXTRAFISCAL I.I/I/E/IOF/IPI I.I/I/E/IOF/ NAO TEM IPI NA NOVENTENA URGENCIA IEG/ Emprestimo compulsorio iEG/ Emprestimo compulsorio OUTROS Contribuicao seguridade social ICMS e CIDE combustivel IR Base de Cálculo do IPTU E IPVA EXCEÇÕES PRATICANDO: Empresa X, constituída em 1980, entrou com ação na Justiça Federal impugnando a cobrança da Contribuição Sobre o Lucro – CSLL, alegando que, apesar de prevista no Art. 195, I, c, da Constituição Federal, trata-se de um tributo que tem o lucro como fato gerador. Dessa forma, haveria um bis in idem em relação ao Imposto Sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (Art. 153, III da CRFB), o que é vedado pelo próprio texto constitucional. A partir do caso narrado e considerando a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, assinale a afirmativa correta. A) A empresa tem razão porque os dois tributos têm o lucro como fato gerador, o que é vedado pela Constituição Federal. B) A empresa, por ter sido constituída anteriormente à Constituição Federal de 1988, tem direito adquirido a não pagar a CSLL. C) A empresa não tem razão, porque ambos os tributos estão previstos na CRFB. D) A empresa tem razão, pela clara violação à vedação ao confisco prevista no Art. 150, IV, da CRFB. Benjamin Franklin “Nada é mais certo neste mundo do que a morte e os impostos.” https://www.pensador.com/autor/benjamin_franklin/ DICAS PARA SUA PROVA DA OAB Leia a CF e o CTN em conjunto! Assunto visto deve ser assunto revisado! Entenda o que a FGV quer de você em cada assunto LEI SECA CONSTÂNCIATREINO 02 0301 “Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.”
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