Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 MICROBIOLOGIA 2 - VIROLOGIA VITÓRIA NOVAIS - MED VACINAS ANTIVIRAIS: “Coevolução” entre vírus e seres humanos: conforme os seres humanos evoluem (incluindo seu sistema imune), os vírus precisam evoluir junto para continuar infectando os humanos na verdade, os vírus precisam estar sempre um pouco à nossa frente para que possam transpor nossas barreiras imunológicas O desenvolvimento das vacinas ao longo dos anos foi baseado: o Conhecimento do curso natural das infecções o Compreensão das etapas que levam a uma resposta imune protetora Revisar o básico do sistema imune (resumo de resposta imune viral) O objetivo da vacinação é, principalmente, induzir a proteção de longa duração Memória Imunológica é a base da vacinação e depende de: re-exposição ao antígeno reposta imune de início rápido mais potente e mais específica prevenção da doença As vacinas tentam mimetizar o curso da infecção natural: ao fazer a vacinação é esperado que o organismo monte uma resposta imunológica a partir da qual formam-se células de memória que, caso a infecção real aconteça, já estão prontas para defender o corpo com mais rapidez e eficiência. Inoculação do vírus (inteiro, atenuado, inativado, “pedaço”...) Fagocitose do antígeno pela Célula Apresentadora de Antígeno Apresentação do Ag aos LinfócitosT CD4 ou Helper LyTCD4 ativam os LyB e LyTCD8ouCitortóxicos produção de anticorpos (pelos LyB), lise das células infectadas (pelos LyTCD8) e formação dos LyB e T de memória Uma vez com Linfócitos de memória formados, ao ser novamente exposto ao antígeno, tanto LyB dememória quanto LyT de memória entram em ação levando, respectivamente, a uma rápida produção de Anticorpos e rápida Ativação dos LyTCD8. 2 MICROBIOLOGIA 2 - VIROLOGIA VITÓRIA NOVAIS - MED Infecção Primária = 15 a 30 dias para produzir um titulo razoável de anticorpos e imunoglobulinas Infecção Secundárias = 7 dias para alcançar o pico de IgG além de manter suas concentrações mais altas por mais tempo quando há a produção prévia de células de memória (na 1º infecção) FATORES QUE INFLUENCIAM NA DURAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE: Vacina: Natureza do antígeno Via de inoculação Dose Esquema Adjuvantes Vacinado: Idade Presença de anticorpos maternos: até 6 meses de idade Doença de base TIPOS DE VACINAS VIRAIS: 1. Vacina de vírus o Inativado o Enfraquecido 2. Vacina de Vetor Viral o Replicante o Não replicante 3. Vacina de Ácido Nucleico o DNA o RNA 4. Vacina à base de proteínas o Subunidade proteica o Partículas semelhantes a vírus VÍRUS VIVO ATENUADO/WEAKENED: Inoculação do vírus no organismo multiplicação viral sem causar doença/doença grave células fogocíticas realizam a fagocitose dos vírus e apresentam seus peptídeos ou antígenos para o Sistema Imune Mimetizam a infecção natural Vias de adm: intranasal, oral e intramuscular Vantagens: o Resposta celular e humoral o Resposta duradoura o maiores taxas de soroconversão Desvantagens: o Lábil = adaptável - rede de frio o Reversão à virulência o Reassortment com vírus selvagens = mistura do vírus atenuado com o selvagem e formação de um novo vírus ativo o Não pode ser aplicada em grávidas e imunocomprometidos Exemplos.: contra poliomielite: Sabin Rotavírus: Rotateq, Rotarix Febre Amarela: 17D MMR (Measles, Mumps and Rubella) Linha do Tempo: 3 MICROBIOLOGIA 2 - VIROLOGIA VITÓRIA NOVAIS - MED cold-adapted (Influenza humano) VÍRUS INATIVADO: Vírus “morto” é inoculado no organismo células fagocitárias fagocitam-o e apresentam seus antígenos ao Sistema Imune Administração por via intramuscular Vírus inativados não são muito imunogênicos Necessidade de adjuvantes: substâncias químicas derivadas de mertiolate (MMR), mercúrio (Influenza) ou alumínio (HPV, HBV), óleos (lipossomas) Necessidade de doses de reforço Resistentes a proteólise, estabilizam agentes da vacina, tornando-os mais imunogênicos: reações adversas Ex.: Coronavac VETOR-VIRAL REPLICANTE: Vírus passa por processamento genético (inativação de genes principais, adição de genes de proteínas...) vírus alterado e replicante é inoculado no organismo e se replica rapidamente grande quantidade de vírus no organismo dá inicio à resposta imune Célula fagocitária fagocita os vírus e expressa em sua membrana receptores para esse vírus VETOR-VIRAL NÃO REPLICANTE: Vírus processado geneticamente (e com genes inativados) NÃO se replica dentro da célula é apenas inoculado no organismo e fagocitado pelas células fogocíticas VACINAS DE ÁCIDO NUCLEICO o ácido nucleico é inserido nas células humanas, que produzem cópias de alguma proteína do vírus vacinas que utilizam informação genética de DNA ou RNA viral. fáceis de desenvolver, pois envolvem apenas o material genético, e não o vírus. tecnologia que nunca foi usada em alguma vacina atualmente licenciada, então ainda não possui eficácia comprovada. VACINAS À BASE DE PROTEÍNA: proteínas do vírus são injetadas diretamente no corpo (fragmentos ou invólucros de proteínas que imitam a estrutura do vírus também podem ser usados) ativam resposta imune Esse tipo de vacina requer adjuvantes para estimular o sistema imune, bem como múltiplas doses. Outra forma consiste em utilizar partículas semelhantes a vírus como uma “casca” contendo a estrutura externa viral, porém sem o conteúdo interior não são capazes de causar infecção pois não possuem material genético do vírus e tem 4 MICROBIOLOGIA 2 - VIROLOGIA VITÓRIA NOVAIS - MED capacidade de gerar resposta imune forte, mas são difíceis de serem produzidas. DOSE DO ANTÍGENO E ESQUEMA DE ADMINISTRAÇÃO: Vacinas de vírus “morto” ou de subunidades necessitam de mais de uma dose Vacinas de vírus atenuados não precisam de outras doses ou podem ser reaplicadas com grande intervalo de tempo entre as doses IMUNIDADE DE REBANHO: Não ocorre com todos os tipos de vírus é necessário desenvolvimento de resposta imunológica de longo prazo e nem todos os vírus desencadeiam essa resposta (Coronavírus – aparentemente) 5 MICROBIOLOGIA 2 - VIROLOGIA VITÓRIA NOVAIS - MED apesar dos possíveis EAs, o benefício das vacinas ainda é superior
Compartilhar